Publicado originalmente pelo site PGE-SE, em 01/04/2014.
Artista do Mês – Gervásio Teixeira
Por Mário Britto.
Nascido na cidade de Frei Paulo em Sergipe, no ano de 1952,
Gervásio Lima Teixeira, pintor e designer é autodidata. Em 1970, iniciou a sua
carreira artística na capital sergipana. Em 1972, transferiu-se para o Rio de
Janeiro/RJ, onde está radicado até hoje. Nessa cidade aprofundou técnica e se
firmou como artista plástico.
Entre os anos de 1981 e 1982, morou em Paris, como bolsista
do governo francês na Escola Nacional Superior de Belas Artes de Paris (École
National Superieux de Beaux-Arts de Paris ). Em Paris, estudou no atelier de
Olivier Debré técnicas de pintura em mural. Produziu na França cinco murais no College
Du Fort, na cidade de Soucy en Brie, obtendo grande repercussão junto aos
habitantes daquela comunidade. O projeto foi também acompanhado pelo artista
assistente do atelier Patrick Ramette.
Realizou em Paris várias exposições individuais e
coletivas com destaque para a mostra no Studio dos Ministérios das Relações
Exteriores do Governo Francês, onde Gervásio Teixeira possuía atelier de
trabalho. Especial referência também para a Galerie de La Défense e Galeria
Debret de Paris. Na cidade de Herblay, expôs um grande conjunto de suas obras,
além de participar da semana de debates sobre a cultura brasileira, onde
proferiu palestra sobre o tema.
De volta ao Brasil continuou sua atividade como artista
expondo em vários espaços culturais como Galeria do Teatro da Maison de
France, Galeria Ana Maria Niemeyer, Galeria da Fundação Cultural do Distrito
Federal, entre tantas outras.
Sua iconografia é marcada por murais de grandes proporções.
Desde os anos setenta, focado nas questões ecológicas e ambientais, executou em
1992, durante a “Conferência RIO 92”, um painel de 140 metros quadrados na
cidade de Joinville/SC, cujo tema abordava a despoluição do Rio Cachoeira que
corta a cidade. Destacam-se, ainda, os murais: Réquiem para a Floresta (1994),
de quinhentos metros quadrados, na esquina da Rua Uruguaiana e Buenos Aires no
centro da cidade do Rio de Janeiro/RJ e “Meninos do Brasil, com vinte e um
metros, realizado em comemoração aos quinhentos anos do Descobrimento do
Brasil.
O crítico e membro da Academia Brasileira de Letras, Antonio
Carlos Villaça sobre sua obra diz: “o mar o seduz. Tons fortes. A volúpia
silenciosa do espaço. Há solidão e silêncio na pintura de Gervásio. E há a
luminosidade do Nordeste, do seu Nordeste. Gervásio procurou o sentido último
do humano, o que está para lá do silêncio e da solidão. Ele é solitário, mas é
também (e quanto) um solidário, um ser fraternal, um irmão. Gervásio contempla
o mundo com amor. A sua pintura nos traz uma beleza, um não sei o quê de novo.
Há nele uma abertura, uma visão virginal, inaugural… Pintura marítima, pintura
seminal, pintura inaugural. No rosto de Gervásio vejo uma melancolia e a
ansiedade silenciosa de Van Gogh”.
Foto e texto reproduzidos do site:
pge.se.gov.br/artista-do-mes
Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de
Nenhum comentário:
Postar um comentário