A colonização do estado de Sergipe teve início na segunda
metade do século XVI, quando ali começaram a chegar navios franceses, cujos
tripulantes trocavam objetos diversos por pau-brasil, algodão e
pimenta-da-terra. Os portugueses, quando se dirigiam à Bahia, também aportavam
freqüentemente na enseada do rio Real. A conquista das terras ao norte da
Bahia, onde se encontra o território do estado de Sergipe, foi iniciativa de
Garcia D’Ávila, grande proprietário de terras na região, que com a ajuda dos
jesuítas tentou catequizar os nativos que ali encontraram. A conquista e
colonização do território facilitaria as comunicações por terra entre a Bahia e
Pernambuco e permitiria a sujeição das tribos indígenas, além de impedir novas
incursões dos franceses. O território que viria a ser a capitania de Sergipe
D’El-Rei originou-se de um povoado chamado São Cristóvão. Mas a colonização
propriamente dita somente aconteceu em 1590, após a destruição das tribos
indígenas hostis. A região do arraial de São Cristóvão, sede da capitania de
Sergipe D’ El-Rei tornou-se então importante pólo de criação de gado e de
cana-de-açúcar. No período das invasões holandesas, que correspondeu à primeira
metade do século XVII, a economia de Sergipe D’El-Rei ficou prejudicada,
recuperando-se, no entanto, com a retomada da região pelos portugueses, em
1645. Em 1723 foi anexada à Bahia, tornando-se responsável por um terço da
produção açucareira baiana da época. Em 1820 houve uma primeira tentativa de se
conceder autonomia ao território sergipano, mas somente em 1823, depois de
várias guerras e resistência às tentativas de anexação, a capitania de Sergipe
tornou-se definitivamente emancipada da Bahia. Com a proclamação da República,
em 1889, a província de Sergipe passou a ser um dos Estados da Federação, com
sua primeira Constituição promulgada em 1892.
Origem do Nome
O nome Sergipe origina-se do tupi si’ri ü pe que quer dizer
"no rio dos siris", tendo sido mais tarde adotado pelos Jesuítas
durante a catequização dos nativos na região, como: Cirizipe, Cerigipe, Sirigi,
Serigipe que quer dizer "ferrão de siri", nome do mais bravo
guerreiro indígena - Cacique Serigi que se opôs ao domínio português.
Com pouco mais de 22 mil quilômetros quadrados de território
abençoado por Deus, o estado de Sergipe possui uma localização privilegiada:
está situado no meio da costa brasileira, concentrando uma infinidade de opções
e atrativos turísticos que encantam o turista, alguns ainda quase inexplorados.
Entre todas as suas belezas, destacam-se a hospitalidade do seu povo, sua
riqueza cultural e suas belezas naturais, exuberantes e exóticas. Sergipe vem
se consolidando como um destino turístico de alta qualidade, pois possui
infra-estrutura moderna e serviços de excelente padrão para todas as variantes
do turismo como o de lazer, de eventos, ecológico, contemplativo e religioso.
Sendo margeado por um litoral de águas limpas e mornas,
agradabilíssimas para o banho de mar. É principalmente na costa que estão
instalados os mais de 5.000 mil leitos distribuídos entre hotéis e pousadas. O
potencial turístico de Sergipe é surpreendente e Canyons de Xingó amplamente
diversificado. Da capital que possui uma orla belíssima, ao interior do Estado
onde se encontram, por exemplo: o Canyon de Xingó (Rio São Francisco) e a 4ª
Cidade mais antiga do Brasil – São Cristóvão, as atrações turísticas se
multiplicam. A gastronomia é outro ponto forte do turismo em Sergipe. Os pratos
do litoral baseiam-se em frutos do mar, mas peixe e crustáceos também são
encontrados em outras regiões do Estado, uma vez que Sergipe é muito bem
servido em termos hidrográficos. Quem resiste ao caranguejo, a castanha de
caju, ao amendoim cozido, às moquecas de peixe e camarão, ou ainda ao café
nordestino, com sua carne de sol, cuscuz, beiju de tapioca e tantas outras
delícias?
A região semi-árida tem uma culinária diferenciada, com
pratos baseados em carnes diversas, preservando as tradições culturais
presentes em sua colonização, em Sergipe encontramos pratos de origem indígena
e ibérica que se misturam àqueles apreciados pelos negros escravos. Para
agradar aos mais exigentes paladares, oferecemos o sabor de nossas preciosas
frutas, das quais destacamos o umbu, a jaca, o jenipapo, o caju, a graviola, o
sapoti e a mangaba, que podem ser preparados como sorvete, licor, suco, doce e
até coquetel.
Com um roteiro cultural riquíssimo, Sergipe é festa o ano
inteiro. Em todo Estado existem as mais diversas manifestações populares,
mostrando a alegria e devoção popular. São belas festas - religiosas e profanas
- praticamente a cada mês do ano.
As duas manifestações culturais mais importantes, que
acontecem em Sergipe são as Festas Juninas, uma das maiores do Brasil cujas
festividades se iniciam em primeiro de junho e só findam na segunda semana de
julho. O Estado se transforma no País do Forró, o maior arraial brasileiro. Os
municípios de maior tradição são: Aracaju, Estância, Areia Branca,
Cristinápolis, Muribeca, Capela, Itaporanga D`Ajuda, Pacatuba, Rosário do
Catete e Pirambu. Enfim, nessa época do ano nos 75 municípios do Estado a
alegria é contagiante, pois aqui festa junina é coisa séria. Só em Aracaju,
existem três grandes festas: na Rua São João, zona norte da cidade, onde os
moradores se encarregam de toda a organização da festa, com início a zero hora
do dia 1º de junho, com queima de fogos de artifício e colocação do tradicional
mastro. Há concurso de animadas quadrilhas juninas e casamento caipira. As
ruas, em Aracaju, são clareadas pelas fogueiras, que queimam nas noites de
véspera e dia de Santo Antônio, São João e São Pedro, os três santos
homenageados no mês. O Forró Caju localizado no espaço dos mercados municipais
reúne hoje a população da capital, de todas as classes sociais, para brincar
irmanadas na festa mais tradicional para o povo sergipano. E ainda tem, a Vila
de Forró Chapéu de Couro, situada na praça de eventos da Orla da Atalaia, é
montada uma cidade cenográfica retratando uma típica vida do interior. Outra
manifestação cultural é o Pré-Caju, considerada a maior prévia carnavalesca do
País, que ocorre geralmente em meados do mês de janeiro, reunindo nos seus quatro
dias de folia mais de 200.000 pessoas. O Corredor da Folia, na Avenida Beira
Mar, em Aracaju, recebe blocos carnavalescos animados por nomes de peso do
cenário musical brasileiro.
Ainda no mês de janeiro na Orla de Atalaia, em Aracaju, há
exposição de produtos artesanais e comidas típicas de cada região, onde os
municípios sergipanos mostram o que há de melhor em cada um deles. No local, O
evento, também, tem vasta programação artístico-cultural, mostrando o rico
folclore sergipano e o talento dos artistas locais.
Mas Sergipe é, também, o berço de magníficas manifestações
de arte popular. Seus artistas produzem os mais diferentes tipos de arte:
telas, esculturas, cestarias, tecelagem, trabalhos em madeira, couro, pedra,
cerâmica e cipó. Bordados, crochê e renda são outros pontos relevantes do
artesanato sergipano. Além de renda irlandesa existem, também, a renda de
bilro, o crivo, o rendendê, o richelieu e o ponto de cruz.
O relevo de Sergipe apresenta suaves ondulações, com áreas
planas e pequenas altitudes no litoral, que vão aumentando em direção ao
interior. O ponto mais alto está registrado na Serra Negra, no município de
Poço Redondo, com 750m de altura em relação ao nível do mar. O potencial
hídrico é representado por um extenso litoral, lagoas e rios. São seis bacias
hidrográficas que cortam Sergipe, todas em boas condições de navegabilidade
para embarcações de pequeno porte: A principal é a Bacia do São Francisco
(7.274 km²), Piauí (4.091 km²), Sergipe (3.293 km²), Vaza-Barris (2.279 km²), Real
(2.584 km²) e Japaratuba (1.829 km²). O clima varia de subúmido (faixa
litorânea, com largura de 20 a 40 km), passando pelo de transição semi-árido
(área do agreste, como Itabaiana, Lagarto e outros) a semi-árido (todo o oeste
do Estado, com seca de 7 a 9 meses no ano).
Cada vez mais o Estado tem buscado agregar história,
tradição e beleza aos seus produtos e atrativos turísticos. Por isso, conhecer
Sergipe é surpreendente, agradável e inesquecível.
Fotos e texto reproduzidos do site: 28bc.eb.mil.br/estado.htm
Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 7 de outubro de 2013.
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