domingo, 16 de dezembro de 2012

Bar do Pinto, na Avenida Rio Branco, em Aracaju

Foto: acervo A. Gentil

Algumas recordações.2
Por Jorge Lins

É pra lembrar do Velho Bar do Pinto, ponto de encontro e
reflexões de jornalistas, artistas, prostitutas e boêmios. Numa época em que ainda os trabalhadores da noite econtravam-se pela madrugada e jogavam conversa fora. Decidiam o mundo. Opinavam politicamente. Discutiam comportamento, moda, música e sobrevivência.

Eu era bem mais jovem que Ivan Valença, Nino Porto (Já falecido), Nilson Barreto Socorro (que já foi Secretário de Estado da Educação no Governo Albano Franco e hoje é nome de Escola em Socorro) e até mesmo que a Nega da Madruga, prostituta das antigas, mas que tinha base cultural e política e falava corretamente (a ponto de corrigir um outro que se atrevesse a atropelar a língua mãe). Na verdade, eu nunca fui jornalista de redação. Escrevia uma página cultural, tinha uma coluna, uma época, editei a Gazetinha, que era o suplemento dominical da GAZETA DE SERGIPE e que lançou a Thaís Bezerra. O Ivan valença, editor do Jornal, me pediu uma indicação para uma colunista e eu indiquei a Thaís que estava voltando de um “Time” no Rio Grande do Sul. As primeiras colunas foram construídas com o pensamento de Zé Luiz (presidente do DCE na época), eu e o próprio Ivan Valença.

Mas, voltando as madrugadas, depois, esticava-se para a Churrascaria São Carlos (Hoje, tem um posto de Gasolina – vizinha do antigo terminal de barcos para Barra e Atalaia Nova) e deliciava-se com um Filé à Parmigiano. Muitas vezes, a noite só terminava quando o dia já aparecia e os primeiros trabalhadores já passavam com as suas ferramentas e bolsas. Aí, não dava mais pra continuar. Era o convite para o retorno à casa.

Na noite, conheci muita gente curiosa e profundos conhecedores da vida. Cada noite, era uma aventura diferente, inusitada. Era um mundo de descobertas para um “mortal estudante universitário” como eu, na época. Afinal, eu estava começando a conhecer a noite. Meu irmão, Eduardo é que é o professor de histórias, tragos e anedotas. Mas foi nessa época, que eu comecei a beber Montila com coca, o famoso Cuba libre (costume que me acompanhou por quase 30 anos. Hoje, estou curado). E aprendi a beber de carreirinha. Muito.

Dizem que os amigos que fazemos em mesa de bar, são os mais verdadeiros. São muitos. Alberto Leguelé, Jaime Costa, Ismar Barreto (que já nos deixou), Plínio, Fradim (garçonzinho), Beto do calabar, Sílvio, Vera do Baneb, Zé Fernandes (o pintor), Sílvio Rocha (que canta e é fotógrafo), Gil Gala, Bel, Ailton Rocha, Américo Negão, Wilson Góes, Nestor Amazonas, Mascarenhas (que também já nos deixou), Montalvão, Gilvan Manoel (Jornalista do Jornal do DIA), Cláudio Cinegrafista, Jesus, Nairson Menezes, Daniel do Valle, Fabrini (que hoje mora em Minas), Lealdo Feitosa (do Teimonde), Fradinho. Por hoje, basta de forçar a Memória. São só algumas recordações pra deixar a saudade mais viva do que nunca.

*Texto reproduzido do site: http://educar-se.com/aue de Jorge Lins.

Reproduzida do blog: fotosantigasdearacaju.blogspot

Postagem originária da página do Facebook/Minha Terra é SERGIPE, em 12 de Dezembro/2012.

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