Publicado originalmente no site Jornal da Cidade.Net, em
06/05/2012.
Memórias de Sergipe.
Luiz Antônio Barreto: o maior historiador que SE já teve.
Por Osmário Santos.
Coordenou pela Universidade Nova de Lisboa, o II Colóquio
Tobias Barreto dedicado a Domingos Gonçalves de Magalhães. Um sergipano que
publica trabalhos na Europa e faz palestras, no bom trabalho que faz como
agente cultural de seu país. É fundador em Portugal, do Instituto de Filosofia
Luso-Brasileiro. Uma longa caminhada, onde já fez de tudo. Foi coroinha,
sacristão, vendedor de sapatos, envernizador de móveis, vendedor de secos e
molhados, de livros, professor, jornalista e sociólogo. No Golpe Militar de
1964, foi o primeiro preso no Estado de Sergipe, sendo levado de sua casa de
pijama. Enquadrado na Lei de Segurança Nacional no ano de 1973, passou três
anos em Aracaju, como um leproso, não conseguindo emprego em lugar nenhum sendo
sustentado pelos seus familiares e sua mulher.
Luiz Antônio Barreto nasceu na cidade de Lagarto, Sergipe,
no dia 10 de fevereiro de 1940, sendo filho de João Muniz Barreto e Josefa
Alves Barreto.
Seu pai na sobrevivência da vida trabalhou como mata
mosquito, soldado da Polícia Militar, pequeno comerciante e fiscal de tributos.
O filho disse que era um homem rústico, porém, de muita sensibilidade cultural,
tendo participado na época em que morou na cidade de Riachão do Dantas, de
exibições teatrais e de um grupo musical, juntamente com irmãos e primos. Era
apreciador da literatura de cordel, com facilidade de guardar na memória
folhetos inteiros, que transmitia em casa, aos seus três filhos: Luiz Antônio,
Luiz Augusto e Artêmio Barreto.
A rainha da Taieira da Cidade de Lagarto, que era parteira,
aparou o menino Luiz no seu nascimento, deixando um bom rastro, achando que vem
daí o seu pendor pelo gosto ao folclore.
Por problema político, seu João Muniz, integrante da UDN,
foi preso em Lagarto, e deportado da cidade no dia do aniversário do filho
Artêmio Barreto, procurando refúgio na cidade de Olindina, na Bahia.
Foram seis anos da família Barreto em Olindina, cidade em
que Luiz chegou com dois anos de idade. Foi pra lá, nos primeiros passos da
vida escolar que soube o grande lance, que a lua não passava em Sergipe, pelo
fato do sergipano ter roubado o cavalo de São Jorge. “No interior da Bahia, se
dizia que o sergipano era ladrão de cavalo, onde dava um milhão por um cabresto
e não dava um tostão por um cavalo”.
Um Menino Filósofo.
Estava com seis anos quando foi para a escola ouvir
histórias, brincar e entrar em sintonia com os estudos, o que não foi fácil.
Dona Esmeraldina, sua professora, mandou chamar o pai para dizer que o filho
era um filósofo, por querer somente passear na escola.
Quando Leandro Maciel assumiu o Governo de Sergipe,
aconteceu o retorno da família Barreto, que ficou residindo na cidade de Tobias
Barreto. Ali, em 1953, aconteceu o primeiro contato de Luiz Antônio Barreto com
o livro. Morando numa casa vizinha a casa onde tinha morado Tobias Barreto,
local que funcionava uma biblioteca, incentivado pelo entrar constante das
pessoas em busca da leitura, na curiosidade, leu um dos trabalhos de Joaquim
Macedo.
Ajudou missa em Latim como coroinha do padre João Barbosa,
por ter um certo desejo dos pais em conduzir o filho para uma vida
eclesiástica.
Chegando o momento de aprender uma profissão, fez alguns
ensaios para ser alfaiate, não indo em frente por sentir dificuldade nos
acabamentos. Não chegou a fazer nenhuma calça, ficando somente nos
alinhamentos. Passou a trabalhar com sucesso, montando máquinas de costura.
Para ganhar uns trocados a mais, na feira da cidade vendeu calçados. Na sua
inquietude para o trabalho se deu bem na arte da marcenaria, como envernizador,
sendo mestre no passar e repassar óleo de coco na madeira, para obter um bom
polimento.
Também trabalhou como ajudante de padeiro, no tempo que o
pai comprou uma padaria. Além de trabalhar preparando massa e tal, entregava os
pães com um cesto na cabeça, andando pelas ruas da cidade. No ano 1956, quando
o pai foi nomeado por Leandro Maciel para trabalhar no Fisco na cidade de
Pedrinhas, concluiu na Escola Rural 149, o curso primário.
Através do professor Erasmo, secretário da prefeitura, teve
contato com uma máquina de escrever, quando aceitou o convite para ser
arquivista. Não largou o trabalho de envernizador, sempre conseguindo tempo
para essa arte.
O primeiro ordenado de arquivista foi o suficiente para
comprar um chapéu de chantung impermeável e um relógio.
Como Sacristão.
Como na igreja da cidade não tinha sacristão, recebia o
dinheiro dos batizados, preparando tudo para o padre. Quando o repórter
perguntou se realmente tinha sido sacristão, respondeu: “Mais ou menos
sacristão, pois não fazia hóstia”.
Em agosto de 1957 numa viagem de cinco horas, chegou em
Aracaju de trem, motivado pela transferência do pai, que veio ser chefe do
Posto Fiscal Oswaldo Nabuco.
No Educandário Jardim do Senhor, na Rua de Belém, bairro
Industrial, se preparou para o exame de admissão, realizado sem sucesso no ano
de 1958, no Colégio Atheneu Sergipense. Se deu bem, no exame que fez no Colégio
Pio X, na época dirigido pelo professor Manoel Joaquim Soares. Era secretário
do Colégio Professor Jouberto Uchôa de Mendonça, que foi seu professor na
disciplina Matemática. Em português foi aluno do professor João Costa, Joaquim
Sobral e professora Branca em Inglês.
No ano de 1958 aceitou o convite do professor Uchôa para
trabalhar na secretaria do colégio na parte da noite. Na sua passagem pelo Pio
X, registra a edição do jornal “Roteiro Estudantil”.
Nas aulas de Português, o professor João Costa usava seus
poemas para análise e comentário tendo uma dedicação especial com o aluno Luiz
Antônio na sala de professores, nos horários de intervalos. Um incentivo que
valeu por parte de Luiz, a dedicação ao professor do primeiro livro em que
publicou, no ano de 1964. “Devo muito a ele, como a professora Ofenísia Freire,
que me ensinou Português no científico, e ao professor Virgílio Santana,
professor de História, que me incentivou muito, porque tinha um pendor em
estudar a questão sergipana”.
Em Aracaju trabalhou no comércio vendendo secos e molhados,
na firma José Menezes Prudente, oportunidade que aprendeu como usar uma
vassoura. Na sua caminhada pelo comércio, trabalhou na Sapataria Pinheiro, na
Rua José do Prado Franco, como vendedor de sapatos.
Aluno do Tobias.
No ano de 1960, transferiu os estudos para o colégio Tobias
Barreto. Nessa época, o pai foi transferido para a cidade de Maruim, ficando
Luiz estudando em Aracaju e passando fins de semana em Maruim. Era frequentador
assíduo do Gabinete de Leitura, sendo o lado intelectual do estudante
respeitado por toda a cidade, a ponto de ter sido convidado para fazer uma
saudação ao representante do Papa no Brasil, que estava de passagem pela
cidade, quando ia participar da instalação da Diocese de Propriá, na posse de
Dom José Brandão de Castro.
Num certo tempo passou a frequentar nos fins de semana e
férias, a cidade de Santo Amaro, quando criou a Campanha Estudantil de
Alfabetização. “Resolvi fazer um grande movimento de alfabetização em Sergipe.
Esse movimento, de 1962 a 1964, conseguiu fazer 25 escolas em Sergipe: cinco no
interior da Bahia e um ginásio em Aracaju, que era o Ginásio Fausto Cardoso, que
funcionava no Grupo General Valadão, na Rua Vitória, no qual ensinaram: João
Augusto Gama da Silva, José Anderson Nascimento, Moacir Mota, Augusto Lima
Bezerra, Marion Matos, Auxiliadora Diniz, Paulo Meneses Leite, Ariovaldo
Santos, José Carlos de Souza, Jorge Gonçalves Santana.
Em Maruim conheceu o jornalista Orlando Dantas, que
frequentava constantemente a cidade por relações de amizade. Uma das casas
frequentada pelo fundador da Gazeta de Sergipe era vizinha da casa de seus
pais. Numa das visitas do jornalista, pediu uma oportunidade para escrever na
Gazeta de Sergipe. Tinha 16 anos quando recebeu de Orlando Dantas, o endereço
do jornal e o convite para procurá-lo em Aracaju.
Morando na Rua Vitória, recebendo orientação do jornalista
Juarez Ribeiro que morava naquela rua, em vez de procurar Orlando Dantas, foi
ao encontro de Junot Silveira, do Correio de Aracaju, que abriu espaço no
jornal para uma coluna de cinema. “Assinava como Antônio Barreto. Havia um
compositor com o nome de Luiz Antônio e eu achava que não podia ter uma pessoa
com o mesmo nome”. Além da coluna de cinema trabalhou como repórter, tendo boas
recordações da primeira matéria que fez: uma entrevista com o pintor Florival
Santos.
Na política estudantil foi tesoureiro, chegando a presidente
do Grêmio Estudantil do Colégio Tobias Barreto e foi último candidato à
presidência da União dos Estudantes Secundaristas (USES), em 1963, não chegando
a ser eleito por diferença de três votos do concorrente, Pedro Souza.
Queria ser médico.
Sonhando em ser médico, fez o curso científico no Tobias
Barreto, oportunidade que conheceu o professor Thieres de Santana que o
convidou para ser o administrador estadual da Campanha Nacional das Escolas da
Comunidade (Educandários Gratuitos). Aceitando o convite, chegando o momento de
inscrever-se no vestibular, em vez de medicina, optou por direito. Uma decisão
que deu dor de cabeça em casa. “Meu pai me colocou para fora de casa, porque
achava que eu tinha me perdido completamente. Deixado de ser doutor, para ser
advogado”.
Com a revolução de 1964, a Campanha Estudantil de
Alfabetização foi considerada uma entidade subversiva levando Luiz Antônio para
a prisão.
Já estava com sede funcionando no prédio antigo do quartel
de Aracaju, onde é o Banco do Estado, cedido no governo de Seixas Dórea “Se
compunha de um museu de arte popular, uma biblioteca sergipana”.
Luiz Antônio revela que foi a primeira pessoa a ser presa em
Sergipe, tendo sido levado para o quartel do 28, de pijama, quando foi retirado
de sua casa pelo então cabo Motinha, hoje vereador em Aracaju, presidente do
Sergipe. “Ele bateu chamando Luiz Antônio, meu pai perguntou quem era, eles
responderam que era um amigo. Quando meu pai abriu, estava toda a calçada cheia
de soldados com armas pesadas”.
Prisão.
Preso no dia 02 de abril, solto no dia 04, no retorno à sede
da entidade, percebeu que não tinha mais nada. Ainda conseguiu manter em
funcionamento durante o ano de 1964, o Ginásio Fausto Cardoso.
Em 1965, fecha o ginásio, ingressando na Faculdade de
Direito. Passava a sofrer duras consequências em vista da prisão de 1964. Tendo
feito concurso para o Banco do Brasil, seu nome foi excluído dos nomes dos
aprovados. Sendo professor da disciplina Ciências, foi proibido de lecionar.
Foi colocado para fora do Ceneg, como subversivo.
Aceitou o convite de Jackson Sá Figueiredo, passando a ser
seu funcionário na livraria que Jackson mantinha na entrada da recém inaugurada
Galeria de Artes Álvaro Santos.
Fundou o Grupo Novo de Sergipe, proposta orgânica para
inovar o cinema, a literatura, a música e o teatro em Sergipe. “Desse grupo,
por vinculação direta ou indireta, nós tivemos uma nova geração, que viu a
literatura de outra forma e que valorizou a cultura local. Tentamos fazer
cinema, eu, Ivan Valença, Lineu Lins, Alberto Carvalho. Nós fizemos uma
literatura, eu escrevi. Fizemos divulgação de literatura, quando antes, só José
Augusto Garcez tinha feito. Eu fiz e o resultado foi Jackson da Silva Lima”.
Publicou um monopólio no ano de 64, quando saiu da prisão.
“Na hora em que estava todo mundo calado, eu falei”. O trabalho ganhou teatro
no Rio de Janeiro e Luiz trouxe o grupo que aproveitou seu trabalho, na
montagem da peça Joana em Flor e outras histórias, para vir fazer uma
apresentação no Cine Teatro Rio Branco. Foi um espetáculo consagrador, o cinema
cheio. Foi o primeiro papel no teatro de Benvindo Siqueira. Foi o primeiro
trabalho de Gonzaga Júnior, o Gonzaguinha, que fez a música do espetáculo e tinha
como ator Reinaldo Gonzaga.
O grupo ficou hospedado, com dois atores, na casa de Luiz
Antônio, uma mulher na casa de Ilma Fontes e mais dois no Hotel Madri, situado
na Praça da Estação Rodoviária Velha.
Devido ao sucesso do Rio Branco, Luis Adelmo que escrevia
coluna social, contratou o espetáculo para a Boate Yara, vendendo ingressos,
conseguindo casa cheia. Após apresentação do espetáculo todo o elenco foi
preso. Era secretário de Segurança Pública o general José Graciliano
Nascimento, o Cazuza, que disse, em Sergipe, quem entendia de teatro era a
polícia, frase registrada por Stanislau Ponte Preta, no Festival de Besteiras
que Assola o país.
Na noite da prisão dos atores, Luiz Antônio não dormiu em
casa, indo para o pensionato de Noca. Deu sorte, pois sua casa foi visitada
pela polícia naquela noite.
Caso de Amor.
Acontecendo um caso de amor com Zênia Bonfim, que era casada
com o médico Gilvan Rocha, decidiu morar no Rio de Janeiro, em 1967,
transferindo o curso de Direito para a Faculdade Nacional de Direito.
Em 1968, estando no 5º ano da faculdade, montou juntamente
com Ernani César Libório, advogado e contador, um escritório de advocacia.
Época que passou a colaborar na imprensa carioca, publicando artigos nos
grandes jornais. Agnaldo Silva foi muito importante em sua vida nessa época,
por ter arranjado um emprego na agência de notícias “Press”.
Escrevendo artigos, conhecendo o coronel Arivaldo Fontes,
foi apresentado ao general Humberto Peregrino, que era diretor do Instituto
Nacional do Livro, que o convidou para trabalhar com ele.
Manteve uma amizade de filho com o sergipano Antônio Simões
dos Reis durante o tempo em que morou no Rio de Janeiro. Ele passou para Luiz
Antônio Barreto a direção da Editora de Livro Simões, de sua propriedade, tendo
assumido por dois anos, quando largou o Instituto Nacional do Livro.
Um período de muitas produções literárias, numa convivência
com os nomes de destaque da literatura nacional. “Convivi com a
intelectualidade brasileira. Provei da intimidade de Carlos Drumond de Andrade,
Eduardo Portela, Celso Cunho”.
Secretário do reitor.
Morando no Rio, veio para Aracaju participar da fundação do
PMDB. Em 1971, aceita o convite do então reitor João Cardoso, para organizar o
Departamento de Cultura da Universidade Federal de Sergipe. Ao retornar
abandona o curso de Direito, depois de fazer o penúltimo ano. Como não tinha
sido criado o Departamento Cultural, assumiu o cargo de secretário do reitor.
Por problema de denuncia por parte do serviço de Segurança
da Universidade, foi afastado da Universidade, na alegação que era um
subversivo, preso pela revolução de 1964.
No ano de 1971, pelo prefeito Cleovansóstenes Pereira de
Aguiar, foi nomeado diretor da Galeria de Artes Álvaro Santos. Por extensão
passou a ser chefe do Departamento Cultural, trabalhando sob o comando de
Nicodemus Falcão, diretor do antigo Departamento de Educação e Cultura.
Quando saiu da Universidade voltou volta para o jornal
Gazeta de Sergipe, trabalho de complemento salarial que fazia desde sua vinda
do Rio de Janeiro, agora, na função de editor. Por causa de uma nota sobre
venda de carnê, quando a Sunab processou o jornal, foi enquadrado na Lei de
Segurança Nacional, juntamente com o jornalista Orlando Dantas, fato que
resultou na perda de emprego do jornal e da prefeitura.
Desempregado.
Do ano de 1973 a 1975, ficou sem trabalhar em Aracaju. “Era
um leproso, ninguém me dava um emprego. Nem público, nem partícular”. Ficou
fazendo discursos para os deputados Guido Azevedo e Walter Cardoso, sendo um da
Arena e outro do PMDB.
Recebeu ajuda financeira de Orlando Dantas, que amenizou
algumas dívidas, pela família de sua segunda mulher e pelos seus familiares,
até o ano de 1975, quando foi convidado pelo deputado Djenal Queiroz, que
estava na presidência da Assembleia Legislativa para trabalhar em uma
assessoria. O deputado já conhecia o trabalho de Luiz da época em que
trabalhava na função de repórter na cobertura dos trabalhos do legislativo
sergipano para o Jornal Gazeta.
Com mais um mês e meio, assumindo o Governo de Sergipe, José
Rollemberg Leite, conhecedor do potencial do jornalista, o convidou para a área
cultural. “Estava tão endividado, que tomei um empréstimo compulsório de dois
anos, para descontar dos meus débitos. A partir daí não tive mais nenhum tipo
de problema e só estou tendo oportunidades”.
Pela ordem cronológica, diz que faz questão de citar os
nomes de pessoas importantes em sua vida. Pessoas que me ampararam, orientaram,
deram muito de si e respondem muito do que eu sou. Pela ordem: Orlando Dantas, Antônio
Simões dos Reis, Humberto Peregrino, Djenal Queiroz, José Rollemberg Leite.
“Nos últimos tempos, tenho tido um contato de excelente nível, tanto pessoal
como de trabalho, com o senador Albano Franco, que é em outra dimensão esse
relacionamento, faço questão de destacar”.
Assessor Cultural.
Como assessor cultural da Secretaria de Educação do Estado,
contribuiu para que Laranjeiras tivesse o Encontro Cultural.
Foi secretário de Educação e Cultura de Aracaju, na
administração do prefeito Heráclito Rollemberg. Foi responsável pelo primeiro
escritório da Fundação Joaquim Nabuco, fora de Recife, instalado em Aracaju.
Posteriormente, passou três anos em Recife como presidente superintendente do
Instituto de Documentação da Fundação de 1987 a 1989, quando realizou bom
trabalho de documentação. Em 1984, organizou para sua conta, a Unidade Cultural
Orlando Dantas, e o escritório de pesquisa, de nome Pesquise, que conta hoje
com um acervo de 15 mil livros, seis mil fotografias em cartões postais, 20 mil
recortes de jornais, um precioso arquivo, que vem colocando sem ônus, para
consulta popular, recebendo diariamente inúmeras visitas de estudantes de nossa
cidade.
Disse que gasta 15 milhões de cruzeiros mensais na sua
manutenção, sem receber ajuda do poder público.
Publicou entre ensaios, livros e plaquetas, de 12 a 15
trabalhos e uns 800 arquivos de jornais e revistas não só em Sergipe, mas pelo
Brasil afora. Atualmente vem publicando trabalhos em Portugal. Vem se dedicando
ao estudo da sociedade, da cultura brasileira.
Dedicando um bom tempo ao trabalho de pesquisa da obra de
Tobias Barreto, conseguiu ser gratificado como escritor. “Tive a felicidade de
crescer a minha biografia, a direção geral e organização geral da obra completa
de Tobias Barreto, 10 volumes, e que tem me levado a várias partes do Brasil,
como conferencista. Na Europa, fui duas vezes falar sobre a obra tobiática”. É
imortal da Academia Sergipana de Letras desde o ano de 1979, quando entrou na
vaga do Dr. Gonçalo Rollemberg Leite. Foi presidente da Academia de 1983 a
1990. Desde o ano de 1990, é membro do Conselho Estadual de Cultura. É orador
do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe. Recebeu por indicação do
vereador Jorge Araújo, o título de cidadão aracajuano. É cidadão de
Laranjeiras. Pelo prefeito Wellington Paixão, recebeu a comenda Serigy e é
possuidor de outras comendas fora de Sergipe. Dirige a Fundação Cultural
Augusto Franco, possuindo no momento, um período de licença.
Família.
Uma intensa vida amorosa, com experiência de quatro relacionamentos.
Com Zênia Bonfim, um relacionamento que durou quatro anos. Casou com a
professora Vera Cândida, vivendo por 11 anos, um relacionamento que lhe deu um
filho. Com a professora Mariza Fanjor Lemos do Paraná surgiu o filho Tiago. Por
último, casou com a professora Mayza Vasconcelos de Carvalho, um casamento que
lhe deu a filha Débora. “Três filhos de quatro relacionamentos, pessoas com
que, nas fases, situações, foram pessoas solidárias, com quem mantenho ainda
hoje um bom relacionamento”.
Texto reproduzido do site:
jornaldacidade.net/noticia-leitura
Foto extraída do Google.
Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 15 de agosto de 2014.
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