segunda-feira, 5 de maio de 2014

Gervásio Teixeira




Publicado originalmente pelo site PGE-SE, em 01/04/2014.

Artista do Mês – Gervásio Teixeira
Por Mário Britto.

Nascido na cidade de Frei Paulo em Sergipe, no ano de 1952, Gervásio Lima Teixeira, pintor e designer é autodidata. Em 1970, iniciou a sua carreira artística na capital sergipana. Em 1972, transferiu-se para o Rio de Janeiro/RJ, onde está radicado até hoje. Nessa cidade aprofundou técnica e se firmou como artista plástico.

Entre os anos de 1981 e 1982, morou em Paris, como bolsista do governo francês na Escola Nacional Superior de Belas Artes de Paris (École National Superieux de Beaux-Arts de Paris ). Em Paris, estudou no atelier de Olivier Debré técnicas de pintura em mural. Produziu na França cinco murais no College Du Fort, na cidade de Soucy en Brie, obtendo grande repercussão junto aos habitantes daquela comunidade. O projeto foi também acompanhado pelo artista assistente do atelier Patrick Ramette.

Realizou em Paris várias exposições individuais e coletivas com destaque para a mostra no Studio dos Ministérios das Relações Exteriores do Governo Francês, onde Gervásio Teixeira possuía atelier de trabalho. Especial referência também para a Galerie de La Défense e Galeria Debret de Paris. Na cidade de Herblay, expôs um grande conjunto de suas obras, além de participar da semana de debates sobre a cultura brasileira, onde proferiu palestra sobre o tema.

De volta ao Brasil continuou sua atividade como artista expondo em vários espaços culturais como Galeria do Teatro da Maison de France, Galeria Ana Maria Niemeyer, Galeria da Fundação Cultural do Distrito Federal, entre tantas outras.

Sua iconografia é marcada por murais de grandes proporções. Desde os anos setenta, focado nas questões ecológicas e ambientais, executou em 1992, durante a “Conferência RIO 92”, um painel de 140 metros quadrados na cidade de Joinville/SC, cujo tema abordava a despoluição do Rio Cachoeira que corta a cidade. Destacam-se, ainda, os murais: Réquiem para a Floresta (1994), de quinhentos metros quadrados, na esquina da Rua Uruguaiana e Buenos Aires no centro da cidade do Rio de Janeiro/RJ e “Meninos do Brasil, com vinte e um metros, realizado em comemoração aos quinhentos anos do Descobrimento do Brasil.

O crítico e membro da Academia Brasileira de Letras, Antonio Carlos Villaça sobre sua obra diz: “o mar o seduz. Tons fortes. A volúpia silenciosa do espaço. Há solidão e silêncio na pintura de Gervásio. E há a luminosidade do Nordeste, do seu Nordeste. Gervásio procurou o sentido último do humano, o que está para lá do silêncio e da solidão. Ele é solitário, mas é também (e quanto) um solidário, um ser fraternal, um irmão. Gervásio contempla o mundo com amor. A sua pintura nos traz uma beleza, um não sei o quê de novo. Há nele uma abertura, uma visão virginal, inaugural… Pintura marítima, pintura seminal, pintura inaugural. No rosto de Gervásio vejo uma melancolia e a ansiedade silenciosa de Van Gogh”.

Foto e texto reproduzidos do site: pge.se.gov.br/artista-do-mes

Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 

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