Mais um sonho realizado.
Por Robério Santos
Em 2005 tomei conhecimento de um dos livros mais raros que
se há notícia por Sergipe, é o famoso Álbum de Sergipe, presente em tantos
livros como referência no que se trata de fotografias antigas do nosso Estado e
informações sobre ele. A princípio, devido ao título, pensei se tratar apenas
de um álbum de fotos, fininho (devido a data de lançamento, 1920). Mas, em 2012
ao me deparar com uma cópia do original no Instituto Tobias Barreto percebi que
o livro era mais que um livro e sim o ‘Santo Graal’ das publicações sergipanas.
Luiz Antônio Barreto quem me fez a apresentação formal de uma cópia dele e fiz
alguns retratos dos retratos e acrescentei à minha pesquisa para provar que
Teixeirinha havia feito as fotografias do livro. Hoje, dia 22 de novembro de
2012, acordo às 6h e vou ao Google e digito “Álbum de Sergipe a venda” e me
deparo com este anúncio:
“Livro Álbum de Sergipe - autor Clodomir Silva — Aracaju
Favorito
Preço R$ 1.000,00
Data de publicação2 8 Out 2012
Detalhes do anúncio
Vendo o livro Álbum de sergipe, ano 1920, autor Clodomir
Silva. Obra rara, maior referência para o estudo da história de Sergipe,
escrito por Clodomir Silva com patrocínio do Governo do Estado da época.
Descreve sobre os 63 municípios, com fotos inéditas em preto e branco. São mais
de 600 páginas, ilustradíssimo, fala sobre a política, economia, saúde,
eduicação, etc. Os historiadores e pesquisadores sabem do que estou falando.
duda2007
Aracaju, Sergipe, Brasil
Rua Estância, 2.035 - bairro Pereira Lobo - Aracaju –
Sergipe/ (79)3214 1420”.
Levei um susto bom e fui tomado pelo desejo de ter este
livro que tanto me prometi um dia adquirir. O livro que me inspirou criar o
“Álbum de Itabaiana” que será lançado ano que vem na Bienal 2013. Respirei
fundo, fiz a bendita ligação após ficar minutos olhando o telefone com o final
‘1420’ já que o ‘4’ assemelha-se de forma triangular ao ‘9’... data de
nascimento do livro (1920). Thayane disse “é um bom sinal”... quando o senhor
me atende do outro lado ele pergunta “quem está falando?” e eu “Robério Santos
de Itabaiana te liguei para saber se o livro Álbum de Sergipe está ainda à
venda” e ele disse “E se eu disser a você que tenho 2 deles muito conservado e
que recebi boas referências suas depois que vi o Terra Serigy e uma matéria na
internet sobre querer provar que Teixeirinha fez as fotos do Álbum, peguei seu
telefone no Museu da Gente Sergipana e ia te ligar para oferecer, você
acredita?”. Gente, eu quase choro (destino?), fui voando para Aracaju e bati um
bom papo agora pela tarde com o senhor que prefere ficar anônimo e adquiri
creio ser a cópia mais conservada do livro, muuuuito mais que a de Luiz Antônio
Barreto que hoje está no instituto Tobias Barreto, na Universidade Tiradentes -
UNIT. O exemplar que adquiri está praticamente intacto desde 1920 (desde suas
páginas até as fotos), parece ter sido feito hoje. O que mais me assustou foram
duas fotografias inéditas de Itabaiana que eu me passei quando analisei o
exemplar de Luiz Antônio Barreto: uma do grupo de cavaleiros subindo a Serra de
Itabaiana e outra da Igreja Velha na década de 10... isso mesmo, a Igreja Velha
com suas paredes mais conservadas... (bem, é o que parece ser).
Eu estou em êxtase desde que cheguei de Aracaju... só sei
que agora tenho mais orgulho de ser Itabaianense e hoje podemos dizer que
Itabaiana tem um Exemplar Original de o Álbum de Sergipe (1820 a 1920). Feliz?
Imaginem só como estou... depois de me tornarem o Guardião dos Negativos de
Teixeirinha acho que esta é a maior felicidade em termos de aquisição histórica
que já consegui... são 500 fotografias de Sergipe entre 1860 e 1920 em
altíssima qualidade... e agora? Parabéns, Clodomir, por ter feito isso por nós!
Sem mais, por enquanto... isso é um resumo do resumo do
resumo do quanto eu queria detalhar este achado...
Postagem original na página do Facebook/Minha Terra é SERGIPE, em 22 de Novembro/2012.
Robério Santos, vc gosta de fotografias antigas de Aracaju, n,é? Mas, digo-lhe uma coisa: e vc alcançou a praia de Atalaia nativa, era só uma meia dúzias de bares improvisado com toras de pau e o restante era tudo vazio. Era, no dizer do pai de João Alves prefeito: CARANGUEIJO GORDO com uma cerveja de casco verde. Olhe, se vc não alcançou, eu alcancei e muito bem alcançado.
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