Publicado pelo Jornal da Cidade.Net/Osmário Santos/Memórias de SE./8 de junho de 2012.
A vida do intelectual, professor, escritor e titular do
Cartório do I Ofício de Japaratuba
Por Osmário Santos
No início do ano de 1949, após adquirir a Farmácia Campos,
na Cidade de Japaratuba, a família se mudou para aquela cidade. Eduardo Cabral
foi morar na Praça Gonçalo Rollemberg, número 29, com seus irmãos Carlos,
Fernando, Marcos e depois Célia que nasceu em Japaratuba, endereço onde Dudu
permanece até hoje. Foi na casa paterna que ele conheceu as artes, leu os
primeiros livros e passou a gostar de música, pois seu genitor possuía uma
pequena biblioteca e era proprietário de um serviço de autofalante.
Iniciou seu estudo primário no “Grupo Escolar Senador
Gonçalo Rollemberg” de Japaratuba, tendo como professoras D. Maria das Graças e
D. Maria José Pinheiro de Britto.
Com 12 anos de idade foi para Aracaju, continuando seus
estudos no “Educandário Alfredo Montes”
ou o “Colégio da Professora Izabel Schimidt”, como era conhecido, que ficava na Avenida Pedro Calazans. Ali
concluiu seu curso primário tendo nesse período como colegas José Augusto
Correa (Zé Du, antigo colega em Japaratuba), Jackson Barreto, Rosalvo Alexandre
(Bocão), César Cabral (jornalista), José Lúcio Dantas (neurologista), Manoel
Messias (Pitiu, músico e artista plástico) e outros que se destacaram em
diversos ramos profissionais.
Prestou exame de admissão e foi aprovado para o “Colégio
Tobias Barreto” do professor Alcebíades Mello Vilas Boas, que fica até hoje na
Rua Pacatuba e depois se transferiu para o “Colégio Estadual Pedro II”
conhecido como “Ateneuzinho”, localizado na Av. Ivo do Prado. Em seguida foi estudar
no “Colégio Estadual Ateneu Sergipense”, mais conhecido como Colégio Central.
Por volta de 1964 passou a frequentar um grupo de
intelectuais jovens que moravam em Aracaju se destacando entre eles Geraldo de
Almeida Borges, Joubert Morais, Washington, Wellington, Gervásio, Adauto
Machado, Eduardo Bastos, Bosco Rollemberg, Eunice (neta do Padre Caio),
Djaldino Mota Moreno, João de Barros (Barrinhos), Elias Espinheira, Osvaldo
Oliveira. Nesse período fez amizade com pintores e escritores já consagrados no
Estado podendo citar Florisval Santos, J.Inácio, Octaviano Canuto, José Augusto
Garcez, Freire Ribeiro, Sebrão Sobrinho (primo de seu avô), Pires Wayne, Gilza
Borges, Ludovico José e outros.
Fez sua primeira exposição de pintura na Galeria de Arte
Acauã, de propriedade do Senhor Artur, do Foto Amador, que ficava na Rua
Itabaianinha, onde vendeu seu primeiro desenho. Em 1968 ganhou na Galeria de
Arte Álvaro Santos, o prêmio de o terceiro melhor pintor jovem do ano, prêmio
recebido das mãos de Florisval Santos, então diretor da galeria.
Participou da Associação Sergipana de Cultura – A.S.C.,
fazendo exposição de seu acervo de pintura no I Festival de Arte de São
Cristóvão.
Com Osmário Santos, Aderbal Curumba, Carlos Alberto Menezes
e Valter Calixto fundaram um jornalzinho de fundo de quintal, feito no
mimeografo, chamado “Capacidade”, que
teve vida efêmera.
Colaborou com a Editora Jovens Reunidos – (Jovreu),
publicando contos e ilustrando com desenhos algumas publicações!
Fez parte da Sociedade de Cultura Artística de Sergipe
(SCAS) e através de seu departamento de Teatro – TECA, participou do I Festival
de Teatro do Nordeste, realizado no Teatro Santa Izabel, em Recife, em julho de
1969. Em Pernambuco a SCAS apresentou a peça de autoria e dirigida pelo professor João Costa, “A Dança do Ouro”, que
é a história de Chico Rei, onde conta à origem do Cacumbi tão festejado em
Japaratuba. No elenco, entre outros, estavam Acival Gomes (Chico Rei), Lânia
Duarte (Rainha), Carlos Mota, Oliveira Junior, Hélio Araújo, Geraldo Borges,
Adauto Machado, Terezinha Prado, Rita Calazans, Eliana Oliveira, etc.
Foi cicerone do pianista Artur Moreira Lima, quando este
veio fazer um concerto em Aracaju a convite da SCAS e com quem manteve
correspondência por certo período.
Viajou diversas vezes para a cidade de Salvador onde residia
seu amigo Geraldo Borges (falecido recentemente) e lá conheceu vários
intelectuais como o sergipano Jenner Augusto da Silveira, com quem teve o
prazer de participar da noite de Natal de 1968 em sua residência no Bairro do
Rio Vermelho, conheceu ainda o chileno Patrick Kened, Jorge Amado, Carlos
Bastos e outros intelectuais da Bahia.
Foto e texto reproduzidos do site: 2.jornaldacidade.net
Postagem original na página do Facebook, em 3 de Julho de 2012.
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