sábado, 1 de junho de 2013

Aracaju é Fonte de Inspiração para Artistas Locais




Publicado em 24 de março de 2010.

Aracaju é fonte de inspiração para artistas locais
Por Talita Moraes (estagiária)

Aracaju, com suas caras, suas manifestações, seu cotidiano, edificações e seu sotaque, tem sido constantemente fonte de inspiração para os artistas locais. Músicos, dançarinos, escritores e artistas plásticos já retrataram por diversas vezes a capital sergipana, definindo a cidade das mais diversas formas, sempre com paixão, poesia e perspicácia.

Nascido em Propriá, Tintiliano começou desde criança a pintar. Ajudando sua avó - uma índia - a pintar as cerâmicas que eram produzidas por ela, descobriu sua vocação para a pintura. Veio morar em Aracaju há 20 anos e logo que chegou começou a reproduzir a cidade em suas telas.

Para Tintiliano, arte é emoção, e os artistas locais cumprem a função de emocionar sua gente, em um processo de identificação. O artista é o que povo é. "Quando minha arte não emocionar mais o povo, minha arte vai acabar. Eu não vou pintar nem para mim, nem para minha família", disse Tintiliano.

O pintor não acredita em uma arte visceral, em uma arte pura, na qual o artista, isoladamente, cria sua arte. Segundo ele, o meio externo influencia diretamente na produção do artista. Tendo sua obra inspirada, principalmente, na cidade de Aracaju, Tintiliano retrata o dia-a-dia: a pessoa se abaixando para jogar lixo, a criança correndo, a mãe passeando com a filha, as pessoas comprando alguma coisa na feira.

Música

Quando perguntado sobre por que cantar as coisas de sua terra, o cantor e compositor Paulo Lobo explica que para cantar coisas universais é preciso, antes, cantar as coisas da própria aldeia. O pitoresco, o cotidiano, as pessoas que fazem parte da identidade local. "Não cantá-los é perder a personalidade do povo aracajuano", diz.

Paulo Lobo lançou dois discos com canções que falam da cidade: Ruas de Ará e Cajueiro dos Papagaios. A maioria das músicas é inspirada em Aracaju, em personagens locais, como Maria Feliciana, e situações variadas, como os antigos natais nos parques aracajuanos.

Dança

O espetáculo Filhos de Ará foi pensado e criado pelo bailarino Bosco Torres. Sentindo uma lacuna no cenário aracajuano em relação a produções coreográficas sobre a própria cidade, Bosco montou um espetáculo de dança que representa a população e suas manifestações cotidianas.

O espetáculo tem uma linguagem popular, não se enquadrando em nenhum tipo de dança conhecido. Ele destaca as riquezas naturais e os diversos traços da população. Representando o mar, aparece a dança dos pescadores; no rio, é a vez da dança das lavadeiras. A trilha sonora é especial e as coreografias são executadas por 15 bailarinos.


Fotos e texto reproduzidos do blog: aracajuqualidadevida.blogspot

Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, em 01 de Junho de 2013.

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