terça-feira, 31 de julho de 2012

Beco dos Cocos, Próximo ao Mercado Municipal

BECO DOS COCOS, próximo ao Mercado Municipal, em Aracaju-SE.
Aqui, em alguns prédios, tempos atrás, as noites eram 'muy calientes'.
Foto: Michelle de Paula

Postagem  original na página do Facebook, em 27 de Julho de 2012.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Maria Augusta Maynard (.... - 2012)

Eis que a família Maynard é mais uma vez enlutada. Faleceu hoje (25/07/2012) a prima MARIA AUGUSTA (irmã de Júlio Maynard, morto na semana passada, 20.07.2012), a mesma já vinha doente a dias. O enterro será às 16h00 na "Colina da Saudade".

Postagem original na página do Facebook, em 25 de Julho de 2012.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Marinete da Empresa Nossa Senhora de Fátima de Sergipe

Até o início dos anos 50, Lagarto não tinha uma empresa de ônibus que fizesse o transporte regular de passageiros para Aracaju. “A partir de 1953, nasce a Empresa Nossa Senhora de Fátima”. (Do blog imagensdeontem de Floriano Santos Fonsêca).

Postagem original na página do Facebook, em 13 de Abril de 2012.

Antiga Barbearia no Mercado Municipal de Aracaju

Antiga Barbearia do Mercado Municipal. Foto de Valeria Marchello.

Postagem original na página do Facebook, em 6 de Abril de 2012.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Painéis de Jenner Augusto, no Antigo Prédio do Cine Palace



* Fotos de parte do painel de Jenner Augusto, pintado e preservado nas paredes laterais do antigo prédio do Cine Palace, extraídas do álbum de Luiz Eduardo Oliva, no Facebook.

"Foi com grande emoção, que no dia 26 de Janeiro de 2011, depois de passados mais de doze anos, pude voltar ao prédio do antigo CINE PALACE. Acompanhado gentilmente pelo seu novo proprietário, que me levou ao mezanino da futura instalação de sua nova loja, para que eu pudesse rever no mesmo espaço onde funcionava a sala de exibição do extinto cinema, as pinturas que adornam suas duas paredes laterais, que agora poderão ser vistas bem de perto, pois as pinturas ficaram na altura do andar, separadas por um vão aberto e protegido por um corrimão. São pinturas do artista plástico sergipano Jenner Augusto (1924 - 2003), até hoje preservadas. Obra considerada patrimônio de todos os sergipanos" (Armando Maynard)

Postagem original na página do Facebook, em 23 de Julho de 2012.

domingo, 22 de julho de 2012

Mural de Eurico Luiz no Parque dos Cajueiros, em Aracaju

Pintura do artista plástico Eurico Luiz, Parque dos Cajueiros - Aracaju. Foto: Arthur Leite.

Postagem original na página do Facebook, em 18 de Julho de 2012.
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=4085132843256&set=o.259696634059007&type=3&theater 

Inauguração do Batistão, em 9 de Julho de 1969

Fotos: Lineu/Reproduzido aqui da Infonet

"Aracaju parou no dia 9 de julho de 1969 e não foi só porque a Seleção Brasileira de Futebol (incluindo o rei Pelé) estava na cidade. Era dia de inauguração do estádio Lourival Baptista, o Batistão, e grande parte da população de pouco mais de 150 mil habitantes estava curiosa para ver aquele que já era considerado o mais moderno estádio das regiões Norte e Nordeste do país". (infonet/esporte).

Postagens originais na página do Facebook, em 21 de Julho de 2012.

Júlio Augusto Maynard Garcez (1946 - 2012)

Júlio Augusto Maynard Garcez, com sua neta no colo. 
Foto do álbum do Facebook de Felipe Garcez.

Postagem original na página do Facebook, em 22 de Julho de 2012.
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=461116807240772&set=o.259696634059007&type=1&theater

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Publicado originalmente no Portal Infonet, em 21/07/2012.

Irmão de ex-secretário da SSP é sepultado neste sábado
Polícia crê, mas família descarta possibilidade de latrocínio

 Corpo foi sepultado no cemitério Colina da Saudade (Fotos: Portal Infonet).



O corpo do engenheiro civil Júlio Augusto Maynard Garcez, 65, que faleceu ontem em Divina Pastora após ser baleado em uma emboscada, foi sepultado às 10h deste sábado no cemitério Colina da Saudade. Na ocasião, familiares e amigos estiveram presentes para prestar suas últimas homenagens ao empresário, irmão do ex-secretário de segurança pública, José Garcez Vieira Filho.

Segundo o sobrinho da vítima, Augusto Maynard, a família descarta a possibilidade de latrocínio (roubo seguido de morte), hipótese defendida nos primeiros momentos do crime. Augusto Maynard diz que nada foi roubado durante a ação dos bandidos. “Meu tio foi a sua fazenda realizar o pagamento de seus funcionários e estava com uma quantia alta dentro do carro. Porém, mesmo tendo sido atingido, nenhum suspeito roubou o dinheiro ou qualquer outra coisa”, relatou o sobrinho.

Aerton Menezes Silva, amigo da família, ressaltou o clima de insegurança existente nos últimos anos e lamentou a morte do empresário. “Estou muito triste com o falecimento de Júlio, e a notícia de sua partida me atingiu tanto, que é como se ele fosse um membro da minha própria família. Ele era um homem muito íntegro, um bom chefe de família e bastante trabalhador”, disse Aerton, para quem o engenheiro foi de grade importância para o Estado.

Investigações

De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), o delegado responsável pelas investigações é Jonathas Evangelista. “Com relação à caracterização do crime, tudo leva a crer que foi uma possível tentativa de latrocínio, pois o empresário estava com uma grande quantia de dinheiro dentro do carro”, informou a SSP.

Por Monique Garcez e Cássia Santana.

Texto e foto reproduzidos do site: 
infonet.com.br/cidade

"Aracaju de Tototó", Rio Poxim, em Aracaju-SE

"Aracaju de Tototó", Rio Poxim, em Aracaju. Foto Márcio Garcez.

Postagem original na página do Facebook, em 23 de Março de 2012.

Campo Verde da Zona Rural, no Município de Itabaiana-SE

Bonito campo verde da Zona Rural no município de Itabaiana-SE.
Foto reproduzida do site sergipecc.blogspot

Postagem original na página do Facebook, em 22 de Julho de 2012.

Imagem do Satélite - Destaque Para Aracaju e Rio Sergipe

Imagem do Satélite de Sergipe, destacando Aracaju e o Rio Sergipe.
Foto reproduzida do site sergipecc.blogspot

Postagem original na página do Facebook, em 22 de Julho de 2012.

sábado, 21 de julho de 2012

Júlio Augusto Maynard Garcez (1946 - 2012)

Foto reproduzida do álbum de Liana Maynard, no Facebook.

Ontem (20.07.2012), aconteceu um fato trágico na família Maynard, meu primo Julio Maynard, foi vítima de um assalto em sua fazenda e terminou assassinado.
Na foto, com seus irmãos, ele é o segundo da esquerda para direita, ladeado por José (Zé Lourinho), Alberto (Beto), Maria Lygia, Maria Augusta e sua mãe Lygia Maynard (falecida), a primeira a esquerda, sentada.
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Júlio Maynard, vida de engenheiro
Por Osmário Santos, em 23.03.2003

"Profissional dos mais conceituados tem uma intensa atuação no esporte náutico
Júlio Augusto Maynard Garcez tem seu nome inspirado nos avôs: Júlio Vieira de Andrade, paterno, (O “Seu Julinho do Alambique” dos Pintos – Riachuelo) e Augusto Maynard Gomes, materno (O General Maynard, herói do Tenentismo na Revolução de 1930, interventor e senador de Sergipe).
Júlio Garcez nasceu a 2 de setembro de 1946 na Av. Ivo do Prado, nº 670, Aracaju-Sergipe, pelas mãos da Parteira Marília.
“Na casa ainda hoje de propriedade de minha mãe, aonde passei minha infância, e juventude, com enorme quintal e suas fruteiras (mangueiras, goiabeiras, coqueiros, pitangueiras, sapotizeiros) e com sua eterna vista para o Rio Sergipe”.
Seus pais: José Garcez Vieira e Lygia Maynard Garcez. Ele, empresário e pecuarista. Inovador, trouxe para Sergipe a Revenda Ford, fundou a fábrica de sabão Celeste em Sergipe e na Bahia. Foi pioneiro em inseminação artificial animal, além do lado político, foi prefeito de Aracaju e deputado federal. “Meu pai era o primogênito de doze irmãos e para trabalhar saiu de Riachuelo. Morava inicialmente em uma “república” no bairro Industrial, começou trazer seus irmãos para trabalhar e estudar em Aracaju, conseguindo formar os irmãos Paulo em Medicina, João em Odontologia, Fernando em Engenharia, e Luiz em Direito.
Da sua querida mãe, Júlio considera que ela é uma super mãe. “Enérgica e destemida, disposta para participar de qualquer atividade, seja política ou filantrópica — como ela diz, ‘herança do pai’”.
Estudou no Jardim de Infância Augusto Maynard com a professora Bebé, o maternal e primário no Educandário Brasília, hoje Colégio Brasília, sendo aluno das professoras Dona Helena, Dona Alaíde e Dona Lourdinha. “Colégio com formação de disciplina, ensinamentos e religiosidade, que formou a base da minha maneira de ser. Recordo das formaturas e promoções artísticas todo final de ano no Auditório do Atheneu, com entrega de medalhas e diplomas”.
No Colégio Nossa Senhora da Vitória (Maristas) em Salvador faz o curso científico, sendo os dois primeiros anos como aluno interno e o terceiro externo. “Colégio Religioso, administrado pelos Irmãos Maristas e tendo como fundador o Beato Marcelino Champanhat. O Colégio Marista dava muita ênfase ao esporte. Todas as tardes podíamos participar de vários eventos esportivos. Um contemporâneo baiano foi muito conhecido em Sergipe. Era Mário Felipe “Onça” jogador do Flamengo e jogador e Treinador do Sergipe. Outro colega com muito mais aproximação era César Borges, ex-governador e atual senador pela Bahia”.
“Estudava nos Maristas e nos cursinhos, tentando o vestibular de Engenharia, curso que sempre desejei. Segundo minha mãe, tendência dos “Vieira” do meu lado paterno. Não logrei êxito no primeiro ano, mas no seguinte, tive a graça de passar”.
Na Escola Politécnica da Bahia, Júlio concluiu o curso de engenharia. “A presença de sergipanos na Bahia era enorme. Como exemplo, cito que dos professores de Engenharia, cinco) eram sergipanos e meus parentes. Professores: Ernani Sobral, Wilson Maciel, José Nilson Maciel, Raimundo Vasconcelos, e Ieda Cabral”.
Consegue através do cunhado Luiz Benjamin, que morava em Salvador e era irmão do Secretário dos Transportes da Bahia, Francisco Benjamin, o primeiro emprego, que foi de auxiliar de engenharia no Departamento Aeroviário.
No Auditório da antiga Faculdade de Medicina, no Terreiro de Jesus, em Salvador, bem pertinho do Pelourinho, Júlio viveu fortes emoções na noite da sua colação de grau. “Nossa turma, constava de somente quatro engenheiros civis sergipanos, que são: Antônio Carlos de Aragão Rezende (Eng. da Deso), Luiz Durval Machado Tavares (Secretário da Infra-estrutura), Luiz Otávio Nogueira Sobral (Eng. da UFS), e eu (DER-SE).
A convite do então governador Paulo Barreto, aceita fazer parte da equipe da Superintendência de Obras Publicas (Sudope), comandada pelo engenheiro Sérgio Melo e que tinha no seu quadro de técnicos os colegas Antônio Nascimento, José Leal, Steremberg e Delmário. “A Sudope foi uma segunda Universidade. Foi lá onde encontrei colegas com os mesmos ideais, de seriedade, condutas irretocáveis, zelo com a coisa pública aplicação da técnica, Inovações tecnológicas, verdadeiro amor pelas coisas do Estado. Então consolidei, minha maneira de ser e de agir. Posso afirmar, que o Estado de Sergipe, a engenharia civil e eu, devemos muito à Sudope. O grande e inesquecível maestro, de apoio incomensurável da parte administrativa e estratégica, foi Amintas Andrade Garcez”.
“Irrequieto com sempre fui, prestei concurso e passei, para Engenheiro de Ministério da Fazenda. Começando a trabalhar, logo percebi a grande diferença da Sudope e que aquela não era a minha praia. Com seis meses, pedi demissão e voltei para a Sudope. Os cursos oferecidos eram de alto nível. Participei em Brasília, do melhor da minha vida. Durante seis meses, ministrado por excelentes economistas, estudei para Elaboração e Análise de Projetos. Mais tarde os meus professores eram destaques nacionais como pais do Plano Cruzado, a exemplo de Edmar Bacha”.
“Trabalhei na Cohab, juntamente com Carlos Melo, Sílvio Garcez, Luiz Otávio, Manoel Azevedo, Décio Aragão e Marta, que tinha na presidência o Administrador mais justo com quem convivi, Augusto Prado Leite. Época de muito pouca gente, mas muita vontade e determinação para trabalhar. Foi quando pela primeira vez o Estado, saiu de conjuntos pequenos, em torno de 300 unidades habitacionais, para mais de 2.100 unidades, como o Bugio e o Augusto Franco”.
Júlio participou também, da administração de Arnaldo Rolemberg Garcez na Prefeitura de Itaporanga D’Ajuda, onde juntamente com Carlão e Jessé mudaram o rumo das políticas administrativas, que anteriormente somente visavam o assistencialismo. “Tio Arnaldo, como eu o chamo, logo no começo do seu período, foi logo avisando. Quem trabalha junto a mim, não tem férias e só sai depois de mim”. “Construímos muito, com pouquíssimos recursos, sem esquecer a parte assistencial. Todos os anseios foram satisfeitos. O Morro, o Mercado, Ginásio de Esportes, Terminal Rodoviário, Abastecimento de Água, Postos de Saúde, Escolas, Estradas, Drenagens, Orientações Urbanas, Praças, Pavimentações, etc. Na parte assistencial, eu costumava dizer que: Em Itaporanga, desde o nascimento, quando a mãe é levada de ambulância, para a maternidade com médico e remédios por conta da prefeitura, até a morte, quando os funerais são ficam a encargo da mesma, é tudo de graça”.
“Tio Arnaldo é um administrador nato. Um inesquecível episódio exemplifica. Ele resolveu ligar para seu ex-colega de Câmara dos Deputados ACM para conversar sobre política. No meio da conversa solicitou de ACM dinheiro para sua pobre cidade do interior. ACM respondeu. “Mande um técnico seu na Sudene e vamos falar de política”. Eu fui a Recife e trouxe dinheiro, patrocinado por ACM, para saneamento básico da cidade”.
Trabalhou no Pronese com Flávio Conceição. “Órgão apaixonante, por você poder dar o benefício diretamente ao beneficiado, verificando ao vivo sua satisfação”. Em seguida é lotado no DER-SE, onde fica impressionado com estrutura que encontrou.
“Quero ressaltar que, tanto no DEP (sucessor da Sudope), como no DER-SE, fui, com muito orgulho, representante dos servidores nos Conselhos Administrativo, eleito com mais de 80% dos votos”.
“Pensei em encerrar minha carreira aí. Mas Etelvino, convidou-me para ajudá-lo na construção de nova sede do CREA-SE, no Centro Administrativo. Aceitei e conseguimos concluir o belo e funcional prédio da nossa entidade de Classe. Acho necessário, darmos o maior apoio e valorização a quem nos representa.
“Quando o CREA-SE foi instalado em Sergipe, desvinculando-se da Bahia, fui o primeiro Engenheiro a fazer o registro”. “Atualmente, colaboro nas obras da Cehop, juntamente com os colegas, Hoover, Zé Silva, Paulão, Wiliam, Adilson, Carlos Henrique, Dilson, Ana Lúcia, Etelvino e a Chefa Élide. Participei de vários e complexos desafios nas obras dos Mercados Antônio Franco e Thales Ferraz, Batistão, Complexo Penitenciário, Teatro Tobias Barreto e outros, só conseguindo superá-los por se tratar de trabalho em conjunto. Em todas as funções desempenhadas no Serviço Público, procuro sempre o aprimoramento da Engenharia, assumindo a postura de ser, empregado Público.
Luto intransigentemente, para fornecer aos cidadãos, uma obra segura, funcional e no mais baixo custo. O meu lado é o do Serviço Público. Com o exemplo do avô, o ensinamento dos pais, e a vivência com os colegas, não poderia ser diferente”.
Apesar de ter nascido à menos de 100 metros da casa de Zé e Rita Peixe, sobrinho neto de um savereiro e de ter freqüentado muito o Iate Clube de Aracaju, somente fui despertado para as maravilhas do mar, em especial o esporte náutico, com quase trinta anos. Iniciou em um barco catamarã, tipo Hobie Cat 16”, orientado por Seu Bezerra e Waltinho Mesquita. Com o passar dos tempos, alguns colegas também adquiriram outros Hobie e com eles Júlio começou a participar de regatas. “Viajamos pelos campeonatos em Salvador, Recife, Praia do Forte, João Pessoa e outros mais. Costumo dizer que toda vez que velejo, eu zero o meu velocímetro”.
Quando Paulo Alves, adquiriu um veleiro Micro 19” e Sérgio Garcia, um pequeno barco de pesca, um outro tipo de emoção. “Ficávamos navegando entre Aracaju, Mosqueiro e Saco do Rio Real. Posteriormente Paulo comprou um Catamarã grande e resolvemos ir participar do Campeonato Brasileiro de Veleiros de Oceano em Salvador, porém, velejando até lá. A tripulação era composta por Sérgio, Raul e eu, apelidados de “Gurkas” (acima de ninja) por sermos os mais destemidos, além de Tadeuzinho. Na viagem ainda não dispúnhamos de GPS (posicionamento por satélite). Somente de bússola e alidade. Alguns erros de marcação, e o resto foi a grandiosidade da beleza do mar”.
No mar também viveu momentos de aflição e conta um deles: “No retorno quando já passava da meia noite e estávamos na costa do baixios, numa boa velejada, a umas 4 milhas da costa, o estai do mastro quebrou e ele caiu. Ficamos em polvorosa, mas depois nos refizemos, arrumamos tudo, jogamos a âncora e fomos dormir. Quando amanheceu, resolvemos voltar à motor para Subauma, cidade balneária”.
“Muitas outras viagens foram feitas, a Salvador, Rio São Francisco, Cururipe, sem incidentes. Quando da comemoração dos 500 anos do descobrimento, é que tivemos, Luciano, João Ricardo, Fernando, Abel e eu, a grande frustração, de após prepararmos o barco de Luciano com todos os equipamentos, inclusive uma vela balão, ofertada pela TV Sergipe, para participarmos da regata até Porto Seguro, também o mastro quebrou na costa do Conde, fazendo com que, abortássemos a viagem e a enfrentar perigosamente à noite a barra do Rio Real.
Meses depois, com o mastro consertado, foi à Salvador, onde participou da Regata Aratu-Maragogipe, onde passei mais de 52 horas sem pisar em terra firme.
Continuando a navegar e com atração pelo mar e um incentivo do sobrinho Euler, faz o curso básico e depois o curso avançado de mergulho. Hoje, além de ter navegado nos mares de Alagoas, Sergipe e Bahia, conheçe o fundo deles e alguns naufrágios, como: Vapor Jequitaia, navio Black Dear, balsa Bretania, na Bahia de Todos os Santos e do navio cargueiro Rosalina no Arquipélago de Abrolhos. Mergulho nas pedras do Porto de Salvador, Porto de Barra e em companhia de raias, barracudas, golfinhos, lagostas, tartarugas e tubarões em Noronha. Em Sergipe, juntamente com Manecão, nas pedras do Abaís e Cauieira e nas costas de Aracaju". (OS).

Postagem original na página do Facebook, em 20 de Julho de 2012.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Praça Fausto Cardoso, Delegacia Fiscal (1910)

Praça Fausto Cardoso por volta de 1910, em destaque o prédio da Delegacia Fiscal.

Postagem original na página do Facebook, em 24 de Março de 2012.

J Inácio (1911 - 2007)

J. Inácio (1911-2007)

“Nascido em 11 de junho de 1911, no povoado Bolandeira, no município de Arauá, interior de Sergipe, José Inácio de Oliveira, o J. Inácio ou Igo (como costumava assinar parte de suas obras) utilizava em suas pinturas cores fortes e repetidas em paisagens que refletem as terras sergipanas.
Em 1931, teve suas obras expostas, pela primeira vez, na antiga Biblioteca de Aracaju. No mesmo ano, ele foi para o Rio de Janeiro, como bolsista do Governo de Sergipe, estudar pintura na Escola Nacional de Belas Artes. Durante sua permanência no Rio, foi premiado no Salão Nacional de Artes Plásticas de 1943 e 1944. Em 1951, retornou a Aracaju e passou a residir definitivamente na capital.
Em 1º de agosto de 2007, já com 96 anos, J. Inácio morre, deixando órfãos todos aqueles que são admiradores de suas obras ligadas ao visual tropicalista e ecológico". (kokalaranjeiras).

Postagem original na página do Facebook, em 24 de Março de 2012.

sábado, 14 de julho de 2012

Maria Thetis Nunes (1925 - 2009)


"Nasceu em Itabaiana, no dia 06 de janeiro de 1925, na cidade cursou apenas a escola primária. A escola secundária fez na Capital sergipana, no Atheneu Sergipense. Formou-se em Geografia e História na primeira turma da Faculdade de Filosofia da Universidade Federal da Bahia, aos 22 anos de idade, e em Museologia no Museu Histórico Nacional, sendo que em ambas obteve a primeira colocação.
Defendendo a tese, quando estudante universitária, Os Árabes: sua influência na civilização ocidental, e por concurso em 1945 tornou-se professora catedrática do Atheneu Sergipense, se tornando a primeira mulher a fazer parte de sua Congregação. A partir daí trabalhou dando aulas e dirigindo o Atheneu Sergipense até a sua mudança para o Rio de Janeiro como estagiária do Instituto Superior de Estudos Brasileiros – o ISEB. Depois do Rio de Janeiro trabalhou na Argentina como Adida Cultural do Brasil, na cidade de Rosário.
Ao retornar a Sergipe voltou para o Atheneu e passou a atuar também na Faculdade Católica de Filosofia até a fundação da Universidade Federal de Sergipe, onde ingressou em 1968 tornando-se professora titular de História do Brasil, História Contemporânea e Cultura Brasileira. Na qualidade de década da UFS, por duas vezes ocupou a Vice-Reitoria. Aposentada com 47 anos de magistério recebeu o título de Professora Emérita.
Foi membro do Conselho Estadual de Educação de 1970 a 1981, e do Conselho Estadual de Cultura de 1982 a 1994, sendo sua presidente por seis anos. Foi ainda, Presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe por 30 anos. Ocupando cadeira na Academia Sergipana de Letras. Recebeu inúmeras condecorações, entre elas a Medalha de Mérito Cultural Inácio Joaquim Barbosa e a Medalha de Mérito Serigy, ambas concedidas pela Prefeitura de Aracaju.
Falece do dia 25/10/2009, aos 86 anos de idade, deixando um legado importante para o Estado. Considerada por muitos como uma das mulheres de maior destaque na História de Sergipe, devido a sua valiosa contribuição nos campos da literatura e do magistério, já que trabalhou como professora e pesquisadora ininterruptamente durante 63 anos".

Foto e texto reproduzidos do blog amanaje-yami.blogspot


Postagem original na página do Facebook, em 13 de Julho de 2012.

Dr. José Machado de Souza

DR. JOSÉ MACHADO DE SOUZA - Pioneirismo na Pediatria.
Postado por José de Oliveira B. Filho em seu Blog Aracajuantigga.blogspot

Postagem original na página do Facebook, em 28 de Fevereiro de 2012.

terça-feira, 10 de julho de 2012

João Melo, Por Luiz Antônio Barreto (2006)

João Melo

 As primeiras notícias de João Melo, as tive em Boquim, por parte de minhas tias – Glorinha e Áurea Barreto - que moravam lá. Quando cheguei em Aracaju, em 1957, conheci o rádio sergipano, com Silva Lima, Santos Mendonça, Carlito Melo, Santos Santana, Raimundo Almeida, Cláudio Silva, Sodré Júnior, Nelson Souza, Cadmo Nascimento, José Eugênio de Jesus, Wellington Elias, nomes que magnetizavam os ouvintes com seus programas, dentre eles o Informativo Cinzano, o Calendário, o Carrossel da Alegria e Manhã Sertaneja.
Cantavam, nos microfones sergipanos, o garoto Vilermando Orico, que morreu em São Luiz, no Maranhão, como piano bar do Hotel Quatro Rodas, aos 42 anos, Dão, o sambista, Seu Oscar, percussionista, ás do pandeiro, Luiz Ouro, voz de ouro, Antônio Teles, multimúsico, acompanhando de violão, de acordeom ou de piano, sempre uma bela voz boêmia, Alexandre Diniz, apenas um rapaz, Edildécio Andrade, hoje voz e violão do Trio Irakitan, Dalva Cavalcanti, Gravatinha, e depois Djalma, Lisboa, e outros novos.

Nos auditórios das emissoras de rádio circulava entre os presentes uma memória musical dos tempos de Carnera, de João Melo, Zilda Porto, e muitos outros nomes que intermediavam as gerações de artistas em Aracaju. Deles, predominavam os violões de Argolo, João Moreira, a “orquestra” de João de Cula, João Nogueira, o pai, a voz de Morais, e de outros seresteiros, alguns dos quais homenageados por Murillo Mellins no seu livro genial sobre Aracaju dos anos 1940, como Bixestino, Pinduca, Miguel Alves, e muitos outros. O nome de João Melo aparecia destacado dos demais, pelo fato dele ter conquistado o estrelato no Rio de Janeiro, gravando discos, cantando.

O João Melo cantor era, para os que acompanhavam daqui o seu sucesso, mais importante do que João Melo compositor. Ou seja, havia dois João Melos, o que não era pouco numa terra onde raros artistas da música ganharam notoriedade. Aracaju tinha mandado para o Rio de Janeiro Luiz Americano (Rêgo), militar e filho de militar, compositor de clássicos da valsa e do choro, intérprete genial de clarineta e de saxofone, um dos ícones da MPB; Carvalhinho, o festejado autor de sucessos carnavalescos como Quem sabe, sabe e Madureira Chorou; Raimundo Santos, a voz que ainda hoje canta o hino do Clube Esportivo Sergipe, (cinqüenta anos de luta e de glória....) crooner da Orquestra do maestro Nelson Ferreira, do Recife, e que fazia nome gravando na Mocambo, de José Rosemblit. No entanto, João Melo era um ídolo, distante, mas com sua voz presente, próxima, como em Orós (Orós, Orós, precisa de todos nós...).

Conheci João Melo no Rio de Janeiro, no estúdio da Philips (discos Sinter), mas já sabia algumas de suas músicas, decoradas. Velhos 78 rotações e um LP. Cheguei certa feita, no estúdio e procurei por ele, fiz minha própria apresentação e levei comigo uma fita de rolo, gravada por José Orico, o pioneiro das gravações em Sergipe, pai de Vilermando Orico, com composições minhas, na voz de Frances Wanderley, uma bela moça que parecia ser, a um tempo, a fusão de Nara Leão e de Maria Betânia, duas artistas ligadas aos espetáculos do político Teatro de Arena, no Rio de Janeiro.
Tinha algumas motivações para procurar João Melo. A primeira, porque ele era um ídolo, a segunda porque meus parceiros – Bonifácio Fortes e Ariosvaldo Figueiredo - eram bons poetas, terceiro porque a voz de Frances era encantadora, e por último porque Paulo Autran, Roberto de Cleto e outros artistas que passavam por Aracaju me mostravam a estrada para seguir em frente, o que não deixava de ser um incentivo.

Nos anos 70, João Melo com Jorge Ben e Morais Moreira, após gravação
Visitei João Melo várias vezes e pude acompanhar, principalmente, seu trabalho como produtor e diretor artístico, no estúdio da avenida Rio Branco. Fiquei sabendo da influência de João Melo junto aos rapazes do MPB 4, de Niterói, onde o artista sergipano morava. Travei contato com a obra do compositor, músicas que ganharam o mundo, gravadas por Sérgio Mendes e outros intérpretes da nova música brasileira. E conheci, com especial carinho, as adaptações que João Melo fez, com Fernando Lobo, para histórias infantis: um primor de arte e de sensibilidade, que lastimavelmente ficou nos compactos duplos, uma coleção lúdica da maior importância.

Conheci outros músicos sergipanos no Rio de Janeiro: Carlos Dantas, pianista do Restaurante Mesbla, figura doce de amigo, sempre lembrado das notas e acordes de Carícia, de Euler Bessa, talvez o bolero inédito mais famoso do Brasil. Ubirajara Quaranta, regente do Coral de Ouro Preto, pianista clássico, compositor de trilhas sonoras de filmes franceses, enquanto viveu em Paris, trabalhado e estudando.
Terminei participando, no Teatro Carioca, da rua Senador Vergueiro, nas tardes de sábado, de um grupo de novos artistas, entre os quais Almir Blanc, conversei com Sérgio Cabral, Sérgio Bitencourt, mas não consegui nada de gravação. Mudei de rumo, fui revirar papéis, gravar as coisas do povo e pesquisar a cultura brasileira. João Melo, contudo, permaneceu na minha cabeça, como o seu Sergipinho (Meu amor ficou lá em Maroim/que é que estou fazendo aqui/longe dele assim/a vida não presta pra quem tá sozinho/eu vou voltar de qualquer jeito/pro meu Sergipinho). Era a saudade me puxando pelo braço, na paráfrase do genial Voltei, Recife, de Luiz Bandeira.

A biografia de João Melo é um livro de aventuras e de venturas. Um cidadão que se tornou artista, um artista que jamais abdicou da luta pela cidadania. Militante político, desde os tempos de estudante no Ateneu, vitrine de insurgências, viveu o temor da resistência à ditadura e a agitação da luta contra o niponazifascismo. Seu périplo da Bahia para Sergipe, sua vida em Boquim, em Tobias Barreto (antes Campos), com a família, em Aracaju, em Salvador, novamente em Aracaju, novamente em Salvador, no Rio de Janeiro, em Aracaju, de novo no Rio, e de volta, em definitivo a barbosápolis, como ensina Wagner Ribeiro a tratar a capital que foi o sonho e as meninas dos olhos de Inácio Barbosa, há 150 anos.

Adelson Alves de Almeida fã passei a admirador e a amigo de João Melo, tendo a oportunidade de travar com ele um diálogo permanente, em torno da sua obra e do contexto da cultura sergipana. Ampliei meus contatos com Raimundo Melo, homem do comércio de passagens aéreas, sensível, religioso, solidário e também um admirador muito sincero do irmão. Não surpreende, portanto, que João e Raimundo dividam suas lembranças, evoquem fatos, destaquem pessoas, muitos dos quais já ficaram pelos caminhos, ou morreram distantes das glórias do mundo.

"João Ventura – cidadão de Aracaju" é um documento rico de observações, fragmento da memória de um artista, contribuição esclarecedora de um recorte largo da cidade, com sua magia, sua vontade de sintonizar com o País. O depoimento pessoal de João Melo cumpre um itinerário que bem poderia ser um amplo capítulo da história do rádio em Sergipe, aumentado por uma experiência singular, que marca a sua vida, alongada pela alegria da arte, pela convivência feliz da família, pela certeza de que a terra, com flores e espinhos, é a sua terra de vivências, emoções, cumplicidades.

E mais posso dizer, como por exemplo a imensa contribuição dada por João Melo à cultura sergipana, como âncora do Videoteca Aperipê Memória, programa de entrevistas que destacou dezenas de vultos de Sergipe, em todos os campos de atividades. A presença de João Melo na TV complementa sua biografia de artista, de múltiplas faces, sem esquecer da aparição, temporária, no programa global de Chico Anísio, coisas da maturidade.

Doravante vale a palavra, pedaços soltos e alinhados de memórias, como roteiro às novas gerações, biografia autorizada e intimizada, como se fosse uma única e geral confidência, de como se pode vencer sem ser vencido pelas cadeias fortes do atraso e do subdesenvolvimento, com o antídoto da sua voz, do seu violão, da sua inspiração, da sua consciência de artista.

Postagem original na página do Facebook, em 9 de Julho de 2012.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Escritor Sergipano Francisco Dantas


Diversos artistas sergipanos têm sido destaque no cenário nacional e o escritor sergipano Francisco Dantas é um deles. Sergipano de Riachão do Dantas, ele representou o estado em uma das maiores feiras literárias do país: a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), em 8 de Julho/2012.

Postagem original na página do Facebook, em 7 de Julho de 2012.

José Antônio de Andrade Góis


Um ser humano notável

Frei Paulo sempre foi uma cidade naturalmente vocacionada para a educação. Um berço da intelectualidade sergipana. E em meio aos seus filhos mais ilustres, um se destacou pelo seu empenho em compartilhar o saber, e o fez de forma voluntária e abnegada. Esse homem chama-se José Antônio de Andrade Góes. Ele nasceu em meio a um mundo que poucas oportunidades oferecia a seus habitantes, mas com sua bravura, mostrou que é possível vencer. Vitorioso na área que abraçou o Direito, galgou todos os postos e chegou ao topo da carreira de jurisconsulto, assumindo o cargo de presidente do Tribunal de Justiça de Sergipe.
Sua história se confunde com a de tantos outros nordestinos que nascidos em meio à pobreza, vislumbraram novos horizontes e através da educação conseguiram, além de vencer na vida, escrever uma bonita página na história, ajudando a muitos, numa demonstração de desprendimento e devolutório senso humanitário. Ele sempre demonstrou muito amor a sua terra natal e a seus conterrâneos. Foi um homem generoso, inteligente e dedicado, bastava saber que se tratava de algum filho de Frei Paulo e logo se prontificava a ajudar. Que o digam seus ex-alunos do curso de Direito da UFS, onde ele moldou algumas gerações na condição de professor de Direito Civil por 21 anos, a mesma matéria ensinou também na Unit.
Em nossa cidade, ele também lecionou voluntariamente na Escola do Ar, um precursor dos Tele cursos, onde jovens que não tinham condições de continuar seus estudos eram beneficiários. Minha irmã Erta Bastos, não poupa elogios a esse sábio e devotado mestre. Um homem de inestimável valor para a formação intelectual de muita gente que hoje se destaca na sociedade sergipana.
José Antônio de Andrade Góes, filho de Gumercindo Góes e Elizete de Andrade Góes, nasceu no dia 11 de fevereiro de 1943, no município de Frei Paulo, e bacharelou-se pela Faculdade de Direito de Sergipe, em 1966. Casado com Solange Moraes de Góes constituiu uma família com três filhos e seis netos. Iniciou a sua carreira de magistrado em janeiro de 1970, quando foi empossado Juiz de Direito da Comarca de Tobias Barreto, após obter a segunda colocação no concurso público realizado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe.
Tomou posse na presidência do Tribunal, em 2001, mas até hoje é lembrado com muito respeito pelos seus amigos e colegas do poder judiciário de Sergipe. O cargo de Desembargador ocorreu com base no critério de merecimento, em novembro de 1994. Nesta condição, exerceu os cargos de Corregedor Geral da Justiça (1997), Presidente do Tribunal Regional Eleitoral (1999), Diretor da Escola Superior da Magistratura do Estado, Diretor da Escola Permanente de Corregedores Gerais do Brasil, Vice-Presidente do Colégio Nacional de Corregedores do Brasil e Vice-Presidente do Colégio de Presidentes dos Tribunais Eleitorais do Brasil (1999).
Outros aspecto relevante da carreira jurídica de José Antônio de Góes é sua honestidade e isenção muito bem sintetizado nas palavras de meu irmão Carlos Alberto que foi seu aluno no cursos de direito da UFS: "De tudo que foi dito acima, faltou uma qualidade que deixava todas as outras muito atrás: a ¨honestidade¨. O senso de Justiça de Antônio Góes era de causar a mais profunda admiração para quem esta qualidade valoriza. Ele não queria saber nem nome nem sobrenome de qualquer das partes. Sua isenção era absoluta, coisa que não acontecia com muitos Juízes com quem eu convivi na época".
Frei Paulo é uma cidade pródiga em homens de grande valor, deu a Sergipe importantes nomes que ajudaram decisivamente a edificar sua história com civilidade e porque não dizer com pluralidade, destacando-se em muitas áreas: na política, na cultura e no conhecimento. São homens como esse, de grande valor, que as futuras gerações devem se inspirar, eles com seus talentos e suas lutas, imprimiram seu idealismo e deixaram sua marca no tempo. José Antônio de Andrade Góes é um desses valores que enobrece nossa cidade. Um exemplo de vida, um mestre sapientíssimo, mas antes de tudo, um exemplo de ser humano notável.

Foto e texto reproduzidos do Blog: magnopapagaio.blogspot.com.br

Postagem original na página do Facebook, em 3 de Julho de 2012.

Homenagem a Raimundo Juliano, Pelos Seus 80 Anos

Raimundo Juliano e sua esposa Ana. Foto: Infonet

"Raimundo Juliano: referência para o comércio"

"(...) O comerciante relembra sua trajetória que o levou a ser um dos grandes comerciantes de Sergipe. "Aos oito anos, eu não me conformava em ter que esperar de papai o dinheiro para ir às sessões de matinês. Então, ainda pequeno parti para o mercado Manuel Leite, em Estância, onde engraxava sapatos para juntar o rico e suado dinheirinho a fim de garantir minha diversão semanal", revela ele. Foi com essa coragem e ambição, sempre presentes no seu espírito, que o pequeno engraxate do interior se transformaria, anos depois, num dos maiores empresários sergipanos.

Por essa e outras histórias o tornaram um grande empreendedor. Para o governador Marcelo Déda, homenageá-lo é também parabenizar todos os empreendedores sergipanos. "RaimundoJuliano é referência de trabalho e consolidação. Ele não fez uma, duas ou três empresas. Ele fez muito mais. Ele construiu uma marca. Trouxe vários incrementos para o Estado e gera muitos empregos", diz o governador.

Notando que estava lucrando através do seu suor, aos 10 anos, ele passou a vender revistas e jornais na cidade. Com 11 anos foi balconista. Dois anos depois trabalhou na empresa de atacado José Pinheiro Alves. Aos 15 anos foi promovido pela mesma firma a caixeiro viajante. Percorrendo em cima de um burro as antigas estradas de Sergipe e da Bahia, ele abraçava a tarefa de promover os produtos para os clientes e exerceu a atividade por dez anos. A vida de Raimundo Juliano, no entanto, iria mudar em 1957, quando decidiu investir suas economias no Bar Central, em Estância. O negócio foi seu primeiro contato com a venda em atacado. Ele passou a negociar cerveja com outros proprietários de bar na cidade.

O sucesso estava por vir. O bar era o embrião do que seria anos depois uma das mais bem-sucedidas experiências empresariais de Sergipe, a Disberj - Distribuidora de Bebidas Raimundo Juliano.
Em 1970, Raimundo Juliano se mudou para Aracaju, onde fundou ali a Disberj, conquistando o direito de distribuir os produtos da marca para todo o Estado. O homenageado sabe tirar de letra as ideias para enfrentar os desafios e assim possibilitar o avanço no movimento da economia sergipana. Arregaçar as mangas é com ele.

Mais tarde, filiais foram criadas em cidades do interior como Estância, Lagarto, Tobias Barreto, Nossa Senhora da Glória, Canindé do São Francisco e Itabaiana. Com seu espírito empreendedor Raimundo Juliano vislumbrou a possibilidade de ampliar seus negócios fundando em 1985 a Transportadora Faria Souto, que em 1990 foi transformada na Fasouto Distribuidor. Em 1988, junto ao genro Ananias de Santana Teles adquiriram o controle acionário da empresa Dantas Campos & Cia, rebatizada de Elétrica Souto Teles. E cada ano que se passa, o Grupo Raimundo Juliano se consolida no mercado.

Atualmente, o grupo trabalha nos ramos de distribuição de gás de cozinha, alimentos e produtos diversos; pecuária, construção civil e postos de combustíveis, além da revenda de automóveis com a Discar. Por essas razões o prefeito de Aracaju afirma que Raimundo Juliano é merecedor do prêmio. "Este empresário é um exemplo de atacadista que ainda cresce a cada ano em Aracaju" fala o prefeito. São 50 anos criando e desenvolvendo negócios, voltados a servir com dedicação a classe comerciante de Sergipe. E ao longo dessas cinco décadas suas empresas fortalecem ainda mais o mercado sergipano (...)".

Paula Belém/senoticias

Postagem original na página do Facebook , em  8 de Julho de 2012.


Vista Aérea da Praça Fausto Cardoso, em Aracaju/SE

Foto extraída do blog fallconny-diversidade

Postagem original na página do Facebook, em  8 de Julho de 2012.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Eduardo Cabral


Publicado pelo Jornal da Cidade.Net/Osmário Santos/Memórias de SE./8 de junho de 2012.

A vida do intelectual, professor, escritor e titular do Cartório do I Ofício de Japaratuba
Por Osmário Santos

No início do ano de 1949, após adquirir a Farmácia Campos, na Cidade de Japaratuba, a família se mudou para aquela cidade. Eduardo Cabral foi morar na Praça Gonçalo Rollemberg, número 29, com seus irmãos Carlos, Fernando, Marcos e depois Célia que nasceu em Japaratuba, endereço onde Dudu permanece até hoje. Foi na casa paterna que ele conheceu as artes, leu os primeiros livros e passou a gostar de música, pois seu genitor possuía uma pequena biblioteca e era proprietário de um serviço de autofalante.

Iniciou seu estudo primário no “Grupo Escolar Senador Gonçalo Rollemberg” de Japaratuba, tendo como professoras D. Maria das Graças e D. Maria José Pinheiro de Britto.

Com 12 anos de idade foi para Aracaju, continuando seus estudos  no “Educandário Alfredo Montes” ou o “Colégio da Professora Izabel Schimidt”, como era conhecido,  que ficava na Avenida Pedro Calazans. Ali concluiu seu curso primário tendo nesse período como colegas José Augusto Correa (Zé Du, antigo colega em Japaratuba), Jackson Barreto, Rosalvo Alexandre (Bocão), César Cabral (jornalista), José Lúcio Dantas (neurologista), Manoel Messias (Pitiu, músico e artista plástico) e outros que se destacaram em diversos ramos profissionais.

Prestou exame de admissão e foi aprovado para o “Colégio Tobias Barreto” do professor Alcebíades Mello Vilas Boas, que fica até hoje na Rua Pacatuba e depois se transferiu para o “Colégio Estadual Pedro II” conhecido como “Ateneuzinho”, localizado na Av. Ivo do Prado. Em seguida foi estudar no “Colégio Estadual Ateneu Sergipense”, mais conhecido como Colégio Central.

Por volta de 1964 passou a frequentar um grupo de intelectuais jovens que moravam em Aracaju se destacando entre eles Geraldo de Almeida Borges, Joubert Morais, Washington, Wellington, Gervásio, Adauto Machado, Eduardo Bastos, Bosco Rollemberg, Eunice (neta do Padre Caio), Djaldino Mota Moreno, João de Barros (Barrinhos), Elias Espinheira, Osvaldo Oliveira. Nesse período fez amizade com pintores e escritores já consagrados no Estado podendo citar Florisval Santos, J.Inácio, Octaviano Canuto, José Augusto Garcez, Freire Ribeiro, Sebrão Sobrinho (primo de seu avô), Pires Wayne, Gilza Borges, Ludovico José e outros.

Fez sua primeira exposição de pintura na Galeria de Arte Acauã, de propriedade do Senhor Artur, do Foto Amador, que ficava na Rua Itabaianinha, onde vendeu seu primeiro desenho. Em 1968 ganhou na Galeria de Arte Álvaro Santos, o prêmio de o terceiro melhor pintor jovem do ano, prêmio recebido das mãos de Florisval Santos, então diretor da galeria.

Participou da Associação Sergipana de Cultura – A.S.C., fazendo exposição de seu acervo de pintura no I Festival de Arte de São Cristóvão.

Com Osmário Santos, Aderbal Curumba, Carlos Alberto Menezes e Valter Calixto fundaram um jornalzinho de fundo de quintal, feito no mimeografo, chamado “Capacidade”,  que teve vida efêmera.

Colaborou com a Editora Jovens Reunidos – (Jovreu), publicando contos e ilustrando com desenhos algumas publicações!

Fez parte da Sociedade de Cultura Artística de Sergipe (SCAS) e através de seu departamento de Teatro – TECA, participou do I Festival de Teatro do Nordeste, realizado no Teatro Santa Izabel, em Recife, em julho de 1969. Em Pernambuco a SCAS apresentou a peça de autoria e dirigida pelo  professor João Costa, “A Dança do Ouro”, que é a história de Chico Rei, onde conta à origem do Cacumbi tão festejado em Japaratuba. No elenco, entre outros, estavam Acival Gomes (Chico Rei), Lânia Duarte (Rainha), Carlos Mota, Oliveira Junior, Hélio Araújo, Geraldo Borges, Adauto Machado, Terezinha Prado, Rita Calazans, Eliana Oliveira, etc.

Foi cicerone do pianista Artur Moreira Lima, quando este veio fazer um concerto em Aracaju a convite da SCAS e com quem manteve correspondência por certo período.

Viajou diversas vezes para a cidade de Salvador onde residia seu amigo Geraldo Borges (falecido recentemente) e lá conheceu vários intelectuais como o sergipano Jenner Augusto da Silveira, com quem teve o prazer de participar da noite de Natal de 1968 em sua residência no Bairro do Rio Vermelho, conheceu ainda o chileno Patrick Kened, Jorge Amado, Carlos Bastos e outros intelectuais da Bahia.

Foto e texto reproduzidos do site: 2.jornaldacidade.net


Postagem original na página do Facebook, em 3 de Julho de 2012.

Memórias do Escurinho


No tempo em que os cinemas tinham cortinas no palco o espetáculo cinematográfico não começava antes das três badaladas: tommmm...somente uma gambiarra azul iluminava o palco e um silêncio de catacumba se instalava. Depois, a luz vermelha e finalmente a verde, seguida dos últimos acordes de um Glenn Miller meio arranhado. Então a cortina se abria e era hora da meninada, no escuro, soltar de vez os seus demônios. Quem não gritava era porque estava ocupado arremessando rolete de cana, caroço de pitomba, papocando saco de pipoca na cabeça do vizinho, grudando chicletes no assento ao lado, ou, os mais espertos, na mais silenciosa sonsidão, apalpando os peitinhos da namorada.

No Cine Brasil, em Simão Dias, era assim. Mas lá tinha dono: Seu Antonio Borges, um sujeito grandão de rosto sanguíneo e língua afiada, temerário guardião do seu negócio, irrompia no cinema de lanterna em punho gritando: “Fi d’umas égua, vão esculhambar a tabaca da mãe, seus peste...” e colocava ordem no recinto, para que Hopalong Cassidy, montado no seu cavalo branco, tivesse paz para exterminar metade dos índios do Alabama.

Já em Itaporanga onde vivi a meninice era no Cine Operário, uma vetusta construção erguida pelos padres na rua principal, desgraçadamente inacabada: não tinha cadeiras bem cirtinas. Em dias de exibição, anunciada pelo alto-falante da igreja na hora do Ângelus, a cidade desfilava a caminho do cinema, cada família com seus assentos mais nobres trabalhados em jacarandá, de palhinha à francesa, raras chipandelles, algumas poltronas e outros móveis de status duvidoso. A família, viesse de onde viesse, sempre quebrava pela rua principal, desfilando com seus acólitos carregados de trambolhos.

A paróquia só tinha três filmes: “Marcelino Pão e Vinho” de chorosa memória, o indefectível “Vida, Paixão e Morte de Jesus Cristo” - que muita gente já não assistia porque o galã morre no final - e “Joana Darc”, com a inesquecível Ingrid Bergman de rosto redondo e dolorosas sofrimentos

Certo dia, cansado de vê-la torrar na fogueira, um moleque aproveitou o momento em que a pobre condenada voltava-se para nós em doloroso close, pé ante pé subindo os degraus do cadafalso, o fogo já crepitando, o rostão pedindo um sinal de Deus... e gritou: “Joana!” Ela olhou. Era a última esperança, todo o Cine Operário aguardava um milagre! Ai o moleque gritou: “Nada não, pode ir!
Joana prosseguiu resignada ao som das gargalhadas infiéis, as labaredas da inquisição lhe sapecando os cabelos.

Já em Aracaju(cheguei aqui na década de 1960) era a matinês do Cinema Palace o point obrigatório da maluquice reinante. Íamos curtir a lombra do domingo à tarde e desfilar roupas macrabas com o bolso cheio da “erva” e a cabeça alhures, onde quisessem Godard, Fellini, Pasolini, Antoniani... Todo mundo ia e era ali que neguinho aliviava o gozo guardado - no escurinho do cinema.

Consta que quando exibiram “O candelabro Italiano” um guarda empregado ali para conter os arroubos da safadeza que ameaçava os bons costumes no recinto, estranhou um movimento nas poltronas da penúltima fila e fez valer sua autoridade moral, gritando com voz cavernosa: -Moça, solte a pica do rapaz!

Pronto, acenderam-se as luzes, quem tinha a coisa de fora nem teve tempo de guardar e a moça, coitada, soltou a moleza e fez de conta que não era com ela, sob aplausos gerais.

Amaral Cavalcanti

Postagem original na página do Facebook, em  2 de Julho de 2012.

Parque Teófilo Dantas, Centenário de Aracaju (1955)

Foto do Blog fotosantigasdearacaju

Postagem original na página do Facebook, em 16 de Maio de 2012.