quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Marcos Luduvice: o rei das faixas...



Publicado originalmente no site Osmário Santos, em 07/08/2004.

Marcos Luduvice.
Por Osmário Santos.

Marcos Luduvice: o rei das faixas Empresário, radialista e jornalista que homenageia personalidades sergipanas com faixas.

Antônio Marcos Couto Luduvice nasceu no dia 8 de março de 1955, na cidade de Aracaju-Sergipe. Seus pais: Hamilton Luduvice e Clideilda Couto Luduvice. Seu pai foi representante da Ródia, fundador da Sociedade de Amigos da Marinha (Soamar) e pioneiro em serviço de auto-falante (A Voz do Comércio). Com a empresa Santa Rita de Auto Falante, foi a primeira pessoa que anunciou o prefixo da Rádio Liberdade AM antes da sua inauguração.

Sua mãe é conhecida por Dezinha, professora aposentada do Estado, fundadora da Escola Santa Joana D’Arc, uma das melhores do Estado em curso primário, que funcionou durante 35 anos. Pelos seus bancos estudaram muitos alunos que hoje são destaque nas funções que atuam na sociedade. “Meus pais sempre batalharam para oferecer o melhor para os filhos. Minha mãe passava a maior parte do tempo no colégio. Herdei de meu pai e minha mãe o caráter, a honestidade e a humildade. O que herdei de meu pai foi a maneira de se comunicar, a paixão pelo rádio e a admiração pelas forças armadas e Polícia Militar. Da minha mãe, o dinamismo e o espírito de liderança. Quando era criança lembro-me da frase que meus pais sempre me pregava: ‘Meu filho, seja um homem honesto e lute pelo que quer, sem ter que passar por cima dos outros. Ajude o próximo e mantenha sempre a humildade, honestidade, caráter e espírito de liderança’. Carrego este ensino até hoje e passo sempre para os meus filhos”.

Momentos lúdicos e estudos.

Luduvice conta que teve uma infância sadia e feliz. Uma criança que gostava de brincar, principalmente de soldadinho e de índio. “Lembro-me que um dia sai sem permissão de minha mãe e quando ela veio para me bater eu corri para a casa da vizinha. Quando ela me pegou eu disse para ela: não me bata minha mãe que sou magrinho igual a uma lagartixa. Uma vez fiz uma traquinagem, pintei um gato todinho de tinta prateada (risos)”.

Como não poderia deixar de ser, estudou o curso primário na Escola Santa Joana D’Arc. Em seguida passou a estudar no Ginásio Tobias Barreto, onde iniciou o curso ginasial, concluído no Atheneu Sergipense. No Colégio Dom José Thomaz fez o científico.

Conta que a dona Bel foi a sua primeira professora, que ainda menino participou do grupo de jovens da paróquia São José, sobre o comando de padre Amaral, e foi diretor de relações públicas do grupo de escoteiros Marroque de Melo, da Capitania dos Portos. Passava as férias brincando na casa do avô, José Luduvice, mas a maior parte do tempo brigava e puxava os cabelos da prima Auxiliadora Luduvice, hoje defensora pública, por ciúmes.

Fez vários cursos técnicos de aperfeiçoamento, entre eles cita os de marketing e publicidade e contabilidade.

Diz que foi um jovem muito namorador e que gostava de pegar o carro Veraneio azul do pai para ficar rondando o Colégio Estadual Atheneu para paquerar e chamar a atenção das garotas.

Primeiros momentos no trabalho.

Começa a trabalhar desde os 10 anos na cantina do colégio de sua mãe. Tempos depois monta o Bar do Cajueiro, no conjunto Inácio Barbosa. Logo após monta o Bar Buraco Quente, na rua Capela.
Faz o curso de corretor em 18 de junho de 1979 e logo começa a se dedicar à profissão. “Lembro-me bem da minha primeira venda, um terreno com um português, o doutor Costa, na empresa Concal, o qual me incentivou a entrar no ramo de corretagem de imóveis. Batalhei muito para alcançar meus objetivos. Fui um dos pioneiros no ramo de imóveis do Estado. Montei a Expresso Imobiliária em 1980, uma da primeiras no Estado. Teve época que cheguei a administrar mais de dois mil imóveis, sem contar com as vendas diárias. Não parei por aí, logo criei a Organizações Marcos Luduvice, na época com três empresas (Limpa-fossas, Serviços Gerais e Imobiliária). Também tive uma fábrica de blocos e depósitos de cimentos. Criei a limpa-fossa com o meu amigo Macedo, da Pizzaria Janaína, sem contar com o cafezinho expresso com entrega em domicílio. Fui assessor de gabinete dos prefeitos Wellington Paixão e Jackson Barreto e assessor do deputado Laércio Miranda. Também montei o Bar e Restaurante Galeto Expresso. Fiquei conhecido como Marcos Luduvice “O expresso”.

Revela que hoje mantém duas empresas: Organizações Povão Expresso (Limpa-Fossas e Serviços Gerais) e o Jornal Povão.

Adquiriu muita experiência ao longo dos anos na área empresarial, perdeu e ganhou muito. “Montei empresas de diferentes ramos de atuação. Aprendi muito profissionalmente. Hoje sei que o crescimento de uma empresa está no trabalho em equipe. Passei por diversas dificuldades para chegar onde estou e fazer o meu nome. Graças a Deus venci sem precisar passar por cima de ninguém”.

Paixão pelo rádio.

Iniciou no rádio como ouvinte, participando de diversos programas, e daí veio a grande paixão. Para conquistar o direito de usar o microfone, fez curso em 1988, promovido pelo Sindicato dos Radialistas, na época presidido pelo destacado radialista Paulo Lacerda. “As duas pessoas que abriram as portas das emissoras foram o radialista Pedro Rocha e o superintendente da rádio Atalaia na época, jornalista Evando Ferreira. Fiz o primeiro programa aos sábados no horário das 6h às 7h com o nome de Classificados Atalaia. Logo após, o radialista Messias Carvalho me concedeu um horário no sábado à tarde, na Rádio Liberdade AM, das 14h às 18h, o Expresso Sertanejo. Na Rádio Jornal apresentei o programa da ADCE – Empresários Cristãos. Depois, o saudoso Carlos Mota me ajudou a retornar para a Atalaia AM, onde me cedeu o horário que era do radialista Paulo Brandão, aos domingos das 7h às 8h, com o programa De Olho na Cidade. Logo após a morte de Carlos Mota passei um bom tempo afastado do rádio. Fui produtor do programa Bate e Rebate, na 103 FM, apresentado por Alceu Monteiro e Andrade Lima. Após alguns anos afastado, fui surpreendido com um convite do jornalista Carlos França para comandar o programa De Olho na Cidade, na rádio Aperipê AM, que está no ar até hoje, graças ao comando e apoio do atual superintendente César Gama. É um programa criador de opinião pública, exercendo sua missão social e homenageia profissionais de diversos segmentos, políticos, empresários e profissionais liberais, etc, através do diploma de Amigo da Imprensa”.

Dos momentos de rádio, de interessante conta que durante o seu programa o operador trocou as ligações e disse-lhe que o ouvinte João do Pandeiro estava na linha aguardando a oportunidade para participar do programa. “Coloquei a pessoa no ar e falei o seguinte: ‘Fale João do Pandeiro’. E uma outra voz respondeu: ‘Não Marcos, é a senadora Maria do Carmo’. Foi um mico, mas logo pedi desculpas e acabou tudo bem (risos)”.

Luduvice faz questão de registrar que foi um grande admirador do jornalista Paulo Brandão e com ele teve a oportunidade de participar do Jornal Povão com alguns artigos. “Era um fã número um e fazia a questão de participar da distribuição. Logo após a sua morte, passado um bom tempo, tive a oportunidade de conhecer melhor Aída Brandão, a herdeira do Jornal Povão, onde ela me convidou para escrever a coluna “Notas e Notas”. Foi aí que nasceu uma grande aproximação, que acabou se transformando em amor. Quando menos esperávamos, já estávamos juntos. Coisas do destino. Somei-me a Aída, uma grande guerreira e batalhadora, para dar continuidade à grande obra que é o Jornal Povão. A experiência que venho adquirindo foi conseqüência do trabalho em conjunto com minha esposa e a nossa equipe. Hoje sou um jornalista com registro na DRT e conhecido em todos os meios da sociedade”.

Gosta de homenagear pessoas.

Também é conhecido como o rei das faixas e se sente recompensado em poder homenagear as pessoas, independente de classe social ou partido. “Faço homenagens até para pessoas que estão dando o último adeus. Todos os homenageados e famílias se sentem felizes em acordar e ver a faixa na sua porta ou em outro local. Já deixei várias pessoas emocionadas. Na edição 500 do Jornal Povão o ex-governador Albano Franco citou no depoimento: ‘Quem não conhece o Marcos Luduvice? Aquela pessoa maravilhosa, cavalheira e que sempre quer ajudar. Nas faixas tem sempre sua saudação, que é uma marca registrada’”.

Política e família.

Entrou na política em 1988, quando saiu candidato a vereador de Aracaju pelo PFL, com o apoio e incentivo do ex-deputado Reinaldo Moura. “Tive votação de quase mil votos. Em outras eleições dei apoio a vários candidatos, como Reinaldo Moura (prefeito e deputado), Laércio Miranda (deputado), Adelson Barreto (vereador), José Lopes (vereador), Evandro Sena (vereador), José Carlos Machado (deputado), João Alves Filho, Lila Moura, Maria do Carmo Alves, Lauro Maia (prefeito), entre outros”.

Do primeiro casamento com Lígia teve quatro filhos: Marcos Júnior, Lídia, Luana Luduvice e Alexandre Tadeu. “Tenho dois filhos de um relacionamento extra-conjugal, Juliana e João. Do meu segundo casamento, com Aída Brandão, tenho uma filha, Yasmim Maria, que hoje está com sete anos, e tenho Paulinho, filho de Aída e Paulo Brandão, que considero como um filho”.

Se considera um homem realizado profissionalmente e no campo do amor. “Tenho uma mulher que me ajuda a crescer, uma companheira para todas as horas e que lhe tenho muito amor, que é Aída Brandão. Ela me completa em tudo. Sou feliz também por ter filhos e pais maravilhosos e uma família unida e feliz”.

Cita os grandes amigos.

Pede espaço para agradecer a todas as pessoas que fizeram e fazem parte da sua vida e que nas horas difíceis se fazem presentes. “Edil Barreto (in memorian); Aureliano (in memorian); Luiz Carlos Dantas, da Vi Sabor, meu maior incentivador e o qual considero como um pai; Eduardo Silva; William Ferreira; Vicente Figueiredo; Paulo Roberto Rodrigues Góes (Palmar); Valmir Mendonça; Jackson Wiltshire; Negaço; Débora Matos; Mark Clark; Milton Barreto; Paulo Lacerda; Ligeirinho; Cabral; Helenita, minha mãe de criação; tia Conceição Luduvice; Glória Luduvice; Rui Cláudio Amorim; Martiniano e Maria do Carmo; sargento Diógenes; Roberto Góes, Augusto Júnior e Angélica; Raimundo; Núbia; Cel. Magno; Dr. Kércio Pinto; Dr. Abelardo Inácio; Dr. Zelito Correia; Zé Luiz; Ângela Góis; José Cassiano (Infraero); jornalista Clarêncio Fontes; Izaias Almeida; Luduvice José (tio); Altino Fonseca; Fábio Henrique; Irany; Alaíde Maia; D. Zefita; D. Margarida; Walter; coronel Eduardo e D. Leila Garcez; Valter Batista e Taiobinha; a irmã, Rita de Cássia; e a prima Dora. “Infelizmente não dá para citar todos, pois são inúmeros amigos. O meu lema é fazer o bem sem olhar a quem. Deus Proverá!”.

Texto reproduzido do site: usuarioweb.infonet.com.br/~osmario

Foto reproduzida do site: plus.google.com

Postagem originária do Facebook/GrupoMTéSERGIPE, de 10 de fevereiro de 2016.

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