O centenário de Arnaldo Rolemberg Garcez *
Por Givaldo Rosa Dias (Blog GRD
em 19.01.2011.
Ao transcorrer neste 19 de
janeiro do corrente ano, o centenário do ex-Governador Arnaldo Rolemberg
Garcez, ex-Deputado Estadual e Federal em várias legislaturas, e ex-Prefeito da
sua cidade natal Itaporanga d’Ajuda, personagem sergipano nascido em 19 de
janeiro de 1911, no Engenho Escurial, filho de João Sobral Garcez e de Alzira
Barreto Rolemberg Garcez, que teve como pai adotivo seu tio materno Adolfo de
Faro Rolemberg, que o criou e educou, e segundo seu próprio depoimento ao
”Jornal da Cidade” de 02/08/1992, Adolfo Rolemberg “foi um dos homens
importantes de Sergipe, por sua prudência, por sua capacidade, por seu
equilíbrio e sobretudo, por sua moral”.
Sergipe perdeu em 07 de setembro
de 2010, aos 99 (noventa e nove), anos e oito meses de idade o ex-Governador do
Estado, que ainda lúcido , atingido por pertinaz enfermidade, faleceu cercado
do carinho de seus entes queridos e familiares que o acompanharam durante toda
sua trajetória.
Na sua vida familiar e política o
saudoso sergipano “administrou seus próprios bens e tornou-se político em 1932
levado pelas mãos do médico Augusto César Leite, e por influência do seu tio
paterno e sogro Cel. Silvio Sobral Garcez, do “Engenho Dira”, Chefe politico de
Itaporanga. Contraiu matrimônio com uma de suas primas, Maria Augusta Garcez,
no dia 19 de junho de 1937, na Igreja do Engenho Camaçari, cujo consórcio não
gerou filhos, mas criou vários, valendo citar no âmbito feminino, Josefina e
Maria Carmem,pertinentemente ao primeiro escalão, e posteriormente, Ana
Cristina, e Maria Augusta (Gustinha), colocadas no segundo escalão, mas à todas
Arnaldo dedicou um amor puro e paterno, e não meramente adotivo.
Governou o Estado de Sergipe no
período de 1951 à 1954, foi um dos destacados homens públicos de Sergipe,
vencendo o ex-Governador Leandro Maciel, nas eleições concorridas. No
Parlamento Nacional os dois foram bons amigos, e ressalte-se o fato de que
todos os dias, eles se reuniam em Brasília para fruir um cafezinho, e diversas vezes
eram companheiros em refeições que se repetiam nos mais disputados pontos da
culinária carioca e brasiliense, pois os dois descendiam da mesma estirpe,
cujos ancestrais têm raízes sanguínea com meu heptavô Antônio Dias Coelho e
Mello e seu genitor Domingos Dias Coelho e Mello, respectivamente Barões de
Estância e de Itaporanga, conforme nossos estudos aprofundados sobre a
genealogia sergipana, focalizados em vários artigos de minha autoria já
publicados.
Fui agraciado com depoimentos e
informações valiosíssimas do ex-Governador Arnaldo Rolemberg Garcez, narrando a
história de sua vida e dos nossos ancestrais.
Quando afirmei e narrei ao
Jornalista Clarêncio Fontes, autor do artigo “O Casarão dos Rolemberg,
protótipo de bastidores dos nossos clãs”, já tinha registrado a história da
nossa família com base nos fatos acontecidos e repassados por Arnaldo Rolemberg
Garcez, que, com apenas (09) nove anos, presenciou a inauguração do citado
Casarão, que contou com a presença do então Presidente da República NILO
PEÇANHA.
Retroagindo no tempo recente, e
aludindo ao que se considerou injustificáveis as asserções críticas, passando
as mesmas por postiças corrigendas, quando um rebatedor se nos apareceu
dizendo-nos contraditórios e paradoxais, ao ponto de achar o cúmulo do
impossível, o infante de oito anos contar com uma memória prodigiosa, e
posteriormente em nossos escritos mostramos que o escriba adventício dera com
os “burros n’água”.
E consciente de meus pensamentos
e reflexões cognitivas e morais, sempre provo as minhas ilações, pois nunca
passou pela minha mente ser deturpador grosseiro de quaisquer informações,
considerando a certeza de que continuo afeito aos cuidados das minhas exposições
e raciocínios, traduzindo um sentido de reverência à verdade que não pode ser
escondida, nem manipulada com artificio.
Esta fonte fidedigna é um
documento histórico, repassado para mim e também para as futuras gerações.
Escrevi no “Jornal da Cidade”,
edição de 25 de setembro de 2010, o artigo “Um paradigma existencial, uma vida
como exemplo”, em homenagem à Arnaldo Rolemberg Garcez logo após seu
passamento, onde encerrei o meu texto com os dizeres “Resquiescat in pace” Arnaldo
Rolemberg Garcez que adentrastes no Reino da Glória”. Após a publicação do
referido artigo, fui cumprimentado por vários estudiosos de todo o País,
inclusive conterrâneos que reconhecem meus estudos acurados na área da
genealogia familiar, pesquisados aqui no Brasil e também em Portugal.
O trabalho realizado, meus
escritos, meus estudos e minhas pesquisas,credenciam-me a ser um dos destacados
pesquisadores da genealogia sergipana desde os primórdios do casamento de
Domingos Dias Coelho e Mello I, com Francisca Maciel de Sá, descendente de Mem
de Sá, terceiro Governador Geral do Brasil, cuja irmã de Francisca, chamada
Joana, casou-se com um dos Barros Pimentel que deu origem à família FRANCO, com
ramos em várias outras famílias fidalgas de Sergipe como Rolemberg, Dias,
Sobral, Menezes, Accioly, Faro, Leite, e outras que por casamento vieram a se
agregar aos troncos de importância primordial no inicio do Brasil colônia, no
Império e na República até os dias atuais.
Do peso genealógico, da parentela
se reforça ainda mais sobre o poder admirável pela continuidade secular em
nossa formação histórica de vários membros e descendentes de nossos ancestrais.
Essas famílias de primitivos
colonizadores tiveram casamentos consanguíneos, ao longo período Colonial, do
Império e da República, se estendendo até à nova geração, que voltaram a
governar o nosso Estado, conforme afirmamos em trabalho publicado, intitulado
“Os descendentes dos Barões de Estância e Itaporanga voltaram a governar o
Estado” em 10 de dezembro de 2010.
Em seu período Governamental
Arnaldo Rolemberg Garcez acercou-se de intelectuais, segundo trabalho
jornalístico do talentoso escriba Luiz Eduardo Costa, publicado em 12 de junho
do ano passado, os quais foram galgados à assessores governamentais, formando
um bom secretariado. Arnaldo Rolemberg Garcez, construiu o primeiro Conjunto
Habitacional popular de Sergipe, deu prosseguimento à construção das escolas
iniciadas pelo seu antecessor e parente José Rolemberg Leite, valorizou a
educação, abriu estradas, construiu o Auditório do Atheneu, para a época uma
magnifica edificação, construiu o Parque de Exposições Agropecuárias, apoiou as
instalações de novos cursos universitários, como a criação da Faculdade de
Medicina e de Direito, elos acadêmicos que muito contribuíram para o
desenvolvimento humano e cultural do nosso Estado.
O trabalho que Arnaldo Rolemberg
Garcez executou no exercício de seus mandatos, mormente como Chefe do Estado,
esforços administrativos consoante a época de então, foram frutos de uma
consciência zelosa para com as necessidades prementes dos sergipanos, os quais
não deixaram de ser reconhecidos até hoje, e prova desse reconhecimento é que
no seu Centenário lhe é tributada uma afetiva e sincera homenagem, por ter sido
o maior líder de Itaporanga, e um dos melhores governadores que ocuparam o
“Palácio Olímpio Campos”, e honraram politicamente o nosso torrão natal.
(*) O autor do presente artigo é
Vice-Presidente Nacional de Assuntos Governamentais da Associação Nacional dos
Procuradores Federais - ANPAF, em Brasília – DF.
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Postagem original na página do Facebook, em 6 de Outubro de 2012.
Meu pai me Arnaldo Rolemberg Garcez, sinônimo de honradez, integridade moral, pureza de espírito, generosidade, bondade, uma das suas grandes virtudes. Nunca negou se em estender sua mão àqueles que necessitavam de seu apoio. Minhas Saudades eternas Pai. Josefiana
ResponderExcluirMeu primo, por parte de meu pai, Armando Garcez Vieira.
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