segunda-feira, 7 de abril de 2014

A vida do radialista e professor Jairo Alves de Almeida


Publicado originalmente no Jornal da Cidade.Net, em 7/04/2014.

Memórias de Sergipe.

A vida do radialista e professor Jairo Alves de Almeida
Por Osmário Santos.

Jairo Alves de Almeida, professor licenciado pela Universidade Federal de Sergipe, jornalista Profissional – DRT –SE nº224, nasceu no dia 26 de março de 1947, no povoado Ribeira, na cidade de Campo do Brito/Sergipe. Seus pais: Lindonor Batista de Almeida e Joana Alves de Almeida.

O pai foi fiscal de tributos da fazenda estadual. “Era músico, tocava contrabaixo na Filarmônica Nossa Senhora da Boa Hora na qual exercia a função de mestre regente. Foi dele que herdei o amor pela música e retreta. Mantenho há 34 anos na rádio Cultura, aos domingos, às 8h30, o programa “Hoje é dia de Retreta”, onde apresento as filarmônicas civis e militares locais e de âmbito nacional.

Dois irmãos também foram influenciados pelo meu pai; um tocava instrumentos de percussão e outro clarineta.

Da mãe herdou a calma e a paciência para enfrentar e resolver problemas. “Era uma pessoa simples, amiga e de participação ativa na igreja. Tenho muito dela na minha formação moral”.

Conta que teve uma infância boa. “Sou o mais novo de cinco irmãos. Parte da minha infância vivi em Campo do Brito, na praça Nossa Senhora da Boa Hora(praça da igreja), e no povoado Ribeira, na casa de minha avó materna, a qual chamava de mãe Zefa” ( Josefa ).

Aos oito anos a família vem para Aracaju, pois o pai foi transferido. “Fui morar na rua São Cristóvão, entre Simão Dias e Siriri, em uma casa alugada. Dois anos depois, a família foi morar no bairro Santo Antônio, na rua São João, também em casa alugada. Três anos depois, meu pai compra uma casa na rua Riachão, bairro Getúlio Vargas, entre Divina Pastora e antiga Bomfim, hoje Avenida Mamede Paes Mendonça”.

Infantil cursado no Colégio Dom José Thomaz, pertinho de casa, na rua Laranjeiras.” Não esqueço da professora Lourdinha e dos queridos diretores prof. Valquirio Correia Lima e dona Bezinha”.

O curso primário fiz nos grupos General Valadão e Augusto Ferraz.

O ginásio na Escola Industrial e os últimos dois anos no Colégio Tobias Barreto, do Prof. Alcebíades Melo Villas Boas.

Durante passagem pela Escola Industrial,( 1962 )surge a iniciação no rádio. “A Escola era regime integral. Os alunos chegavam seis da manhã, só eram liberado após cinco e meia da tarde. Pela manhã café reforçado e depois aulas até ao meio-dia; à tarde, nos primeiros seis meses, o aluno ficava 30 dias em cada oficina profissionalizante. Naquela em que ele apresentava tendência para realizar as tarefas exigidas, o aluno permanecia os três anos e meio do curso. Além disso, a Escola oferecia almoço, médico, dentista, fardamento e um pró-labore para cada aluno(uma ajuda de custo para ele e para a família”).

“Foi justamente na oficia eletroeletrônica, com o Prof. Aldomanúncio Rodrigues, nós, os alunos, junto com os professores da oficina, montamos transmissor e mesa de som. Surge a radio Escola Industrial de Aracaju AM – 1440 KHZ. Era sintonizada em Aracaju e na Grande Aracaju. Fiz teste para locutor e fui aprovado”.

“É nessa época que participo da orquestra de Maria Olívia. Canto e toco Bangô”.

Em 1963 surge a primeira oportunidade em rádio. “Fui contratado pela rádio Jornal, à época ZYM21, localizada na Avenida Rio Branco (rua da frente ), em frente ao antigo posto Gama”.

O curso científico, concluído no final da década de 60,foi no Colégio Jackson de Figueiredo, dos queridos professores Judite e Benedito. “Naquele ano passei a ser professor do Colégio. No Jackson, reforcei a minha formação moral, além de receber conhecimentos escolares.

Ingressai no curso de Licenciatura em História Geral da UFS, após vestibular, concluindo –o em 1973. “Na universidade fui representante dos alunos da área de humanidade, nos Conselhos Superiores da instituição, justamente em um momento bastante conturbado da nossa história política”.

“Estudava e trabalhava na rádio Jornal. A partir do primeiro ano de faculdade comecei a lecionar, como já afirmei, no Colégio Jackson de Figueiredo. Uma grande instituição de ensino. Só na parte de internato tinha mais de 700 alunos de todos os cantos do Brasil”.

“Com a minha formatura, fiz concurso para o Estado. Lecionei no Atheneu, Tobias Barreto e Paulo Sarasate, em São Cristóvão. Depois fui vice-diretor do Atheneu. O diretor era Prof. José dos Anjos, hoje desembargador”.

Foi diretor da rádio Aperipê; assessor de Comunicação da Secretaria da Educação do Estado(Marcos Prado Dias era o secretário); assessor de Comunicação da SMTT AJU nos governos de Déda|Edvaldo; assessor de imprensa do Funrural, hoje INSS; repórter da TV Sergipe, da “Voz do Brasil”, da rádio Atalaia.

Fundador dos Sindicatos dos radialistas, jornalistas e dos professores (Sintese).

Atualmente coordena o jornalismo da rádio Cultura, onde apresenta um programa diário pela manhã, às 6h30,(Linha Direta) e aos domingos “Hoje é dia de Retreta”, às 8h30.

É casado com a assistente social Nadja Santos Alves de Almeida há 38 anos. E pai de cinco filhos: Jairo Alves de Almeida Junior – radialista; Milton Bruno Santos Alves de Almeida – jornalista; Larissa Santos Alves de Almeida Cortes – psicóloga. Tem quatro netos: Felipe Santos Almeida – 11 anos; Ian de la Cierva Alves de Almeida – 4 anos; Gabrielle Santos Alves de Almeida Cortes – 6 anos; Anita Silva Santos Alves de Almeida – 4 anos.

“Muitas pessoas importantes na minha vida: meus pais, minha mulher, filhos, netos. O amigo de saudosa memória, Aloisio Santos; doutor Francisco Novais; Antônio Alves; Antônio Guimarães, Nairson Meneses, Cádmo Nascimento; Carlos Magalhães”.

“Um profissional que foi um espelho para minha formação de jornalista e radialista que atuava no rádio paulista(rádio Bandeirantes de São Paulo). Vicente Leporaci - Não o conheci pessoalmente, mas acompanhava diariamente o seu programa jornalístico “O Trabuco”. A maior audiência das manhãs do rádio paulista. Vozeirão e equilíbrio nas suas críticas. Muito responsável nas suas colocações”.

Formação crista sólida, formação moral conquistada na labuta diária, mas alicerçada pelo exemplo exercitado dentro da convivência familiar. “O meu proceder é o mesmo dentro e fora do exercício profissional . Como educador, jornalista e radialista, procuro educar ou justificar minhas atitudes e proceder pelo meu próprio exemplo. Somos como um espelho: “refletimos o que projetamos”.

Foto e texto reproduzidos do site: jornaldacidade.net/osmario-leitura

Postagem originária da página do Facebook/Minha Terra é Sergipe, de 7 de abril de 2014.

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