"Como dizia o tão conhecido Wellington Elias, “uma crônica para você”s... amigos do MINHA TERRA É SERGIPE. Incrível é a capacidade do ser humano de integração, de socialização e a necessidade de trazer à tona lembranças, num apego à momentos felizes vividos na primeira juventude. Sim, porque estamos a viver a segunda e com a sapiência de valores bem determinados: amizade, bem estar, tolerância, partilha e outros tão importantes quanto. O grupo Minha Terra é Sergipe, idealizado por Armando Maynard, é um exemplo explícito da carência de uma geração em avocar e fortalecer as amizades, provando para si mesmo que a vida está ali, latente, apesar de certas limitações. Muitos de nós tivemos que derrubar parâmetros, para que hoje, pudéssemos deixar aflorar as nossas mais íntimas vontades na busca da alegria de um momento tão marcante e supremo como o do encontro dos integrantes desse grupo, acontecido ontem, 4 de fevereiro de 2012, no Bar dos Cajueiros, em Aracaju. O tributo à Gwendolyn Tompson foi a motivação para que lá estivessem presentes inúmeras pessoas, dispostas à ouvirem uma boa música, conversarem e mais, reverem colegas e amigos, há muito afastados do convívio salutar, uma vez que cada um seguiu o caminho planejado. Como cheguei cedo, fiquei a observar os passos contados que, timidamente, avançavam em direção ao centro do Bar, de onde emanavam os acordes de um violão sob o comando dos ágeis dedos de Jiló que, com seu repertório selecionado e voz agradável, mantinham o calor da acolhida. Pronto. Essa era a única dificuldade. Daí por diante, só entrosamento. Wagney Aragão, o Waguinho, brilhante cicerone, fazia as honras da casa, ou melhor, do grupo, recebendo a todos com um carinhoso abraço e uma alegria contagiante. Fomos vizinhos na Rua de Lagarto, onde moramos por um bom tempo e as famílias mantiveram laços de amizade. Lembro que, por intermédio das irmãs de Waguinho, Aroldina e Agnes, conheci Armando e começamos o namoro, pelos idos de 1970, que resultou na história que vocês conhecem. Para surpresa de todos, acredito, não só Jiló estava encarregado de manter o clima musical, mas lá estiveram também Roberto Alves (boa música e repertório escolhido a dedo), Valtinho (acordeon de “ouro”), Felix (guitarra afinadíssima e Milionário foi o ponto alto), Fernando Barbosa (não sabia que Fernando cantava) acompanhado por Arnaldo, Nancy ( tangos maravilhosos), Didi Colares ( o bom samba e Alcione então...), sem falar no acompanhamento de Gugu ( esposo de Sonia Beatriz) ao triângulo. Como foi bom vivermos “ao vivo” as conversas do facebook. Sonia Beatriz não havia me identificado como Lygia sua colega do Conselho de Educação, foi muito engraçado quando ela constatou quem realmente eu era, porque até então era a esposa de Armando. Rimos um bocado. Estávamos juntos na mesa, eu, Fernanda Guerra, Lulu Leite, Nadja Figueiredo, Amaral Cavalcante, Dora Santana, Cândida Boto, Indira Marques, Ana Montanher, Lícia, Wagney. Em outras mesas, a sempre autêntica e simpática Laura Cecília, Tirzah Silveira, Martinha Bragança e esposo, Sonia Beatriz e esposo, Didi Colares, Eliana “Chocolate”, Consuelo Maia, Gabriella Menezes, Jorge Farone, João Carlos Maynard, Pascoal Maynard e Alberto Leguelé. Circulando sempre, a comunicativa Zil Sobreira. Acreditem, muitas outras pessoas prestigiaram o encontro. Com certeza, o clima que imperava, fez com que todos pudessem sentir-se à vontade para lembrar o tempo de colégio – do G.A., do Atheneu, do N.Srª de Lourdes – das missas na Catedral aos domingos e também das “retretas” e da paquera na Pça. Fausto Cardoso. Pois é, estávamos todos ali, sem distinção de classe, de cor e de posição social, alimentando um desejo forte de viver as emoções contidas pelo tempo no bauzinho de memórias. Aguardemos o próximo!".
Lygia Prudente
Postagem original na página do Facebook em 6 de fevereiro de 2012.
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