Auto-retrato de Jordão de Oliveira, poeta e pintor.
Jordão Eduardo de Oliveira Nunes, nasceu a 13 de outubro de
1900, em Aracaju, filho de Domingues Nunes e Júlia Oliveira Nunes, casou-se por
duas vezes, primeiramente com Laura e depois com Dulce, tendo desses
relacionamentos três filhos: Laura, Virgínia e Jordão. Por ter perdido os país
nos primeiros anos da infância fora criado juntamente com a única irmã pela tia
Emília de Oliveira. Jordão iniciou seus estudos sobre arte sob a influência do
mestre Quintino Marques (18??-1942), catedrático no colégio Atheneu Sergipense,
da cadeira de desenho nas primeiras décadas do século XX. Desde os quinze anos
já produzia retratos por encomendas:
“Vontade continuada, espírito lúcido, desde a puerícia vem
revelando natural pensador para as artes. Na idade em que todos brincam
inconsideradamente, ele já procurava idealizar a realidade: não raro o haviam
de encontrar contemplando, aparentemente distraído, uma cousa qualquer, uma
paisagem... Quando não, vê-lo-iam, carvão em punho, tentando realizar o ideal.
As calçadas de residência, os muros vizinhos transformavam-se, então, em telas
de sua febre visionária...”[1]
Em 1917 trabalhou no Recife como ferroviário, na empresa
Tramway e no ano seguinte contratado como marítimo da Costeira. Em 1921
mudou-se para o Rio de Janeiro, matriculando-se na Escola Nacional de Belas
Artes, tendo como professores João Batista da Cunha, Lucílio de Albuquerque e
Rodolfo Chambeland. A ENBA, hoje instituição oficial da Universidade Federal do
Rio de Janeiro, cujas primeiras atividades datam de 1816, quando se estabeleceu
o ensino oficial das artes plásticas no Brasil, como resultado da chegada da
Missão Artística Francesa.
No início do ano de 1922, Jordão publica o artigo “Horácio
Hora” questionando a cópia da Virgem da Conceição, do artista barroco Barolomé
Esteban Murilo, oferecido pelo copista à igreja Matriz de Aracaju. Sobre a tela
de Horácio Hora, óleo sobre tela (1878) Jordão tece alguns comentários, no que
diz respeito ao local da instalação da pintura:
“Obra de grande valor artístico-histórico, dado vigor de
técnica de que se apossara o pintor conterrâneo, cremos seja igual ao original.
Quanto isto ignoremos, não podemos deixar de admirar a correção do desenho, o
modelado e a perspectiva área daquelas figuras.
Só os desenhos de Horácio Hora bastariam para atestar o seu
incontestável merecimento. Infelizmente, porém esses mesmos que ainda restam
estão ameaçados de destruição. A que parecia mais protegida, esta, talvez por
um excesso de zelo, não está bem colocada. Tratamos da “Virgem”, de Murillo.
Vimo-la no teto da então Catedral dessa cidade. Devemos dizer que a tela é
muito pequena para um teto daquele tamanho. Fica desarmônico. Para que houvesse
harmonia fora preciso que toda a decoração tivesse como centro a tela, isto é,
partisse daí até a barra inferior das paredes laterais, como uma encíclica da
cor. Mesmo assim não agradaria, porque a pintura central sobre não ter a
perspectiva própria de “plafonnier” é rembrontesca. Obrigaria a uma decoração
toda escura, toda fúnebre, incompatível com as toalhas de linho dos altares e a
simplicidade encantadora de Jesus.”[2]
Sobre sua exposição na Biblioteca Pública, o jornalista do
Diário da Manhã comentou suas impressões sobre a abertura da exposição de
pintura de Jordão de Oliveira, como um motivo de encantamento espiritual:
“Reservando-nos para mais de espaço lhe fixar a diretriz
emocional, com uma impressão detalhada e sincera dos novos trabalhos de Jordão
de Oliveira – neste minuto em que expõe os lindos frutos pacientes do seu
ardente labor, limitamo-nos a dizer-lhe cordialmente, como um bom presságio:
- Salve, doce companheiro, pela tua coragem indômita. A fé
move os teus passos para o futuro. Seja para diante menos ensoalhada e
pedregosa atua estrada. Ao fim encontrarás um banco de pedra, à sombra com a
música de um próximo regato. Não longe, no bosque, à moda grega, ninfas
dançarão. E adormecerás contente.”[3]
O Diário Oficial do Estado registrou todos os passos do
conterrâneo Jordão de Oliveira, durante sua estada em Aracaju:
“Esteve ontem, no Palácio, o jovem pintor sergipano Sr.
Jordão de Oliveira, que ali foi convidar o Sr. Presidente do Estado para
assistir à inauguração da sua exposição, que se realiza hoje, às 3 horas da
tarde, na Biblioteca Pública.”[4] Dois dias depois registrou comparecimento do
Presidente à exposição:
“O Dr. Graccho Cardoso, em companhia de sua exma. senhora
esteve domingo à tarde, na Biblioteca Pública, em visita à exposição de pintura
do jovem e promissor artista sergipano Sr. Jordão de Oliveira.
O Presidente do estado, que teve excelente impressão das
qualidades do novel pintor patrício, o qual dia a dia desenvolve as suas
superiores aptidões, felicitou-o vivamente pelo êxito que os seus trabalhos
alcançaram.”[5]
O repórter do Correio de Aracaju analisando o talento do
jovem pintor, por ocasião da sua exposição na Biblioteca Pública do Estado,
publica em sua edição do dia seguinte um artigo não assinado endossando a
crítica especializada:
“Faz algum tempo dissemos, nesta mesma página, que os
mestres de Jordão se não envergonhariam de assinar as telas do jovem pintor
sergipano, cuja modéstia, aliada a uma altivez admirável, não permitiram ainda
estardalhaço em torno de sua personalidade, inconfundivelmente artística.”[6] O
Sergipe-Jornal também se fez presente no grande acontecimento:
“A exposição de quadros que ele acaba de fazer num dos
salões da Biblioteca Pública de nossa capital, devidamente examinada e
admirada, é de sobejo uma prova eloqüente de que esse jovem sergipano já não é,
na arte que abraçou uma simples revelação, porém uma exata realidade, que o
futuro mais afirmará e mais radiará de admirável brilho.
Ali encontrará o crítico mais rigorista, a arte da pintura
admiravelmente cuidada em algumas das suas modalidades. E é de ver, assim, que
mais belezas do mister a que se dedica, será o jovem sergipano, um dia não
longe, uma das belas figuras representativas do talento em nosso terrão
amigo.”[7]
Mais uma vez o Diário da Manhã dá destaque a Exposição de
Jordão de Oliveira, através de um longo texto assinado por Agathon, onde além
de abordar o valor e a importância da exposição para Sergipe, sugere ao Estado
a compra para a coleção da Biblioteca Pública de pelo menos duas telas a óleo.
“Antes que plástico, é Jordão um pincel altamente preocupado
de motivos interiores, uma consciência que quer intimidar-se com as almas e
trazê-las sempre à tona, numa revelação constante de sentimentos. O olhar que
possui sobre qualquer daquelas sanguíneas principalmente sobre aquele magoado
retrato de moça ou aquela cabeça de rapaz devorada por perturbantes cogitações
íntimas, recolhe-se tocado dum estranho sentir, vindo não da forma, do traço,
da modelagem ou da atitude, mas da expressão anímica que se espalha por elas, fluida,
animada, sensível, como que se insinuando no nosso coração pela compreensão de
que ali vive um ser nosso irmão pelo sofrimento e pelo amor.”[8]
O Diário Oficial do Estado, registra mais uma vez, três
notas sobre a visita de Jordão de Oliveira ao Palácio Olímpio Campos, para
agradecer pessoalmente ao Presidente Graccho Cardoso pela presença na abertura
da exposição e doação do quadro Cabeça de Operário.
“Havendo marcado há dias a sua brilhante exposição de
pintura, esteve ontem, no Palácio do Governo, o Sr. Jordão de Oliveira, que ali
foi em visita de agradecimento ao Dr. Graccho Cardoso, por lhe haver dado a
honra de inaugurar aquele certame, bem, como para oferecer pessoalmente a S.
Ex. o seu trabalho Cabeça de operário, que é uma das mais fortes e melhores
produções do jovem artista sergipano.”[9]
Na edição de 28 de junho do mesmo periódico diz:
“O Sr. Presidente do Estado resolveu ontem adquirir, para
figurar na coleção de pinturas existente na Biblioteca Pública, o belo trabalho
a óleo “Adormecida”, do jovem pintor sergipano Sr. Jordão de Oliveira, o qual
figurou aqui na sua última exposição de arte.”[10]
Finalmente nesta mesma edição, informa sobre sua partida
para o Rio de Janeiro:
“O jovem pintor sergipano Jordão de Oliveira esteve ontem no
Palácio do Governo, aonde foi despedir-se do Sr. Presidente do estado,por
seguir hoje para o Rio, onde vai prosseguir os seus estudos.”[11]
Impossibilitado de comparecer as redações de todos os
jornais da capital, Jordão de Oliveira deixa uma nota de despedida publicada no
Diário da Manha:
“Seguindo hoje, no Itaperuna para a Capital Federal, e não
podendo despedir-me pessoalmente de todos os amigos, o faço por este meio,
oferecendo os meus préstimos ali, onde provisoriamente vou fixar residência.
Aj, 28 – 6
Jordão de Oliveira”.[12]
Em outubro de 1924 Jordão de Oliveira se encontrava no Rio
de Janeiro, e da capital federal envia o artigo Exposição Geral de Belas Artes,
onde relata os acontecimentos do Salão de Belas Artes, tecendo comentário sobre
as obras de alguns artistas participantes da XXXI Exposição Geral, como:
Baptista da Costa, Eliseu Visconti, Oswaldo Teixeira, Cândido Portinare, Garcia
Bento, Vicente Leite e João Pharion:
“Entre os hors concurs salientam-se Gutmann Bicho e Marques
Junior. Este enviou duas telas de grandes proporções. Serenidade (painel
decorativo) é uma paisagem esmeraldina, de um lago adormecido, todo coalhado de
nenúfares, onde algumas virgens se isolam despercebidas. Como ar livre não tem
retração nenhuma. Parece mais um interior.
Gutmann Bicho, o homem dos retratos duros, tratados a preto
e terra de Sienne voltou da Europa pontilhista a Hemi Martin. Expõe um retrato
que se ele não fosse membro do júri bem mereceria a medalha de ouro. A sua
pintura é boa e das melhores, atualmente.
As mais estão mal representadas. ”[13]
Devido à impossibilidade, por circunstâncias materiais de
continuar o curso que vinha fazendo na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio
de Janeiro, o Presidente da Província Graccho Cardoso, através de decreto,
concedeu-lhe uma pensão mensal de duzentos mil réis, a fim de que ele pudesse
prosseguir o curso:
“DECRETO Nº 881 – de 25 de junho de 1924
Concede a pensão de 200$000 mensais ao pintor sergipano
Jordão de Oliveira, para prosseguir nos seus estudos na Escola Nacional de
Bellas Artes.
O Presidente do Estado, considerando que cabe à ação
educativa do Governo fomentar não só a instrução geral, mas também elevar, por
outros meios que escapam à escola puramente intelectual, o nível moral e
estético do povo:
Considerando que inexistem estabelecimentos ou institutos
locais especializados quanto ao ensino da pintura, da escultura, enfim do
desenho aplicado, fator indispensável ao aperfeiçoamento do trabalho e ao
desenvolvimento econômico das nações:
Considerando que importa em serviço capital aquele que o
Estado presta animando as aptidões naturais e contribuindo para que certas
naturezas privilegiadas possam melhor devassar os horizontes infinitos da arte;
Considerando, em particular, a vocação e o valor das
tentativas demonstrados, no ramo da pintura, em mais de uma exposição, pelo
jovem sergipano Jordão de Oliveira, impossibilitado, por circunstâncias
materiais, de continuar o curso que tão promissoramente vinha fazendo na Escola
Nacional de Belas Artes;
Considerando que nenhum texto fundamental o proíbe,
revogado, pela vigente reforma constitucional, o que tirava a Sergipe a
faculdade de poder cooperar para o desenvolvimento das suas letras e artes, e,
por conseguinte, da sua própria civilização e cultura.
DECRETA
Art. 1º É concedida a Jordão de Oliveira, afim de que possa
prosseguir nos seus estudos de pintura na Escola Nacional de Bellas Artes, a
pensa mensal de duzentos mil réis.
Art. 2º Esse auxílio só se tornará efetivo mediante prova de
achar-se o mesmo matriculado na referida Escola e de que a freqüenta com
proveito notável, devendo nesse sentido ser presente ao Governo um atestado ou
relatório do diretor da mencionada Escola.
Art.3º Este decreto fica dependendo de aprovação da
Assembléia Legislativa.
Palácio do Governo do Estado de Sergipe, Aracaju, 25 de
junho de 1924, 36º da República.
Maurício Graccho Cardoso
Carlos Alberto Rolla
Em 1933 Jordão de Oliveira conquistou pela segunda vez o
prêmio de viagem a Europa na Escola de Belas Artes. Descendente de família
pobre, muito cedo se revelou uma esperança de Sergipe-artístico, mas para sua
ascensão gloriosa era necessário apoio financeiro que o levasse a outras
terras, especificamente a capital federal, núcleo da intelectualidade nacional,
coisa difícil até hoje nesta terra. O amigo Thales Vieira da Silva, diz que
Jordão lutou muito para o reconhecimento público:
“Mas, nunca lhe faltou coragem, moral para suportar
asperezas do nosso meio. O livro era como é ainda hoje o seu amigo leal e
dedicado, onde ele depositava e deposita as suas nobres aspirações. As suas
telas feitas sem os instrumentos modernos, porque lhe faltava dinheiro para
adquiri-las, não obstante todos esses empecilhos encantavam a gente pelo valor
da paisagem e harmonia das cores. Graças a Deus um homem veio ao encontro de
Jordão, para arrancá-lo daqui e colocá-lo no Rio de Janeiro, auxiliando-o nos
seus largos remígios. Foi Pereira Lobo, então Presidente do Estado, que fez
esse inesquecível benefício a Sergipe.”[14]
A estada de Jordão de Oliveira em Aracaju foi registrada na
Gazeta Socialista, fundada pelo jornalista e político Orlando Dantas em sua
edição do dia 9 de janeiro de 1957, onde o autor da matéria nomeia algumas
figuras do folclore aracajuano conhecidas por Jordão de Oliveira no tempo em
que residia em Aracaju, da fase de boemia sentimental de sua mocidade:
“Hoje, tantos anos lá no fundo dos velhos corações, mas
ficaram as grandes telas trabalhadas pelo calor da vida, pelo variado das
cores, o vigor das formas e a harmonia dos contrários que Jordão Oliveira
transpôs para os seus quadros, com a inteligência a sensibilidade e a beleza
que Deus lhe deu.” [15]
Desde dezembro de 1956 que Jordão de Oliveira encontrava-se
em Aracaju para descansar e rever amigos, após longos anos de ausência. Durante
todo esse período ficou hospedado na residência de Manuel Donizetti Vieira,
diretor da Rádio Difusora de Sergipe. Aproveitando a oportunidade, Jordão
reuniu um grupo de amigos e admiradores para uma palestra, produzida pelo
Movimento Cultural de Sergipe onde leu alguns capítulos do livro de memória,
reunião esta não divulgada na impressa, apesar de vários jornalistas locais
estarem presentes, dos poetas Santo Souza, Eunaldo Costa, Clarêncio Fontes,
Álvares da Rocha, José Maria Fontes
E dos pintores, Inácio de Oliveira e Florival Santos.
Encerrando a comunicação, Jordão de Oliveira prometeu aos presentes realizar em
breve no município de Aracaju, uma exposição retrospectiva de seus quadros.[16]
O poeta José Maria, registrou este grande encontro de
intelectuais sergipanos, através das páginas do Diário de Sergipe:
“Entre as pessoas que este festivo fim de ano trouxe a
Sergipe, para rever amigos e à boa terra conta-se o eminente pintor e
intelectual brasileiro Jordão de Oliveira, artista laureado e coração
boníssimo, há tantos anos ausente do rincão natal.
Pela singularidade do seu talento e temperamento, fidelidade
a uma inata pureza de princípios, desprendimento pessoal e, sobretudo, essa sua
simplicidade afetiva, cordial, a figura de grande Jordão, onde quer que se
ambiente, firma-o na estima e na amizade de todos.”[17]
Painéis no Palácio
Encomendado pelo governo sergipano, Jordão de Oliveira
prepara dois painéis para o hall de entrada do Palácio Olímpio Campos. Segundo
o artista plástico Leonardo Alencar que realizava sua primeira exposição no Rio
de Janeiro, em 1961 na Escola Nacional de Belas Artes, viu em seu ateliê Jordão
preparando um desses painéis. O Diário Oficial do Estado registra a chegada de
Jordão em 3 de julho de 1962, vindo especialmente para afixar os painéis :
“Por via aérea chegou a esta capital o nosso ilustre
coestaduano Prof. Jordão de Oliveira, a fim de afixar os painéis, que lhe foram
encomendados pelo senhor Governador Luiz Garcia, no hall do Palácio Olímpio
Campos.
Ao seu desembarque, no Aeroporto Santa Maia, compareceu o
chefe do Executivo, na pessoa do Bel. Junot Silveira, Secretário do
Governador.”[18]
Em junho de 1962 Jordão encontra-se em Aracaju participando
da inauguração do Hotel Pálace e do Festival Sergipano de Escritores, com
presença marcante de intelectuais baianos e sergipanos que residiam em outros
estados: Jenner Augusto, Joel Silveira, Nelson de Araujo, Vasconcelos Maia este
último na qualidade de Diretor do Conselho de Turismo de Salvador,
representando o Prefeito Heitor Dias, “acentuou que a sua cidade se unia à
Aracaju, possuído da mesma alegria e que ele não poderia deixar de assistir tão
expressiva e histórica solenidade de tamanha influência na vida sergipana.”[19]
Estiveram participando do festival a convite do Governo
sergipano, vários intelectuais do país como, Oscar Tosta (Diário de Pernambuco),
Paulo Silveira (Última Hora), Eneida (Diário de Notícia), Moacyr Werneck de
Castro (escritor), Renato Jobim (Diário Carioca); Dr. Estácio de Lima
(Professor da UFBA); Waldemar Matos (professor); Ranulfo Oliveira Presidente da
Associação Baiana de Imprensa e Diretor do jornal A Tarde. Carlos Cony (Correio
da Manhã), José Calasans (Diretor do Deptº Regional do SENAC-SESC), entre
outros. Durante o final do Governo de Luiz Garcia (1959-1962) ocorreram vários
eventos importantes na sua administração que contribuíram para divulgar o
Estado de Sergipe, alguns como O Festival Sergipano de Escritores, e as
Inaugurações do Hotel Palace de Aracaju, da Galeria dos Governadores de Sergipe
e dos painéis pintados por Jordão de Oliveira.
Em 6 de julho , às 20 horas, nas dependências do pavimento
térreo do Palácio Olímpio Campos, o Governador Luiz Garcia e o vice-governador
Dionísio de Araújo Machado, acompanhado de várias autoridades civis, religiosas
e militares, inauguraram a Galeria dos Governadores de Sergipe numa expressiva
homenagem aos seus ilustres antecessores:
“O Senhor Governador destacou a atuação dos seus
antecessores, a capacidade de trabalhar e a inteligência de que eram
portadores, focalizando o último deles, ex-governador Leandro Maciel, que iniciou
em Sergipe, um processo novo de administração verdadeira revolução pelo
trabalho, possibilitando, cestaros a atual administração as realizações que já
são do conhecimento público.”[20]
Sobre os painéis do Palácio Olímpio Campos, o pintor,
caricaturista e crítico de arte em atividade no Rio de Janeiro, Quirino
Campofiorito (1902) professor do Núcleo Bernardelli (primeiro agrupamento de
artistas de orientação não acadêmica a se formar no Brasil), filho do pintor e
arquiteto brasileiro Pedro Campofiorito (1879-1945), projetou vários edifícios
públicos e foi um dos organizadores e diretor do Museu Antonio Parreiras, em
Niterói. Quirino em apresentação do Catálogo da Exposição Retrospectiva da obra
de Jordão de Oliveira, promovida pelo Centro Sergipano da cidade do Rio de
Janeiro, de 1º a 15 de setembro de 1965, onde foram expostas 114 telas,
pintadas no período de 1921 a 1964. Vejamos um trecho específico sobre os
painéis:
“Recentemente, realizando pinturas murais de grandes
dimensões, para decorar o Palácio do Governo de Sergipe, desenvolveu Jordão
temas de ousada movimentação de figuras, paisagem e acessórios, sobre a
história econômica daquele Estado. Tarefa cheia de dificuldades, dados os
atropelos que sofre, entre nós, um pintor para realizar trabalhos de excessivas
proporções, o nosso artista, entretanto, se desincumbiu galhardamente,
acrescentando, assim, à sua obra, mais um aspecto que vem colaborar na
afirmativa de que ele tem sabido ampliar as suas possibilidades.”[21]
Exposição em Aracaju
No início de abril de 1978, Jordão de Oliveira chaga à
Aracaju para participar da abertura de sua exposição, entre o período de 7 a
16, na Galeria Horácio Hora de Artes, Móveis e Decorações, situada à Rua
Riachuelo, 757. Na oportunidade o “Presidente do Conselho Estadual de Cultura,
Antonio Garcia, falou em nome do Governador do Estado, ressaltando a figura do
artista Jordão de Oliveira e do valor de suas obras, conhecidas
internacionalmente.
Entre os quadros expostos, destacam-se os retratos,
principalmente o auto-retrato, sendo que os comentários do grande público
presente se voltaram com maior evidência para o retrato da sogra de Jordão de
Oliveira, que pela expressão facial lembra a célebre Monalisa de Leonardo da
Vinci.” [22] Na tarde do dia 06, acompanhado do Secretário Everaldo Aragão
Prado, da Educação e Cultura, Jordão de Oliveira visitou o Governador José
Rollemberg Leite, no Palácio Olímpio Campos. Faziam parte da Comitiva Antonio
Garcia Filho, Presidente do Conselho Estadual de Cultura e dos jornalistas Luiz
Antonio Barreto, assessor Cultural e Luiz Adelmo, Diretor da Galeria Horácio
Hora.
O Governador José Rollemberg Leite, na oportunidade, afirmou
que:
“Sergipe sentia-se orgulhoso com a obra de Jordão de
Oliveira, não só pelo esforço de notáveis trabalhos que atestam a inteligência
e o espírito artístico de um filho que sempre soubera honrar a sua terra além
fronteiras.”[23]
A exposição de Horácio Hora em Aracaju (uma das raras
exposições que realizou ao longo de sua vida) foi composta de 28 quadros a óleo
e a sua trajetória artística foi definida, desta forma pelo escritor Jorge
Amado:
“Sua exposição e sua presença após tantos anos de árduo
trabalho em distantes paisagens, é um acontecimento impar na vida cultural de
Sergipe, pátria de muitos e poderosos talentos, de grandes figuras do panorama
artístico e literário do Brasil. Algumas exponenciais. Entre essas avulta, pela
grandeza e consciência de sua obra, a de mestre Jordão de Oliveira, agora em
meio à sua gente, de volta a seu princípio, com as telas, a poesia e o
humanismo.”[24]
No dia 10, Jordão de Oliveira visita o Conselho Estadual de
Cultura, sendo recebido pelos conselheiros, em sessão presidida pelo médico
Antonio Garcia Filho, foi saudado pelo conselheiro Severino Uchoa, tendo
discursado também o Dr. Manoel Cabral Machado, presidente da Academia Sergipana
de Letras. Estiveram presentes também familiares de Jordão de Oliveira, que
após a saudação, falou recordando sua ligação com Sergipe e sobre a sua vida
artística, dedicada à arte sem comercialização.
Livros
Jordão de Oliveira publicou três livros: Caminhos Perdidos
(memórias), Rio de Janeiro, Gráfica Ouvidor, 1975; A cor das coisas (poemas),
Rio de Janeiro, Gráfica Olímpia, 1976 e Delta (poemas), Rio de janeiro, Zagorá,
(póstumo), 1980. Comentando seu livro de estréia, o romancista baiano Jorge
Amado, em carta enviada ao poeta-pintor diz o seguinte:
“Li seu livro emocionando-me sucessivas vezes. Você bem sabe
como sou ligado a Sergipe e a sua gente. Revi em suas páginas a paisagem e o
povo, viajei novamente no Ita de minha adolescência. Afinal Anselmo José, por
mais você tente fazê-lo independente, é o próprio Jordão de Oliveira, mestre da
pintura.
Tudo é bonito em seu livro, como em sua pintura. Há páginas
que são obras-primas como a Carta de Tamãe no capítulo 44. Que livro mais
bonito seu Jordão! Não importa o rótulo, de memória ou romance é a presença de
um homem de verdadeira grandeza. ”[25]
O escritor João Felício dos Santos, responsável pela
apresentação do livro, diz que:
“Caminhos Perdidos mostra-nos manchinhas de todos os
matizes, mas sempre em doces meios-tons, ainda quando Jordão fala em prosaicas
revoluções.
Com a mesma naturalidade que nos conta de Laura, seu
primeiro amor, diz-nos de seu primeiro contato com tintas e pincéis, como
pintor improvisado de bondes, na velha Tramway do Recife ou como segundo
taifeiro de um pequeno ITA, ao percorrer toda costa do Brasil.”[26]
Inteligente e discreto, Jordão de Oliveira conviveu em sua
juventude entre muitos intelectuais da época; Carlos Fontes, Passos Cabral,
Abelardo Romero, Heribaldo Vieira e outros frequentadores dos salões nobres da
capital aracajuana. Aos domingos estes salões se enchiam de jovens elegantes
para ouvir a mocidade discutir sobre literatura, poesia, arte, política e
filosofia. Desde jovem o menino humilde e pobre era aprontado como o grande
despertar da vida cultura de Sergipe, por isso galgou posição de destaque no
cenário cultural local e não demorou muito para que conseguisse matricular-se
na Escola Nacional de Belas Artes, do Rio de Janeiro.
Suas obras se espalham por diversas galerias particulares e,
dentre outras instituições, no Museu Nacional de Belas Artes; na Sociedade
Brasileira de Belas Artes; no Palácio do Catete; no Palácio do Rio Negro e no
Museu Imperial, em Petrópolis; no Palácio do Ingá e no Museu Antonio Parreiras,
em Niterói; nos Ministérios da Aeronáutica e da Agricultura; na Santa Casa de
Misericórdia do Rio de Janeiro; na Ordem Terceira da Candelária; nas Faculdades
de Medicina e Odontologia da Universidade do Brasil; na Pinacoteca do Estado de
São Paulo; na Faculdade Nacional de Direito, mas grande parte de suas obras
encontra-se na pinacoteca que levou seu nome, no Instituto Histórico e
Geográfico de Sergipe, em Aracaju. A pinacoteca Jordão de Oliveira abriga mais
de 150 obras de artistas sergipanos e brasileiros, principalmente daqueles que
fizeram parte da Academia de Belas Artes do Rio de Janeiro.
Recentemente, o artista plástico Ismael Pereira, em artigo
publicado na imprensa sergipana, indignado pelo desprezo com que os órgãos
públicos, tratam os bens culturais do nosso Estado, no caso em questão, o
Auto-Retrato de Jordão de Oliveira, pintura a óleo sobre tela, 61 x 51 cm
(1970), localizada na Sala do plenário do Conselho Estadual de Cultura –
Biblioteca Epífânio Dória – Secult, descreveu o estado deplorável em que se
encontra a referida tela:
“Aproximei-me o máximo da obra, estacionei o meu olhar em
sua direção e facilmente pude perceber os estragos – manchas comprometedoras,
muita poeira e na base inferior esquerda do chassi, a tela está estufada e se
desprendendo de sua estrutura. A moldura pareceu-me entristecida como que a pedir
uma nova e mais compatível com a importância da obra de um grande mestre como
você, Jordão.”[27]
Crítica sobre a Obra
Sobre sua produção artista escreveram vários críticos
brasileiros, alguns como Walmir Ayala:
“Seu colorido discreto completa na sua obra o equilíbrio das
massas e as sutilezas de luz e sombra. Sem demonstrar preferências por um único
gênero, consegue interpretar seus modelos com semelhança e sem amaneiramentos
de forma e suas paisagens reproduzem aspectos de horizonte amplo, de
perspectiva bem compreendida.”
(Walmir Ayala, Dicionário Brasileiro de Artistas)
ou o jornalista Carlos Rubem, do jornal carioca A Noite:
“A impressão que se colhe dos quadros de Jordão de Oliveira
é que se está diante de um pintor que sentiu e interpreta a luz brasileira e
atingiu a plenitude de suas qualidades de verismo e interpretação. Se nos
retratos ele revela mais do que uma álgida expressão fisionômica, uma alma
afirmando-se por outras virtudes, um magistral pintor no gênero, nas paisagens
e marinhas ascende a um cimo de sentido luminoso raras vezes atingido por
artista nosso. Senhor duma técnica decidida, de uma pintura ampla, larga e sem
vacilações vivendo o motivo, Jordão de Oliveira realiza o postulado de Gastaldi
espiritualizando a natureza que esse escritor balzaquiano diz que – e não mente
– o fim primacial da arte.”
o jornalista e admirador sergipano Mário Cabral, abalado com
a perda do amigo, conseguiu, depois de refeito da emoção pelo desaparecimento do
mestre da pintura, publicou um artigo na Revista do Instituto Histórico e
Geográfico de Sergipe:
“Foi um dos maiores pintores do seu tempo, conquistando, uma
a uma, todas as medalhas e premiações da Escola Nacional de Belas Artes e da
qual seria professor emérito. Causou-me um choque a notícia da sua morte. E, à
noite, esperei a divulgação do acontecimento, e, do que isso, um registro
elogioso à sua pessoa e à sua nobre arte. Mas o Jornal Nacional, televisado às
vinte horas, nada disse. Nem uma palavra. Nem uma imagem.”[28]
Morte
Jordão Eduardo de Oliveira Nunes faleceu às dezoito horas do
dia 28 de abril de 1980 no Rio de Janeiro. Seu corpo foi velado no Cemitério do
Cocuia, na Ilha do Governador, sendo sepultado na tarde do dia seguinte às
16,30 h. A única notícia sobre sua morte registrada na imprensa sergipana, veio
através da coluna de João de Barros, do Jornal da Cidade:
“Jordão de Oliveira que nasceu em nossa Aracaju e foi criado
pelo Sr. Eduardo Moreira, teve um início de vida dos mais humildes chegou até a
limpar trilhos de bonde no interior alagoano, mas graças a sua grande
inteligência e força de vontade, desenvolveu-se no dia a dia da sua existência,
consagrando-se um dos melhores artistas plásticos do nosso país. Membro do
Centro Sergipano no Rio de Janeiro (onde sempre fez questão de divulgar os
valores da nossa terra) e aonde chegou a merecer a comenda máxima de “Cidadão
Carioca”. Escreveu livros de poemas e histórias, onde em um deles, encontramos
esta beleza de dedicatória: “Marcelo, meu filho, esta dedicatória não é uma
errata é outro poema”. Jordão de Oliveira pertenceu ao círculo intelectual de
Garcia Rosa e a geração de Cleomenes Campos, Amando Fontes, Barreto Filho,
Passos Cabral, Abelardo Romero, Silva Ribeiro, Freire Ribeiro, Milton de Assis
e muito outros.”[29]
Apesar de ter sido noticiado na imprensa que a Subsecretaria
de Cultura juntamente com o Conselho Estadual de Cultura, que iriam programar
com outros órgãos culturais, uma homenagem póstuma a Jordão de Oliveira, não
temos notícia dessa realização. Exceto uma noção assinada por Antonio Garcia
Filho “Homenagem a Jordão”, publicado um ano após sua morte:
“Mas colocaram-me a túnica da responsabilidade para
transmitir, em nome do Governo do Estado, por honrosa indicação do Exmº Sr.
Secretário da Educação e Cultura e pelo Conselho que presido, a manifestação de
apoio e reconhecimento pela Obra que Jordão vem realizando no País, como
artista e como professor, preparando gerações e mais gerações, nas Disciplinas
Pintura e Modelo Vivo, na Escola Nacional de Belas Artes, tendo recebido, ao
longo da sua carreira artística, desde as Menções Honrosas, Medalhas de Honra e
Prêmios de Viagem, às Medalhas de Prata e Ouro.
Sergipe estava a dever a Jordão de Oliveira esta
manifestação de carinho e gratidão.” [30]
*****
Mestre Jordão - Depoimento
Leonardo Alencar
Pelo que conversei com alguns amigos contemporâneos dele,
Jordão sempre manteve essa ligação, essa fraternidade com todos que ficaram
aqui, tanto que o senhor Donizetti diretor da antiga Rádio Difusora era muito
amigo dele e morador da Praça da Bandeira quando ele visitava Aracaju ficava
hospedado na residência de Donizete. Jordão era uma pessoa humana formidável,
muito fiel as amizades não só pelo caráter dele como também pelo sentido de que
as pessoas que professaram, digamos assim, uma vocação mais socialista, se
união mais pela própria sobrevivência. Era uma atitude espontânea, “vamos unir
para sobrevivermos mais”.
Uma das coisas que acho mais importante na pintura de Jordão
é a atmosfera das suas telas, porque carregou consigo o céu de Sergipe, a pintura
dele já era usada no Sul, em Cabo Frio e na Região dos Lagos, está sempre
presente o azul do céu de Sergipe. Não porque ele não soubesse retratar outro
céu, mas o céu que estava com ele era o céu de Aracaju. Além disso, o fato de
que Jordão de Oliveira tinha uma noção muito humanista, tanto que os retratos
feitos para a Escola de Belas Artes durante os exercícios das aulas, os modelos
masculino ou feminino eram todos naturalistas, tinha esse sentido de não
transformar o modelo em herói Grego, que eram o modo das escolas neoclássicas,
mas ele se mantinha fiel ao naturalismo.
Jordão era dentro da Escola de Belas Artes do Rio de
Janeiro, inovador, era muito respeitado pelos colegas, e como inovador, alguém
que podia incomodar, tanto do ponto de vista da didática, quanto do ponto de
vista da posição política. Jordão era também um tipo muito interessante do
ponto de vista da sobrevivência, porque ele morava na Ilha do Governador que
era um passeio àquela época, da Explanada do Castelo, pegar o ônibus e ir até a
Ilha do Governador, aquilo era prazeroso, eu foi diversas vezes com ele, porque
ele saia do centro nervoso do Rio de Janeiro, do centro nervoso do capitalismo,
para o bucolismo da Ilha do Governador.
Era um transplante que ele fazia e conseguia sobreviver
desta maneira, tanto psicológica quanto materialmente também, como não era
cobrado para as elites sociais, ele também não precisava gastar. Jordão era
muito inteligente, um exemplo como artista, como figura humana, como cidadão e
se sentia muito preso a Sergipe, muito preso aos amigos de infância, muito
preso as reminiscências, basta dizer que ele foi de navio para o Rio de
Janeiro, aquela idéia do navegante português essa ida de navio. É interessante
que se comentava que ele foi como copeiro para complementar a passagem.
A história de Jordão de Oliveira é a história do migrante,
de vitorioso e do recusado, porque à medida que ele vencia no Rio de Janeiro,
aqui em Sergipe, desvalorizava e este fato aconteceu com outros artistas
plásticos sergipanos: José de Dome, Jenner Augusto e comigo.
Aracaju, 16 de fevereiro de 2012.
Notas
[1] Jordão de Oliveira, R.F. Aracaju, Diário da Manhã, 28 de
outubro, 1924.
[2] Horácio Hora, Jordão de Oliveira. Aracaju, Diário da
Manhã, 20 de janeiro, 1922.
[3] Exposição – Jordão de Oliveira, C. G. Aracaju, Diário da
Manhã, 8 de junho, 1924.
[4] Noticiário. Diário Oficial do Estado. Aracaju, 08 de
junho, 1924.
[5] Noticiário. Diário Oficial do Estado. Aracaju 10 de
junho, 1924
[6] Exposição de Pintura, Correio de Aracaju. Aracaju, 9 de
junho, 1924.
[7] Jordão de Oliveira, Sergipe-Jornal. Aracaju, 9 de junho,
1924.
[8] Jordão Oliveira, Diário da Manhã. Aracaju, 10 de junho,
1924.
[9] Noticiário. Diário Oficial do Estado. Aracaju, 21 de
junho, 1924.
[10] Noticiário. Diário Oficial do Estado. Aracaju, 28 de
junho, 1924.
[11] Noticiário. Diário Oficial do Estado. Aracaju, 28 de
junho, 1924.
[12] Seção Livre. Diário da Manhã. Aracaju, 1º de julho,
1924.
[13] Exposição Geral de Belas Artes, Jordão de Oliveira.
Aracaju, Diário da Manhã, 1º de outubro, 1924.
[14] Jordão Oliveira, Sergipe–Jornal. Aracaju, 02 de
setembro, 1933.
[15] Jordão de Oliveira, Gazeta Socialista. Aracaju, 9 de
janeiro, 1957.
[16] O pintor Jordão de Oliveira lê parte das suas memórias,
O Nordeste. Aracaju, 16 de fevereiro, 1957
[17] Encontra-se em nosso meio este alto valor das Belas
Artes. Diário de Sergipe. Aracaju, 21 de janeiro, 1957.
[18] Noticiário. Diário Oficial do Estado. Aracaju, 3 de
julho, 1962.
[19] Noticiário. Diário Oficial do Estado. Aracaju, 27 de
junho, 1962.
[20] Noticiário. Diário Oficial do Estado. Aracaju, 13 de
julho, 1962
[21] Catálogo da Exposição de 1965, reproduzido Por Marcelo
Ribeiro no livro Jordão de Oliveira. Aracaju. Secult, 2006.
[22] Jordão Inaugura Exposição. Gazeta de Sergipe, 08 de
abril, 1978.
[23] Governador recebe visita do artista sergipano. Diário
Oficial, 07 de abril, 1978.
[24] Jordão de Oliveira expõe em Aracaju, Diário Oficial. 10
de abril, 1978.
[25] Carta a Jordão de Oliveira, Jorge Amado. Bahia 13 de
setembro, 1975.
[26] Caminhos Perdidos, Jordão de Oliveira. (Apresentação).
Rio de Janeiro, Gráfica Ouvidor, 1975.
[27] Jordão de Oliveira, Ismael Pereira. Aracaju, Jornal da
Cidade, 10 de fevereiro, 2011.
[28] Um Mestre da Pintura, Mario Cabral. Aracaju, Revista da
Academia Sergipana de Letras, nº 28, 1981. Republicado no livro Jornal da
Noite, 1997.
[29] Morreu Jordão de Oliveira, João de Barros. Aracaju,
Jornal da Cidade, 30 de abril, 1980.
[30] Homenagem a Jordão, Antonio Garcia Filho. Aracaju,
Revista da Academia Sergipana de Letras, nº28, 1981.
GILFRANCISCO:
Jornalista, professor universitário, membro do Instituto
Histórico e Geográfico de Sergipe e do Instituto Geográfico e Histórico da
Bahia e Diretor do Departamento de Imprensa da ASI
gilfrancisco.santos@gmail.com
*Foto e texto reproduzidos do blog: professorgilfrancisco.
Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 12 de dezembro de 2012.
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