sábado, 31 de outubro de 2015

José Sampaio - O poeta dos humildes.



Infonet > Blog Luíz A. Barreto > 05/05/2006.

José Sampaio - O poeta dos humildes.
Por Luiz Antônio Barreto.

José de Aguiar SAMPAIO, filho de Gaspar Leite Sampaio e de Honorina de Aguiar Sampaio, nasceu em Carmópolis (antiga Vila do Carmo) em 2 de maio de 1913. Estuda as primeiras letras com a professora particular Sirena Prado Silva e logo toma gosto pela leitura de poesias, como informa Jackson da Silva Lima, em seu Esparsos e Inéditos de José Sampaio (Aracaju: Nova Editora de Sergipe, 1967). Com a família transferida para Riachuelo, José Sampaio passa a trabalhar na firma Aguiar & Irmãos, de propriedade de seus tios, ao tempo em que freqüenta as redações dos pequenos jornais riachuelenses, colaborando com eles e escrevendo seus primeiros poemas, já libertos da forma tradicional, rimada e metrificada, e engajados nas questões sociais.

Entre os anos de 1932 e 1934 passa a viver em Capela, continuando a trabalhar no comércio com os tios, estabelecidos com o ramo de tecidos. A alma do poeta desponta e vai marcar, por toda a vida, sua boemia. A permanência do poeta em Capela levaria o seu amigo Joel Silveira a escrever no Dom Casmurro de 30 de março de 1940 – Nota sobre o poeta José Sampaio -, que Sampaio era capelense. Em 1934 chega a Aracaju, continua trabalhando com os tios, e logo faz amizade com a geração de jornalistas e intelectuais, que pontificava nos meios culturais e artísticos, participa da edição dos jornais estudantis e põe sua poesia a serviço das causas sociais, ao lado dos irmãos Carlos e Antonio Garcia, Márcio Rollemberg Leite, Joel Silveira, Lises Campos, precocemente desaparecido, Jaguaharo Passos e outros, aos quais foram incorporados depois Paulo de Carvalho-Neto, Armindo Pereira, Os irmãos Walter e Aloysio Sampaio.

Em Aracaju o poeta José Sampaio ganha notoriedade, e passa a liderar os jovens intelectuais sergipanos e estudantes que lutavam contra o niponazifascismo, combatiam a ditadura do Estado Novo e a censura dos meios de comunicação. Os jornais aracajuanos davam espaços para os poemas de José Sampaio, tratando de temas sociais e políticos. As revistas também publicavam as poesias do jovem poeta, passando a considera-lo “o poeta dos humildes.”

José Sampaio conciliava sua condição de poeta, sensível diante dos quadros tristes de miséria, decadência, vício, com as atividades comerciais, tanto de balconista, como de viajante, contatando com a população do interior, que passou a conhecer sua produção poética. Vários poemas ficaram nos balcões, como autógrafos do poeta aos seus clientes e admiradores, ou nos álbuns das moças, espécie de antologia de textos, em versos e em prosa, e de pensamentos pessoais.

Já casado com a poetisa Jaci Conde Dias, de Itaporanga da Ajuda, pai de Liana e de Danilo, muda-se, no final dos anos de 1940, para a cidade baiana de Feira de Santana, montando casa comercial e atuando na imprensa local, com sua produção poética. Adoece, procura tratamento no Rio de Janeiro e em São Paulo, faz uma viagem sentimental a Aracaju, em 1954, e deixa com José Augusto Garcez, fundador e diretor do Movimento Cultural de Sergipe, os originais do livro Nós acendemos as nossas estrelas, livro que desde o início da década de 1940 estava no Rio de Janeiro, pronto, esperando editor, como diz Paulo de Carvalho-Neto em artigo publicado no Correio de Aracaju, de 29 de julho de 1943, e que foi, finalmente, editado (Aracaju: Movimento Cultural de Sergipe, 1954), fixando uma obra inovadora da literatura sergipana. Retorna a Feira de Santana, continua em tratamento médico, até regressar, no início de 1956, a Aracaju, onde recebe a atenção e o aplauso público dos seus admiradores e seguidores sergipanos.

Não resistindo ao sofrimento da doença, cercado de amigos, seguidores e admiradores, o poeta José Sampaio, cognominado de “poeta dos humildes” morre no dia 3 de abril de 1956, sendo sepultado no Cemitério de Santa Isabel, no mesmo dia, com grande acompanhamento e contando, inclusive, com a presença do governador Leandro Maciel a frente da multidão.

Em 1967 Jackson da Silva Lima organizou uma coletânea de poemas esparsos, lançando-a em solenidade no Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, em presença de alguns dos amigos mais próximos de José Sampaio, como José Augusto Garcez, Santo Souza, Antonio Garcia Filho, dentre outros. Vários críticos se ocuparam da obra de José Sampaio, destacando-se Austrogésilo Santana Porto em Realismo Social na Poesia em Sergipe (Aracaju: Livraria Regina, 1960), Nunes Mendonça com o ensaio José Sampaio o homem e a mensagem (Aracaju: Separata da Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe/Livraria Regina, 1962) e Jackson da Silva Lima, que além de ser autor de livros e ensaios sobre a literatura sergipana, é uma espécie de curador das poesias e da prosa de José Sampaio, com vários textos introdutórios à obra sampaina,

A propósito da morte de José Sampaio, Santo Souza escreveu: “Morreu um dos maiores poetas que este pedaço de céu de nossa pequenina terra, com as suas luzes e suas amarguras, teve a felicidade de agasalhar, sob sua côncava parede desenhada de estrelas e de músicas noturnas. Calou a tempestade na garganta da noite. O mar estancou o seu soluço. Porque quando morre um poeta ninguém tem o direito de perturbar o seu colóquio com a noite que lhe vem fechar os olhos.”

Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br/luisantoniobarreto

Postagem originária do Facebook/GrupoMTéSERGIPE, de 28 de outubro de 2015.

A bengala de Armando Domingues


Infonet > Blog Lúcio Prado > 05/08/2014.

A bengala de Armando Domingues.
Por Lúcio Antônio Prado Dias.

A bengala ficou como símbolo de uma amizade
“Um arrepio na noite... De repente um homem morto na rua.
O rosto permanece vivo das suas palavras.
Dos cantos dos olhos descem dois grandes rios.
Onde irão parar esses rios de tão intensa alvura?”
(José Sampaio).

Recentemente tivemos conhecimento pela imprensa que a Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe aprovou projeto-de-lei que resgata o mandato de antigos parlamentares cassados por atos de arbítrio, em função de posições políticas e ideológicas. Na lista, entre outros, vimos o nome do Dr. Armando Domingues, falecido em Salvador em 12 de dezembro de 1992, com 80 anos.

Um ato de justiça que se faz ao cidadão, político e médico, clínico geral de reconhecida capacidade, de raciocínio rápido e investigativo, com instinto certeiro em seus diagnósticos, que se enquadraria muito bem nos dias de hoje no personagem do seriado de TV “House”, só que um Dr. Gregory House humanista, bem diferente do que se apresenta na televisão, desprovido de boas maneiras e com a frieza de um detetive profissional, mas que chega aos mais difíceis diagnósticos.

O Dr. Armando Domingues também chegava aos mais difíceis diagnósticos através de uma paciente anamnese e um exame físico rigoroso, num tempo em que não existiam exames especializados, quando muito um reduzido laboratório de análises clínicas, e de imagens, apenas, as fornecidas pelo tradicional Raios-X.

Armando Domingues da Silva nasceu em 20 de maio de 1912, em Entre Rios, Bahia. Formou-se em 1935 pela Faculdade de Medicina da Bahia, com apenas 23 anos. Iniciou suas atividades médicas em Itabaiana, transferindo-se para Aracaju onde foi trabalhar no Hospital Colônia, sendo considerado um dos pioneiros da psiquiatria em Sergipe. Humanista, teve militância política no Partido Comunista. Com a queda do Estado Novo foi eleito deputado estadual, obtendo consagradora votação. Destacou-se como orador popular e tribuno brilhante na Assembleia Legislativa, sendo admirado e respeitado até pelos seus adversários. Foi um dos líderes do histórico comício realizado em frente ao Cinema Rio Branco, onde foi assassinado o ativista Anízio Dário pelas forças da reação.

Nas lides políticas, participou de todos os grandes movimentos nacionais, pela entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial contra as potencias do eixo, da campanha “O Petróleo é nosso” e do movimento pela anistia a Luiz Carlos Prestes. Teve seu mandato cassado no governo Dutra, sendo demitido de todos os empregos que tinha em Sergipe. Retornou à Bahia, onde atuou na Fundação Gonçalo Muniz, em Salvador e comandou o Laboratório de Análises Clínicas da Maternidade Tsylla Balbino até se aposentar em 1982 aos 70 anos. Atuou como perito do INSS e manteve com a filha, Maria Lúcia, um laboratório de análises clínicas.

Mas o que tem a ver a bengala com Armando Domingues? Quem me contou a história foi Lauro de Brito Porto, um dos grandes amigos do esculápio vermelho. Lauro era depositário de uma bengala que pertenceu ao médico Armando Domingues, numa fase de sua vida. De todos os seus pertences, confessou Lauro, aquele era o mais precioso, como símbolo de uma sólida amizade que existiu entre os dois desde os tempos da vetusta Faculdade de Medicina da Bahia, no Terreiro de Jesus. Como colegas de turma, eles já se destacavam nas lutas estudantis. Lauro inclusive chegou a ser preso em 1932 após levantar, em rebelião, os estudantes de Medicina em apoio a Revolução Constitucionalista.

Formados em 1935, vieram atuar em Sergipe. Em 1945, com a redemocratização do país propiciada pelo desfecho da Segunda Guerra que expurgou os regimes ditatoriais fascistas, Armando elegeu-se deputado estadual pelo Partido Comunista. De espirito irrequieto, tribuno vibrante, Armando destacou-se no parlamento sergipano, numa época em que o Partido Comunista atingiu o seu ápice de popularidade e representatividade política, chegando a eleger três vereadores em Aracaju, entre eles o destemido líder Carlos Garcia, em 1947.

Em 1945 o PCB retornara à legalidade, obtendo seu registro eleitoral. Nas eleições presidenciais, realizadas em dezembro, o partido lançou a candidatura de Iedo Fiúza e obteve cerca de 10% do total de votos, tanto para o candidato apoiado como para a chapa do partido para a Assembleia Nacional Constituinte, elegendo 14 deputados federais e um senador, Luiz Carlos Prestes.

Com cerca de duzentos mil filiados em 1947, seu registro é novamente cancelado pelo TSE, no governo do marechal Eurico Gaspar Dutra e seus parlamentares são cassados. As reações contra a arbitrariedade se espalham pelo país e em Sergipe um comício é marcado para a Rua da Frente, em protesto contra a cassação dos mandatos e em defesa da democracia e da paz, ameaçadas pela corrida armamentista dos Estados Unidos.

O governador José Rollemberg Leite reage, não quer a manifestação e manda a tropa dissolver a concentração. Para despistar, os manifestantes mudam o ato para a Rua João Pessoa, em frente ao Cinema Rio Branco, único local que possuía iluminação adequada. A polícia de cavalaria investe contra o povo, que se defende como pode. Nessa hora, tudo pode representar uma arma de defesa, até mesmo uma simples bengala.

No meio do tumulto, um tiro disparado pela polícia fere mortalmente o operário negro Anísio Dário e a partir daí acontece uma correria pra todos os lados. Lauro Porto recolhe a bengala perdida na peleja e a guarda consigo. Os comunistas são perseguidos, perdem seus empregos, Armando, com mandato parlamentar cassado, transfere-se para Salvador e abandona a militância em prol de uma bem sucedida trajetória médica. A bengala de Armando Domingues fica sob a guarda de Lauro Porto por 67 anos, até a sua morte. Dias depois, visitei os filhos de Dr. Lauro em sua residência e contei-lhes a história da bengala. Uma antiga empregada da família lembrou de tê-la visto certa vez, quando arrumava a casa.

Passadas algumas semanas, recebemos em doação para o Museu Médico a bengala de Armando Domingues, finalmente localizada pela família de Lauro Porto atrás de um armário. Para os idealistas de 30 e 40, seus ideais convergiam para a libertação do povo. O socialismo era o regime das esperanças: contra a fome, o desemprego, a desigualdade social. O verdadeiro simbolismo da bengala não foi só representar o elo que uniu Lauro e Armando em amizade fraterna.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/lucioprado

Postagem originária do Facebook/GrupoMTéSERGIPE, de 28 de outubro de 2015.

Um contador de histórias


Infonet > Blogs Lúcio Prado > 21/10/2015.

Um contador de histórias.
Por Lúcio Antônio Prado Dias.

A Sobrames relembra a obra de um grande contista sergipano.

A Sobrames Sergipe vai relembrar a vida e a obra de um dos maiores escritores sergipanos, o alienista Renato Mazze Lucas, na programação de novembro do seu Café com Letras, que acontece dia 5, a partir das 18 horas, na Sociedade Médica. O autor de "Anum Branco e outros contos", falecido em 13 de dezembro de 1985, aos 66 anos, era descendente duplamente de italianos. Seu avô paterno, Caetano Lucas Leão, veio da Itália diretamente para morar em Mangue Seco, no extremo do litoral norte da Bahia, à época um local distante e deserto, mas de beleza natural invulgar.Já sua avó materna, também imigrante italiana, instalou-se nas redondezas, no povoado Terra Caída, no outro lado do rio, nas terras sergipanas. Os filhos dos imigrantes, Raimundo Lucas, por um lado, e Petrina Mazze, por outro, trouxeram ao mundo o menino Renato, em abril de 1919, na cidade de Pojuca, na Bahia. Cresceu pois o garoto num ambiente praiano, o que explica uma parte de sua temática e a psicologia dos seus personagens, na maioria gente simples e rústica, como os pescadores, por exemplo.

A necessidade, o empenho e a força de vontade fizeram-no um médico. O prazer na natureza e o amor à aventura, um pescador. Pescador de peixes e de almas, após especializar-se em psiquiatria. Mas sobretudo, além disso, destacou-se nele o contista. Na Faculdade de Medicina do Terreiro de Jesus, primaz do Brasil, ainda como estudante, conviveu com lideranças como Jorge Amado e Carlos Garcia, que lutavam contra o nazi-fascismo que avançava em quase toda a Europa. Sensível às injustiças sociais, filiou-se ao Partido Comunista de Luiz Carlos Prestes e Astrojildo Pereira. Em 1943, graduou-se médico e veio exercer a medicina em nosso estado, atendendo convite de Armando Domingues, inicialmente em Japaratuba e Aquidabã e depois em Itabaiana, onde permaneceu residindo por dez anos. A partir de 1955 transferiu-se para Aracaju, atendendo convite do pediatra Dr. Machado, enveredando pelo campo da psiquiatria, e aperfeiçoando-se, anos depois, no Hospital Pedro II, no Rio de Janeiro.

Seu livro de estréia foi "Anum Branco e outros contos", publicado em 1961 pela Editorial Vitória, do Rio de Janeiro, uma coletânea de 22 contos escritos na década de 50, com prefácio de Astrojildo Pereira, um dos fundadores do PCB e primorosas ilustrações do artista plástico sergipano Leonardo Alencar, lembrando, sobremodo, as publicações de Jorge Amado, tão bem enriquecidas com a arte de Carybé. Um primor!

O conto que dá título ao livro foi escrito em 1956 e conta as aventuras e desventuras de Marinho, mais conhecido como Anum Branco, 37 anos, "marinheiro dos bons, que cheirava a fumo de corda, a maresia e a cachaça, magro como um caçote, tinha o espírito de uma criança," na narrativa de Mazze Lucas, seu companheiro de pescarias no barco "Pyroscapho". Destemido, corajoso, forte, é comovente o seu esforço, não obstante os riscos, para salvar do afogamento o passageiro que transportava na baleeira "Wanda", de sete metros, que fazia a cabotagem entre São Cristóvão e Aracaju. O conto Anum Branco denota a principal característica de Renato Mazze Lucas, a de exaltar sempre as qualidades positivas de seus personagens, o espírito forte que distingue o homem brasileiro, em texto assinado por L.F.(possivelmente um militante do Partidão que não podia se identificar), na apresentação do livro.

Em 1967, é lançado o seu segundo livro, Anum Preto, com 21 contos, pela Editora Leitura, do Rio de Janeiro, também pertencente ao PC, porém dessa veja não teve a mesma receptividade de Anum Branco. A crítica lança dúvidas sobre a qualidade da obra e sua identidade literária. No entanto, não falta quem o eleve, como Alberto Carvalho: "(Mazze Lucas)é um contador de histórias antes mesmo de ser um contista; é o narrador linear, o homem dos casos, da história com princípio, meio e fim".

Passados 30 anos de sua morte, os contos de Renato Mazze Lucas permenecem vivos, na memória de escritores e leitores sergipanos, que se reunirão dia 5 de novembro, para reverenciá-lo.

Texto reproduzido do site: infonet.com.br/lucioprado

Foto reproduzida Facebook/Lúcio Prado Dias.

Postagem originária do Facebook/GrupoMTéSERGIPE, de 28 de outubro de 2015.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Ontem e Hoje - Antiga residência da família Torres




O ONTEM E O HOJE. “Residência dos TORRES”>Av: beira mar nº 916, praia 13 de julho nossa praia formosa. Aracaju – SE. Chegamos provenientes da rua de maruim nº699 em 24.10.1965 presente de Natal do nosso avô materno Benilde Vieira de Araújo. Vivemos momentos felizes e outros de infortúnios. Tinha 50mts de frente e 160mts de fundo onde saia para rua Benedito Teófilo Otoni. No andar de cima 01 biblioteca com 1000 livros de tudo que se possa imaginar, 04 quartos, 02 suites,03 banheiros, 02 escadas uma pela entrada da sala para ouvir música, e outra pela sala de jantar. Na parte de baixo 02 quartos, 01 banheiro, 01 bar, 03 salas de estar/ visita, 02 cozinhas, na parte dos fundos uma garagem para 10 carros, 01 quarto com banheiro para as colaboradoras da cozinha, 01 dispensa, 01 quarto para costura, 01 área de serviço, 01 galinheiro, 15mts quadrados de jardins onde o velho meu pai Antônio Torres Junior cultivava suas rosas vindo de Holambra-SP e eu (Angelo) minha horta, o1 tanque ( onde minha mana Anicélia caiu e eu cheguei em tempo e a salvei) com 05mts quadrados e 2 de profundidade onde armazenava água da Deso e de chuva onde ao acionar uma bomba levava água para os andares de cima, 01 salão com espelho e barras nas paredes para minha irmã Ângela exercitar dança / Bale. Em 08.04.1982 mudamos para av: Gonçalo Rolembergue Leite, 1960 por motivo de segurança. Em 1987 juntamente com a casa da esquerda de propriedade de João Lima (dono das lojas diamante), casado com Vera Sattler Lima entramos em negociação com Construtora Celi. Hoje encontra-se edificado a “Mansão Pacific Hills.” Isto é Sergipe é Brasil...

Postagem originária do Facebook/GrupoMTéSERGIPE, de 15 de outubro de 2015.

Palavras de Saudade


TÚNEL DO TEMPO: "PALAVRAS DE SAUDADE" PROFERIDAS PELO GOVERNADOR LOURIVAL BAPTISTA ÀS 10 HORAS DO DIA 22 DE DEZEMBRO DE 1967, NO CEMITÉRIO SANTA IZABEL, EM ARACAJU, NO SEPULTAMENTO DO DEPUTADO ANTONIO TORRES JÚNIOR.ISTO É SERGIPE É BRASIL.FONTE: DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO DE SERGIPE, ANO XLVIII, SEXTA-FEIRA, 22 DE DEZEMBRO DE 1967 - N,15.610.

Postagem originária do Facebook/GrupoMTéSERGIPE, de 23 de outubro de 2015.

Sobre a velhice, num momento depressivo:


Sobre a velhice, num momento depressivo:

RECORDAÇÃO DE 2013:

Quem fala?

Num dia o telefone toca entre a sesta e o resto da tarde.
Entre as frutas do lanche e o comprimido das seis, naquele seu momento feliz pelas coisas que você conseguiu fazer numa produtiva manhã de segunda-feira. Trabalhou... trabalhou, fez por onde levar adiante uma vida produtiva, deu bom dia aos transeuntes, sorriu para a cidade, cometeu algumas asneiras permitidas a quem erra por estar vivo, mas, no fundo, você saiu-se bem naquela segunda feira.

Quem será ao telefone?
É uma voz amiga anunciando que alguém que você ama foi-se da vida para nunca mais.

Então, o chinelo pesa arrastando-se atônito pelas trilhas da casa, os degraus se agigantam, o quintal perde a graça, sua casa já não lhe reconhece. A morte do amigo lhe apequena que você era maior com ele ao seu lado.
Falta-lhe direção ao passo.

É melhor voltar a dormir.
Mas esconder-se sob os lençóis não basta que a velhice lhe alcança a cobrar dividendos. e uma dor que nem chega a doer se aloja em suas entranhas como uma cicatriz que se desenha de repente.

Sua próxima manhã será mais pobre e menos produtiva, seu bom dia catarrento haverá de denunciar a podridão que se escondida em seu velho corpo. Bate o cansaço de continuar andando por ai como uma parábola, o resto do que foi a sua vida entre os seus.
E a tristeza finalmente lhe alcança, inexorável, anunciando o fim dos seus dias.

Quem fala?
- É a velhice chegando.

Amaral Cavalcante 30/09/2013.

Postagem originária  do Facebook/GrupoMTéSERGIPE, de 1 de outubro de 2015.

Homenagem ao Sr. Manoel Prado Vasconcelos ('Seo Reizinho').


ACESE cria a Comenda Manoel Prado Vasconcelos

A Associação Comercial e Empresarial de Sergipe (Acese) criou... a Comenda Manoel Prado Vasconcelos, homenagem designada a um homem que em sua trajetória, contribuiu para o crescimento e desenvolvimento do Estado, sendo grande destaque no comércio sergipano.

Neste cenário, seu Reizinho, como era conhecido, sempre se destacou gerindo com maestria seus diversos negócios. Em Aracaju, iniciou os negócios na Rua Santa Rosa esquina com Beco dos Cocos, onde montou a firma Vasconcelos Irmãos & Cia que vendia de secos e molhados, sendo responsável pelo abastecimento de uma infinidade de bodegas instaladas, praticamente, em quase todas as esquinas de Aracaju.

Com o progresso dos negócios e já firmado na Rua Santa Rosa, Reizinho e o irmão, adquiriram um novo ponto na Rua José do Prado Franco, onde construíram um prédio com dois pavimentos, onde funciona até hoje a Casa J & A, comandada pelo neto e vice-presidente da ACESE, Maurício Vasconcelos.

Dos quatro filhos de Manoel Prado Vasconcelos, três deles tiveram passagem pela ACESE, Joram Vasconcelos, José Alcides Vasconcelos e Manuel Prado Vasconcelos Filho, que foi presidente da entidade de 1992 a 1997. Até hoje, seus filhos e netos dedicam-se ao comércio, sendo quase um século de atenção ao comercio sergipano.

Seu Reizinho também registrou passagem na Associação Comercial, onde foi tesoureiro da entidade de 1950 a 1953. Fez parte também da Junta Comercial, sempre mantendo uma boa convivência com os seus colegas de profissão.

No campo político, Manoel Prado Vasconcelos foi prefeito de Riachuelo e terminou sendo levado ao presidente Médici para que fosse o vice do João Garcez. Como vice, chegou a assumir o governo do Estado por 15 dias.

De acordo com o presidente da ACESE, Alexandre Porto, a “Comenda Manoel Prado Vasconcelos, homenageia não só ele como também toda a história da família Vasconcelos, que sempre prestou relevantes serviços ao meio empresarial.”, disse.

(...) Durante reunião da Diretoria realizada na sede da entidade, os dirigentes aprovaram o regulamento da Comenda Manoel Prado Vasconcelos, que será entregue a cada dois anos e tem como objetivo reconhecer e valorizar pessoas que se destacaram e contribuíram para o desenvolvimento econômico e social de Sergipe.

Para definir o escolhido a receber a Comenda, o Conselho Superior da ACESE, formado pelos ex-presidentes da entidade...

A Comenda Manoel Prado Vasconcelos será entregue na segunda quinzena de Dezembro...

Trecho de notícia reproduzida do site: acese.org.br
Foto reproduzida do site: acese.org.br

Postagem originária da página do Facebook/GrupoMTéSERGIPE, de 22 de outubro de 2015.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Pascoal Maynard, gravando o Programa Expressão, TV Aperipê

Gravando para o Expressão desta sexta (09) às 19:30 horas e reprise so sábado às 13:00 horas pela TV Aperipê,o escritor Antonio Francisco Jesus (Saracura). 

Postagem originária da página do Facebook/GrupoMTéSERGIPE, de 9 de outubro de 2015.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Morre Josias Passos,101 anos.

Foto: Charles Studio Photography.
Reprodução e informação Facebook/Petruska Passos Menezes.
Postagem originária da página do Facebook/GrupoMTéSERGIPE, de 11 de outubro de 2015.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Homenagem a Antônio Torres Júnior








Hoje, 02/10/2015 “ ELE “ o esposo de Gicélia, pai de Angela Margarida , Angelo Torres e Anicélia Torres estaria completando 89 anos de vida. Saudades, Saudades. Solicito que verifiquem estas 09 fotos (acervo da família TORRES) e leiam este texto escrito por sua primogênita, professora Angela Margarida Torres de Araujo>>>>> ODE AO TRIBUNO ANTONIO TORRES JÚNIOR
A retórica é uma das mais belas artes. Floresceu nas terras da antiga Hélade, berço dos destemidos helenos. Nasceu com o homem que, valendo-se dessa faculdade a ele inerente e espontânea, utilizou-a a fim de cumprir um propósito. Atravessou tempos, mares, períodos históricos, continentes, e com o homem, chegou à contemporaneidade.

Um homem do século XX, nordestino do Estado de Sergipe, nascia no pequeno município de Canhoba que, na linguagem dos índios significa “folhas escondidas”, no dia 02 de outubro de 1926. Trouxe na sua alma, essa herança grega, que conhecemos como oratória. Menino ainda, mostrou pendor poético nos bancos escolares. Jovem, do peito derramavam-se as palavras numa caudal que impressionava. Adulto, nos tribunais, nas lidas advocatícias, exibia uma fluência convincente, impressionante. Enquanto parlamentar, igualmente expandia os seus sentimentos na oralidade, gestados no seu coração inflamado e entusiasta. O público apressava-se para ouvi-lo no plenário legislativo estadual ou através da transmissão radiofônica. Era dono de um coração franco, sincero, leal. Agora, esse homem público, “livre filho das várzeas” de Canhoba, jaz na câmara silente do seu jazigo, após finar-se no dia 21 de dezembro de 1967. No entanto, acreditamos, ainda discursa na memória coletiva da geração que o conheceu.>>>>Isto é SERGIPE.Gil Ramalho).

Postagem originária da página do Facebook/GrupoMTéSERGIPE, de 2 de outubro de 2015.

sábado, 3 de outubro de 2015

Pça. Getúlio Vargas, mais conhecida como Mini Golf, em Aracaju

Praça do Mini Golf, destacando antigo abrigo de Ponto
de ônibus, na Avenida Ivo do Prado, em Aracaju/SE.
Foto: Carllos.costa.
Reproduzida do site: panoramio.com/photo

Postagem originária da página do Facebook/GrupoMTéSERGIPE, de 30 de setembro de 2015.

Antigo abrigo de ponto de ônibus, na Avenida Ivo do Prado,
na Praça Getúlio Vargas, Bairro São José, em Aracaju/SE.
Foto: Jorge Henrique.
Reproduzida do site: aracaju.se.gov.br

Praça Getúlio Vargas, também conhecida como praça do Mini Golfe, 
entre a rua Duque de Caxias e avenida Ivo do Prado.
Foto: arquivo Luiz Antônio Barreto.
Reproduzida do site: infonet.com.br/luisantoniobarreto

Primeiro ponto de ônibus da cidade, que na época em que foi construído, era um ponto de bonde.
 Foto reproduzida do Facebook/Fan Page/Sergipe Antigo.

Localizado na Praça Getúlio Vargas (mais conhecida como Mini Golf),
no Bairro São José, em Aracaju - Sergipe.

História:

"Esse abrigo é uma referência da história da cidade. Ele foi construído quando ainda não existia ônibus. Era por aqui que passava o bonde. O bonde número um ia para o bairro Industrial e o número dois seguia para a zona sul. Então era para este local que as pessoas vinham para esperar o bonde, se reuniam, conversavam. Era um ponto de encontro. Aqui na praça tinha um parque infantil e muitas mães traziam as crianças para brincar. Realmente a praça Getúlio Vargas foi muito interessante e importante na nossa história" (Murillo Melins).