quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Ode ao Tribuno Antônio Torres Júnior.


Ode ao Tribuno Antônio Torres Júnior. 

A retórica é uma das mais belas artes. Floresceu nas terras da antiga Hélade, berço dos destemidos helenos. Nasceu com o homem que, valendo-se dessa faculdade a ele inerente e espontânea, utilizou-a a fim de cumprir um propósito. Atravessou tempos, mares, períodos históricos, continentes, e com o homem, chegou à contemporaneidade.

Um homem do século XX, nordestino do Estado de Sergipe, nascia no pequeno município de Canhoba que, na linguagem dos índios significa “folhas escondidas”, no dia 02 de outubro de 1926. Trouxe na sua alma, essa herança grega, que conhecemos como oratória. Menino ainda, mostrou pendor poético nos bancos escolares. Jovem, do peito derramavam-se as palavras numa caudal que impressionava. Adulto, nos tribunais, nas lidas advocatícias, exibia uma fluência convincente, impressionante. Enquanto parlamentar, igualmente expandia os seus sentimentos na oralidade, gestados no seu coração inflamado e entusiasta. O público apressava-se para ouví-lo no plenário legislativo estadual ou através da transmissão radiofônica. Era dono de um coração franco, sincero, leal. Agora, esse homem público, “livre filho das várzeas” de Canhoba, jaz na câmara silente do seu jazigo, após finar-se no dia 21 de dezembro de 1967. No entanto, acreditamos, ainda discursa na memória coletiva da geração que o conheceu.

Sua primogênita, professora Angela Margarida Torres de Araujo.

Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 21 de dezembro de 2013.

Nenhum comentário:

Postar um comentário