sexta-feira, 29 de março de 2013

Conversando Fotografia recebe Lineu Lins

O foco da produção do fotógrafo é o homem.
Foto: Lineu Lins/Divulgação


Publicado no Portal Infonet em 23/05/2011.

Conversando Fotografia recebe Lineu Lins

Lineu Lins começou a gostar de fotografia ainda adolescente. Descobriu a paixão no Ginásio e em 1953 revelou o seu primeiro filme

A oitava edição do Conversando Fotografia recebe(u)... no auditório da Sociedade Semear, o fotógrafo Lineu Lins. A conversa, organizada pelo Trotamundos Coletivo, vai enfocar a trajetória de Lins na documentação da história de Sergipe, nos últimos 50 anos, e abordar o sucesso da aquisição de seu acervo com cerca de 500 mil fotos pela Universidade Tiradentes para fins de preservação.

Lineu Lins começou a gostar de fotografia ainda adolescente. Descobriu a paixão no Ginásio e em 1953 revelou o seu primeiro filme. Em meio aos estudos autodidatas e as experiências que foi adquirindo com um cotidiano de práticas fotográficas tornou-se profissional em 1956, aos 19 anos de idade. Desde então, Lins vem se dedicando a fotografar as transformações ocorridas em Sergipe, a partir da urbanização das principais cidades do estado.

O foco da produção de Lineu Lins é o homem. É a partir desse referencial que ele aborda as mudanças no espaço urbano, rural e no meio-ambiente sergipano. O seu acervo, contudo, é composto ainda por representações fotográficas da cultura popular, arquitetura, personalidades e eventos sociais, onde aparecem os cerca de 1500 casamentos que fotografou em Sergipe. A atuação de Lins é vista ainda em trabalhos que realizou para indústrias, empresas e para instituições governamentais sergipanas.

Essa produção rendeu um arquivo com cerca de 17 mil rolos de filmes em preto e branco, que compõem o período que vai de 1961 a 1967; 10 mil filmes coloridos, que foram trabalhados a partir de 1967; e um belo grupo de 15 mil slides e chromos de médio formato (6x6). O acervo foi adquirido em definitivo há um mês pela Universidade Tiradentes (Unit) com intuito de preservação e está a disposição do público no Campus Aracaju Centro, cujo acesso é pela rua Lagarto.

A aquisição do acervo veio junto com a inauguração do Laboratório Fotográfico Lineu Lins, que vai funcionar no próprio campus, e conta com o acompanhamento do próprio fotógrafo na gestão do armazenamento, digitalização e acesso dos arquivos para visualização pública. A participação de Lins foi uma exigência feita pelo próprio durante a negociação do acervo com a Unit, que reconheceu a proximidade como um passo importante para a condução das atividades de transferência e digitalização do material fotografado por Lineu.

Os arquivos do fotógrafo constituem, hoje, uma das mais importantes produções documentais do Estado, ganhando ainda mais ênfase após o incidente ocorrido com o acervo de Walmir Almeida. Proprietário do Cine Foto Walmir e de um arquivo que continua uma parte significativa da memória fotográfica e cinematográfica do Estado, Almeida procurou o apoio para preservar seu acervo e diante de sucessivas negativas, reuniu tudo o que tinha e ateou fogo.

O gesto desesperado abriu uma série de questionamentos sobre iniciativas que visem preservar e ampliar o acesso dessa memória à população, pesquisadores, jornalistas, fotógrafos, historiadores, memorialistas, artistas, entre outros. E as ações envolvendo o acervo de Lineu Lins são uma forma de não fazer o debate ser esquecido. Como este tema interessa à fotografia sergipana, o fotógrafo é o convidado desta edição do Conversando Fotografia...

Fonte: Assessoria de Imprensa

Texto e Foto reproduzidos do site: infonet.com.br

Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, em 28 de março de 2013.

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