sábado, 10 de maio de 2014

Tapioca: Alimento dos Deuses, e dos sergipanos também!



Tapioca: Alimento dos Deuses, e dos sergipanos também!.
Por Alonso Junior *

Caminhando pelas ruas de nossa cidade, deparei-me com uma senhora vendendo tapiocas, e como um bom moço de raízes nordestinas, resolvi comprar logo duas: um doce e uma salgada. Degustando daquele alimento precioso, que foi um dos componentes da comercialização de diversos indígenas, inclusive seu principal ingrediente serviu de base econômica para nosso Estado há anos atrás, pude cair na real e perceber que a tapioca tem toda uma história. A começar pelos indígenas, ela sempre esteve presente nas mesas dos brasileiros desde o processo de colonização do país. Contudo, a mandioca foi, e é, o pão do Brasil desde o tempo em que os colonizadores portugueses ainda não tinham chegado aqui. Nenhum alimento para os índios,era tão importante quanto a mandioca, e dela podia-se fazer bolos,mingau e paçoca. E agora ao longo do tempo, ela vem matando a fome de muita gente, e conquistando cada vez mais seu espaço não só na gastronomia sergipana, como na mundial.

Eu sempre digo que a tapioca tem gosto de nordeste, cheiro de terra, quem nunca provou de uma tapioca, não sabe o que lhe espera. A farinha e a água numa bacia se misturam, a massa vira tapioca, como se tivesse pressa, de receber o recheio de leite condensado, goiabada, doce de coco, chocolate, manteiga ou nata. Doce ou salgada, a tapioca chega à boca como se fosse um “beiju”. Que goma mais linda, que refeição dos deuses! Pois é!... A TAPIOCA É NOSSA!... DE NOSSA GENTE, DE NOSSO POVO! FAZ PARTE DE NOSSA HISTÓRIA SOCIAL, CULTURAL E ECONÔMICA!...

Geralmente aos domingos, passeando pela Orla de Atalaia, sempre vejo a comercialização de vários produtos destinados na maior parte, aos turistas, inclusive o da tapioca que também é um dos fatores que favorecem o aquecimento da economia sergipana gerando emprego e renda a muitas famílias. Do mais tradicional, ao mais exótico sabor, encontramos nessas barracas. Em vez simplesmente do básico à moda nordestina, a nossa redonda de goma passou a engolir recheios de presunto, mussarela e, pasme meus conterrâneos! Minha Nossa Senhora... Até de banana, doce de goiaba e leite condensado! Pois é: tapioca com Leite Moça. E o interessante, é que aos poucos nossa tapioca, vai virando uma espécie de “pizza nordestina” agradando ao paladar de todos que degustam de seu sabor.

Básica ou exótica, adicionada ao sorvete ou não, ela se solidifica cada dia que se passa como sinônimo de café da manha regional, de desjejum sertanejo virando uma espécie de coqueluche na gastronomia de nosso país. Ela é parte do regime alimentar nacional e uma iguaria versátil que conquista cada vez mais os amantes da boa comida regional. Salve, Salve tapioca! Você foi e sempre será muito bem vinda em nossas mesas por muitos e muitos anos futuros.

* Acadêmico do Curso de Historia da Universidade Tiradentes.

Fotos e texto reproduzidos do blog: vivasergipe.blogspot.com.br

Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 8 de maio de 2014.

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