Publicado originalmente no site Osmário Santos, em
07/08/2004.
Marcos Luduvice.
Por Osmário Santos.
Marcos Luduvice: o rei das faixas Empresário, radialista e
jornalista que homenageia personalidades sergipanas com faixas.
Antônio Marcos Couto Luduvice nasceu no dia 8 de março de
1955, na cidade de Aracaju-Sergipe. Seus pais: Hamilton Luduvice e Clideilda
Couto Luduvice. Seu pai foi representante da Ródia, fundador da Sociedade de
Amigos da Marinha (Soamar) e pioneiro em serviço de auto-falante (A Voz do
Comércio). Com a empresa Santa Rita de Auto Falante, foi a primeira pessoa que
anunciou o prefixo da Rádio Liberdade AM antes da sua inauguração.
Sua mãe é conhecida por Dezinha, professora aposentada do
Estado, fundadora da Escola Santa Joana D’Arc, uma das melhores do Estado em
curso primário, que funcionou durante 35 anos. Pelos seus bancos estudaram
muitos alunos que hoje são destaque nas funções que atuam na sociedade. “Meus
pais sempre batalharam para oferecer o melhor para os filhos. Minha mãe passava
a maior parte do tempo no colégio. Herdei de meu pai e minha mãe o caráter, a
honestidade e a humildade. O que herdei de meu pai foi a maneira de se
comunicar, a paixão pelo rádio e a admiração pelas forças armadas e Polícia
Militar. Da minha mãe, o dinamismo e o espírito de liderança. Quando era
criança lembro-me da frase que meus pais sempre me pregava: ‘Meu filho, seja um
homem honesto e lute pelo que quer, sem ter que passar por cima dos outros.
Ajude o próximo e mantenha sempre a humildade, honestidade, caráter e espírito
de liderança’. Carrego este ensino até hoje e passo sempre para os meus
filhos”.
Momentos lúdicos e estudos.
Luduvice conta que teve uma infância sadia e feliz. Uma
criança que gostava de brincar, principalmente de soldadinho e de índio.
“Lembro-me que um dia sai sem permissão de minha mãe e quando ela veio para me
bater eu corri para a casa da vizinha. Quando ela me pegou eu disse para ela:
não me bata minha mãe que sou magrinho igual a uma lagartixa. Uma vez fiz uma
traquinagem, pintei um gato todinho de tinta prateada (risos)”.
Como não poderia deixar de ser, estudou o curso primário na
Escola Santa Joana D’Arc. Em seguida passou a estudar no Ginásio Tobias
Barreto, onde iniciou o curso ginasial, concluído no Atheneu Sergipense. No
Colégio Dom José Thomaz fez o científico.
Conta que a dona Bel foi a sua primeira professora, que
ainda menino participou do grupo de jovens da paróquia São José, sobre o
comando de padre Amaral, e foi diretor de relações públicas do grupo de
escoteiros Marroque de Melo, da Capitania dos Portos. Passava as férias
brincando na casa do avô, José Luduvice, mas a maior parte do tempo brigava e
puxava os cabelos da prima Auxiliadora Luduvice, hoje defensora pública, por
ciúmes.
Fez vários cursos técnicos de aperfeiçoamento, entre eles
cita os de marketing e publicidade e contabilidade.
Diz que foi um jovem muito namorador e que gostava de pegar
o carro Veraneio azul do pai para ficar rondando o Colégio Estadual Atheneu
para paquerar e chamar a atenção das garotas.
Primeiros momentos no trabalho.
Começa a trabalhar desde os 10 anos na cantina do colégio de sua mãe. Tempos depois monta o Bar do Cajueiro, no conjunto
Inácio Barbosa. Logo após monta o Bar Buraco Quente, na rua Capela.
Faz o curso de corretor em 18 de junho de 1979 e logo começa
a se dedicar à profissão. “Lembro-me bem da minha primeira venda, um terreno
com um português, o doutor Costa, na empresa Concal, o qual me incentivou a
entrar no ramo de corretagem de imóveis. Batalhei muito para alcançar meus
objetivos. Fui um dos pioneiros no ramo de imóveis do Estado. Montei a Expresso
Imobiliária em 1980, uma da primeiras no Estado. Teve época que cheguei a
administrar mais de dois mil imóveis, sem contar com as vendas diárias. Não
parei por aí, logo criei a Organizações Marcos Luduvice, na época com três
empresas (Limpa-fossas, Serviços Gerais e Imobiliária). Também tive uma fábrica
de blocos e depósitos de cimentos. Criei a limpa-fossa com o meu amigo Macedo,
da Pizzaria Janaína, sem contar com o cafezinho expresso com entrega em
domicílio. Fui assessor de gabinete dos prefeitos Wellington Paixão e Jackson
Barreto e assessor do deputado Laércio Miranda. Também montei o Bar e
Restaurante Galeto Expresso. Fiquei conhecido como Marcos Luduvice “O
expresso”.
Revela que hoje mantém duas empresas: Organizações Povão
Expresso (Limpa-Fossas e Serviços Gerais) e o Jornal Povão.
Adquiriu muita experiência ao longo dos anos na área
empresarial, perdeu e ganhou muito. “Montei empresas de diferentes ramos de
atuação. Aprendi muito profissionalmente. Hoje sei que o crescimento de uma
empresa está no trabalho em equipe. Passei por diversas dificuldades para
chegar onde estou e fazer o meu nome. Graças a Deus venci sem precisar passar
por cima de ninguém”.
Paixão pelo rádio.
Iniciou no rádio como ouvinte, participando de diversos
programas, e daí veio a grande paixão. Para conquistar o direito de
usar o microfone, fez curso em 1988, promovido pelo Sindicato dos Radialistas,
na época presidido pelo destacado radialista Paulo Lacerda. “As duas pessoas
que abriram as portas das emissoras foram o radialista Pedro Rocha e o
superintendente da rádio Atalaia na época, jornalista Evando Ferreira. Fiz o
primeiro programa aos sábados no horário das 6h às 7h com o nome de
Classificados Atalaia. Logo após, o radialista Messias Carvalho me concedeu um
horário no sábado à tarde, na Rádio Liberdade AM, das 14h às 18h, o Expresso
Sertanejo. Na Rádio Jornal apresentei o programa da ADCE – Empresários
Cristãos. Depois, o saudoso Carlos Mota me ajudou a retornar para a Atalaia AM,
onde me cedeu o horário que era do radialista Paulo Brandão, aos domingos das
7h às 8h, com o programa De Olho na Cidade. Logo após a morte de Carlos Mota
passei um bom tempo afastado do rádio. Fui produtor do programa Bate e Rebate,
na 103 FM, apresentado por Alceu Monteiro e Andrade Lima. Após alguns anos
afastado, fui surpreendido com um convite do jornalista Carlos França para
comandar o programa De Olho na Cidade, na rádio Aperipê AM, que está no ar até
hoje, graças ao comando e apoio do atual superintendente César Gama. É um
programa criador de opinião pública, exercendo sua missão social e homenageia
profissionais de diversos segmentos, políticos, empresários e profissionais
liberais, etc, através do diploma de Amigo da Imprensa”.
Dos momentos de rádio, de interessante conta que durante o
seu programa o operador trocou as ligações e disse-lhe que o ouvinte João do
Pandeiro estava na linha aguardando a oportunidade para participar do programa.
“Coloquei a pessoa no ar e falei o seguinte: ‘Fale João do Pandeiro’. E uma
outra voz respondeu: ‘Não Marcos, é a senadora Maria do Carmo’. Foi um mico,
mas logo pedi desculpas e acabou tudo bem (risos)”.
Luduvice faz questão de registrar que foi um grande
admirador do jornalista Paulo Brandão e com ele teve a oportunidade de
participar do Jornal Povão com alguns artigos. “Era um fã número um e fazia a
questão de participar da distribuição. Logo após a sua morte, passado um bom
tempo, tive a oportunidade de conhecer melhor Aída Brandão, a herdeira do
Jornal Povão, onde ela me convidou para escrever a coluna “Notas e Notas”. Foi
aí que nasceu uma grande aproximação, que acabou se transformando em amor.
Quando menos esperávamos, já estávamos juntos. Coisas do destino. Somei-me a
Aída, uma grande guerreira e batalhadora, para dar continuidade à grande obra
que é o Jornal Povão. A experiência que venho adquirindo foi conseqüência do
trabalho em conjunto com minha esposa e a nossa equipe. Hoje sou um jornalista
com registro na DRT e conhecido em todos os meios da sociedade”.
Gosta de homenagear pessoas.
Também é conhecido como o rei das faixas e se sente
recompensado em poder homenagear as pessoas, independente de classe
social ou partido. “Faço homenagens até para pessoas que estão dando o último
adeus. Todos os homenageados e famílias se sentem felizes em acordar e ver a
faixa na sua porta ou em outro local. Já deixei várias pessoas emocionadas. Na
edição 500 do Jornal Povão o ex-governador Albano Franco citou no depoimento:
‘Quem não conhece o Marcos Luduvice? Aquela pessoa maravilhosa, cavalheira e
que sempre quer ajudar. Nas faixas tem sempre sua saudação, que é uma marca
registrada’”.
Política e família.
Entrou na política em 1988, quando saiu candidato a vereador
de Aracaju pelo PFL, com o apoio e incentivo do ex-deputado Reinaldo Moura.
“Tive votação de quase mil votos. Em outras eleições dei apoio a vários
candidatos, como Reinaldo Moura (prefeito e deputado), Laércio Miranda
(deputado), Adelson Barreto (vereador), José Lopes (vereador), Evandro Sena
(vereador), José Carlos Machado (deputado), João Alves Filho, Lila Moura, Maria
do Carmo Alves, Lauro Maia (prefeito), entre outros”.
Do primeiro casamento com Lígia teve quatro filhos: Marcos
Júnior, Lídia, Luana Luduvice e Alexandre Tadeu. “Tenho dois filhos de um
relacionamento extra-conjugal, Juliana e João. Do meu segundo casamento, com
Aída Brandão, tenho uma filha, Yasmim Maria, que hoje está com sete anos, e
tenho Paulinho, filho de Aída e Paulo Brandão, que considero como um filho”.
Se considera um homem realizado profissionalmente e no campo
do amor. “Tenho uma mulher que me ajuda a crescer, uma companheira para todas
as horas e que lhe tenho muito amor, que é Aída Brandão. Ela me completa em
tudo. Sou feliz também por ter filhos e pais maravilhosos e uma família unida e
feliz”.
Cita os grandes amigos.
Pede espaço para agradecer a todas as pessoas que fizeram e fazem parte da sua vida e que nas horas difíceis se fazem
presentes. “Edil Barreto (in memorian); Aureliano (in memorian); Luiz Carlos
Dantas, da Vi Sabor, meu maior incentivador e o qual considero como um pai;
Eduardo Silva; William Ferreira; Vicente Figueiredo; Paulo Roberto Rodrigues
Góes (Palmar); Valmir Mendonça; Jackson Wiltshire; Negaço; Débora Matos; Mark
Clark; Milton Barreto; Paulo Lacerda; Ligeirinho; Cabral; Helenita, minha mãe
de criação; tia Conceição Luduvice; Glória Luduvice; Rui Cláudio Amorim;
Martiniano e Maria do Carmo; sargento Diógenes; Roberto Góes, Augusto Júnior e
Angélica; Raimundo; Núbia; Cel. Magno; Dr. Kércio Pinto; Dr. Abelardo Inácio;
Dr. Zelito Correia; Zé Luiz; Ângela Góis; José Cassiano (Infraero); jornalista
Clarêncio Fontes; Izaias Almeida; Luduvice José (tio); Altino Fonseca; Fábio
Henrique; Irany; Alaíde Maia; D. Zefita; D. Margarida; Walter; coronel Eduardo
e D. Leila Garcez; Valter Batista e Taiobinha; a irmã, Rita de Cássia; e a prima
Dora. “Infelizmente não dá para citar todos, pois são inúmeros amigos. O meu
lema é fazer o bem sem olhar a quem. Deus Proverá!”.
Texto reproduzido do site:
usuarioweb.infonet.com.br/~osmario
Foto reproduzida do site: plus.google.com
Postagem originária do Facebook/GrupoMTéSERGIPE, de 10 de fevereiro de 2016.
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