domingo, 17 de fevereiro de 2013

A Independência de Sergipe



A Independência de Sergipe.
Por Antonio Carvalho

A independência de Sergipe foi um momento importante para a história de nosso Estado que marca o inicio da formação de um Estado soberano e livre da administração Baiana A Capitania de Sergipe ficou subordinada a Bahia entre os anos de 1590 a 1820, a sua economia e administração dependiam das autoridades baianas, quando o rei D. João VI assinou o decreto que torna Sergipe independente.

Foi um presente do rei D. João VI para os habitantes de Sergipe por ter enviado tropas e lutado ao lado do governo, durante a Revolução Pernambucana conhecida como revolução dos padres, que teve inicio em 1817 quando os democratas pretendiam forma um novo governo.

O brigadeiro Carlos Cesar Burlamaque foi nomeado no dia24 de outubro de 1820 para governar Sergipe nomeado por carta régia, que só veio a tomar posse em fevereiro de 1821 mais governou o estado por apenas 26 dias, quando foi destituído pelas autoridades baianas, com a justificativa de que o presidente da província de Sergipe oferecia obstáculos para jurar a constituição do porto.

O interessante na história da independência de Sergipe é que não ouve luta para manter a independência, muitos sergipanos queriam a revogação da independência dividindo-se em dois partidos um reconciliador formado por senhores de engenho que e europeus que moravam em Sergipe e o outro pró-emancipação constituído por capitães-mores e a maioria da população.

Em 1763, a sede do vice-reinado do Brasil é transferida para o Rio de Janeiro. Para consolar o Estado da Bahia, que acabara de perder a capital, Dom João 6º anexa as capitanias de Porto Seguro, Ilhéus e Sergipe a seu território. Não contava o rei que as intervenções baianas na vida local gerariam tantos protestos entres os sergipanos. Contrariada, a elite local, formada por criadores de gado e senhores de engenho, decide liderar um movimento de emancipação.

A independência de Sergipe começa a tomar forma em 1817, durante a Insurreição Pernambucana, que defendia a instauração da República no Brasil. Por meio da Vila de Penedo (atual Neópolis), Sergipe lidera um movimento a favor da manutenção da monarquia. Em retribuição, Dom João 6º devolve-lhe a autonomia em 8 de julho de 1820. Sergipe é elevado à categoria de Província do Império do Brasil.

A independência de Sergipe, porém, durou pouco. Em 1821, o fiel Burlamaqui negou adesão ao movimento constitucionalista. Pela desfeita, a Junta Governamental da Bahia ordena sua imediata prisão e transferência para Salvador. No entanto, em 5 de dezembro de 1822, Dom Pedro 1º referenda o decreto de 1820. A emancipação é finalmente consolidada na Constituição do Império de 1824.

O brigadeiro Carlos César Burlamaqui é nomeado seu capitão-mor. Assim dizia o documento:

Hei por bem isentar a capitania de Sergipe absolutamente da sujeição em que até agora tem Estado do Governo da Bahia, declarando-a independente totalmente para que o Governador dela a governe na forma praticada nas mais capitanias independentes, comunicando-se diretamente com as Secretarias de Estado competentes, e podendo conceder sesmarias na forma das Minhas Reais Ordens.

Foto e texto reproduzidos do site: osergipano.com
De: Antonio Carvalho, professor e blogueiro, formado pela Universidade Tiradentes (UNIT) apaixonado por história em geral e mais pelas histórias de nosso povo o Sergipano.

Fotos: acervo IHGS

Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, em 16 de fevereiro de 2013.

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