José Bezerra.
Por Antônio Samarone.
Sexta-feira, 30 de maio, a Academia Itabaianense de Letras
dará pose a Antonio Amorosa, na cadeira que tem como Patrono o ator, mágico,
cantor e palhaço José Bezerra. Aluno de Procópio Ferreira, montou um circo, e
saiu pelo interior levando a arte circense e a novidade do teatro. O famoso
Circo e Teatro José Bezerra, o Palácio de lona verde.
Depois do espetáculo, vinha o DRAMA, nome de uma pequena
peça teatral comandada por José Bezerra. Itabaiana parava esperando a hora do
Drama, num tempo sem televisão e sem novelas.
Nunca esqueci a apresentação do monólogo, escrito por Pedro
Bloch, "As Mãos de Eurídice", dificílimo, tarefa para os grandes
atores, brilhantemente representados por José Bezerra.
O monólogo narra as desventuras do escritor Gumercindo, que
decide abandonar a família e fugir com Eurídice, uma jovem bela e ambiciosa. Os
dois vão para Mar del Plata, na Argentina. Ele a cobre de jóias e presentes
caros, e ela, por sua vez, torra a fortuna do amante em cassinos, acabando por
levá-lo à ruína financeira.
Como mágico, a maior façanha de José Bezerra era a colocação
de uma mulher no espaço, solta, sem nenhum fio escondido. Eu enchia os bolsos
de limões, na crença que chupando-se limão, eu poderia desvendar os segredos da
mágica. O limão cortava os poderes do feiticeiro.
Depois de Zé Bezerra, Circo para mim perdeu a graça, parecem
muito previsíveis.
Foto e texto reproduzidos do Facebook/Antônio Samarone.
Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 27 de maio de 2014.
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