quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Discurso de Jorge Carvalho Recepcionando Amaral Cavalcante

Foto reproduzida do site: camaradearacaju.blogspot

Discurso do acadêmico Jorge Carvalho do Nascimento recepcionando o novo acadêmico Amaral Cavalcante na Academia Sergipana de Letras
  
Senhor Poeta Antônio do Amaral Cavalcante:

Quando tive a honra de receber o convite de Vossa Senhoria para recepcioná-lo ao ingressar nesta Academia Sergipana de Letras, relutei. O que dizer de um poeta? O que dizer a um poeta? Como dizer a um poeta? Percebi que Vossa Senhoria marcou a data da sua posse, como acadêmico, às vésperas do dia 12 de julho, quando a poesia celebra os 107 anos de nascimento do poeta chileno Pablo Neruda. Julho, já sei, é o mês no qual nascem os poetas. Hoje comemoramos os 65 anos do encontro de Antônio do Amaral Cavalcante com a vida. Entendi a responsabilidade da honraria de apresentar a Vossa Senhoria os votos de boas vindas e busquei a inspiração para receber o poeta sergipano de Simão Dias em Neruda, com o poema “É Proibido”:

É proibido chorar sem aprender/Levantar-se um dia sem saber o que fazer/Ter medo de suas lembranças/

Decidi oferecer o meu afago de boas vindas aprendendo com Amaral Cavalcante e com os ocupantes da Cadeira número 39 deste sodalício. Ao lembrá-los tomei consciência de que na Cadeira 39, o único com o qual eu não tive oportunidade de conviver foi o seu patrono: Joaquim Martins Fontes da Silva, bacharel em Direito e poeta como o acadêmico que ora toma posse. A sua chegada a Academia Sergipana de Letras, senhor poeta Amaral Cavalcante, representa para a cadeira número 39 uma homenagem especial ao seu patrono, outro cultor da lira poética.
Nos primeiros anos de juventude, em 1974, quando comecei a trabalhar como revisor do jornal Gazeta de Sergipe, conheci a vetusta figura do jornalista Zózimo Lima, cronista como Amaral Cavalcante. Zózimo era o cultor da ironia a quem nós, revisores, temíamos, pela certeza de que seríamos debochadamente nominados e citados na edição seguinte, caso não nos esmerássemos na correção das suas “Variações em Fá Sustenido”, a festejada crônica que o reconhecido jornalista quotidianamente assinava. Era o fundador da Cadeira 39 deste sodalício e com ele aprendi muito. À sua imortal sabedoria de ancião e ao que pregavam as suas crônicas me remeti ao ler Neruda:
É proibido não rir dos problemas/Não lutar pelo que se quer,/Abandonar tudo por medo,Não transformar sonhos em realidade.
Foi nesse mesmo período de sonhos juvenis que acentuei a minha ânsia de transformar desejos em realidade, ao privar com o mais jovem de todos os velhos do meu convívio: o jornalista Orlando Dantas. Dele pude sorver as lições do bom jornalismo, a necessidade de combater, de saber lutar, de defender os ideais nos quais se crê e com os quais cada um se move. Aprendi o quanto somos humanos, ao mesmo tempo doces e intolerantes, mas que somos capazes de incorporar as lições dos nossos equívocos. Com Orlando Dantas experimentei o dia-a-dia existencial que expressa cada um dos versos de Pablo Neruda:
É proibido não demonstrar amor/Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
Uma das melhores lições de amor aos estudos aprendi em 1976, quando sentei em uma das salas de aula da Universidade Federal de Sergipe como aluno da professora Maria Thétis Nunes na disciplina Cultura Brasileira. Foi ela a última ocupante desta Cadeira 39 à qual Vossa Senhoria agora tem assento, senhor poeta Antônio do Amaral Cavalcante. Seduzido, fui encantado pelas lições da mestra Thétis, pela relação afetuosa que ela estabelecia com os alunos. Pela capacidade de questionar a História e pelo bom humor permanente. Por ela fui fortemente influenciado nas opções que fiz pela carreira docente e pela pesquisa em História da Educação. Fiquei orgulhoso ao tomar assento ao lado da mestra nesta Academia Sergipana de Letras, quando aqui cheguei, em 1978, recebido pelo amigo dileto, o acadêmico Luiz Antônio Barreto. Logo descobri ter em Maria Thétis, mais que a professora, a confreira, uma amiga que praticava os ensinamentos de Pablo Neruda:
É proibido deixar os amigos/Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
Portanto, honrando a tradição do poeta Joaquim Martins Fontes da Silva, Vossa Senhoria, poeta Amaral Cavalcante, sucede a três importantes intelectuais que ocuparam, pela ordem cronológica, a Cadeira 39 da Academia Sergipana de Letras: Zózimo Lima, Orlando Dantas e Maria Thétis Nunes. Confio na sua comprovada competência intelectual como poeta, jornalista, agitador cultural e cronista que é. Manifesto toda a admiração de amigo que sou de Vossa Senhoria, no canto de Neruda:
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,/Fingir que elas não te importam,
Ser gentil só para que se lembrem de você,/Esquecer aqueles que gostam de você.
Senhor poeta Antônio do Amaral Cavalcante:
Com este canto do poeta chileno reafirmo os votos de boas vindas que apresento a Vossa Senhoria em nome da Academia Sergipana de Letras, dizendo que orgulhosos recebemos o filho que Simão Dias viu nascer no dia 11 de julho de 1946, menino gerado pela graça de Corina Hora do Amaral e seu amor por José Cavalcante Lima. Família na qual o matriarcado era forte. Menino que dividiu os primeiros anos da infância com seus irmãos José Nery, Tereza, Édila e Jorge, o único já falecido. Mas, aos quatro anos de idade o menino foi viver na cidade de Itaporanga D’Ajuda com as tias-avós paternas Emiliana Nery, uma professora jubilada, católica, filha de Maria, militante da Pia União, e a presbiteriana Maria dos Anjos, que ecumenicamente o alfabetizou e incentivou as primeiras leituras, juntamente com o padre Arthur Moura Pereira, o vizinho das margens do rio Vasa Barris.
Na guerra santa da sua família, o menino Amaral Cavalcante fez primeira comunhão, freqüentou a Cruzada e foi coroinha sem entusiasmo. Da igreja católica, gostava mesmo da pompa dos altares, dos mistérios do senhor morto guardado em caixão de vidro, de desfilar nas procissões com o distintivo da Cruzada e, principalmente, do serviço de alto-falantes e da música dolente que anunciava a hora do Ângelus.
Mas, foi o estimulo de Maria dos Anjos que o ensinou a ser bom leitor. A tia-avó era uma oradora de Itaporanga D’Ajuda, que tinha guardados em seus baús discursos para todas as ocasiões: Dia da Arvore, Grito do Ipiranga, Natal, Valor do Saber. Em pouco tempo o menino aprendeu a recitá-los com voz impostada e a angariar alguns trocados para abrilhantar os eventos sociais da cidade.
Menino introspectivo, inquieto, nunca aceitou o anonimato. Aos 12 anos de idade Amaral Cavalcante regressou a sua Simão Dias, onde outra vez conviveu com o núcleo familiar original na hospedaria mantida por sua mãe, em companhia do pai, Liminha, funcionário dos correios. Pai a quem Amaral dedicou um poema, prestando tocante homenagem póstuma no seu festejado livro Instante Amarelo:
No mais alto beiral da minha casa/plantaste a sombra de uma angústia.
Jurei jamais cantar-te o breve instante/e a sempre incerteza do teu passo
não seria compasso em meus poemas./Jurei emudecer como uma árvore
que no silêncio tece a sombra e o fruto/mesmo depois que lhe podaram os ramos.
Estes versos ruidosos/irrompem da aridez do meu silêncio/como se a flor da angústia soterrada/ainda sobre os escombros germinasse/com a cor e o perfume do meu grito.
Cravada no meu corpo/sua ausência pende-me dos ombros
e toda juventude do meu passo esmorece/ante a solidão da caminhada.
A hospedaria da família costumava receber artistas convidados dos circos que se instalavam na cidade: Marinês, Jackson do Padeiro, Wilson Simonal, Milionário e Zé Rico, José Augusto e palhaços sergipanos como Gravatinha e Batalhinha.
Naquela casa, Amaral Cavalcante conheceu os poemas de Ascenso Ferreira, leu as aventuras de Pedro Malazarte, os amores da Princesa Teodora e as batalhas de Carlos Magno. Vibrou com a História da Mulher que virou Cachorro e com as pelejas do Cego Aderaldo. Ali começou a se forjar o poeta que hoje recebemos. A matriarca Corina, ao perceber o gosto do menino pela poesia, o presenteou no Natal com uma Antologia de Sonetos de amor que tinha cerca de 400 páginas. Ia de Petrarca aos Irmãos Campos. Tudo isso aconteceu no período em que Amaral trocara a Igreja Católica pelo protestantismo presbiteriano. Igreja Presbiteriana que freqüentava, passando semanalmente pela Escola Dominical, entoando encantado os hinos evangélicos.
Entre Itaporanga D’Ajuda e Simão Dias, Amaral Cavalcante aprendeu a arte do autogoverno cantada por Pablo Neruda:
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,/Não crer em Deus e fazer seu destino,
Ter medo da vida e de seus compromissos,/Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
Esse aprendizado incluiu a iniciação de Amaral Cavalcante no jornalismo. Em Itaporanga D’Ajuda, começou a escrever um jornal em papel pautado, juntamente com Marcos Prado Dias, que atuava como ilustrador, e com a colaboração de Danilo Sampaio. Cada edição manuscrita, com um único exemplar, era levada de porta em porta. As pessoas liam e depois devolviam o exemplar acompanhado da contribuição financeira que entendiam justa. Talvez a riqueza dessas experiências tenha feito de Amaral Cavalcante um menino que cedo se rebelou contra a monotonia rotineira dos grupos escolares que freqüentava. Consumia o tempo das aulas desenhando e escrevendo nos cadernos problemas distantes das lições ensinadas pelas professoras. Na vida escolar era mais atraído pelos sanduiches de sardinha que levava de casa.
Transferido para Simão Dias, freqüentou o Ginásio Carvalho Neto, da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade, a CNEC, onde apenas dois professores o interessavam pelo discurso que faziam: as aulas de História do professor Lauro Pacheco e as aulas de Português do professor Fernando Ferreira de Matos. A escola não era atraente, mas o convívio com os colegas o entusiasmava. Do mesmo modo as práticas cívicas com as quais se tornava um ser social, como o canto coletivo do Hino Nacional Brasileiro, no início e ao final da jornada escolar, bem como as idas aos médicos que freqüentavam o Ginásio regularmente para examinar os alunos. Mas, acima de tudo, as aulas de Etiqueta e de Canto que recebia da professora Olga e que o forjaram até o momento em que saiu de Simão Dias para ingressar no Colégio Agrícola. Na mala levou saudades, que celebrava, como ensinou o canto de Pablo Neruda:
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,/Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se desencontraram,/Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
O Colégio Agrícola foi um importante lócus da sua formação. Ali, costuma dizer, virou gente. Morou no internato e aprendeu o que é estar cercado de colegas e ao mesmo tempo viver sozinho. Lidou com as tarefas do campo, cuidou do curral, aprendeu a tirar leite, plantar e capinar, serviu na enfermaria e na residência do diretor, o agrônomo Moacyr Wanderley.
Ao voltar para o Ginásio Carvalho Neto, em Simão Dias, onde cursou o último ano daquele ciclo, era outro. Fez política estudantil e liderado pelo padre estanciano Joaquim Antunes Almeida, o Padre Almeida, fundou o Grêmio Escolar daquela instituição de ensino, ao lado de Clínio Guimarães, sob a influência do seu professor de História, Lauro Pacheco. Era o professor Lauro Pacheco quem mais falava de política para os estudantes, quem criticava o colonialismo e os abusos da propriedade latifundiária. O professor Lauro Pacheco foi uma espécie de consultor que contribuiu na redação do Regimento Interno do Grêmio. Amaral concluiu o curso ginasial e foi o orador da sua turma. O menino, agora rapaz, estava pronto para conquistar a capital do Estado. O ano era o tumultuado e tenebroso 1964. Amaral havia, já, vivido 18 anos. A dureza da vida se fez real. O comércio foi a alternativa de trabalho que se apresentou, para garantir o próprio sustento e colaborar com a renda da família. À noite, freqüentava as aulas do Atheneu. Foi vendedor ambulante de aparelhos de jantar, transportando enormes e pesadas caixas de louça na cabeça. Trabalhou na Movelaria Universal, arrumando móveis. As agruras do mundo mostraram a Amaral uma regra de viver que Neruda transformou em poesia:
É proibido não tentar compreender as pessoas,/Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,/Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
Mas, nada disto fez Amaral Cavalcante renunciar aos sonhos. Na bagagem que trouxe de Simão Dias vieram os primeiros poemas. Aquelas folhas datilografadas foram importantes quando ele conseguiu trabalhar nos escritórios do Sergipe Jornal, onde conheceu o jornalista Luiz Eduardo Costa, agora confrade deste sodalício na Cadeira 14. Fez amizade com Luduvice José, que o levou para a Academia de Jovens Escritores, organizada pela professora Carmelita Pinto Fontes, atual ocupante da Cadeira 38 desta Academia Sergipana de Letras. A convivência no Sergipe Jornal estimulou o aprofundamento na leitura e alargou o relacionamento social do jovem poeta de Simão Dias. Lá conheceu Florival Santos, que o convidou para ocupar o cargo de Secretário da Galeria de Arte Álvaro Santos. Ali, um novo amigo: Clodoaldo de Alencar Filho, agora também confrade e atual ocupante da Cadeira número oito da Academia Sergipana de Letras, que o apresentou aos jovens intelectuais de Sergipe: Mário Jorge, Ilma Fontes, João Augusto e Aparecida Gama, Luiz Antônio Barreto, Nino Porto, Ivan Valença, Aderaldo Argolo e Ezequiel Monteiro. Era a poesia que agregava Amaral Cavalcante. O jornalismo era o pano de fundo. O Margelino foi o primeiro jornal alternativo que fundou nesse período. Impresso em mimeógrafo, era distribuído entre os alternativos freqüentadores do Parque Teófilo Dantas. Antecedeu o Folha da Praia, periódico alternativo que inscreveu definitivamente o nome do poeta Amaral Cavalcante na galeria dos grandes do jornalismo em Sergipe. Antes disso, o inquieto Amaral fez cinema, fez teatro, criou o Teatro Livre da Sociedade de Cultura Artistica de Sergipe – a SCAS, a Associação Sergipana de Cultura – ASC, a Editora Jovens Reunidos – Jovreu e o Clube de Poesia. A maturidade chegou e encontrou o poeta presidindo a Fundação Cultural do Estado de Sergipe. Mas, era mesmo a poesia que o embalava e a partir dela comungou com Pablo Neruda:
É proibido não criar sua história,/Deixar de dar graças a Deus por sua vida,
Não ter um momento para quem necessita de você,/Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.

Amaral fez o seu destino. O crítico literário Ezequiel Monteiro desenhou o perfil do poeta: “Foi Amaral quem me revelou os poetas Ezra Pound e Yeats,
considerados os mais influentes do século. A partir de então sempre vi no
autor de “Instante Amarelo” uma mistura de poeta e fino intelectual.”
O poeta Amaral Cavalcante publicou três livros: o primeiro, TRÊS TEXTÍCULOS NUM SÓ SACO. Depois, JÁ VOU. E por fim, a obra que o consagrou: INSTANTE AMARELO, de 1971. O acadêmico Luiz Antônio Barreto, ocupante da Cadeira 23 deste sodalício, sublinhou a importância da obra e do poeta:
...poesia doce para uma atmosfera amarga de péssimas lembranças. A surpresa apresentada pelo novo poeta, logo acolhida pela crítica mais autorizada, sacudia a literatura sergipana. Desde então, o nome de Amaral Cavalcante jamais deixou
de circular nos ambientes intelectuais de Sergipe.
O poeta recebeu o reconhecimento dos seus contemporâneos. A maturidade o fez cronista. E, para reconhecê-lo, outra vez vale a pena dar voz a Luiz Antônio Barreto:
Suas crônicas, hoje postadas na rede mundial de computadores, em portais sergipanos, atestam a linguagem de um escritor maduro, consciente da sua responsabilidade como condutor de um grande número de seguidores. Amaral Cavalcante é, ainda, um memorialista a seu modo, capaz de cascavilhar no passado não apenas fatos, mas detalhes deles, com os quais elabora textos antológicos.
É com este cabedal que o poeta, jornalista, animador cultural e cronista ingressa agora na Academia Sergipana de Letras e toma assento na Cadeira 39, para que
se faça justiça ao seu exemplo de criador, de líder e de militante da causa
da cultura. No dizer do ocupante da Cadeira 23 deste sodalício,
Amaral Cavalcante pertence a um grupo grande de pessoas
ocupadas, ao longo da vida, com o fazer cultural, que devem transitar pelas
entidades sob os aplausos públicos. Jackson da Silva Lima, Ibarê Dantas,
Beatriz Góis Dantas, Paulo Fernando Teles de Moraes, Terezinha Oliva, Luiz Alberto dos Santos, Antonio Carlos Mangueira Viana, Francisco José Costa Dantas, Murilo Mellins, Francisco José Alves, Antonio Samarone, Marcelo Deda, José Paulino da Silva, Maria Neli Santos e Lílian Wanderley.
Amaral Cavalcante conquista a imortalidade, com os merecimentos que o acadêmico Luiz Eduardo Costa soube muito bem preconizar:
Se ainda na Academia Sergipana de Letras houver lugar para um poeta, um
cronista primoroso, um jornalista e editor saltador de obstáculos, um
subversivo agente da contaminadora ideologia da cultura, aí, o despertar de
Amaral para o premio da imortalidade acadêmica, lhe deverá ser, sem nenhum
favor, concedido. Vivendo agora esse instante azul de aceitação do reconhecimento, Amaral, se vier a sentar-se na dignificada cadeira da professora Thétis Nunes, despertará na mestra um sorriso, agora etéreo, de plena satisfação com o seu substituto nessa simbólica imortalidade.
Agora, poeta Amaral Cavalcante, Vossa Senhoria está consagrado ao reconhecimento da História. A sua alma, a sua lira, a sua personalidade, a sua trajetória de vida, a sua obra recebem o compromisso de todos nós de um culto perene, permanente, que jamais se apagará. É desta imortalidade que falamos. É da insatisfação que o intelectual constrói a sua felicidade. E Vossa Senhoria, poeta Amaral Cavalcante, nos felicita com o seu convívio, premia a todos nós, porque soube, como o outro aniversariante ilustre deste mês de julho projetar a sua vida nos seus amigos, na literatura e na História. É como se estivesse a homenageá-lo que Neruda cantou:
É proibido não buscar a felicidade,/Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,/Não sentir que sem você este mundo não seria igual.

Bem vindo poeta Antônio do Amaral Cavalcante.

Muito obrigado!

*Discurso de Jorge Carvalho recebido via e-mail

Postagem originária da página do Facebook/Minha Terra é SERGIPE, em 19 de Dezembro/2012.

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