João Pires Wynne [1905-1974] - Biografia
Descendente de uma autoridade consular, João Pires Wynne
nasceu em Riachuelo, Sergipe, a 5 de setembro de 1905, filho de Etelvino Pires
de Almeida e de D. Dulce Wynne de Almeida. Estudou, inicialmente, em Riachuelo
concluindo o ensino secundário no Colégio Tobias Barreto, em Aracaju.
Graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Bahia.
Participou intensamente da vida cultural sergipana, assinando a ata de fundação
da Academia Sergipana de Letras, em 1º de julho de 1929, ocupando a cadeira
cujo patrono é o poeta João Pereira Barreto.
Sempre militou no jornalismo e em entidades culturais de
Sergipe e envolvendo-se com a política e a administração pública. Pires Wynne
atuou, na imprensa bandeirante e na fluminense, como comentarista político e
critico literário. Grandes nomes da época, como João Ribeiro, Jackson de
Figueiredo, Múcio Leão, Afonso Schmidt, Carlos Chiachio, Joaquim Ribeiro,
Berilo Neves, Agripino Grieco e muitos outros, despertaram-se para seus
escritos, louvando-os. Jackson de Figueiredo afirmou que “Pires Wynne possui o
dom da simpatia e a eloquencia intelectual que é coisa bem diversa de simples
eloquencia de palavras”. (FIGUEIREDO, J. Orelha. In: WYNNE, P. J. História de
Sergipe, 1. Rio de Janeiro: Editora Pongetti, s/d.)
Faleceu em Aracaju, Sergipe, a 7 de agosto de 1974.
Fonte: Nascimento, José Anderson.
Perfis Acadêmicos. Aracaju: Academia Sergipana de Letras,
2012.
Foto: Arquivo pessoal de Ana Lúcia Pereira.
Imagem e texto reproduzidos do blog:
pedepapagaio.blogspot.com.br
Bibliografia de J. Pires Wynne
História de Sergipe.
No primeiro volume de “História de Sergipe”, Pires Wynne
analisa a vida social, econômica e politica de Sergipe, desde suas origens
coloniais até o turbulento ano de 1930, historiando e discutindo, inicialmente,
as razões da conquista e da colonização da então capitania de Sergipe del-Rei e
seus desdobramentos. Atém-se às lutas pela posse de seu território e às
controvérsias e desencontros entre vizinhos, aos abusos dos
governadores-gerais, dos vice-reis e dos capitães-mores, à Invasão Holandesa e
às questões dos limites. Do regime imperial, avança para o republicano e
explora os acontecimentos de 1889 até 1930, focalizando a implantação do novo
regime, a política e a administração dos presidentes estaduais.
No segundo volume, analisa os acontecimentos posteriores a
1930, enfocando a politica e as realizações governamentais até 1972. É um livro
de grande utilidade para aqueles que desejam conhecer as coisas e os homens de
Sergipe, seus líderes, seus espíritos desenvoltos, às vezes, apaixonados, suas
ideias, fatos e costumes de suas épocas.
Fotos: Marina Lícia
(Livros do acervo do Instituto Histórico e Geográfico de
Sergipe).
Postagem originária na página do Facebook/MTéSERGIPE, em 13 de agosto de 2013.
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