Na foto, porcelana pintada por Rosa Faria em 1973.
Publicado pelo Memorial de Sergipe/UNIT, em 23 de janeiro de
2014.
Rosa Faria e o dia 17 de março.
Por Fabiana Carioca.
Em 1968, a artista capelense Rosa Faria criava a Galeria
Rosa Faria, localizada na Pça. Mons. Olímpio Campos nº 611 no Centro de Aracaju.
O endereço era condizente com sua residência, onde a mesma dedicava-se a
apresentar não somente a sua arte, mas sobretudo, a história de Sergipe através
de suas telas. O horário de visitação era bem flexível, das 8 às 12h, das 14 às
18, das 19 às 21h. Seu público era bem diversificado. Professores e alunos de
diversos colégios da capital buscavam na Galeria, a grande fonte de pesquisa
para os trabalhos de caráter histórico, esboçados em telas pintadas à óleo,
vitrificação do barro e vitrô. Também recebia frequentemente, grande número de
turistas, apreciadores das artes plásticas e intelectuais ou pessoas ilustres,
como foi Álvaro Vale, o Senador Lourival Baptista, Aurélio Buarque de Holanda e
outros.
Biografia:
Nascida em 28 de abril de 1917 na cidade de Capela. Filha de
João Guilherme Faria e Arminda Moreira Faria. Estudou as primeiras letras no
Grupo “Coelho e Campos. No Colégio “Imaculada Conceição” recebeu o diploma de
Normalista e um prêmio por ter sido classificada em primeiro lugar em todo o curso.
Em 1950, no Rio de Janeiro, fez curso de Artes Aplicadas no Departamento
Nacional de Serviço de Aprendizagem Industrial, onde foi classificada em
primeiro lugar. Em 1955, ganhou um concurso de pintura criado pela Prefeitura
Municipal de Aracaju para apresentação de uma tela a óleo, com assunto alusivo
ao primeiro centenário de Aracaju. Nesta participação recebeu o pseudônimo de
“Girassol”. A artista realizou várias exposições de pintura na capital
sergipana e em 1968 apresentou ao público uma exposição de sessenta telas a
óleo, alusivas à história de Sergipe desde os primórdios da civilização, na sua
Galeria particular, que com muita propriedade emprestou o seu nome! Em 17 de
março de 1977, o nome mudou para “Museu de Arte e História Rosa Faria”, mantendo
o mesmo endereço e horários. A instituição foi mantida financeiramente sem a
ajuda de qualquer órgão público, apenas com os seus próprios recursos.
Rosa Faria ofereceu todo o seu tempo à arte. Sua dedicação
nasceu da necessidade de perpetuar a vida histórica do Estado. Em seu discurso
em 1984:
“Não há como negar uma atitude espontânea que me conforta,
fruto do grau de civismo herdado dos meus antepassados, cujo galardão maior se
basta na modesta contribuição na formação intelectual de nossa juventude”.
Imagem e texto reproduzidos do site:
ww3.unit.br/memorialdesergipe
Postagem originário da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 7 de março de 2014.
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