Marcos Prado foi buscar nossa imortalidade
Por Amaral Cavalcante
Fui levar minha última homenagem
ao meu querido amigo de infância Marcos do Prado Dias, que estava sendo velado
na “Colina da Saudade”. Cheguei quarenta minutos antes do sepultamento, mas não
pude presenciá-lo.
Ocorre que a “Colina da Saudade”
tem um serviço de estacionamento insuficiente e não se preocupa com as questões
de acessibilidade. Como pode ter recebido um alvará de funcionamento? Logo-logo
os estacionamentos disponíveis ficam abarrotados, obrigando-nos a estacionar
nas ruas contíguas ao portão de entrada.
Impedido de entrar, só achei vaga
a trezentos metros e para quem carrega o peso dos anos nas pernas, como eu,
subir aquela montanha a pé é tarefa penosa e impeditiva.
Voltei para casa, acendi uma vela
para a Nossa Senhora D’Ajuda que cuidou da nossa infância em Itaporanga e me
tranquei com meus botões, relembrando aquele menino cheio de liderança e
vivacidade que nos reunia na vasta mansão dos seus pais para cultivar, saudável
e criativamente, as traquinagens da infância.
Marcos Prado, você agora nos leve
aos misteriosos caminhos da imortalidade, no reino de Cristo.
Até logo.
Postagem original na página do Facebook, em 24 de Setembro de 2012.
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