quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Homenagem a Luiz Antônio Barreto


A sensação que me dá, neste momento de dor, é que perdemos ao mesmo tempo o nosso guardião e o nosso cultivador.

Quem irá guardar e quem irá cultivar em registros históricos as peculiaridades da nossa pequena grande terra? Quem terá o cuidado– na maioria das vezes sem ajuda, inclusive do poder publico – de procurar, de guardar, de processar e de analisar o quem nos vem da terra, do verbo, do mar, da poesia, da paisagem, das esquinas, dos escombros do poder, da feira, da igreja, da sarjeta, das ruas, das goelas, dos prantos e da nossa eterna e amada cantoria - a nossa historia de tantas estórias.

Cante lá que eu canto cá – me acalmaria Patativa do Assaré – mas a dor do abandono é mais forte que o permanente canto que o Luiz Antônio nos ensinou. Do São Francisco ao Rio Real existe neste momento a imensa angustia da ausência. À dor da partida acrescenta-se o vazio do silencio. Perdemos o nosso guardião, o nosso cultivador. O farol contenta-se em repouso de mar – e lá nave vá.

Jocelino Francisco de Menezes.

Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 18 de abril de 2012.

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