domingo, 31 de agosto de 2014

Primeira Comunhão da Escola Santa Joana D'Arc (Set/1954)


Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 7 de maio de 2012.

Lua cheia de 6 de abril / Orlinha do Bairro Industrial


Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 7 de abril de 2012.

Maria Isabel de Avelar Elias, Miss Sergipe 1965


Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 28 de fevereiro de 2012.

Carnaval do Iate


Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 25 de agosto de 2011.

Á Árvore de Luz mais alta do mundo

"Também nos enche de orgulho: a Árvore de Luz mais alta do mundo, conforme registrado no Guiness Book. Foto tirada pelo meu sobrinho Ricardo Espinheira". (Lulu Leite).

Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 6 de setembro de 2011.

Amanhecer em Pirambu


Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 6 de abril de 2013.

Memória de Post do MTéSERGIPE, de 22/08/2011

Marcius de Oliveira Fernandes (+ de 10 comentários).

"Professor Leão Magno Brasil e sua Esposa Dona Iracema donos do GCM, ainda estão vivos? eu estudei lá, Manuel Cacho, Raimundinho da Galeno, o GCM começou ali na Passarela no calçadão e depois veio para a Rua de Maruim. O primeiro Colégio particular que se pagava matéria de um ano para o outro". (Marcius de Oliveira Fernandes).

Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 22 de agosto de 2011.
https://www.facebook.com/groups/259696634059007/permalink/264080806953923/

Mário Jorge: militância partidária e vida artística



Publicado originalmente no site Ana Lúcia, em 09/01/2013.

Mário Jorge: militância partidária e vida artística.
Por Laila Oliveira.

A jornada do jovem Mário Jorge para o ensino superior foi difícil. Os que militavam em grêmios estudantis na época eram impedidos de fazer o vestibular para a Universidade Federal de Sergipe, no entanto, a Faculdade de Direito da UFS tinha certa autonomia, e com o apoio de professores progressistas do curso como o Osman Hora Fontes, tio e pai de consideração de Jorge, Bonifácio Forte, Silvério Leite Fontes, e o psiquiatra Garcia Moreno, que defendiam a entrada dos estudantes com base na LDB – a lei não estava revogada – e por tanto não poderiam ser impedidos por questões ideológicas. Foi dessa forma que em 1965 os jovens do grêmio dissidentes do Atheneu entraram na Faculdade de Direito.

Entre os episódios marcantes da Faculdade de Direito está o momento em que Osman Hora Fontes, que era professor do curso e Procurador da República, impediu a polícia federal de entrar na Faculdade. Grande referência intellectual para Mário Jorge e sua irmã Ana Lúcia, era possuidor de um dos maiores acervos de livros na época, onde foi fonte de pesquisa e estudo para o poeta. O Procurador esteve presente durante a criação de ambos, dando a eles uma orientação socialista.

No curso Mário Jorge encabeçou o jornal ‘A Verdade’, que iniciou como jornal mural e depois impresso com o apoio da Gráfica JAndrade. Também foi criado o jornal ‘O Proletário’, mas esse era distribuído clandestinamente com companheiros do partido como Jonas Amaral, Jackson Barreto Lima, Chico Varela, João Augusto Gama e Guadalupe. Também produziram o jornal Bisturí, que envolvia assuntos ligados à arte e cultura com pessoas que não eram do partido, como Ilma Fontes, e a revista Perspectiva.

“A Verdade era a tradução do Právida, o jornal porta voz do PC da Rússia. O jornal rolou durante a fase da ditadura e os milicos da época nunca desconfiaram que o Právida era o A Verdade”, ressalta Varela.
Entre as diversas produções que fervilhavam no meio universitário de esquerda, Mário Jorge contribuiu valorosamente com outros jornais de Centros Acadêmicos de outras Faculdades, como a de Filosofia.
“Produzimos também o jornal ‘A Coruja’, da Faculdade de Filosofia, que englobava Letras, História e Geografia. Construíram o jornal a minha mulher, Laura Marques, Tina, mulher de Ancelmo, Didi Macedo, e tudo sob a tutela de Mário Jorge. A parte literária era de Mário Jorge”, acrescentou.

“No jornal publicávamos textos de Tobias Barreto, João Prado Sá, falávamos de Shakespeare, para criar um clima propício para os debates dentro dos meios legais, o partido nos orientava a esgotar essas formas”, lembra Wellington Mangueira, companheiro de militância com Mário Jorge no PCB.

Nesse período Mário já havia entrado no Partido Comunista Brasileiro que tinha como referência Luis Carlos Prestes, Jorge Amado, Oscar Niemeyer, Carlos Marighella e outros. Em Aracaju, eram orientados pelos debates por Celso Vieira de Assis e Chico Varela, assim iniciaram as primeiras reuniões para a disputa da UNE (União Nacional de Estudantes).

“O partido viu na rebeldia e coragem daqueles garotos, uma forma de ampliar e difundir o projeto, e realmente o partido não errou, todos eles vieram para a militância”, disse Chico Varela, companheiro de militância.

A repressão aumentou com a instauração do AI5, mas o reitor da UFS, João Cardoso Júnior, que também havia sido filiado ao PCB, deu apoio aos estudantes, conseguindo com que eles não perdessem o direito de estudar, mesmo com a ordem do Comando Geral do Exército para expulsar os envolvidos nas atividades políticas contrárias ao regime.

Mario Jorge retornou para Aracaju em 1968, onde foi preso com os companheiros Chico Varela, Jackson de Sá Figueiredo, Nilson Barreto Meneses, Antônio Vieira, Bosco Rollemberg, Usiel Dória, Antoniel, Wellington Mangueira, João Augusto Gama, Ancelmo Góis e outros acusados de ‘atividades subversivas’, sob pressão do AI5. Foram detidos no 28º BC.

Outro importante movimento artístico com o qual Mário Jorge se envolveu foi o cênico. Mário teve influência de grupos teatrais de outros estados, como o Grupo da Ilha do Governador (RJ), que encontrou na cidade de Salvador, entre outros.

Foi em uma das peças trazidas por ele e pelos companheiros do partido, chamada “Joana em Flor e outras histórias”, que acabaram presos. Os atores da peça, Gonzaguinha (o músico), Reynaldo Gonzaga, Lia Maria, Bemvindo Sequeira foram presos pela polícia militar sergipana, inclusive com uma declaração polêmica do Secretário de Segurança, que disse para a imprensa: “Em Sergipe, quem entende de teatro é a polícia!”, sendo motivo de chacota em todo o país.

Já na década de 70 Mário Jorge vai às ruas levar a contracultura, propor uma revolução de costumes, de ideias, de novo princípios, desde as liberdades individuais, a defesa dos direitos humanos, anti-consumismo, valorização da natureza, contra o capitalismo, entre outras bandeiras. “Ele propagou uma das grandes bandeiras da contracultura, que é a paz, o amor e a fraternidade entre os povos”, revela o poeta e jornalista Amaral Cavalcanti.

No decorrer desse processo Mário Jorge abandonou a Faculdade de Direito indo para São Paulo, onde havia mais condições de atuação política. Foi um dos aglutinadores dos “exilados”, juntamente com Gil Natureza e Paulo Barbosa. Na Paulicéia, foi cursar Ciências Sociais, curso que posteriormente abandonou, dedicando-se a poesia e a luta social.

Entre suas idas e vindas a São Paulo, Mário Jorge conheceu e aprofundou seu conhecimento sobre a poesia concreta. “Em São Paulo ele interagiu com os grandes nomes da poesia concretista, como Décio Pignatari, e com os irmãos Campos”, acrescentou Cavalcanti.

Sua morte foi prematura. Em 1973, aos 26 anos de acidente automobilístico na antiga ponte da Atalaia Velha. Mário Jorge, poeta sergipano e militante político, deixou um legado expresso em letras, imagens e ideias, hoje mais contundente que nunca.

Texto e fotos reproduzidos do site: analucia-se.com.br

Postagem originária da página do Facebook/GrupoMTéSERGIPE, de 29 de agosto de 2014.

Clemilda Ferreira da Silva


Publicado originalmente PGE/SE., em 18/06/2014.

Clemilda

Clemilda Ferreira da Silva é uma cantora brasileira que estourou nas paradas de sucesso com a música “Prenda o Tadeu”, em 1985, e a partir de então participou de vários programas de rádio e TV, entre eles o “Clube do Bolinha”, na Rede Bandeirantes, e o “Cassino do Chacrinha”, na Rede Globo. Nesse mesmo ano ganhou seu primeiro Disco de Ouro e em 1987, com o disco “Forró Cheiroso”, mais conhecido como “Talco no Salão”, ganhou seu segundo Disco de Ouro.

Nascida em São José da Laje/AL – em 1º de setembro de 1936 – tornou-se sergipana de coração. Clemilda passou a infância e a adolescência em Palmeira, dos Índios Mata de Alagoas. No começo da década de 1960 decide viajar para o Rio de Janeiro para “tentar a sorte”, onde então consegue emprego como garçonete. Até então ainda não havia descoberto o dom artístico que tinha.

Em 1965, consegue cantar pela primeira vez na Rádio Mayrick Vieira no programa “Crepúsculo sertanejo”, dirigido por Raimundo Nobre de Almeida, que apresentava profissionais e calouros. Nessa ocasião, conhece o sanfoneiro Gerson Filho, contratado da gravadora e também alagoano como ela, que popularizou o fole de oito baixos e já era artista com disco gravado. Com ele Cremilda viria a se casar. Fez algumas participações em dois LPs do esposo, e a partir de 1967 começou a gravar seu próprio disco.

Sua carreira tomou impulso com os frequentes shows que fazia em Sergipe, onde vive há mais de duas décadas, sempre acompanhada pelo marido.

Após 1994, com a morte do companheiro, a forrozeira-mor — carinhosamente conhecida como “Rainha do Forró” — afastou-se dos shows e há algum tempo se dedicava à apresentação do “Forró no Asfalto”, na TV Aperipê de Aracaju, programa no ar mais antigo da emissora (do qual está afastada devido a problemas de saúde). Neste ano de 2014, ela será homenageada com o documentário: “Morena dos olhos pretos” – produzido pelo diretor e roteirista, Isaac Dourado – que será lançado na noite do dia 18 de junho, às 19h, no Museu da Gente Sergipana.

Foto e texto reproduzidos do site: pge.se.gov.br

Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 29 de agosto de 2014.

Uma Homenagem a José Carlos Mesquita Teixeira

Foto: César de Oliveira.

O Grande Guerreiro das Lutas Democráticas.
(Uma Homenagem a José Carlos Mesquita Teixeira).
Por Dilson M. Barreto.

Fugindo da linha de trabalho estabelecida para elaboração dos artigos por nós publicados nesta coluna, abro hoje uma exceção para prestar uma singela homenagem a um homem público de grande valor e com uma relevante folha de serviços prestados ao Estado de Sergipe e na consolidação do processo democrático, ao lado de grandes vultos da política brasileira de elevada envergadura como Ulisses Guimarães e Tancredo Neves. Trata-se aqui, do eminente político sergipano José Carlos Mesquita Teixeira.

Há algum tempo venho alimentando este desejo, por reconhecer neste ilustre sergipano uma figura de alto valor e que merece ser sempre lembrado justamente pelo seu passado histórico. José Carlos sempre foi um irrequieto ativista no que diz respeito às demandas políticas e na luta pela consolidação da democracia.

Desde a década de 1950, ao lado de Jaime Araújo e Tertuliano Azevedo, militou na União dos Estudantes Secundaristas (USES). Quando estudante em Salvador participou ativamente da campanha “O Petróleo é Nosso”, deixando fluir sua vocação para as lides políticas. Direcionado por seu pai Oviedo Teixeira para ser empresário, em suas veias, contudo, pulsava o DNA da política e foi nela que encontrou sua realização plena, não obstante as decepções enfrentadas ao longo desse caminho. Nessas suas andanças pelo mundo da política, tinha sempre como objetivo maior o de servir e nunca o de servir-se.

Foi o fundador, nos idos de 1965, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) em Sergipe, quando existia um grande receio dos políticos da época em fazerem oposição ao Regime Militar, tornando-se inclusive o seu primeiro presidente, cujo mandato alcançou o período 1966-1975, e que foi transformado em 1979 no Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Mesmo tendo o aval do Governo Militar que arbitrariamente instituiu o bipartidarismo para falsear a ilusão de que o Brasil vivia sob o signo da democracia, o MDB surgia assim, na visão de José Carlos Teixeira, como um partido de oposição à ditadura, e esta foi justamente sua plataforma de luta enquanto pertencente à direção daquele partido. José Carlos sempre demonstrou grande coragem para enfrentar os momentos mais difíceis vivenciados pelo Brasil quando do Golpe Militar que cassou, torturou e matou vários brasileiros. Combatendo publicamente tais atos hediondos, o ilustre sergipano aqui homenageado sempre esteve na linha de frente em defesa dos ideais democráticos. É também da década compreendida pelos anos 1960, a sua participação nos movimentos culturais, com destaque para a Cultura Artística onde, juntamente com outros intelectuais sergipanos, exerceu papel relevante na divulgação de artistas e compositores, difundindo no seio aracajuano o gosto pelo teatro e pela música.

José Carlos Teixeira construiu, ao longo da sua vida pública, uma história política que dignifica Sergipe, justamente face à sua conduta impecável de coerência e capacidade para enfrentar as adversidades que se interpuseram ao longo da sua caminhada, sempre na defesa da democracia, da liberdade e dos direitos do cidadão. Mesmo não podendo ser identificado como um militante esquerdista, todavia sempre foi um progressista de centro-esquerda, de viés nacionalista, convicto em suas posições políticas. E como tal, soube romper com o tradicionalismo familiar para dedicar-se de corpo e alma às causas democráticas.

Opositor ferrenho ao Regime de 64, sempre pautou o exercício de suas atividades políticas no combate às injustiças e o arbítrio, utilizando inclusive a Tribuna da Câmara Federal para denunciar corajosamente as prisões e torturas, tenham sido elas ocorridas no interior do País ou no Estado de Sergipe, como foi o caso da célebre “Operação Cajueiro” em pleno carnaval de 1976, ocasião em que alertou o Governador José Rollemberg Leite sobre as prisões arbitrárias de militantes sergipanos que estavam ocorrendo nas dependências do 28º Batalhão de Caçadores, transformado num centro de tortura. Ao mesmo tempo em que alertava o Governador, também do Plenário da Câmara dos Deputados usou da Tribuna para, listando os nomes dos diversos companheiros presos, reiterar o direito dos familiares a visitarem seus parentes.

No âmbito da política partidária em Sergipe, foi eleito Deputado Federal pelo Partido Social Democrático nas eleições de outubro de 1962, e reeleito duas vezes agora pelo MDB nas eleições de 1966 e 1974, e 1982 pelo PMDB. Nas eleições de 1970 não foi reeleito Deputado Federal, porém, excetuando o candidato eleito Francisco Rollemberg (19.026 votos), obteve um número de votos (17.498) superior aos demais eleitos pela ARENA. Quando das eleições de 1986, concorreu juntamente com Antônio Carlos Valadares e Tânia Elias Magno da Silva ao Governo do Estado, não obtendo votos suficientes para galgar o Palácio “Olímpio Campos”. Nas eleições de 1978 e 1994 candidatou-se ao Senado Federal, não obtendo votos suficientes para se eleger.

Ao longo da sua trajetória, foi proprietário de um Jornal em Aracaju e de uma gráfica no Distrito Federal, o que lhe permitiu ser eleito vice-presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas (1974-1976) e diretor da Federação das Indústrias do Distrito Federal (1979-1982). Exerceu ainda diversos cargos públicos, como Diretor de Captação da Caixa Econômica Federal (1987-1989), Prefeito de Aracaju (1986), Vice-Governador do Estado na primeira eleição do Engenheiro João Alves Filho (1991-1994) e Secretário da Cultura já no terceiro mandato governamental do Dr. João Alves Filho, último cargo público por ele exercido.

Teimando insistentemente em continuar pertencendo à cúpula que comandava o seu querido partido, o PMDB, todavia, não encontrando mais espaço para continuar convivendo com suas novas lideranças em função do choque de ideias, já no raiar do ano 2000 encerra definitivamente sua bem sucedida carreira política. José Carlos Mesquita Teixeira durante toda sua trajetória política de cerca de quarenta anos, identifica-se como o grande guerreiro das lutas democráticas, merecendo, portanto, a homenagem registrada nestas poucas linhas. Homenageá-lo é fazer justiça a este homem público que tem uma história de vida extremamente dignificante no cenário político, administrativo e cultural de Sergipe, merecendo, portanto, o nosso mais profundo respeito.

Texto reproduzido do Facebook/Antônio Samarone.

Postagem originária da página do GrupoMTéSERGIPE, de 29 de agosto de 2014.

Empresa N. S. de Fátima: Orgulho para Josino e para Sergipe.



Publicado originalmente no Memorial de Sergipe/UNIT 28/05/2013.

Empresa Nossa Senhora de Fátima: Orgulho para Josino e para Sergipe.
Por Francisco Víctor Santos de Araujo*

Josino José de Almeida nascido em 10 de março de 1910 em Campo do Brito, município sergipano localizado na Microrregião Agreste de Itabaiana, filho de agricultores, seu pai Pedro José de Almeida e sua mãe Maria da Glória Almeida. Não chegou a concluir o primário, estudando até o 3º ano em sua cidade natal. Começou a trabalhar cedo na agricultura, não demonstrando habilidades para este ofício, optou pela profissão de caixeiro viajante, o que proporcionou conhecer diversos comerciantes de cidades como Itabaiana e Lagarto, município do qual, anos mais tarde se mudou e conheceu sua esposa Edézia Teixeira de Almeida. Adotando a atividade de comerciante de tecidos e ao mesmo tempo confeccionando roupas masculinas, Josino Almeida se tornou um alfaiate muito conhecido e requisitado nas cidades de Lagarto, Itabaiana, Simão Dias, Campo do Brito e adjacências. Na oportunidade conheceu e se tornou amigo de José Martins Neto, que o convidou para ser sócio na Almeida Martins e Cia. Ltda, o que o levou a abandonar a profissão de alfaiate.

Formada em 1953 a empresa atuava no ramo de transporte, oficinas mecânica e comercio de peças, lubrificantes e combustíveis. Inicialmente apenas contava com duas marinetes. Com a exploração da linha Simão Dias / Lagarto / salgado / Aracaju, as atividades da empresa se estenderam e em 1955 José Martins Neto cedeu sua parte na sociedade a Josino Almeida, que mudaria o nome para Josino Almeida e filho Ltda, em virtude de ter o filho José Almeida como sócio. Em 1962 foram admitidos como sócios os filhos Wanderlan Teixeira de Almeida e Wanderley Teixeira de Almeida, o que alterou a razão social da empresa para Josino Almeida e Filhos Ltda. Em 1975 foi admitido como sócio o filho Valdson Teixeira de Almeida e mudada novamente a razão social para Empresa Nossa Senhora de Fátima.

A empresa tornou-se uma das mais modernas do Nordeste, tinha como referência o atendimento, a segurança e a pontualidade, teve sua frota renovada contando com ônibus Scania – Vabis e Mercedes – Benz, chegando a contar com 200 veículos e graças à concessão para explorar as linhas Simão Dias / Lagarto / Salvador / Simão Dias e Aracaju / Rio de Janeiro / Aracaju (atualmente explorada pelas empresas Viação Itapemirim e Nossa Senhora da Penha), fundou duas filiais, sendo uma no Rio de Janeiro – RJ e a outra em Salvador – BA, atendendo também cidades do interior de Sergipe como, Poço Verde, Tobias Barreto e Itabaiana e a cidades do interior da Bahia, como Paripiranga, Fátima e Cícero Dantas. Bem instaladas as filiais contavam com escritórios, oficinas e apartamentos completos para repouso dos motoristas quando em viagem para o Rio de Janeiro.

Buscando sempre ampliar suas atividades a Empresa Nossa Senhora de Fátima registrou – se na EMBRATUR, sob os números A-1/SE e A-2/SE, com a finalidade de ofertar serviços de fretamento para excursões e turismo para todo o Brasil.

Na linha Aracaju/Rio de Janeiro/Aracaju inaugurada em 1962 eram disponibilizados ônibus leito e simples. Teve grande aceitação da sociedade sergipana, já que não existia outra opção para este deslocamento, a não ser por via aérea, tendo em vista o desaparecimento dos trens e a impossibilidade de receber navios de médio e grande porte em nosso porto.

A Empresa contava com organizada diretoria, tendo como Presidente o Sr. Josino José Almeida, que com o auxilio da assessoria jurídica realizava a aquisição de novos veículos, imóveis e ampliação das linhas. O diretor administrativo era o Sr. Wanderley Teixeira de Almeida, responsável pelo escritório geral e serviços de: contabilidade, pessoal, almoxarifado, emplacamento de veículos, econômico, financeiro e treinamento de pessoal. José Almeida juntamente com sua equipe composta de motoristas, mecânicos, borracheiros, soldadores, pintores e lavadores, era o responsável da manutenção dos veículos na direção técnica da empresa. O responsável pela direção comercial era Wanderlan Teixeira que se encarregava de administrar as linhas Aracaju/Rio, Aracaju/Lagarto, Aracaju/Simão Dias e seus ramais, e Simão Dias/Salvador, também sendo responsável pela promoção de turismo e excursões. Promover o entrosamento da empresa com a administração das rodoviárias, com os Departamentos Estaduais de Transito e com a Patrulha Rodoviária Federal, cabia ao diretor de relações públicas o Sr. Vadson Teixeira de Almeida.

Na década de 1970 através da concorrência pública realizada pela Prefeitura de Aracaju, a Empresa Nossa Senhora de Fátima contando com 35 ônibus zero quilômetros, passou a atuar também no transporte coletivo de Aracaju, juntamente com a empresa Mencil Menezes e Cia, conhecida como Bomfim Urbana, que em 1981 seria adquirida pelos irmãos alagoanos Manoel Monteiro e Antônio Monteiro e em 1985 passou a se chamar Viação Progresso. As duas Empresas operavam sob regime de monopólio na exploração dos serviços. O marco divisor da área de atuação das duas empresas era a Avenida Maranhão. Ao norte operava a Fátima e ao sul operava a Progresso.

Como consequência do aumento da população de Aracaju e Grande Aracaju e o desentendimento familiar, houve em 1986 uma dissensão societária da Empresa Nossa Senhora de Fátima, dividindo-a em duas empresas: Halley e a própria Fátima. A Halley passou a atuar juntamente com a Progresso no transporte coletivo de Aracaju fazendo parte do SIT (Sistema Integrado de Transporte), que contava com dois Terminais de integração DIA e Maracaju, nascendo o Projeto Capital que foi uma parceria do Governo do Estado representado pelo então governador João Alves Filho e da Prefeitura de Aracaju na pessoa do então prefeito Jackson Barreto. Com a construção de diversos conjuntos habitacionais em São Cristóvão e Nossa Senhora do Socorro, a Fátima passaria a atuar juntamente com a viação São Pedro, empresa ligada ao Grupo Bomfim, no transporte suburbano fazendo a ligação destes complexos habitacionais ao Centro de Aracaju. Nesta mesma época ela adquiriu ônibus chassis Volvo sob carroceria Ciferal Padron Alvorada II, sendo a primeira e única a adotar esta motorização no transporte coletivo. Modelo bem apreciado pela população, por ter piso rebaixado e motor central entre-eixos, aumentando o espaço destinado aos passageiros.

Durante a gestão municipal do prefeito Wellington Paixão foram inaugurados os Terminais de integração Zona Oeste, Centro, Zona Sul, Zona Norte e Mercado. Neste momento a Fátima retorna a atuar no transporte coletivo de Aracaju, como também as empresas Nossa Senhora das Graças e São Pedro. Aracaju então passou a contar com cinco empresas de ônibus e sete terminais de integração.

No final da década de 1990 a Empresa Nossa Senhora de Fátima no seguimento de transporte coletivo de Aracaju, se dividiu em Fátima e Trans Fátima. Essa divisão tornou-se comum nas demais empresas que compõem o SIT. Na primeira década do século XXI a participação da Fátima urbana e suburbana é vendida e posteriormente a Trans Fátima, agregando sua frota e linhas urbanas e suburbanas a outras empresas do Grupo Bomfim.

A qualidade dos serviços prestados pela Empresa Nossa Senhora de Fátima rendeu a ela diversos títulos e prêmios como: “A mais atuante” dos anos de 1964, 1967, 1969, 1972, 1979 e 1980 conferidos pela opinião pública de Aracaju, Título de Empresa mais limpa do Brasil conferido pela Rede Globo em 1964, Prêmio de Melhor pintura do Brasil em 1970, conferido pela Mercedes-Benz. Também foi laureada pelo antigo Departamento Nacional de Estradas e Rodagens (DNER), hoje (DNIT) Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte, como a Melhor Empresa de Transportes a operar na Rio-Bahia.

Atualmente seguindo o exemplo deixado por Josino Almeida ao transporte de passageiros, seu filho Wanderlan Teixeira de Almeida e seu neto Wanderlan Teixeira de Almeida Junior, juntos administram a Empresa Voyage, que presta serviços de transporte intermunicipal para os municípios de Salgado, Lagarto, Simão Dias e Poço Verde. Contando também com agências de viagens em Aracaju e Salvador, a Voyage Turismo e o moderníssimo Trio Elétrico Voyage, que anima eventos a nível nacional, a exemplo o Pré-Caju.

Josino Almeida pela sua dedicação e reconhecimento, recebeu diversos diplomas de honra ao mérito, conferidos por jornais sergipanos. Teve participação na política sergipana, sendo nomeado Prefeito de Campo do Brito, Vereador eleito por Lagarto e Juiz de Paz. Foi dedicado a projetos e programas de interesse público como o Projeto Rondon dentre outros, com o apoio e patrocínio do Exercito Brasileiro, da Marinha do Brasil, da Câmara dos Diretores Lojistas, dos Colégios Jackson de Figueiredo e Nobre, da Universidade Federal de Sergipe e Associação Sergipana de Administração hoje Universidade Tiradentes.

Falecendo em 26 de julho de 1981, Josino Almeida ostentava 71 anos destes 28 dedicados ao transporte de passageiros. Sua trajetória de trabalho a frente da Empresa Nossa Senhora de Fátima, contribuiu para o desenvolvimento de nosso estado deixando um legado na sociedade sergipana tendo como reconhecimento diversas homenagens em ambientes públicos batizados com seu nome. Em Aracaju temos uma rua, uma praça e uma ponte. Em Campo do Brito uma rua também leva o seu nome. Em 2007, foi galardoado na categoria Post-Mortem da Medalha do Mérito NTU – Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano. Em 2012 foi homenageado no IV Prêmio Setransp de Jornalismo. O Memorial de Sergipe, instituição mantida pela Universidade Tiradentes também homenageia este ilustre sergipano em sua exposição permanente.

*Francisco Víctor Santos de Araujo é graduado em História Licenciatura Plena pela Universidade Tiradentes.

Texto reproduzido do site: unit.br/memorialdesergipe
Foto 1 - Reproduzida do site: setransp-aju.com.br

Foto 2 - Reproduzida do site: YouTube.

Postagem originária da página do GrupoMTéSERGIPE, de 29 de agosto de 2014.

Memória de Post do MTéSERGIPE, de 25/08/2014

Amaral Cavalcante - De Bar em Bar.

[Só conheceu este bar quem é catedrático das antigas.]

Uma Bomba de Bosta no Bar Bossa Nova

O Bar Bossa Nova fechou no final dos anos 70. Ficava na esquina do Parque Teófilo Dantas com a Rua Arauá, onde algum tempo depois o arquiteto Rubens Chaves construiu o incompreensível Hotel Tropical.

Naquele tempo, aquela esquina era privilegiada! Caminho da molecada subindo a Rua Própria para os brocossós da Caixa D’Água, bem como dos playboys do bairro São José, voltando às suas elegantes platibandas pela Rua de Arauá.
O Bossa Nova era a última esperança de um gole a mais na encruzilhada.

O Bar não era lá essas coisas Oferecia pinga de teor letal aos biriteiros ferrados e toda a sorte de bebidas quentes aos aficcionados. Além do Capim Santo e do Milone, havia o conhaque Domeck para queimar o gogó, a Catuaba com mel e limão pra remédio dos brônquios e a esbelta vodka Orloff, imprescindível a uma doce caipirinha. Para os mais abastados, um uísque Old Hewitt em copo de refresco com raros cubos de gelo e um guardanapo. Rara finesse.

No quintal ao lado, em precárias mesinhas de ferro, a bodega oferecia galinha assada com macarrão e farofa para o rango da madrugada. A clientela mudava ao sabor do horário e, lá pras tantas, servia a cabarezeiros desnorteados, esquálidos trabalhadores da noite, mulheres da vida e também a nós, a turma do Parque, consagrados à revolução de costumes do ideário Hippie e comprometida com tudo o que entediamos como sendo contracultura.
Nosso primeiro gesto de liberdade era encher a cara.

Seu Isack, o dono, era gordo e simplório. A vida toda ajeitando um chapéu de feltro, bege, barreado de lodo e suor. Quando falava era pra reclamar da carestia, que nem jabá se pode mais comer, e onde é que vamos parar! Gostava de uns, de outros não. De nós, fregueses de um prato pra dois, ele sempre deixou claro: queria era distância. E nos recebia com tuncos e complicações, tipo só boto um garfo! Avia que eu já tô fechando! Mas a nós, que não estávamos nem um pouco aviados, competia tezá-lo até o cu fazer bico.

Um dia o amigo Tatau, único de nós que andava arregado em cima de um jeepão pego nas manhas da garagem de um tio militar, cismou desses maus tratos e tramou a ação terrorista batizada como “Bomba de bosta”, contra a discriminação reinante no Bossa Nova e pela afirmação da nossa impoluta malandragem.

A bomba de bosta é o seguinte: você caga três dias dentro de uma meia e vai compactando. Depois, fura um buraquinho no dedão e pronto. Ao chegar ao local, é só pegar com jeito e zuni-la circulante por cima da cabeça. Ai, um filetinho de bosta sai pra tudo que é lado, com um fedor da moléstia e implícita desmoralização.

Pois assim foi feito.

O Bossa Nova passou dois dias se lavando.
Depois, fechou.

Amaral Cavalcante - 27/11/2008.

Postagem originária da página do GrupoMTéSERGIPE, de 25 de agosto de 2014.

O “Esquadrão".


Publicado originalmente no Facebook/Fan Page/Petrônio Gomes.

O “Esquadrão".
Por Petrônio Gomes.

O Quartel do 28º “Batalhão de Caçadores” ficava onde hoje está situado o Hotel Pálace, aliás, onde esteve, na Praça General Valadão, que naquele tempo era chamada “Praça da Cadeia”, tendo em vista que a Cadeia também funcionava ali, no lugar onde se ergue o Palácio Serigy. Precisamente às vinte e uma horas, ouvíamos o toque da corneta, anunciando a “revista”. Era muito próxima nossa residência, ali na rua “João Pessoa”, depois “José do Prado Franco”. Morávamos nos fundos do Café Aragipe, mas no tempo em que o Quartel do Vinte e Oito lá estava, o Café se chamava ainda “Café Santa Terezinha”.

Juntamente com o toque da corneta, estava implícita a ordem de silêncio na cidade, embora o regulamento daquela unidade do Exército nada tivesse a ver com os costumes da província. O que é certo é que os últimos frequentadores da praça General Valadão costumavam ir saindo de mansinho, e em poucos minutos, o recanto ficava deserto.

Meia hora depois, ouvíamos o ruído dos cascos dos cavalos da Polícia Militar em sua ronda costumeira pelas ruas centrais da cidade. Poucas ruas de Aracaju eram, então, pavimentadas com paralelepípedos. O atrito dos cascos contra o granito costumava, às vezes, arrancar faíscas, uma coisa muito natural para os adultos, mas impressionante para as crianças...

Vi, certa vez, um cavaleiro a soltar as rédeas do animal que partiu em perseguição a um fugitivo. Eu já estava vestido para dormir, a rua estava às escuras, tudo, enfim, contribuía para ressaltar o fogo rápido das faíscas. Desde então, fiquei associando aquele espetáculo noturno ao sentimento mais ou menos confuso de ‘segurança”.

O que eu havia presenciado fora apenas um ato rotineiro de uma unidade de cavalaria da Polícia Militar, que a cidade batizou de “Esquadrão”. Para cada área da cidade, eram designados alguns soldados que deveriam fazer a ronda noturna, constituindo o que hoje se chama de “policiamento ostensivo”. Era uma espécie de Rádio Patrulha da época, naturalmente sem os recursos e sem o alcance de hoje. Mas costumava dar certo.
O “Esquadrão” simplesmente não conversava fiado com desocupados. Sua ordem consistia em lembrar os retardatários de que já havia chegado a hora de dormir e pronto. Qualquer cidadão recostado à porta de uma loja que já estivesse trancada, fumando e olhando para os lados, seria passível de uma ordem vexatória. Os casais que estivessem também de um lado para o outro, sem saber onde deveriam ficar para contar seus segredos, seriam igualmente convidados a tomar a ‘marinete” e voltar para as respectivas residências (“Marinete” era um ônibus que usava calças curtas).

Sei que os tempos eram outros, desculpem-me todos. Não havia o pesadelo das drogas, a população era menor, não existiam os acenos a mil distrações proibidas. Nossos costumes determinam, em grande parte, a intensidade dos nossos sofrimentos. Quando eu testemunhei a perseguição do cavaleiro dentro da noite, o Secretário de Segurança era conhecido como “Chefe de Polícia”. Parece que vem dar no mesmo, mas não é bem assim...

Com um pouco de boa vontade, notaremos que a terminologia que usamos obedece também às circunstâncias, refletindo nossas fraquezas e nossos anseios. Quando a gente dizia “Chefe de Polícia”, todo mundo entendia que ele tinha autoridade para resolver a parada de qualquer maneira. O mesmo não acontece com “Secretário de Segurança Pública”, a quem todo mundo acha que pode pedir explicações, pois que não é Chefe de coisa alguma...

Com o “Esquadrão” também era assim. Ninguém tinha tempo de discutir, quando o cavalo vinha disparando atrás dele...

Imagem: historiacolegiosenadora.blogspot.com.br
Texto e foto reproduzidos do Facebook/Fan Page/Petrônio Gomes.


Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 30 de agosto de 2014.

Grupo "Minha Terra é SERGIPE", 3 Anos



Grupo Minha Terra é SERGIPE.

"Parabéns Armando Maynard pelo aniversário de 3 anos do grupo, completados no último dia 14/08/14". (Wagney Aragão Souza).

Postagem originária da página do GrupoMTéSERGIPE, de 25 de agosto de 2014.

Dep. Antônio Torres Junior e o candidato Jânio da Silva Quadros

Postagem originária da página do GrupoMTéSERGIPE, de 7 de maio de 2012.

Sinval em sua formatura...


"Eduardo Cabral, Sinval Aragão Almeida, Joventina Almeida, Dalva Aragão Almeida, vejam essa foto aí. Formatura do Ginásio Francisco Dantas (Riachão do Dantas). Sinval discursando como orador da turma, e atrás de terno, meu falecido pai Otaviano Oliveira de Souza". (WAS).

Postagem originária da página do GrupoMTéSERGIPE, de 6 de dezembro de 2012.

Largo Esperanto, antes da construção do Grande Hotel


Postagem originária da página do GrupoMTéSERGIPE, de 23 de março de 2012.

Á memória do Grupo Imbuaça

Á memória do Grupo Imbuaça

A passagem de Bemvindo Sequeira por Sergipe acabou influenciando na criação do mais importante grupo teatral em Sergipe, o Imbuaça, primeiro a conquistar públicos internacionais para a nossa arte cênica. Duas vertentes se formaram da experiência do Teatro Livre da SCAS, criado por Bemvindo: o Imbuaça e o Teatro de Virgínia Lúcia Menezes, abordando causas políticas a serviço da população sem voz. Um teatro com objetivos políticos, conforme nos ensinara Bemvindo.

O que remeteu o Grupo Imbuaça ao reconhecimento internacional foi a sua capacidade de desmunicipalizar-se, de absorver técnicas e práticas teatrais universalizadas, de colocar Sergipe orgulhosamente se exibindo com as cores do seu inusitado tropicalismo, crescendo em cores e dramaturgia nos chãos do mundo, para que o mundo conhecesse o nosso tom de voz e a tonalidade da nossa arte.
E em fazendo assim, o Imbuaça acertou em cheio.

Porque, definitivamente, nunca haverá uma arte genuinamente sergipana, alguma prática cultural dissociada do todo, qualquer prática provinciana que nos remeta a alguma exclusividade, nada que nos leve a pretender que haja uma “Arte Eminentemente Sergipana” . Mas haverá sempre a arte humana pipocando aqui e ali, liberta e sem fronteiras.

Hoje, como sempre sob a orientação de Lindolfo Amaral, o Imbuaça é uma grife incomparável na cena teatral sergipana e um significativo momento para todos nós.
Aos 27 anos de atividade, não há quem não se orgulhe do Grupo Imbuaça.

Amaral Cavalcante – agosto/2014.

Postagem originária da página do GrupoMTéSERGIPE, de 29 de agosto de 2014.

Na marinete da Fátima

Foto reproduzida do blog imagensdeontem de Floriano Santos Fonsêca.

(História levinha).

Na marinete da Fátima.
Por Amaral Cavalcante.

Quando a marinete da Viação Nossa Senhora de Fátima subia a Ladeira de Roque para alcançar a Praça da Matriz, em Simão Dias, buzinava com tanto espalhafato que o meu coraçãozinho infante se espatifava em ansioso alvoroço.

Chegava finalmente em casa, depois de uma tortuosa viagem em estrada de brita, sacolejando a curiosidade pelos pastos e grotas. Grandes manadas, santas cruzes dolentes, casinhas de sopapo e casarões avarandados, gente no eito ou na preguiça das redes, adeuses, cenas esquisitas que passavam céleres na imprecisão da paisagem. Desde Itaporanga, onde eu fora entregue pelas tias avós aos cuidados de Seu Didi, cobrador e confiável mensageiro de embrulhos e encomendas, eu enfiara o nariz na janela, ávido expectador de inusitados cenários.

O que me incomodava era o temor de vomitar na marinete, empestiando tudo com o azedume da minha última comida. Mas eu viajava guarnecido por uma porção de cascas de laranja, santo remédio que a sabedoria das velhas tias prescreviam para tais incômodos. Bastava esfregar no nariz, e pronto! O enjoo já era.

Dava para aguentar as dezenas de paradas, ora no meio do nada, ora em precárias lanchonetes de parada obrigatória, onde muita gente descia para um pastel, um ovo cozido, uma coxa de galinha precedida por um solene arroto de Coca Cola.

Durava quase um dia essa viagem.

Já detardinha chegávamos ao coração de Simão Dias, a Praça Barão de Santa Rosa. E era exatamente na Ladeira de Roque, quando o motorista buzinava espalhafatoso para que toda a cidade o ouvisse, que, finalmente, tínhamos certeza de que chegáramos em casa.

Lá em cima, depois de uma volta triunfal por trás da igreja, a marinete parava bufando em frente ao Abrigo de Juca Bracinho, diante dos rostos queridos da família que nos esperava.

De modo que a Ladeira de Roque Boca Preta, onde ele mantinha sua oficina de moldar enxadas e estrovengas e onde nenhum menino deveria ir, sob pena de virar carvão, era, também, o lugar da alegria da marinete ao nos anunciar, finalmente, a chegada na doce e querida Simão Dias.

Amaral Cavalcante - Agosto/2014.

Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 24 de agosto de 2014.

Homenagem a Marcos Prado na posse da SOBRAMES/SE.




HOMENAGEM A MARCOS PRADO NA POSSE DA SOBRAMES.

Escolhido como Presidente de Honra da Sobrames Sergipe, o médico Marcos Prado Dias, falecido em 2012 e fundador da entidade no ano 2000, será homenageado na sessão de posse da diretoria da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - Regional Sergipe, que acontece nesta sexta-feira, (29 de agosto/20140, às 20 horas, no auditório da Somese. Além da projeção de imagens em vídeo do saudoso médico, será apresentada ao vivo composição musical de sua autoria.

Comandará a Sobrames nos próximos dois anos, o médico Lúcio Antônio Prado Dias, que promete dar sequência às atividades desenvolvidas pelo irmão, com a realização de saraus mensais e o desenvolvimento de ações que visam humanizar a Medicina, em consonância com as diversas manifestações artísticas.

Para a solenidade de posse, que contará com muitas surpresas, estão confirmadas as presenças dos presidentes da Sobrames do Paraná, Bahia, Ceará e Pernambuco.

A Sobrames Sergipe recomeça forte suas atividades, com 60 médicos associados.

Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 29 de agosto de 2014.

sábado, 23 de agosto de 2014

Moema Maynard, Leilinha Garcez...


Postagem originária da página do Facebook/GrupoMTéSERGIPE, de 23 de agosto de 2011.

Colegas do Atheneu de Dora Garcez


Postagem originária da página do Facebook/GrupoMTéSERGIPE, de 25 de agosto de 2011.

Izabel Nascimento - cordelista


Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 3 de agosto de 2014.

Novo Parque dos Cajueiros, em Aracaju


Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 27 de abril de 2012.

Maria Isabel de Avelar Elias, Miss Sergipe 1964


Maria Isabel de Avelar Elias, Miss Sergipe 1964. No Concurso Miss Brasil do mesmo ano classificou-se em terceiro lugar, foi eleita Miss Fotogenia e o seu traje típico foi considerado o mair original. Foi a Londres participar do Miss Mundo e conseguiu o quarto lugar.

Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 23 de abril de 2012.

O Nosso Brasão, de autoria de Florival Santos


Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 17 de março de 2012.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Antiga casa da Rua Itabaiana, em Aracaju


Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 2 de outubro de 2011.

Mercado Municipal de Aracaju, antes da revitalização


Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 17 de outubro de 2011.

Fausto Cardoso - A Escola do Recife e a Política


Publicado originalmente no Portal Infonet/Blog Luíz Antônio Barreto, em 26/08/2006.

Fausto Cardoso - A Escola do Recife e a Política.
Por Luiz Antônio Barreto.

A morte trágica de Fausto Cardoso, ocorrida há exatos 100 anos, no dia 28 de agosto de 1906, cobriu Sergipe de luto e tirou momentaneamente dos sergipanos a idéia de luta, de afirmação, de busca de unidade social para construir alternativas livres. A liberdade, valor aperfeiçoado pela história humana, difundida como uma conquista depois da Revolução Francesa, era um princípio aglutinador nas quadras mais importantes da vida brasileira. A liberdade esteve associada aos primeiros gestos de fuga, dos negros da Guiné que eram escravos na Bahia, e que em Sergipe, com índios e colonos aventureiros, organizavam suas Santidades, estado próprio de resistência e de sobrevivência. A liberdade pareceu estar na reação dos grupos indígenas, abordados, catequisados, mortos e expulsos de suas terras, na conquista empreendida em 1590 e assim prevaleceu ao longo do tempo, como um bem sem proprietários, um gesto audaz a fazer prevalecer interesses próprios, como aqueles que motivaram a Emancipação Política de 1820 e a acelerada organização da sociedade sergipana. É certo que os fundamentos da sociedade de Sergipe livre e desanexado da Bahia não significava a coesão de propósitos, mas um compromisso que aperfeiçoou-se com a marcha da história, marcando com traços fortes o caráter dos sergipanos.

O traço de inteligência, superando limitações do meio, deu visibilidade a Sergipe, mercê de muitos filhos da terra, que migraram em busca de conhecimentos e exerceram, pela capacidade crítica, influências fundadoras da cultura política brasileira, com radicais desdobramentos nas diversas áreas em processo no Brasil.

Tobias Barreto, professor e admirador de Fausto Cardoso, e que o teve como discípulo dileto, contestou a junção de liberdade, igualdade e fraternidade, legada pelo iluminismo da França. Para Tobias, a fraternidade era descartável, por ser um atributo de fundo religioso, sendo “a liberdade era um direito, que tende a traduzir-se no fato, um princípio de vida, uma condição de progresso e desenvolvimento”, enquanto a igualdade, para o mestre sergipano, “nem é um fato, nem um direito, nem um princípio, nem uma condição.” E finaliza Tobias, na sua crítica: “A liberdade é alguma coisa de que o homem pode dizer eu sou, a igualdade alguma coisa, de que ele somente diz: quem me dera ser.” Achille Occheto, influente Secretário do Partido Comunista Italiano, deputado e senador vitalício, disse em 1989, em entrevista a Ferdinando Adomato, publicada na Revista Isto É, Senhor, de 22 de fevereiro, que “A Revolução Francesa proclamou liberdade e igualdade.

Mas em que medida esses dois termos conseguiram conciliar-se efetivamente nas sociedades do século passado? Em quase nada. A liberdade logo concedida cedo se encontrou em contradição com uma igualdade quase nunca alcançada, quase sempre traída. Eis aí: a Revolução de Outubro (de 1917), longe de resolver esta contradição, a exasperou, forçando os sentidos de igualdade. Assim, distanciou-se ainda mais da solução. Resultado: hoje temos ainda de enfrentar a tarefa de realizar de verdade a Revolução Francesa, integrando igualdade e liberdade. Esse é ainda o grande problema das sociedades modernas do fim do século XX.”

A vida de Fausto Cardoso é um hino à liberdade, desde que nos bancos da Faculdade de Direito do Recife e no seu jornal Sahara, editado na capital pernambucana, abraçou as lições mais novas das ciências, da filosofia, e da história. Sua ligação com a Escola do Recife, movimento de emancipação mental do Brasil, como diria, depois, Graça Aranha lembrando Tobias Barreto no seu Concurso para professor, manteve-se firme, mesmo quando novos caminhos eram abertos pelos sistemas que varriam do mundo velhas teorias. A tragédia que vitimaria Fausto Cardoso, também tinha origem no Recife, onde Olímpio de Souza Campos decidiu trocar a Faculdade de Direito, onde seguiria o caminho aberto pelo seu irmão Guilherme de Souza Campos e pelos amigos, que depois se tornaram correligionários, Pelino Nobre e Coelho e Campos, pela formação eclesiástica. A Igreja Católica esboçava, com o Concílio Vaticano, sua dura reação contra o cientificismo, que conquistava, dia a dia, mais adeptos. Para estancar a vazão dos debandados, o Concílio aprovou o Dogma da Fé e a Infalibilidade do Papa. Ou seja, a ciência precisava demonstrar os seus avanços, diferentemente da religião, para a qual bastava crer, pois o Papa, infalível, respaldaria as crenças.

Em 1881 o jovem padre Olímpio de Souza Campos, aos 28 anos, era já Vigário da Matriz de Aracaju e protagonizou um debate ideológico, a propósito da reforma de ensino decretada pelo presidente da Província, o positivista paraense, ex aluno da Faculdade de Direito do Recife, e bacharel pela escola jurídica de São Paulo, Herculano Marcos Inglês de Souza, também nascido em 1853, que deixava de fora o ensino religioso. O Vigário da Matriz considerou despropositada a reforma, fez críticas públicas e chegou a oferecer-se, gratuitamente, como professor, caso o corte da disciplina se devesse a falta de condições da Província. A discussão, pelos jornais, e no púlpito, radicalizou posições e atraiu outras pessoas, além do presidente Inglês de Souza e do padre Olímpio de Souza Campos. Na seqüência dos fatos, Inglês de Souza foi mandado para o Espírito Santo, para presidir aquela Província, enquanto o Vigário da Matriz resolveu ingressar na política, candidatando-se pelo Distrito de Estância, que englobava a sua terra – Itabaianinha – a uma vaga na Assembléia Provincial, com o firme e inabalável propósito de apresentar projeto de lei para restituir à grade curricular da Escola Normal o ensino de religião. E assim foi. E foi muito mais, pois o deputado Olímpio Campos arregimentou adeptos e seguidores, ocupou espaços, ampliou sua influência na imprensa, principalmente com a Gazeta do Aracaju, O Estado de Sergipe, e a Folha de Sergipe e conquistou outros mandatos, como partidário do Império e como republicano por adesão, ganhando a Intendência de Aracaju e elegendo-se presidente da Assembléia Constituinte estadual, que elaborou a Constituição de 18 de maio de 1892.

A divergência ideológica entre o grupo no qual Fausto Cardoso pontificava e o padre Olímpio Campos aumentou, na medida em que o filósofo nascido em Divina Pastora abandona o Estado, fixando-se no Rio de Janeiro, de onde assistiu os acordos feitos entre Martinho Garcez e Olímpio Campos, que beneficiou a Silvio Romero e a ele próprio, com mandatos de deputado federal, e que, de outro lado, levava o padre ao Governo do Estado. Os católicos influentes pensavam num Partido Católico, enquanto Fausto Cardoso fundava o Partido Progressista. Fausto Cardoso construída, na Câmara Federal e na Capital Federal uma imagem de grande tribuno e de advogado conceituado, Olímpio Campos mantinha o controle do Estado, com seus sucessores: Josino Menezes e Guilherme de Souza Campos, seu irmão mais velho, desembargador do Tribunal de Relação desde 1892, presidente do Estado, tendo como vice Pelino Nobre. Nada que aplacasse as divergências, mas tudo que fomentava o confronto inevitável de 1906. O clamor de liberdade mais uma vez nutria os sergipanos, sendo Fausto Cardoso, apesar de ausente, o caudatário dos anseios mais legítimos de arrancar o Estado do atraso, da oligarquia conservadora, da violência administrativa, do medo imposto pela polícia do Estado. O povo organizou-se antes da chegada do líder e preparou-se para vir a capital com o objetivo claro de tomar o Poder do grupo olimpista, entregando-o nas mãos de Fausto Cardoso. E assim foi. Diante da multidão disposta, Guilherme de Souza Campos e Pelino Nobre preferiram renunciar, perante o Capitão dos Portos, que era a mais alta autoridade federal no Estado. Normalizou-se, de certo modo, a revolução, com a formação de um Governo Provisório, entregue ao desembargador João Loureiro Tavares, que interinamente presidia o Tribunal de Relação, a partir do dia 10 de agosto de 1906. O desembargador baixou o Decreto 541, em 13 de agosto, convocando, extraordinariamente, a Assembléia Legislativa para apreciar as renúncias de Guilherme de Campos e Pelino Nobre. Enquanto em Sergipe a revolução transcorria recebendo adesões, na capital federal o padre Olímpio Campos e seus aliados tratavam de transformar a renúncia em ato puro e simples de deposição, pedindo forças federais para repor as autoridades afastadas. A chegada das forças legalistas, comandada pelo general Firmo Rego, elevou o clima das disputas pelo Poder estadual. Fausto Cardoso, chegando do interior para assumir o comando revolucionário, questionou o papel das tropas armadas, desafiou o brio do Exército e terminou trucidado pelo Ajudante de Ordens da operação, o Alferes Franco. Com Fausto Cardoso tombou o saveirista Nicolau, figura popular também ávida por liberdade.

Agonizando na praça que depois recebeu o seu nome, cercado de amigos e admiradores, homens, mulheres e crianças que lotavam o centro da cidade, Fausto Cardoso transbordou-se e com ele a alma sergipana. Seu legado está na frase imortalizada com a sua morte: “A liberdade só se prepara na história, com o cimento do tempo e o sangue dos homens.” Na verdade, a frase é outra, e está contida no discurso que pronunciou em 9 de julho de 1902, e que ficou conhecido como Lei e Arbítrio: “A liberdade só se prepara na história com o sangue dos povos, o esforço dos homens, o cimento dos tempos. E se ela não é o preço de uma vitória, não é liberdade, será tolerância, favor, concessão, que podem ser cassados, sem resistência, que se revista do Poder. Não gera caracteres nem cria personalidade. Enerva, dissolve, abate, humilha, corrompe e transforma os povos em míseras sombras.”

A idéia e o sentido da liberdade marcam a biografia de Fausto de Aguiar Cardoso, poeta, jurista, pensador, revolucionário, sergipano que soube interpretar as mais íntimas aspirações de sergipanos. Sua morte, em 28 de agosto de 1906 não apenas permitiu o retorno de Guilherme de Campos e de Pelino Nobre ao Poder do Estado, a vingança dos seus filhos contra Olímpio Campos, em 9 de novembro do mesmo ano, no Rio de Janeiro,a modificação da lei das aposentadorias, e a aposentadoria do desembargador João Loureiro Tavares, em 1907, a reaglutinação das forças reacionárias e conservadoras para novos embates, serviu para exaltar e fixar posições libertárias, dosadas pelo itinerário que as gerações de intelectuais sergipanos traçaram, em todo o Brasil e que é a maior herança deixada às novas gerações de Sergipe.

Foto e texto reproduzidos do site: infonet.com.br/luisantoniobarreto

Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 20 de agosto de 2014.

Músicos falam sobre o legado cultural deixado por Rogério

Mingo e Amorosa lembram do amigo Rogério.
Foto: Marina Fontenele/G1.

Publicado originalmente no Portal de Notícias G1 SE.

Músicos sergipanos falam sobre o legado cultural deixado por Rogério.

Rogério ficou conhecido nacionalmente por sua paixão pelo forró, carisma e musicalidade. Ele era natural da cidade de Estância e conquistou o país com a música ‘Sergipe é o País do Forró’. O sucesso arrebatou os corações dos sergipanos e se tornou um hino no período junino no estado. Nos anos 80, o cantor foi figura cativa em muitos programas de TV onde cantou as belezas e os encantos do seu estado de origem. A música marcou a vida de Rogério e influenciou os passos do filho Pedro Luan que, como ele, seguiu a carreira artística.

Confira os depoimentos dos músicos sobre o legado cultural do cantor:

“É uma perda muito grande para Sergipe, para a música sergipana e com certeza a partida de Rogério deixa um vazio muito grande em todos os artistas que conviveram com ele, assim como eu. O legado que ele deixa é enorme e para mim a saudade será grande, já que éramos amigos de longa data. Cantamos uma música juntos no último DVD dele e essa lembrança, além de muitas outras guardarei com todo o carinho na memória”, disse o músico Erivaldo de Carira.

“Ele foi o artista que mais representou o nosso estado e os nossos festejos juninos a nível nacional”, disse o músico Luiz Fontineli.

“Rogério acordava com música, comia música, pensava música e respirava música. Era realmente um autentico profissional de música pela paixão e garra. Apesar de ter 57 anos ele era um espírito jovem, ativo e sempre pronto para fazer shows e o próximo será o que vamos fazer para ele. A memória dele se mantém na história de Sergipe e eu não tenho dúvidas de que o povo vai guardar ele sempre na memória”, lembra Antônia Amorosa.

“Nos conhecemos em 1982, quando ele tinha um grupo de musicas cover e fazia um show no Iate Clube de Aracaju. Na ocasião, eu tinha uma musica que fazia o registro da situação dos mangues. E alguém falou que eu era compositor e ele me chamou no palco, me apresentou e destacou meu disco. Ele saiu de mesa em mesa vendendo o compacto que eu havia levado e ali começou a nossa amizade. Rogério gravou músicas minhas e é uma pessoa que tenho uma grande gratidão. Em ‘Sergipe é o País do Forró’ ele lembra que Sergipe é um país de grandes forrós, que existem ritmos que não são conhecidos na nossa cultura. Ele queria dizer que nós tínhamos um pais de forró aqui dentro, para que os nossos autores tomassem conta do que temos espalhado em tantos municípios”, destacou o cantor e compositor Mingo Santana.

“Rogério é como é um patrimônio, que defendeu a música em território nacional. É uma perda imensurável para o estado, já que ele defendeu a nossa cultura musical”, disse a cantora Joseane de Josa.
"Ele era um parceiro. Sergipe está pertendo um grande artista. Fica o trabalho de Rogério para a imortailidade", destacou Valtino...

“Ele permanecerá sendo um grande artista sergipano. O dono do slogan ‘Sergipe é o País do Forró’. Eu que sou forrozeiro sempre gostei do seu trabalho. Rogério fez um trabalho que deve ser motivo de orgulho para a música sergipana”, disse o músico João da Passarada.

“Para mim a marca de Rogério e a grande contribuição dele para projetar a música sergipana no cenário nacional, foi a música ‘Sergipe é o País do Forró’, que se tornou um verdadeiro hino e fez com que todo o país conhecesse e valorizasse o forró, raiz do povo sergipano. Ele tinha uma musicalidade especial e já havia experimentado o axé, mas foi no forró, que definitivamente ele se encontrou como artista e alcançou o sucesso. Deixará muita saudade para todos nós músicos sergipanos”, disse o músico Antônio Carlos Du Aracaju.

Trecho extraído de reportagem de
Denise Gomes e Joelma Gonçalves do G1 SE.

Imagem e trecho de reportagem reproduzidos do g1.globo.com/se

Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, 21 de agosto de 2014.