segunda-feira, 9 de junho de 2014

Joel Dantas




Publicado originalmente no site pge.se.gov.br

Joel Dantas
Por Mário Britto.

Joel Ferreira Dantas, pintor, desenhista e ilustrador, nasceu às margens do Rio São Francisco, no alto sertão baiano, no dia 17 de julho de 1950, em Pilão Arcado/BA. Com quatro anos de idade veio com os pais, residir no Povoado Marcação, município de Rosário do Catete/SE. Transferiu-se com a família para Aracaju, quando tinha cerca de oito anos de idade, cidade onde estudou e se formou em Licenciatura em Geografia, em 1978. Em Aracaju, iniciou-se no universo artístico e consolidou a sua carreira artística, razão pela qual se considera artista sergipano. Em 2008, concluiu o curso de pós-graduação em Artes Visuais, latu sensu, na Universidade Federal de Sergipe.

Desde criança já era manifesta a sua vocação para o desenho. Em 1958, surgem os seus primeiros trabalhos. Eram desenhos feitos em pedaços de papel, nas paredes e nas calçadas. Em 1966, participou da primeira exposição coletiva, só com jovens artistas, na Galeria de Arte Álvaro Santos, em Aracaju/SE, patrocinada pela JOVREU. Artista sergipano que se destaca pela sua marcante produção voltada para os aspectos culturais de sua terra, notadamente, as celebrações multifacetadas do “ciclo junino”.

Entre as coletivas, destacamos: XIII Salão Nacional de Artes Plásticas de Aracaju (Cultart/Coarvis/Proex/UFS), em 1998; “Aracaju: Paisagens e Personagens”, em 2005; “Sem Fronteiras”, em 2006, em Feira de Santana/BA; “Petrobras Fertilizando o Brasil”, na Galeria Jenner Augusto, em Aracaju/SE; “Exposição Aquarela”, no Espaço Cultural Oviedo Teixeira e “III Mostra Experimental de Artes visuais da Universidade Federal de Sergipe”, ambas em 2007; “Arte que banha o Nordeste”, no Museu do Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo/SP e “Petrobras Fertilizando o Brasil”, no Rio de Janeiro/RJ, essas em 2008 e “Coleção Mário Britto”, edição especial Mostra Aracaju, em 2012. Em 2011, realizou o Painel cerâmico “Uma chama que não se apaga”, no Museu Da Gente Sergipana, em Aracaju/SE.
Em 1999 e 2004, respectivamente, ganhou o 2º e 1º lugares nas Gincanas de Pintura do 28º Batalhão de Caçadores do Exército Brasileiro. Em 2004, fez a ilustração da capa do livro “Ópera do Silêncio”, de Carlos Ayres Britto, fazendo, também, o texto de orelha, “O Emblema”, da contracapa de fundo do referido livro.

Em 2007, foi homenageado pela construtora Norcon, que atribuiu seu nome artístico a uma unidade predial do Condomínio Aquarela. Nesse mesmo ano, logrou o 1º lugar na categoria pintura, na III Mostra Experimental de Artes Visuais da Universidade Federal de Sergipe – UFS. Focado na propagação da arte como instrumento educacional e de formação cultural, Joel Dantas tem realizado, frequentemente, palestras e exposições em escolas particulares e públicas.

Sua pintura, essencialmente de cunho regionalista, retrata o cotidiano e os costumes do sertanejo, cenas rurais e urbanas, os vaqueiros e as caboclas, os tocadores de pífanos e zabumbas; manifestações folclóricas e festas populares, notadamente, as do ciclo junino, da pirotecnia, dos bacamarteiros, dos lançadores de “espadas” e “busca-pés”, das bandas de pífano, das danças e quadrilhas, lambe-sujos, caboclinhos, São Gonçalo, etc. Fazem parte, ainda, de sua rica produção artística, retratos a óleo e a grafite.

Segundo o próprio Joel, sua motivação e também inspiração para pintar quadros estão em grande parte relacionada às lembranças da infância, no então povoado Marcação, o qual, hoje, município, é oficialmente chamado de General Maynard: “foi em Marcação que despertei para o gosto de brincar de queimar fogos, e nas outras tradições dos folguedos de Sergipe. Porém, o interesse pelo desenho e pela pintura só me ocorreu quando vim para Aracaju, aos oito anos de vida“.

Fotos e texto reproduzidos do site: pge.se.gov.br

Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 8 de junho de 2014.

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