"Antiga casa dos ancestrais
de Walter Cardoso na esquina da Rua de Pacatuba com a Travessa José de Faro.
Nesta casa Fausto Cardoso moribundo bebe o seu último gole d'água; "Bebo o
sangue de Sergipe". A casa foi literalmente tombada para que se erguesse
uma agência da Caixa Econômica Federal". (OC).
Centenário de Walter Cardoso (27 de outubro de 2011).
Centenário de Walter Cardoso (27 de outubro de 2011).
Por Odilon Cabral/Infonet.
Filho de Benjamin Mendonça e Laudicéia Fontes Cardoso,
Walter fora criado no velho casarão que ocupava a esquina inicial da Rua de
Pacatuba com a Travessa José de Faro, contorno das Praças Fausto Cardoso e
Almirante Barroso, casa senhorial que, em contorno de cenário, ladeava a antiga
sede da Assembleia Legislativa de Sergipe. Uma vista já perdida na memória,
afinal no local da velha casa, uma arquitetura sobremodo ancestral, um banco a
tombou, literalmente, só para melhor confirmar a agiotagem como ideal
adversário dos Institutos de Patrimônio Histórico e Preservação Cultural.
E no rebotalho deste cenário resistente, por forma e
alvenaria, aquilo que fora tanto, e que já não mais é, e nem o será bastante,
persiste o velho paço legiferante em missão de compasso, errante e claudicante,
ora como abrigo e préstimo a instituições atiradas ao relento e ao desagasalho,
ou então como um plenário quase inútil, um desafio fútil, por desencalho, uma
espécie de apêndice, como anexo ou penduricalho, púlpito de pouco cérebro com
galeria de ralos ouvintes.
Porque a antiga história sempre fenece e desaparece com os
homens esquecendo o seu passado, em retrovisores curtos avançando
desembestados, sempre à frente na conquista do além-pensado.
O médico Walter Cardoso quando do lançamento de "Vida e
Tempo" em 1986.
E no aquém-ultrapassado resiste a memória querendo avivar no
presente, o que já não mais é, mas precisa ser notificado, só por ser passado e
não mais ser evitado, e para prevenção do que jamais deveria ser renovado.
E nós, os denominados “baby boomers”, porque nascidos após a
guerra e a bomba H, e porque nos caracterizávamos tanto como uma geração
sociológica de “idealistas ousados em extrema egocentria” e nos distinguíamos
sobremodo, pela rejeição ao passado, conflituando pais e antepassados, hoje, no
reflexo narcísico de espelho, não nos contemplamos nem nos admiramos.
Fomos desta juventude que iria mudar o mundo, exibindo
profundas dificuldades na compreensão do conservadorismo, em rejeição hostil a
qualquer autoridade, geração que ousara até ditar por suprema ousadia
libertária, em grito de rua, tão febril então, e quase imbecil agora, que era
“proibido proibir”, como regra maior de um teorema de um mundo a construir.
E que não restou assim, com se vê agora, que em posando de
revolucionários, só fizemos fustigar a reação, e com isso atrair a exceção e
sucumbir à cana dura. Que loucura fora a nossa, idealizando para nós o que
vigia além, no além do além, no além-muro de Berlin?
Ou não restou assim, quando o muro foi demolido pelos que
nos chegaram depois, em passeatas mais objetivas por menos utópicas e menos
insensatas, sem pensar em vedar proibir e sem se empolgar com a igualdade sob a
espora e o cacete, que era nosso sonho, mera ilusão?
E hoje, ainda apáticos órfãos destas utopias derrubadas e
demolidas, com o mundo sem saber para onde vai, justamente quando já o estamos
deixando, por aposentação e substituições necessárias, sem querer compreender o
novo e a net, nem o twitter e a sua excessiva concisão, vale a pena relembrar a
vida e a obra de quem já passou e hoje só é memória como Walter Cardoso?
“Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena”, responde-me
o poeta, pensando também no palacete derrubado, tornado templo da usura, e nos
míopes cavaleiros que em depredação e exação descabidas creem-se mudando o
mundo por esporear os galgos da história, embora o mundo e a humanidade, em
misérias e grandezas, estejam carentes de homens santos, probos e dedicados
como Walter.
Se dedicação é coisa rara, probidade uma exceção, valerá a
pena ser santo, como tentara Walter desde a infância à velhice, arrimando-se na
imperfeição do ser e amparando-se em sua fé nunca esquecida?
Poderemos, analisando sua obra enquanto médico clínico e
higienista, afastá-lo de suas raízes familiares, um místico desde a meninice,
criado por seus avós, Cel. José Cardoso e Maria Isabel Cardoso, a mãe
Laudicéia, suas tias Ubalda, Acidália, Zulinah e Maria Isabel, em companhia de
seu irmão Zeca, José Cardoso Neto no velho palacete da Rua de Pacatuba?
É possível separá-lo do velho casarão a memoriar fatos não
vistos por ele, mas conhecidos e testemunhados por seus familiares, que
saciaram Fausto Cardoso em seu último gole de moribundo a exalar: “Bebo o
sangue de Sergipe”.
Poderemos situar Walter em afastamento dos dramas
familiares, quando seu avô, por motivos políticos tem que abandonar Sergipe,
largando seus bens comerciais, como o abatedouro modelo e a concessão de
transporte de bondes em tração animal, por emigração forçada para o Paraná, e com
o retorno posterior a Aracaju, por novas injunções políticas, agora decorrentes
dos feitos revolucionários de 1930 e seus tenentes interventores?
Será interessante dizer que no mal da perseguição, vingou
também o bem, como desígnio do absoluto, permitindo ao menino Walter tecer
relações, ampliar amizades e ligações bem além, no Paraná e no Rio de Janeiro,
onde viria a ser enquanto estudante de medicina, um fiel seguidor de Jackson de
Figueiredo por Alceu do Amoroso Lima no Centro Dom Vital e um discípulo atento
de Miguel Couto, Hamilton Nogueira e Calazans Luz na velha faculdade da Praia
Vermelha?
De Jackson o contato advinha do convívio com seus
familiares, desde Aracaju, no Sítio Mira Mar, imediações do Bairro Santo
Antônio, então propriedade de seu avô.
Em suas memórias listadas em “Vida e Tempo”, Walter se vê
menino ao relembrar os gracejos de Jackson de Figueiredo, amigo de seus tios
Clóvis, Aristarcho e Flaviano, que juntos ridicularizavam a novena de Santo
Antônio realizada piedosamente por suas tias no Sítio Mira Mar, por ocasião da
festa do Padroeiro.
Neste tempo Jackson de Figueiredo já se esboçava um
agnóstico exaltado, anticlerical, nietzceniano. E é Walter que fala das
peripécias folclóricas Jacksonianas, primeiro quebrando imagens de santos das
igrejas de Maceió enquanto estudante de humanidades, depois como estudante de
Direito na Bahia comandando reação ao desembarque de Jesuítas que ali chegavam
expulsos de Portugal, e finalmente sua conversão diante de Dom Sebastião Leme,
então Arcebispo Coadjutor do Rio de Janeiro.
Uma conversão arrebatada, inexplicável, semelhante à queda
de São Paulo na estrada de Damasco: Jackson de Figueiredo, pela versão de
Walter Cardoso em Vida e Tempo, procurara o Arcebispo pedindo sua intercessão
junto a seus amigos católicos que o azucrinavam querendo que se confessasse à
força.
Por respeito humano, incapaz de abrir-se em confidências de
fraquezas a outro homem, o Sacramento da Confissão era o que Jackson menos
admitia no catolicismo. Tanto era assim que foi dizê-lo diretamente a Dom Leme,
segundo versão contada por Walter Cardoso em “Vida e Tempo”.
E o inusitado aconteceu, porque o bispo longe de tentar
convencê-lo, conforta-o, acalmando-lhe a angústia, afinal se Jackson não
desejava realizar a confissão ele não a deveria fazer.
Ocorre, conta Walter, que no caminho de volta, o pensador se
vê desassossegado em inquieta agonia. Abrupta e inopinadamente, muda de ideia,
procura um confessor e torna-se o apóstolo do catolicismo, idealizador do
Centro Dom Vital e da revista Ordem, liderando a intelectualidade em reação ao
agnosticismo de então.
Quando Walter Cardoso chegou ao Rio de Janeiro, Figueiredo
já havia desaparecido, em quatro de Novembro de 1928, afogado nas águas da
Barra da Tijuca, onde pescava num domingo de sol, com seu filho Luís e um
amigo. A convivência de Walter no Centro Dom Vital se deu com outras figuras
como Alceu Amoroso Lima, Perillo Gomes, seu professor Hamilton Nogueira e
tantos outros.
Neste tempo ele era estudante de medicina, na velha
Faculdade da Praia Vermelha, sendo discípulo de vários mestres como Miguel
Couto, Aloysio de Castro, Hamilton Nogueira, Oscar Clark e Pedro Nava, entre
outros.
De Miguel Couto, repete por lição: “o essencial é, pois;
nunca perder de vista o caráter precário das leis patológicas”. E ainda:
“Infelizmente a medicina não atingiu ao grau de ciência exata, ela é antes de
tudo e, sobretudo, contingente, fadada a equívocos e contradições”. Reflexões
sensíveis sobre a precariedade da ciência perante a inexorabilidade da morte.
Tema que voltará, sob outro ângulo, recém-formado em Aracaju, diante do mestre
Augusto Leite, chamado a confirmar um seu diagnóstico dado a um tio, Aristides
Fontes, mas que não fora bem aceito e confiado por seus parentes: “febre com
mais de três dias de duração, no nosso meio, a família do doente desconfia da
competência do galeno; acostume-se, é o amargo da nossa profissão”.
Assunto retornado várias vezes em suas memórias, relatando a
partida de amigos queridos e pacientes outros em que a luta do esculápio resta
inglória.
Em ‘Retrato de Garcia Rosa’, por exemplo, o médico e amigo
relata os últimos momentos do poeta recluso da Colina de Santo Antônio:
“Quando fui obrigado, atendendo o seu estado de saúde, a
retirar-lhe os três últimos suportes que davam alegria a sua vida: o livro, o
cigarro e a rede, não se conformou com a minha atitude fria, rigorosamente
técnica.
Mostrou-me a imprecisão, as falhas clínicas no prognosticar
moléstias. E mal prognóstico é sinal de precipitação, falta de bom senso,
quando enunciado pode perturbar o equilíbrio mental do doente.
Apoiava-se em Francisco de Castro, ‘o erro é o flagelo da
humanidade, envenena as fontes onde a inteligência se retempera, enxovalha o
esplendor das mais belas teorias’... Não tomei essa atitude, sem muito pensar.
Tratando-se de um doente tão carente de alegria.
O livro era essencial, como as estrelas para luminosidade do
céu. (Rosa) Leu permanentemente toda a vida. O cigarro era-lhe uma distração,
devaneio, fantasia, pacificação; fumava um após outro, colocando cuidadosamente,
o fósforo apagado na caixinha. Muitos fósforos gastava neste devaneio. Acendia
e apagava o cigarro no ritmo da conversa. A rede, o embalo da vida, vaivém,
razão e sentimento, luz e trevas, mergulho e reflexão. Experimentar o balanço
da rede é conhecer prolongado descanso.
Além desses três suportes, também os amigos enchiam o
coração de Garcia de alegria inefável. Um pescador de amigos. O amigo, o
presente de Deus, o canto gregoriano que enchia sua alma de júbilo”.
Como homem público Walter Cardoso se destacou em ação e
operosidade. Em chegando a Aracaju, após conclusão de Especialização em Saúde
Pública, é nomeado em 1938 como Assistente Técnico do Departamento Estadual de
Saúde Pública de Sergipe no Governo Eronides Carvalho.
Neste tempo a Saúde Pública modernizava-se graças a reforma
implantada por João de Barros Barreto, então Diretor do Departamento Nacional
de Saúde.
Walter chegava com boa formação sanitária. Fora aluno do
próprio Barros Barreto, J.P Fontenelle, Thibau Junior, Raul de Almeida
Magalhães, Arlindo de Jesus, Heraldo Maciel e Martagão Gesteira, entre outros
que constituíam a nata da medicina sanitária de então. Viria posteriormente a
ser Diretor Estadual de Saúde e foi o primeiro Secretário de Saúde, em 1964, no
Governo Celso Carvalho.
De sua ação permanente e continuada advém muitas vitórias.
Campanhas contra a Tuberculose, doença terrível que grassava então, com as
famílias, sepultando muitos mortos.
Na minha família, por exemplo, foram quatro os vitimados; um
avô, o médico Odilon Ferreira Machado, contaminado no seu múnus de cura, e três
tios, num tempo em que o tratamento era precário, carente de uma medicação mais
efetiva.
Ainda não vigia o mundo dos antibióticos. O Penicillium
Chrysogenum era um mero “bolor de pão”, caído ao acaso numa cápsula de cultura
de Staphylococcus se não lhe tivesse revelado letal, numa estranha constatação
de Alexander Fleming, que num retorno de férias em 1928, descobrira como fruto
de seu desleixo. Um desleixo que se revelou feliz, porque os que trabalham em
microbiologia bem sabem que isso deve ser evitado; as cepas precisam ser
preservadas de qualquer contaminação externa.
Mas, se o Penicillium já se revelara fulminante no ataque
viral, neste tempo de ereção do Sanatório Hospital, a penicilina era ainda um
quase sonho, afinal só em 1941 aconteceu seu uso humano, disseminado depois nos
campos de Guerra, tendo chegado a Sergipe nos anos cinquenta, quando muita
gente ainda morria com sua ausência e produção limitada, sem falar dos eternos
óbices letárgicos da coisa pública.
Em outra luta como higienista, Walter enceta campanhas
contra a Sífilis e Doenças Venéreas, criando um Dispensário Antivenéreo com um
posto auxiliar profilático na Avenida Pedro Calazans, sob o comando do especialista
Lucilo Costa Pinto, num tempo em que Gonorreia, Mula Sem Cabeça, Cancro e
Crista de Galo eram moléstias incontroláveis, sem exibir a eufemística
terminologia da sigla DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis), a AIDS ainda
não fora detectada fatal, nem por SIDA, e o condom, a Camisa de Vênus, carecia
de melhor apresentação, vulcanização e divulgação.
Ou seja, se hoje as doenças do sexo grassam tanto em meio a
modernos tratamentos, meios de prevenção e cura, imagine pensar outrora, quando
seu convívio perpassava por excedente ausência de higiene e outros cuidados.
Assim o trabalho de Walter Cardoso o revelava em destaque.
Um depoimento de lavra de Garcia Moreno, por ocasião da publicação do Boletim
do Departamento de Saúde em 1946, assim testemunha: “Walter Cardoso, forte
expressão da medicina sergipana, é um dos técnicos mais adiantados em Saúde
Pública no país. Seus trabalhos em torno do problema médico-social da criança
sergipana de muito que atravessaram as fronteiras das províncias, para receber
os louvores dos grandes centros do país. Estudioso e objetivo, vem imprimindo à
administração do nosso Departamento de Saúde diretrizes novas e fecundas.
Sanitarista de escol, tem procurado, em esforço admirável fazer o seu
Departamento um órgão vivo de educação sanitária, antes adstrito ao papel
exclusivo assistencial. Os postos de puericultura e os lactários localizados
com precisão estratégica, onde clamavam as necessidades populacionais,
constituem realização de um programa já benemérito. Com parcos recursos
orçamentários, inaugurou a coleção de ‘Estudos Sanitários’, já com dois
trabalhos à luz da publicidade, Realizou no ano passado (1945) uma magnífica
‘Semana de Luta Anti-Venérea’, da qual, de par com a mobilização da palavra
esclarecedora de entusiastas colaboradores, fundou um posto de profilaxia das
doenças venéreas, em moldes modernos e de uma eficiência que se está
verificando ser absoluta”.
Idealizando um Serviço de Recuperação Social, nos anos que
se seguiram Walter Cardoso atacou dois focos, verdadeiros atentados sanitários.
O primeiro, localizado na Ilha das Cobras, covil de casas
miseráveis, nas imediações da Avenida Coelho e Campos, e o segundo no Curral,
antro da mais baixa prostituição, nas vizinhanças do Parque João Cleofas.
Neste tempo o Governador é Arnaldo Rollemberg Garcez que
sensível ficou aos seus projetos. Surgia então, em 27 de março de 1953, o
Conjunto Agamenon Magalhães, concebido com um Serviço de Recuperação Social
anexo, desativado no governo seguinte, restando somente o conjunto residencial
sem maiores preocupações de conservação pela saúde pública.
Foi partícipe da ideia e criação do Centro Social D.
Fernando Gomes, do Grupo Escolar José Rollemberg Leite, do Posto Médico Walter
Cardoso, de Lavanderias Públicas, do Campo Adolfo Rollemberg, da Escola
Vocacional, do Artesanato Coelho e Campos, do Gabinete Dentário, e de centenas
de casas construídas entre 1952 e 1953.
Posteriormente, no Governo Celso de Carvalho, por criação da
Secretaria da Saúde, torna-se o primeiro titular daquela pasta, dela saindo com
muitas realizações e encômios.
Walter Cardoso não se limitava ao seu gabinete. Certa feita,
numa campanha de Higiene Pública, recebeu por denúncia que um restaurante dos
mais frequentados em Aracaju escorria o arroz e o macarrão no desvão de um
sanitário.
Pôs-se à frente do Comando Fiscalizador, constatando a
veracidade do fato, interditando o restaurante o que lhe rendeu algumas
contrariedades porque o seu proprietário era uma importante figura da
sociedade. Como a interdição só foi suspensa após o saneamento da
irregularidade, Walter teve sua placa de consultório danificada. Era a reação à
“minha atitude severa, talvez antipática, mas justa”.
Walter Cardoso foi também professor da Faculdade de Medicina
de Sergipe, lecionando Doenças Infecciosas e Parasitárias. Inspirava-se em
Carlos Chagas e Miguel Couto.
De Couto, repetirá em seu ‘Vida e Tempo’: “Grande professor
só será aquele que for, ao mesmo tempo, um grande artista, capaz de se
arrebatar de paixão pelo seu ofício e de comunicá-la com a mesma intensidade
aos seus discípulos”.
Homenageado por várias turmas de médicos concluintes como
Paraninfo, Walter Cardoso deixou vasta obra de outros escritos: Problema da
Saúde da Criança – 1940, Tuberculose em Aracaju – 1942, Culto à Criança 1943,
Luta contra a Sífilis e as Doenças Venéreas em Aracaju – 1944, Mortalidade
Infantil – 1945, Luta Contra a Fome – 1948, Esquistossomose Mansônica no Negro
- 1953, Recuperação Social – 1955, Mixedema do Adulto – 1959, Perspectiva da
Saúde Pública em Sergipe – 1964, História da Saúde Pública em Sergipe – 1966,
Saúde e Promoção Humana – 1966, Saúde Pública e Ensino Médico – 1966, Anemia
nas Esquistossomose Hepato-Esplênica – 1970, Importância das Doenças Tropicais
em Saúde Pública – 1971, Discursos Acadêmicos – 1979, Retrato de Garcia Rosa –
1984, e Vida e Tempo, Memórias – 1986, Membro da Academia Sergipana de Letras e
Laureado pelo Presidente Castelo Branco com a Ordem de Mérito Médico em 1966.
Casado em 28 de outubro de 1939 com Antônia Angélica de Faro
Cardoso, o casal deixou três filhos: Elizabeth, Angélica e Walter Luís e muitos
netos. No seu falecimento, em dois de maio de 2001, já não mais existia o
palacete de sua infância na Rua de Pacatuba, fotografia de capa de “Vida e
Tempo”.
Neste livro de memórias Walter lista alguns textos de sua
inspiração ou de outrem que subscreveu com viva emoção: “A Santidade é a mais
nobre aventura do homem. Heroísmo total. Vencer o mal, o orgulho e a vaidade. É
a comunhão com Deus. É tornarmo-nos justos diante de Deus”.
E agora, no centenário do seu nascimento, diante de sua
obra, missão e fé, cabe a pergunta de sua existência. Vale a pena ser santo?
Ser como Walter, um homem temente a Deus, um cavaleiro defensor de sua fé num
mundo essencialmente racional com a entronização do homem como supremo deus e
senhor da sua destinação?
Postagem original na página do Facebook, em 14 de Agosto de 2012.
Sei que foi parente meu, primo de meu avô Dr. Adherbal Fontes Cardoso.
ResponderExcluirSei que era primo irmão de meu avô, Adherbal Fontes Cardoso.
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