Escritor e polemista brasileiro
Jackson de Figueiredo
9 de outubro de 1891, Aracaju, SE
4 de novembro de 1928, Rio de Janeiro, RJ
Jackson de Figueiredo Martins fez seus primeiros estudos em
Aracaju (SE), depois em Maceió (AL), formando-se em direito em Salvador (BA).
No ano de 1908 publicou seu primeiro livro, no qual reunia alguns sonetos:
Bater de asas.
No início de sua carreira, Figueiredo foi ferrenho defensor
do anticlericalismo, mas, sob a influência da leitura de Pascal e da amizade de
Tasso da Silveira e de Alceu Amoroso Lima, converteu-se, em 1918, ao
catolicismo.
Segue-se, então, uma fase combativa, na qual Jackson de Figueiredo
procura dinamizar, na cultura e na política, a orientação católica. Combate
violentamente as ideias liberais e o socialismo. Jornalista brilhante e
professor de literatura, cerca-se de um grupo de jovens formado por Perilo
Gomes, Hamilton Nogueira e Heráclito Fontoura Sobral Pinto, grupo a que mais
tarde se filiou o escritor Gustavo Corção.
Oposição ao tenentismo.
Por iniciativa de Jackson de Figueiredo, fundaram-se a
revista A Ordem e o Centro Dom Vital, destinado a difundir, especialmente entre
as classes cultas, os princípios da Igreja Católica. Em prefácio ao livro
Cartas à gente Nova, de Nestor Vítor, Figueiredo escreveria: "Troquei toda
a veleidade de construir por mim só ou com a ajuda deste ou daquele grande
espírito uma filosofia da ação. Preferi ser o humilde soldado que sou da Igreja
católica, e me sinto tão orgulhoso disto como se fora um rei".
Jackson de Figueiredo opôs-se o tenentismo, colaborando com
o governo Artur Bernardes na repressão ao movimento que, mais tarde,
desencadearia a Revolução de 30. O período entre 1922 e 1925 foi o mais
combativo: em discursos e conferências, escrevendo na Gazeta de Notícias e em O
Jornal, colocou seu talento a serviço da legalidade, da ordem pública e do
civismo antirrevolucionário. A documentação polêmica dessa fase está reunida em
três livros: A reação do bom senso, A coluna de fogo e Afirmações.
Segundo Alfredo Bosi, "a humanidade e o estilo
vigorosos garantem a Jackson de Figueiredo um lugar entre nossos grandes
prosadores".
Da bibliografia de Jackson de Figueiredo ainda se destacam:
Algumas Reflexões sobre a Filosofia de Farias Brito (1916), A Questão Social na
Filosofia de Farias Brito (1919), Do Nacionalismo na Hora Presente (1921),
Pascal e a Inquietação Moderna (1924), o romance póstumo Aevum (1932) e, também
póstuma, Correspondência (1946).
O escritor e polemista teve morte trágica, por afogamento,
na praia da Barra da Tijuca.
Pequeno Dicionário de Literatura Brasileira; Enciclopédia
Mirador Internacional.
Foto e texto reproduzidos do site:
educacao.uol.com.br/biografias/jackson-de-figueiredo
Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, em 13 de maio de 2013.
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