Foto: acervo A. Gentil
Algumas recordações.2
Por Jorge Lins
É pra lembrar do Velho Bar do Pinto, ponto de encontro e
reflexões de jornalistas, artistas, prostitutas e boêmios.
Numa época em que ainda os trabalhadores da noite econtravam-se pela madrugada
e jogavam conversa fora. Decidiam o mundo. Opinavam politicamente. Discutiam
comportamento, moda, música e sobrevivência.
Eu era bem mais jovem que Ivan Valença, Nino Porto (Já
falecido), Nilson Barreto Socorro (que já foi Secretário de Estado da Educação
no Governo Albano Franco e hoje é nome de Escola em Socorro) e até mesmo que a
Nega da Madruga, prostituta das antigas, mas que tinha base cultural e política
e falava corretamente (a ponto de corrigir um outro que se atrevesse a
atropelar a língua mãe). Na verdade, eu nunca fui jornalista de redação.
Escrevia uma página cultural, tinha uma coluna, uma época, editei a Gazetinha,
que era o suplemento dominical da GAZETA DE SERGIPE e que lançou a Thaís
Bezerra. O Ivan valença, editor do Jornal, me pediu uma indicação para uma
colunista e eu indiquei a Thaís que estava voltando de um “Time” no Rio Grande
do Sul. As primeiras colunas foram construídas com o pensamento de Zé Luiz
(presidente do DCE na época), eu e o próprio Ivan Valença.
Mas, voltando as madrugadas, depois, esticava-se para a
Churrascaria São Carlos (Hoje, tem um posto de Gasolina – vizinha do antigo
terminal de barcos para Barra e Atalaia Nova) e deliciava-se com um Filé à
Parmigiano. Muitas vezes, a noite só terminava quando o dia já aparecia e os
primeiros trabalhadores já passavam com as suas ferramentas e bolsas. Aí, não
dava mais pra continuar. Era o convite para o retorno à casa.
Na noite, conheci muita gente curiosa e profundos
conhecedores da vida. Cada noite, era uma aventura diferente, inusitada. Era um
mundo de descobertas para um “mortal estudante universitário” como eu, na
época. Afinal, eu estava começando a conhecer a noite. Meu irmão, Eduardo é que
é o professor de histórias, tragos e anedotas. Mas foi nessa época, que eu
comecei a beber Montila com coca, o famoso Cuba libre (costume que me
acompanhou por quase 30 anos. Hoje, estou curado). E aprendi a beber de
carreirinha. Muito.
Dizem que os amigos que fazemos em mesa de bar, são os mais
verdadeiros. São muitos. Alberto Leguelé, Jaime Costa, Ismar Barreto (que já
nos deixou), Plínio, Fradim (garçonzinho), Beto do calabar, Sílvio, Vera do
Baneb, Zé Fernandes (o pintor), Sílvio Rocha (que canta e é fotógrafo), Gil
Gala, Bel, Ailton Rocha, Américo Negão, Wilson Góes, Nestor Amazonas,
Mascarenhas (que também já nos deixou), Montalvão, Gilvan Manoel (Jornalista do
Jornal do DIA), Cláudio Cinegrafista, Jesus, Nairson Menezes, Daniel do Valle,
Fabrini (que hoje mora em Minas), Lealdo Feitosa (do Teimonde), Fradinho. Por
hoje, basta de forçar a Memória. São só algumas recordações pra deixar a
saudade mais viva do que nunca.
*Texto reproduzido do site: http://educar-se.com/aue de
Jorge Lins.
Reproduzida do blog: fotosantigasdearacaju.blogspot
Postagem originária da página do Facebook/Minha Terra é SERGIPE, em 12 de Dezembro/2012.
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