sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Pela Preservação da Iconografia Sergipana


Pela Preservação da Iconografia Sergipana.
(Quatro fatos correlatos e uma sugestão)

1 – O jornalista Fábio Jaciuk criou no Facebook o grupo HISTORIA DA TV / RADIO EM SERGIPE dedicado à veiculação de fatos históricos, curiosidades, fotos e vídeos que interessem a preservar a memória da atividade radiofônica e televisiva em Sergipe. O espaço, criado recentemente, já conta com mais de 400 seguidores ativos postando preciosos documentos até então dispersos, sobre o assunto. Cria-se assim a oportunidade de coleta e reunião de documentos históricos específicos sobre uma atividade profissional com evidente influência na cultura sergipana.

2- O Jornalista Clarêncio Fontes, que se encontra atualmente adoentado, dispõe de um importante acervo sobre a imprensa escrita em Sergipe e todos os jornais certamente guardam em seus arquivos milhares de fotos em papel usadas na editoração cotidiana, até o advento da fotografia digital. Este acervo reunido, classificado e posteriormente digitado, configuraria um inestimável acervo iconográfico da vida sergipana.

3- O pesquisador Armando Maynard mantém no Facebook o exitoso grupo MINHA TERRA É SERGIPE, criado em 2011 e já contando com mais de 1.200 seguidores bastante participativos. A página reúne fotos, documentos, relatos e outras informações úteis à configuração da sergipanidade, bem como biografias de personalidades destacadas na vida cultural, política e social de Sergipe. Ali, pode-se encontrar, também, um preciso acervo iconográfico, capaz de ilustrar a negligenciada história privada dos sergipanos, uma considerável acervo de fotos, relatos e crônicas de acontecimentos sociais como casamentos, batizados, retratos de família, festividades públicas e privadas, enfim, a riqueza dos baús familiares e das coleções particulares reunidas em um cuidadoso espaço.

4 – O presidente da Fundação Aperipê, Luciano Correia, após anunciar a digitalização do sinal na TV Aperipê noticia que, em parceria com a UNIT, encontra-se em finalização a digitalização do programa “Aperipê Memória” apresentado durante anos naquela emissora estatal pelo saudoso compositor João Melo, programa que mapeou a cena musical sergipana durante um bom tempo. A Aperipê dispõe também de vários programas Especiais produzidos por Pascoal Maynard, além do seu engajado programa “Expressão” que vem anotando a atual cena artístico/cultural sergipana, e que carece de preservação.

A iniciativa pioneira da Fundação Aperipê com o apoio da UNIT leva-nos a pretender que outras instituições, como o precioso Instituto Banese que muito tem feito para enaltecer a sergipanidade, a UFS para restaurar o seu compromisso com a nossa cultura, bem como outras instituições públicas e privadas que atentam para a necessidade urgente de preservação desses documentos essenciais que possam ser digitalizados e disponibilizados em um possível Museu da Imagem Sergipana, ou algo parecido.

Afinal, já se foi o tempo em que os pesquisadores, para saberem de Sergipe, tinham que viajar ao “Livro do Tombo”, em Lisboa.

Amaral Cavalcante- 07/02/14.

Postagem originária do Facebook/Minha Terra é SERGIPE, de 8 de fevereiro de 2014.

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