"Último adeus a Luiz Antônio Barreto
Dilson M. Barreto - Economista
Luiz, você se foi
apressadamente, não deu tempo sequer de uma calorosa despedida. Partiu para um
outro plano, nem um adeus nos contemplou. Tudo foi rápido: o seu internamento,
a sua agonia, a sua morte, o seu enterro. Felizmente demorada foi a sua
passagem aqui na terra, no convívio salutar com os seus familiares, com os seus
amigos queridos, e eu tento incluir-me nesse grupo de amigos, pois você tinha
consciência plena da minha estima por você e o respeito e admiração ao seu
valor intelectual.
Intelectual de mão cheia,
pesquisador respeitado em Sergipe, no Brasil e fora dele, você conseguiu
projetar-se intelectualmente com os seus escritos, palestras, conferências e
ensinamentos a uma plêiade de alunos que o procuravam para pesquisar.
Choro inconformado a sua perda,
reclamo do Criador a injustiça cometida com você e com os seus amigos e familiares,
privando-os da sua tão maravilhosa e salutar convivência. Consola-me,
entretanto, em saber que você, com o seu espírito luminoso e laborioso, será
alegremente recebido por Tobias Barreto que tanto você proclamou em seus
escritos, Hermes Fontes, Jackson de Figueiredo, Núbia Marques, Ofenísia Freire,
Alberto Carvalho, Thetis Nunes, Cabral Machado, Silvério Fontes, Fernando
Nunes, Seixas Dória e tantos outros intelectuais sergipanos e mesmo de outras
plagas brasileira, e juntos, o levarão ao altar da luminosidade intelectual,
abrigando-o festivamente na nova “Academia dos Iluminados”. E você voltará a
ser uma estrela ascendente no seio dessa grande constelação de imortais.
Tenha certeza, você nunca ficará
só! Aqui na terra, seus amigos continuarão reverenciando o seu nome, recordando
da sua afetuosa companhia, deleitando-se da sua conversa agradável, muitas
vezes professoral, em outras de levar-nos ao riso incontido. Mas era assim
você! E é esse Luiz, travestido elegantemente de muitas facetas seja como
jornalista, escritor, comentarista, poeta, cultor da boa música, do teatro e do
cinema, e, acima de tudo amigo, complacente e solidário com as nossas
fraquezas, de quem guardarei eternas recordações.
Tudo se passou muito rapidamente
nesses últimos quinze dias, um Calvário dolorido, uma angustia infinita
diuturnamente vivenciada, acompanhada pela torcida da sua plena recuperação.
Mas você fez a sua opção em nos deixar, em seguir uma nova caminhada, em
experimentar o convívio com novos e velhos amigos, intelectuais como você e que
também partiram em momentos os mais variados deste mundo terreno, atender ao
chamado do Pai Eterno. Resta-me o consolo de que esta, mais cedo ou mais tarde,
é a trajetória de todos nós e a certeza de que nesse dia, haveremos de nos
encontrar!
Feliz caminhada, meu querido
Amigo!"
(JornaldaCidade.Net - 25/04/2012
- Dilson M. Barreto).
Postagem original na página do Facebook em 01 de Maio de 2012.
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