sexta-feira, 19 de junho de 2015

O Anel


Publicado originalmente no Facebook/Paulo Roberto Dantas Brandão.

O Anel.
Por Paulo Roberto Dantas Brandão.

Quando estava para me formar na velha Faculdade de Economia, um cidadão procurou minha turma. Tinha vindo diretamente de Salvador, representando uma empresa especializada em vender anéis de formatura. O cara trazia uma pasta com as mais diversas amostras dos anéis. Pedras de todos os tipos e de todas as cores. Ele mostrava como ficariam lindos os anéis enormes, com a pedra azul. Ficou decepcionado quando nenhum dos formandos se interessou. Não vendeu um. Perdeu a viagem o coitado.

O vendedor não se fez de rogado. Com uma cara de mau, rogou quase uma praga, disse que havia presenciado uma entrevista em uma multinacional de veículos, onde quem não portava o anel de formatura era eliminado sumariamente. O argumento “insatisfação profissional”. Não me contive e disparei: “Ora, meu amigo, você acha que uma multinacional dessas vai se preocupar se o cara está ou não usando anel? Ela quer saber o que o seu empregado tem de conhecimentos, do que pode produzir e trazer de lucro. Se o cara é bom no que faz, ou não.”
Aí lembrei-me desta pérola para arrematar, para não dizer pedra preciosa: “A incompetência profissional é diretamente proporcional ao tamanho da pedra do anel”.

Nunca vi afirmação tão correta. Normalmente – deve haver exceções – mas quando o cara ostenta um anel enorme com uma pedra descomunal, já se sabe, está ali uma cavalgadura.

Não sei se foi pretensão, mas quando colei grau, meus pais me perguntaram se queria o anel. Preferi minha parte em dinheiro. Formei-me com um discreto anel de meu irmão, e nem precisava né? .

Quando, alguns anos depois formei-me em direito, distribui com os colegas que como eu não tinham anéis, alguns insuspeitos tipo bijuteria bem vagabunda, conhecido como anéis de bala, com a pedra (de plástico) vermelhas. Em tempo, o caro anel de meu irmão foi usado apenas duas vezes: na formatura dele e na minha.

Um dia contei esse caso aos meninos que estavam prestes a colar grau em direito na UNIT e alertei: Cuidado: o ditado sobre a pedra ainda vale.

Texto e imagem reproduzidos do: Facebook/Paulo Roberto Dantas Brandão.

Postagem originária da página do Facebook/GrupoMTéSERGIPE, de 16 de junho de 2015.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Morre Eugênio Alfaiate


"Vítima de câncer de próstata, faleceu ontem o conceituado alfaiate Eugênio Santos Filho. Ele foi responsável pela elegância de renomadas personalidades sergipanas. O primeiro desfile de roupas masculinas, em Aracaju, levou a sua marca - Festa do Termômetro, às bordas da piscina da Associação Atlética de Sergipe, promovida pelos formandos de Medicina. Seu velório está acontecendo no Osaf, rua Itaporanga, e o sepultamento será hoje, dia 16, na Colina da Saudade, às 16 horas". (Pedrito Barreto).

A nota acima foi reproduzida do Facebook de Pedrito Barreto.

Postagem originária da página do Facebook/GrupoMTéSERGIPE, de 16 de junho de 2015.

terça-feira, 16 de junho de 2015

João Costa, o Mestre


(Crônica de Luciano Correia publicada na Folha da Praia por ocasião do falecimento do Professor João Costa, em 30/01/2011)*

João Costa, o Mestre.
Por Luciano Correia.

Foi-se embora desta, no domingo passado, o professor João Costa, do departamento de Letras da UFS. João era velho de guerra, desde os cursinhos e colégios de Aracaju até sua brilhante passagem pelo curso de Letras. Aliás, mirando bem, brilhante onde passou. João era um casca grossa, dos bons, daqueles que perdem o amigo, se preciso fosse, mas nunca deixava de dizer sua fala. Na juventude, fez teatro numa Aracaju culturalmente adolescente, tentando dialogar com o teatro moderno que vicejava nas matrizes do Rio e SP. Um homem culto, afetuoso e delicado. E bruto e indelicado, se precisasse.

Tive a sorte de conviver com João nos três anos que trabalhei na assessoria da Reitoria da UFS, numa sala com Gilvan Manoel, Rian Santos e os professores Gilvan Trustra e Murilo Navarro. João, teatral, era o próprio showman, todos os dias nos brindando com surpresas: ora um humor fino e cáustico, ora o mau humor puro, servido nas doses que o freguês quisesse comprar. Não havia uma só manhã que ele não chegasse à nossa assessoria/redação com uma grande história, um comentário inteligente,malandro, cheio de segundas, terceiras e múltiplas intenções. João Costa era, afinal, um grande leitor e conhecedor da melhor literatura mundial.Como ator, não poderia deixar de incorporar isso à sua vida, como se fosse mesmo um personagem.

Quando o encontrava pelas ruas da cidade ou em alguma livraria dos shoppings, me aproximava silencioso e pespegava um insulto: “Veiiiiinhooooo”. Ele logo abria um sorriso infinito e retomávamos, pela milésima vez, a história do folgado caixa da padaria perto da casa dele, que costumava recebê-lo com essa sem cerimônia. Só que ele contava isso em detalhes, com seu ar teatral, encenando e já amaldiçoando um caixa de padaria que, sem eira nem beira, se referia àquela celebridade acadêmica com o mais desprezível dos tratamentos: veinho. Ele, vaidoso que sempre foi, até poucos dias antes de morrer, quando o encontrei pela última vez, detestava o tratamento íntimo que, ademais, não era do feitio de um homem que, apesar de toda a cultura e sabedoria, era um assumido conservador e possivelmente dado às hierarquias.

João, assim, foi uma lição diária de mestre para todos aqueles da reitoria da UFS que conviveram com ele. No começo, quando ele se juntou à nossa equipe, eu, tomado de preconceitos contra a figura que eu já sabia conservadora, fiquei de pé atrás, disposto mesmo a não trocar com o Mestre mais que as palavras “bom dia” e “até logo”. Pois!! No segundo dia eu já era íntimo de suas adoráveis molecagens, trocando, com ele e Gilvan Manoel, velhas piadas de charada, comentários críticos de livros, filmes, da política, da vida, enfim.

Ontem, quando soube da sua morte, não tive nenhuma reação. Sabia que o câncer que o consumia há alguns meses fatalmente o levaria logo. Hoje, pensando nas histórias do João e da grandiosidade de sua alma, chorei de saudade. A partir de agora, João Costa será para mim esse belo rosário de histórias.

* Texto reproduzido do Facebook/Amaral Cavalcante

Foto reproduzida do blog jornaldesaodomingos
(Postada para ilustração por MTéSERGIPE).

Postagem originária da página do Facebook/GrupoMTéSERGIPE, de 14 de junho de 2015.

Casarão Histórico de Dr. Augusto Leite

Antigo casarão na Avenida Barão de Maruim, esquina com a Rua
Itabaiana, em Aracaju/SE. O mesmo pertenceu a Dr.Augusto César Leite
 e foi CRIMINOSAMENTE demolido, para dar lugar a um Banco.
Foto reproduzida do Facebook/Carlos Mendonça.

Postagem originária da página do Facebook/GrupoMTéSERGIPE, de 13 de junho de 2015.

domingo, 7 de junho de 2015

Araripe Coutinho e João Barreto Neto

"Estava eu desfilando no Rasgadinho com a máquina em punho, quando vejo estes dois amigos observando tudo e todos. Fiz o registro e hoje publico aqui neste espaço. Salve, salve o Saudoso Araripe Coutinho e João Barreto Neto". (Douglas Magalhães).

Foto e Legenda reproduzidas do Facebook/Douglas Magalhães.

Postagem originária da página do Facebook/GrupoMTéSERGIPE, de 6 de junho de 2015.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Morre João Barreto Neto


"Faleceu (...) no Hospital São José, o jornalista João Barreto Neto. Colunista Social, João Barreto Neto atuou durante muitos anos na imprensa sergipana, assinando diariamente a coluna "Gente Gentissima". Como carnavalesco realizava anualmente o baile da ressaca do carnaval denominado "Pagode GG". Atualmente estava afastado das lides jornalísticas". (Elito Vasconcelos).

Texto reproduzido do Facebook/Elito Vasconcelos.
Foto reproduzida do site: sitedobareta.com.br

Postagem originária da página do Facebook/GrupoMTéSERGIPE, de 2 de junho de 2015.

João Barreto Neto

João Barreto Neto, aqui recebendo doação de mais de 200 sucos para a Ação Solidária Santo Antônio, que antes tinha como timoneiro o Barrinhos e hoje perde o Joãozinho.

A sede da Ação Solidária Santo Antônio, está localizada na Rua Jornalista João de Barros, s/n, Jardim Universitário, Bairro Rosa Elze, município de São Cristóvão/SE.

Foto: Gleyson Prado.

Postagem originária da página do Facebook/GrupoMTéSERGIPE, de 2 de junho de 2015.

João Barreto Neto, em 2005


João Barreto Neto, em 2005, quando da entrega
do Estandarte Gente Gentíssima a Marcelo Déda.
Foto: Márcio Dantas.
Reproduzida do site: aracaju.se.gov.br

Postagem originária da página do Facebook/GrupoMTéSERGIPE, de 2 de junho de 2015.

Homenagem a João Barreto Neto


Homenagem a João Barreto Neto, que com o falecimento de Barrinhos, passou a ser o timoneiro da Ação Solidária Santo Antônio.

Postagem originária da página do Facebook/GrupoMTéSERGIPE, de 20 de março de 2012.

Lídio Santos (Lídio da Cocada)


"É com extremo pesar, que escrevo essas palavras sobre o falecimento de Lídio Santos ( Lídio da Cocada ) aos 99 anos. Nasceu em São Braz-AL, em 29 de dezembro de 1915. Aos 7 anos veio com sua família para Sergipe, fugindo da miséria e da fome. Por conta de todo sofrimento vivido na infância, ainda jovem, decidiu ingressar nas lutas operárias. Foi orador e membro do partido comunista brasileiro, PCB. Perseguido em 1964, deixou Sergipe e foi escondido com a família para o Rio de Janeiro. Depois da anistia, retornou a Sergipe e ao PCB, e retomou sua trajetória política. Um dia pediram a Luis Carlos Prestes, que citasse alguns nomes importantes para história das lutas operárias e para o PCB, e ele citou alguns nomes, entre eles Lidio da Cocada. Deixo aqui a minha homenagem a esse guerreiro, grande homem, exemplo de honestidade, que sacrificou a sua vida em prol de uma sociedade mais justa e igualitária. Vai com Deus...". (Antônio Samarone).

Texto e imagem reproduzidos do Facebook/Antonio Samarone.

Postagem originária da página do Facebook/GrupoMTéSERGIPE, de 2 de junho de 2015.

Dr Fedro Portugal


"Muito feliz e orgulhoso pelo reconhecimento da UFS ao trabalho que meu pai , Dr Fedro Portugal, desenvolveu ao longo de décadas , à Medicina Sergipana. Este é um registro do momento do recebimento do título de Professor Emérito". (Fedro Portugal).

Foto e Legenda reproduzidas do Facebook/Fedro Portugal.

Postagem originária da página do Facebook/GrupoMTéSERGIPE, de 28 de maio de 2015.