quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

“Jubileu de Ouro” do Curso de Medicina da UFS (2011)

Medicina na UFS - 50 Anos (Publicação de 6 de abril de 2011). *

Medicina comemora 50 anos com programação ao longo do ano

As comemorações do “Jubileu de Ouro” do Curso de Medicina da UFS

Há exatas cinco décadas inicia-se em Sergipe o ensino formal das ciências médicas. Isso porque em 21 de março de 1961 começava a funcionar a Faculdade de Medicina de Sergipe, curso posteriormente incorporado à UFS. Para homenagear o Jubileu de Ouro do curso de medicina foi preparada uma série de atividades comemorativas que se estenderão por todo o ano.

O sonho de uma Faculdade de Medicina em Sergipe

A ideia da criação de uma Faculdade de Medicina em Sergipe surgiu na década de 50 sob a tutela de Garcia Moreno. Juntamente com o corpo médico do Hospital de Cirurgia, ele fundou a Sociedade Civil Mantenedora da Faculdade de Medicina.

A Sociedade Mantenedora foi fundada em 12 de junho de 1953. Antes mesmo da criação da Faculdade, a Sociedade Mantenedora, que seria responsável pela direção geral, já havia escolhido os futuros professores. No entanto, dificuldades operacionais e políticas da época adiaram por oito anos a concretização do sonho.

Eis que surge a faculdade

O processo de criação da Faculdade de Medicina teve prosseguimento, somente em 1960, com o apoio do governador Luiz Garcia e do Prof. Antônio Garcia Filho, então Secretário da Educação, Cultura e Saúde.

“Dr. Antônio Garcia priorizou a fundação da Faculdade de Medicina entre as tarefas da secretaria e convenceu o governador sobre a necessidade de formar médicos para atender a população desassistida do estado" conta Eduardo, filho de Antônio Garcia.

Com o apoio irrestrito do governador do Estado, Antonio Garcia conseguiu fundar a Faculdade de Medicina. Em 21 de janeiro de 1960 foi eleita a primeira diretoria da Faculdade de Medicina de Sergipe, sendo o Prof. Antônio Garcia Filho seu primeiro Diretor. E, em 11 de janeiro de 1961, o Presidente Juscelino Kubitschek assinava o decreto nº 49.864 que autorizava o funcionamento do curso.

O início

A Faculdade de Medicina de Sergipe ofertou inicialmente 20 vagas. Em 16 de fevereiro de 1961 realizou-se o primeiro vestibular, com 54 inscritos dos quais apenas 9 foram aprovados.

A primeira aula inaugural foi proferida pelo professor Silvano Isquerdo Laguna. Eduardo Garcia conta que Dr. Antônio Garcia o fez vir da Universidade de Valladolid, na Espanha, a fim de iniciar o ensino de Anatomia em Sergipe.

Durante os dois primeiros anos, o curso de medicina funcionou nas dependências do Instituto Parreiras Horta. Em 1962, através de uma parceria, a Faculdade é transferida para o Hospital de Cirurgia, local onde permaneceu por quase três décadas, até a construção do Hospital Universitário em 1989.

Lúcio Prado, formado pela UFS e presidente da Academia Sergipana de Medicina relata que “nos primeiros anos de funcionamento da Faculdade, de forma honorífica, os professores ensinaram sem receber salários ou qualquer outra forma de pagamento”.

A Faculdade de Medicina possibilita a criação da UFS

Antes do surgimento da Faculdade de Medicina, Sergipe contava com cinco escolas de ensino superiores (Faculdade de Química, Faculdade de Ciências Econômicos e Contábeis, Faculdade de Filosofia e Letras, Faculdade de Serviço Social e Faculdade de Direito), Eduardo Garcia conta que por exigência da Lei, para que Sergipe pudesse pleitear a criação de uma Universidade seria necessário que a sexta escola de ensino superior fosse de Medicina ou Engenharia, pois o Estado já possuía Filosofia e Direito que também eram exigidos.

Após a criação da Faculdade de Medicina, é possível a criação da Universidade Federal de Sergipe, o que ocorre em 28 de fevereiro de 1968 através da união da seis faculdades até então existentes.

Construção do Hospital Universitário

Em 1988, as dependências do Hospital de Cirurgia já não eram suficientes para abrigar o curso de Medicina. Nesse ano foi feita uma passeata com médicos e estudantes reivindicando a construção de um Hospital Universitário.

O governo da época então desativa um hospital usado para tratamento de pacientes tuberculosos e passa o prédio para tutela da UFS. Coube a Eduardo Garcia, então reitor, a tarefa de adequação daquele espaço para o funcionamento do curso.

“Quando o hospital para tuberculosos veio para nossas mãos, foi necessária uma série de melhorias para adequá-lo às condições que o curso exigia. Na época possuíamos uma planta para construção de um Hospital Universitário, mas para o governo foi mais viável desativar aquele hospital e passar sua administração para a UFS”.

Dessa forma, em 1989 o curso de Medicina e os outros cursos de saúde que a universidade já possuía ganham uma nova casa, compondo o Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS).

O curso de Medicina hoje

Hoje o curso está entre os mais procurados para o Processo Seletivo Seriado (PSS), e já foi capaz de formar aproximadamente 1.500 médicos ao longo dos seus 50 anos de existência.

Para enfatizar a importância do curso para o Estado, Eduardo Garcia relata que “somente hoje, a universidade foi capaz de criar um novo curso de medicina, e até mesmo instituições privadas só conseguiram há pouco tempo, isso mostra o quanto foi relevante e difícil a construção deste curso 50 anos atrás; os homens que se empenharam nessa árdua tarefa são verdadeiros heróis”.

Para Lúcio Prado, “a homenagem aos primeiros médicos é muito apropriada, uma vez que foram os pioneiros que, enfrentando várias adversidades, tornaram possível a formação de profissionais da área médica”.

Bruno Garcia, estudante de Medicina e ex-coordenador geral do Centro Acadêmico, relata que “a profissão de salvar vidas já é algo de extrema importância, e ter esse curso no seu estado lhe dá todas as condições para aprender isto de forma gratuita é muito gratificante”.

Investimento para o futuro

O professor Alex Vianey ressalta que estão prevista algumas reformas para o curso, a fim de aumentar sua qualidade e capacidade de assistência a população.

Entre as melhorias estão a criação de uma unidade de transplante, laboratório de práticas, maternidade infantil, 30 salas de ambulatório e uma unidade de emergência, reformas previstas para 2012.

“Quando essa mudanças forem feitas, e aliada a reforma curricular, o curso ganhará ainda mais vida e força para continuar sendo um centro de excelência na formação de médicos para o Estado de Sergipe”, afirma Alex Vianey.

Juacy Júnior (estagiário)
Márcio Santana
comunica@ufs.br

Fonte: ufs.br

*Texto e foto reproduzidos do blogdoricco.blogspot.com.br

Postagem originária da página do facebook/Minha Terra é SERGIPE, 19 de Dezembro/2012.

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