Publicado originalmente no site Destaque Comunicação, em
25/02/2013.
Sergipe é um estado rico em artesanato.
O artesanato, cuja técnica é transmitida de geração a
geração, é uma forma de trabalho espalhada por grande parte do território
sergipano. Entre as peças, há aquelas que se destacam pela beleza e riqueza de
detalhes, como é o caso da renda irlandesa, confeccionada no município de
Divina Pastora. Além disso, o visitante poderá encontrar verdadeiras
preciosidades que demonstram a criatividade do artesão sergipano, capaz de
inovar sem que sua obra perca as características típicas.
A cerâmica de Santana do São Francisco, antiga Carrapicho,
reúne comunidades de artesãos. A principal fonte de renda do município é o
artesanato de argila e sua confecção envolve adultos e crianças. A maior parte da
produção é utilitária e constituída de moringas, potes, vasos, panelas e pratos
que são vendidos a granel nas feiras. A cerâmica figurativa retrata o homem
rural e seu modo de vida. Entre os ceramistas destacam-se Beto Pezão, natural
de Santana de São Francisco, porém residente em Aracaju, e Judite Santeira, do
município de Estância.
Além da renda irlandesa e da cerâmica, a cestaria é outro
tipo de artesanato encontrado em Sergipe. A prática veio de herança indígena e
africana (como a cerâmica) e utiliza como matéria prima, cipó, taquara, junco,
fibra e palha de palmáceas. São confeccionados, entre outros, caçuás, balaios,
cestas, bolsas, chapéus e esteiras.
Todavia, é no setor de bordados e rendas, que o artesanato
sergipano ostenta grande produção. É freqüente observar, em vilarejos e
povoados, mulheres sentadas em frente às suas casas bordando. O bordado
característico de Sergipe é o rendendê, associado ou não ao ponto de cruz. O
rendendê é produzido nos municípios de Própria, Malhada dos Bois, Cedro de São
João, Aquidabã, Tobias Barreto e Lagarto. Há bordados de considerável
refinamento quanto ao desenho, combinação de cores e acabamento. São produzidas
toalhas e caminhos de mesas, colchas, panos de prato, blusas, entre outros.
Ainda é possível encontrar no sertão do estado, mais
precisamente no município de Poço Redondo, as rendas de bilro, peças de madeira
compostas de uma haste com a extremidade em forma de bola ou fuso, que recebe o
nome de 'cabeça de bilro'.
Arte de couro - O artesanato de couro está ligado à vida
sertaneja. Chapéus, apetrechos de montaria, gibão, sandálias, além de cintos e
carteiras. Além do couro, a madeira também é utilizada para confecção de
utensílios, como colheres de pau e gamelas de todos os tamanhos, tamboretes,
apitos de chamar passarinhos e produção figurativa.
No artesanato de madeira, o destaque cabe a Cícero Alves dos
Santos, nome de batismo do artista conhecido como "Veio". O artesão
mantém, a 8 km da sede do município de Nossa Senhora da Glória, na Rodovia
Engenheiro Jorge Neto, um museu a céu aberto. É o 'Sítio Sóarte', com suas
esculturas gigantes iluminadas pelo sol da caatinga. Escultor intuitivo,
"Veio" usa o canivete e o formão para fazer emergir de troncos e
galhos retorcidos de mulungu ou jurema, catados na região, totens, carrancas,
animais e figuras humanas. Suas esculturas são despojadas, rústicas e de
vigorosa expressividade.
Há ainda toda uma produção artesanal voltada para as
brincadeiras de criança, como o mané-gostoso, pião, bonecas de pano, carrinhos
de lata ou madeira, panelinhas de barro e outros utensílios de cozinha,
miniaturas de mobiliários, além de cavalos e bois, que transportam o mundo dos
adultos para o faz-de-conta infantil.
Os municípios sergipanos que se destacam pelo artesanato
são: Santana do São Francisco, Simão Dias, Cedro de São João, Aquidabã e
Própria. Em Aracaju, o artesanato de todo o estado pode ser encontrado no
Centro de Turismo, no Mercado Central, no Centro de Arte e Cultura da Orla de
Atalaia e na feirinha da Praça Tobias Barreto.
Fonte: Portal de Sergipe.
Texto e imagem reproduzidos do site: destaquenoticias.com.br
Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 20 de novembro de 2014.
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