"Hoje visitei o querido Luiz Eduardo Costa, convalescente de uma operação delicada. Fui ver o amigo de quatro décadas que me iniciou no jornalismo e que me permitiu, por bondade, imiscuir-me na sua vida pessoal como amigo e confidente. Luiz sempre me tratou com a condescendência típica de um mestre consciencioso e responsável, intuindo-me a sabedoria possível á resistência de mim, complicado aprendiz.
Onde é que vocês acham que eu descobri a elegância do texto, os compromissos com a contemporaneidade, a ginga da crônica fiel às expectativas do leitor e a opção pelo jornalismo dedicado aos áureos princípios da verdade? Foi com Luiz Eduardo Costa na redação do Sergipe Jornal, depois na Subsecretaria da Cultura, onde ele me fez agente cultural como Diretor Técnico na sua gestão. Saibam vocês que eu era, naquela época, um perfeito marginal que ele empregou no governo com responsabilidade garantida.
(Pesquisem, vejam de qual gestão, criativa e comprometida, eu estou falando.)
O que faz de Luiz Eduardo Costa ostentar (quase que uma unanimidade) o reconhecimento de produzir, aos setenta anos, o melhor texto na imprensa sergipana, deve-se à cultura literária que ele amealhou com certeiras leituras e à experiência acumulada no batente das redações. O jornalismo heróico produziu entre nós, figuras assim.
Quanto a Eliane, ela é a mesma figura que eu conheci na década de setenta, batalhando pela instituição da modernidade no front político/partidário. Ela foi capaz de levantar bandeiras iconoclastas e percorreu a incompreensão das ruas. Eliane Moraes, atualmente secretária da Educação de Canindé, é ainda uma mulher fiel aos princípios da integridade cidadã. Tô dizendo por que é verdade.
De modo que visitei o meu guru enfermo e até agora não sei como dizer algo que lhe revele a minha imorredoura admiração. Ele sempre dirá melhor".
Amaral Cavalcante
Postagem original na página do Facebook em 13 de março de 2012.
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