Parabéns Maruim...
Nossa querida Maruim, que um dia foi considerada o Empório
de Sergipe, está decadente, porém sua história ainda que esquecida, é rica e
apresenta um vasto conteúdo cultural.
Maruim foi berço de vários grupos empresariais que marcaram
o mundo dos negócios em Sergipe, por exemplo, Casa Inglesa, Schramm e Cia,
A.Fonseca, A Casa Cruz, Maynart e Irmãos e Soares & Prado. A força
econômica de Maruim chamou a atenção de vários países, que instalaram seus
consulados em 1850, os quais destacamos:
Alemanha, Suécia, Portugal, Inglaterra, Áustria, Noruega,
antigo Reino de Nápolis etc.
Maruim contava com cerca de 15 engenhos, porém os
portugueses que dominavam a cultura da cana-de-açúcar, detiam a maior parte das
terras maruinenses.
A família do alemão Otto Schramm foi a desbravadora no
processo de utilização do algodão, quando em 1869 montou o maior descaroçador
da Província em Maruim.
Há relatos que a primeira casa bancária de Sergipe nasceu em
Maruim, quando foi criado o setor de crédito, por Otto Schramm, para impulsionr
a economia local.
Nos dias atuais ainda percebemos influências dos alemães tanto
nos aspectos econômicos, políticos, sociais e culturais, por exemplo, a origem
do nome do bairro Lachez, em homenagem ao francês Henrique José Lachez,
importante comerciante de Maruim, em 1822.
Maruim começou seu processo de decadência a partir de 1900,
com o fim da escravatura. A maioria das firmas abriram falência, e os
estrangeiros foram embora.
Portanto, nota-se que Maruim impulsionou a economia
sergipana, e hoje depende, praticamente, da capital Aracaju. Oxalá, que os
governantes promovam políticas públicas voltadas para o progresso econômico da
nossa cidade, que tem potencial, apenas está adormecido.
Texto: Keizer Santos
Imagem: Google Maps
Com informações da Revista Cinform Municípios(2002)
Foto e texto reproduzidos do site: maruim.net
Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, em 4 de março de 2013.
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