segunda-feira, 14 de julho de 2014

Raymundo Washington dos Santos Leal



Peço licença aos amigos do “Grupo Minha Terra é Sergipe”, para fazer uma homenagem a um Sergipano, nascido em 23 de fevereiro de 1925 em Salvador/BA.


Em 1967, Raymundo Washington dos Santos Leal, chegou em Aracaju com toda a sua família, oriunda de Ilhéus/BA, para assumir a Delegacia Regional do extinto Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Marítimos – IAPM.


Optou por residir na Atalaia Velha, na época um bairro tipicamente de veraneio que por defeito só tinha a dificuldade de transporte para o centro da cidade; Entretanto, para moradores fixos, os alugueis eram mais baratos e desfrutava-se alem da tranqüilidade, de uma vizinhança pequena e hospitaleira.


Em 1971, é nomeado pelo Ministério da Previdencia como Diretor do Funrural em Sergipe, inicia-se ai um período de muita dedicação e participação, na formação de uma nova realidade para o homem do campo; trabalhando com afinco, muitas vezes sem dia ou hora, “Seu Raymundo do Funrural”, (como passou a ser conhecido), construiu e manteve instituições hospitalares em todo o Estado e levou a aposentadoria para o sofrido lavrador. Cortejado por políticos e “intermediários”, tramitava em todas as esferas com muita diplomacia e desenvoltura, mas preferia a companhia de verdadeiros amigos e das pessoas simples da terra que o acolheu.


Era evidente o amor que Raymundo Leal, nutria por Sergipe, lembro-me quando passei no vestibular de medicina em Salvador e em Aracaju, ele me presenteou com um Dodge Polara, que segundo o mesmo, só poderia rodar em Sergipe, uma bela “chantagem” para eu não ir estudar na Bahia. Por varias vezes, presenciei o seu esforço em dissuadir minha mãe da idéia de retornar à Bahia, e com seu trabalho, ele cada vez mais reforçava os laços de cumplicidade com Sergipe.

Pela sua atuação como funcionário do Governo Federal em Sergipe, foi agraciado em 1974 com o titulo de Cidadão Aracajuano e logo em seguida Cidadão Sergipano, Raymundo Leal, passava dessa forma a ser um homem que amava a sua terra, seu povo e seus costumes. Aposentou-se em 1976 e para realizar o sonho da esposa, retorna a Salvador com parte da família, (me deixando para completar meus estudos) e levando lembranças dos 10 anos que viveu em Aracaju, pouco tempo depois, faleceu com saudades do seu trabalho e com o orgulho de ter dado o melhor de si em favor da tua terra Sergipe.


Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 23 de fevereiro de 2012.

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