Publicado em 24 de março de 2010.
Aracaju é fonte de inspiração para artistas locais
Por Talita Moraes (estagiária)
Aracaju, com suas caras, suas manifestações, seu cotidiano,
edificações e seu sotaque, tem sido constantemente fonte de inspiração para os
artistas locais. Músicos, dançarinos, escritores e artistas plásticos já
retrataram por diversas vezes a capital sergipana, definindo a cidade das mais
diversas formas, sempre com paixão, poesia e perspicácia.
Nascido em Propriá, Tintiliano começou desde criança a
pintar. Ajudando sua avó - uma índia - a pintar as cerâmicas que eram
produzidas por ela, descobriu sua vocação para a pintura. Veio morar em Aracaju
há 20 anos e logo que chegou começou a reproduzir a cidade em suas telas.
Para Tintiliano, arte é emoção, e os artistas locais cumprem
a função de emocionar sua gente, em um processo de identificação. O artista é o
que povo é. "Quando minha arte não emocionar mais o povo, minha arte vai
acabar. Eu não vou pintar nem para mim, nem para minha família", disse
Tintiliano.
O pintor não acredita em uma arte visceral, em uma arte
pura, na qual o artista, isoladamente, cria sua arte. Segundo ele, o meio
externo influencia diretamente na produção do artista. Tendo sua obra
inspirada, principalmente, na cidade de Aracaju, Tintiliano retrata o
dia-a-dia: a pessoa se abaixando para jogar lixo, a criança correndo, a mãe
passeando com a filha, as pessoas comprando alguma coisa na feira.
Música
Quando perguntado sobre por que cantar as coisas de sua
terra, o cantor e compositor Paulo Lobo explica que para cantar coisas
universais é preciso, antes, cantar as coisas da própria aldeia. O pitoresco, o
cotidiano, as pessoas que fazem parte da identidade local. "Não cantá-los
é perder a personalidade do povo aracajuano", diz.
Paulo Lobo lançou dois discos com canções que falam da
cidade: Ruas de Ará e Cajueiro dos Papagaios. A maioria das músicas é inspirada
em Aracaju, em personagens locais, como Maria Feliciana, e situações variadas,
como os antigos natais nos parques aracajuanos.
Dança
O espetáculo Filhos de Ará foi pensado e criado pelo
bailarino Bosco Torres. Sentindo uma lacuna no cenário aracajuano em relação a
produções coreográficas sobre a própria cidade, Bosco montou um espetáculo de
dança que representa a população e suas manifestações cotidianas.
O espetáculo tem uma linguagem popular, não se enquadrando
em nenhum tipo de dança conhecido. Ele destaca as riquezas naturais e os
diversos traços da população. Representando o mar, aparece a dança dos
pescadores; no rio, é a vez da dança das lavadeiras. A trilha sonora é especial
e as coreografias são executadas por 15 bailarinos.
Fotos e texto reproduzidos do blog:
aracajuqualidadevida.blogspot
Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, em 01 de Junho de 2013.
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