quarta-feira, 25 de abril de 2012

Homenagem ao Sr. Otaviano Oliveira de Souza

HOMENAGEM AO MEU QUERIDO PAI "OTAVIANO OLIVEIRA DE SOUZA"


22 de Março de 2012. Hoje quero aqui no Grupo Minha Terra é Sergipe, homenagear meu querido pai, Sr. Otaviano Oliveira de Souza. Se vivo estivesse, completaria nesta data de hoje 88 anos de existência, mas há dez anos atrás partiu para a eternidade. Farmacêutico por mais de cinquenta anos, dedicou sua vida na sua querida cidade de Riachão do Dantas, a atender e medicar todos os seus conterrâneos, não importa de que classe social, sempre com responsabilidade, zêlo e dedicação para com o próximo. Homem íntegro, querido por todos, sempre pautou sua vida na criação dos seus filhos, e olhe que não foram poucos, vinte e cinco bocas para criar, educar, e colocar no mundo pessoas honradas. São eles, Wanderley, Wellington, Aroldina, Wagney, Wolney, Agna Lúcia, Acácia, Aracely, Aurélio, Aurélia, Albertino, Alberto, Agnes, Ivolândia, Ivana, Alinete, Fabiano, Otaviano Filho, Otaciana, José Albérico, Miguel, Ivolene, Nissinha, Ivan e Isorélia. Graças a Deus todos vivos, uns residindo na capital Aracaju e outros na cidade que ele adotou para viver sua vida. Homem de palavra, simples, humilde, morreu pobre em patrimônio, mas milionário em caráter, dignidade, virtudes que deixou para todos os seus filhos seguirem. Quando ingressou na política em meados dos anos 60/70, foi Vice-Prefeito de Riachão do Dantas, numa época que a política era acirrada, violenta, mas mesmo assim sempre foi fiel, sempre honrou com seus compromissos, pensando tão somente no povo sofrido da sua querida Riachão. Candidato ao cargo de Prefeito enfrentou sozinho os caciques políticos da época de cabeça erguida, sem fazer nenhum inimigo, perdendo a campanha por pouco mais de oitenta votos, e encerrada a apuração foi carregado nos braços pela população como se tivesse ganho a disputa, enquanto que no lado vitorioso nem festa teve, e o Sr. Otaviano continuou na sua luta, jamais largou sua profissão de farmacêutico que tão dignamente exerceu, chegando a ser chamado pelos seus conterrâneos de "o médico de Riachão" pela sua dedicação em atender a todos, qualquer hora do dia ou da noite. Como reconhecimento de tudo isso, quando veio a falecer, seu sepultamento foi o maior já ocorrido naquela cidade, acompanhado por uma multidão de gente que foi dar o último adeus ao médico dos pobres e dos ricos, ao médico da mulher parida, do vaqueiro, do agricultor, do mendigo, do feirante. Obrigado meu querido pai pelos ensinamentos transmitidos, desde quando por lá residia, até os meus 10 anos de idade, em plena infância, deixava de brincar com os amigos para lhe ajudar a vender remédios na farmácia, a arrumar os medicamentos nas prateleiras para no dia da feira (sábado), dia de maior venda, o povo humilde daquela cidade encontrasse a farmácia arrumada, organizada, limpa. O tempo passou e vendo seus filhos crescerem, precisando estudar num colégio melhor, aluga uma casa em Aracaju e manda minha mãe com todos, na época sete filhos virem residir na capital, para estudarem no Colégio Estadual Atheneu Sergipense. Valeu Sr. Otaviano, a minha benção e até breve.


Wagney Aragão Souza

Postagem original na página do Facebook em 22 de março de 2012

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