O foco da produção do fotógrafo é o homem.
Foto: Lineu Lins/Divulgação
Publicado no Portal Infonet em 23/05/2011.
Conversando Fotografia recebe Lineu Lins
Lineu Lins começou a gostar de fotografia ainda adolescente.
Descobriu a paixão no Ginásio e em 1953 revelou o seu primeiro filme
A oitava edição do Conversando Fotografia recebe(u)... no
auditório da Sociedade Semear, o fotógrafo Lineu Lins. A conversa, organizada
pelo Trotamundos Coletivo, vai enfocar a trajetória de Lins na documentação da
história de Sergipe, nos últimos 50 anos, e abordar o sucesso da aquisição de
seu acervo com cerca de 500 mil fotos pela Universidade Tiradentes para fins de
preservação.
Lineu Lins começou a gostar de fotografia ainda adolescente.
Descobriu a paixão no Ginásio e em 1953 revelou o seu primeiro filme. Em meio
aos estudos autodidatas e as experiências que foi adquirindo com um cotidiano
de práticas fotográficas tornou-se profissional em 1956, aos 19 anos de idade.
Desde então, Lins vem se dedicando a fotografar as transformações ocorridas em
Sergipe, a partir da urbanização das principais cidades do estado.
O foco da produção de Lineu Lins é o homem. É a partir desse
referencial que ele aborda as mudanças no espaço urbano, rural e no
meio-ambiente sergipano. O seu acervo, contudo, é composto ainda por
representações fotográficas da cultura popular, arquitetura, personalidades e
eventos sociais, onde aparecem os cerca de 1500 casamentos que fotografou em
Sergipe. A atuação de Lins é vista ainda em trabalhos que realizou para
indústrias, empresas e para instituições governamentais sergipanas.
Essa produção rendeu um arquivo com cerca de 17 mil rolos de
filmes em preto e branco, que compõem o período que vai de 1961 a 1967; 10 mil
filmes coloridos, que foram trabalhados a partir de 1967; e um belo grupo de 15
mil slides e chromos de médio formato (6x6). O acervo foi adquirido em
definitivo há um mês pela Universidade Tiradentes (Unit) com intuito de
preservação e está a disposição do público no Campus Aracaju Centro, cujo
acesso é pela rua Lagarto.
A aquisição do acervo veio junto com a inauguração do
Laboratório Fotográfico Lineu Lins, que vai funcionar no próprio campus, e
conta com o acompanhamento do próprio fotógrafo na gestão do armazenamento,
digitalização e acesso dos arquivos para visualização pública. A participação
de Lins foi uma exigência feita pelo próprio durante a negociação do acervo com
a Unit, que reconheceu a proximidade como um passo importante para a condução
das atividades de transferência e digitalização do material fotografado por
Lineu.
Os arquivos do fotógrafo constituem, hoje, uma das mais
importantes produções documentais do Estado, ganhando ainda mais ênfase após o
incidente ocorrido com o acervo de Walmir Almeida. Proprietário do Cine Foto
Walmir e de um arquivo que continua uma parte significativa da memória
fotográfica e cinematográfica do Estado, Almeida procurou o apoio para
preservar seu acervo e diante de sucessivas negativas, reuniu tudo o que tinha
e ateou fogo.
O gesto desesperado abriu uma série de questionamentos sobre
iniciativas que visem preservar e ampliar o acesso dessa memória à população,
pesquisadores, jornalistas, fotógrafos, historiadores, memorialistas, artistas,
entre outros. E as ações envolvendo o acervo de Lineu Lins são uma forma de não
fazer o debate ser esquecido. Como este tema interessa à fotografia sergipana,
o fotógrafo é o convidado desta edição do Conversando Fotografia...
Fonte: Assessoria de Imprensa
Texto e Foto reproduzidos do site: infonet.com.br
Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, em 28 de março de 2013.
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