quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Palácio Olímpio Campos

Foto reproduzida do site: biblioteca.ibge.gov.br/colecao_digital_fotografias

O Palácio Olímpio Campos (junho de 2010).
por José Anderson Nascimento. *

Mestre em Educação pela Universidade Federal de Sergipe e Presidente da Academia Sergipana de Letras.

O secular Palácio do Governo, após mais de uma década de reformas, foi reaberto ao público em solenidade acontecida na noite do ultimo dia 21, quando o Governador Marcelo Deda inaugurou o Museu Palácio Olimpio Campos, ofertando à sociedade um espaço cultural representativo da história, em Sergipe.

O monumento histórico e artístico teve a sua construção iniciada, provavelmente, no final de 1859, como relata Urbano Neto (NETO, O Palácio Olimpio Campos, Revista IHGS, n. 26, p. 85), e as obras foram visitadas pelo Imperador D. Pedro II, no dia 10 de janeiro de 1860. Três anos depois o Palácio estava concluído, assumindo uma postura monumental na incipiente capital, com a sua soberba fachada frontal, voltada para o Leste, medindo 29 metros e as fachadas laterais medindo 35 metros, que se mantiveram até os dias atuais.

Na sua concepção inicial, era um formoso sobrado ao estilo português, encimado com um frontão triangular, onde se via o brasão imperial em baixo relevo, característico dessas construções, muito em voga na época. No pavimento térreo, bem na parte central, existiam três largas portas que davam acesso ao halldo edifício. De cada lado do conjunto formado por estas três portas ficavam três janelas que, como todas as portas e janelas existentes na construção, tinham a parte superior em arco pleno. No pavimento superior, nove janelas com sacadas providas de grades em ferro forjado, coincidindo os eixos destas janelas com os das janelas e portas do pavimento térreo. 

O pesquisador Urbano Neto, no seu estudo sobre o Palácio do Governo destaca que as vidraças das demais janelas eram do tipo “guilhotina” com vidros de 20 x 20 centímetros aproximadamente. As bandeiras de todas as janelas eram de vidros cortados em triangulo que se ajustavam ao semi-círculo dos arcos plenos destas aberturas. 

Na sua estrutura, o Palácio do Governo exibia nos quatro ângulos do edifício, como cunhais, pilastras que serviam de suporte à cornija que contornava todo o bloco quadrangular e sobre cada pilastra um pequeno acrotério marcando os ângulos da platibanda, que eram simples muros de pouca altura, sobre os acrotérios, modestos finais construídos com massa de cal.

Os elementos para a construção do Palácio foram salão, pedra e cal. A pedra calcária provinha da região da Cotinguiba e era transportada via fluvial, até Aracaju.

O certo é que em 1863 as obras do Palácio do Governo estavam concluídas. Alexandre Rodrigues da Silva Chaves, Presidente da Província, que assumira em 31 de julho de 1863, “apontava como obra terminada o Palácio do Governo, espaçoso, mas, no seu entender, sem estética”, como anota J. Pires Wynne (WYNNE, História de Sergipe: 1575-190, vol. I, Editora Pongetti, p. 213). 

*Mestre em Educação pela Universidade Federal de Sergipe e Presidente da Academia Sergipana de Letras.

Texto reproduzido do blog: clodoaldoalencar.blogspot
De: Clodoaldo de Alencar Filho.

Postagem originária da página do Facebook/Minha Terra é SERGIPE, em  17 de Dezembro/2012.

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