terça-feira, 3 de julho de 2012

Eduardo Cabral


Publicado pelo Jornal da Cidade.Net/Osmário Santos/Memórias de SE./8 de junho de 2012.

A vida do intelectual, professor, escritor e titular do Cartório do I Ofício de Japaratuba
Por Osmário Santos

No início do ano de 1949, após adquirir a Farmácia Campos, na Cidade de Japaratuba, a família se mudou para aquela cidade. Eduardo Cabral foi morar na Praça Gonçalo Rollemberg, número 29, com seus irmãos Carlos, Fernando, Marcos e depois Célia que nasceu em Japaratuba, endereço onde Dudu permanece até hoje. Foi na casa paterna que ele conheceu as artes, leu os primeiros livros e passou a gostar de música, pois seu genitor possuía uma pequena biblioteca e era proprietário de um serviço de autofalante.

Iniciou seu estudo primário no “Grupo Escolar Senador Gonçalo Rollemberg” de Japaratuba, tendo como professoras D. Maria das Graças e D. Maria José Pinheiro de Britto.

Com 12 anos de idade foi para Aracaju, continuando seus estudos  no “Educandário Alfredo Montes” ou o “Colégio da Professora Izabel Schimidt”, como era conhecido,  que ficava na Avenida Pedro Calazans. Ali concluiu seu curso primário tendo nesse período como colegas José Augusto Correa (Zé Du, antigo colega em Japaratuba), Jackson Barreto, Rosalvo Alexandre (Bocão), César Cabral (jornalista), José Lúcio Dantas (neurologista), Manoel Messias (Pitiu, músico e artista plástico) e outros que se destacaram em diversos ramos profissionais.

Prestou exame de admissão e foi aprovado para o “Colégio Tobias Barreto” do professor Alcebíades Mello Vilas Boas, que fica até hoje na Rua Pacatuba e depois se transferiu para o “Colégio Estadual Pedro II” conhecido como “Ateneuzinho”, localizado na Av. Ivo do Prado. Em seguida foi estudar no “Colégio Estadual Ateneu Sergipense”, mais conhecido como Colégio Central.

Por volta de 1964 passou a frequentar um grupo de intelectuais jovens que moravam em Aracaju se destacando entre eles Geraldo de Almeida Borges, Joubert Morais, Washington, Wellington, Gervásio, Adauto Machado, Eduardo Bastos, Bosco Rollemberg, Eunice (neta do Padre Caio), Djaldino Mota Moreno, João de Barros (Barrinhos), Elias Espinheira, Osvaldo Oliveira. Nesse período fez amizade com pintores e escritores já consagrados no Estado podendo citar Florisval Santos, J.Inácio, Octaviano Canuto, José Augusto Garcez, Freire Ribeiro, Sebrão Sobrinho (primo de seu avô), Pires Wayne, Gilza Borges, Ludovico José e outros.

Fez sua primeira exposição de pintura na Galeria de Arte Acauã, de propriedade do Senhor Artur, do Foto Amador, que ficava na Rua Itabaianinha, onde vendeu seu primeiro desenho. Em 1968 ganhou na Galeria de Arte Álvaro Santos, o prêmio de o terceiro melhor pintor jovem do ano, prêmio recebido das mãos de Florisval Santos, então diretor da galeria.

Participou da Associação Sergipana de Cultura – A.S.C., fazendo exposição de seu acervo de pintura no I Festival de Arte de São Cristóvão.

Com Osmário Santos, Aderbal Curumba, Carlos Alberto Menezes e Valter Calixto fundaram um jornalzinho de fundo de quintal, feito no mimeografo, chamado “Capacidade”,  que teve vida efêmera.

Colaborou com a Editora Jovens Reunidos – (Jovreu), publicando contos e ilustrando com desenhos algumas publicações!

Fez parte da Sociedade de Cultura Artística de Sergipe (SCAS) e através de seu departamento de Teatro – TECA, participou do I Festival de Teatro do Nordeste, realizado no Teatro Santa Izabel, em Recife, em julho de 1969. Em Pernambuco a SCAS apresentou a peça de autoria e dirigida pelo  professor João Costa, “A Dança do Ouro”, que é a história de Chico Rei, onde conta à origem do Cacumbi tão festejado em Japaratuba. No elenco, entre outros, estavam Acival Gomes (Chico Rei), Lânia Duarte (Rainha), Carlos Mota, Oliveira Junior, Hélio Araújo, Geraldo Borges, Adauto Machado, Terezinha Prado, Rita Calazans, Eliana Oliveira, etc.

Foi cicerone do pianista Artur Moreira Lima, quando este veio fazer um concerto em Aracaju a convite da SCAS e com quem manteve correspondência por certo período.

Viajou diversas vezes para a cidade de Salvador onde residia seu amigo Geraldo Borges (falecido recentemente) e lá conheceu vários intelectuais como o sergipano Jenner Augusto da Silveira, com quem teve o prazer de participar da noite de Natal de 1968 em sua residência no Bairro do Rio Vermelho, conheceu ainda o chileno Patrick Kened, Jorge Amado, Carlos Bastos e outros intelectuais da Bahia.

Foto e texto reproduzidos do site: 2.jornaldacidade.net


Postagem original na página do Facebook, em 3 de Julho de 2012.

Nenhum comentário:

Postar um comentário