Publicado originalmente no blog Spleen e Charutos, em
17/05/2011.
Um encontro com a poesia de Wagner Ribeiro
Rian Santos [ riansantos@jornaldodiase.com.br ].
Hoje eu finalmente conheço o poeta Wagner Ribeiro. Convidado
para a Roda de Leitura promovida pelo Comitê Sergipano do Proler, o autor não é
apenas um dos nomes mais festejados da literatura realizada em Sergipe. Além
disso, entre tantas menções distintas, Wagner Ribeiro é uma das maiores lacunas
observadas em minha estante – um amontoado desorganizado de ignorâncias,
brochuras e pocket books de lombadas e páginas violentadas pela curiosidade das
traças.
Dono de uma obra expressiva, com seis livros publicados
(Coroas de Sonetos, Cantar do Minotauro, Cantar de Ariadne, A vida cheia de
véu, Memorial do aedo, A angústia de Zeus), não é de hoje que o poeta denuncia
os buracos nos calçados de minha formação. Desde a época da Universidade,
quando algum amigo abria um de seus volumes e me vinha com aquela poesia
extemporânea, tão distante das mesinhas de plástico em que nossas cervejas e a
conversa se equilibravam, entre acidentes e soluços, Wagner Ribeiro me adverte.
Apesar de minha petulância adolescente – Kerouac e Ginsberg numa camiseta
desbotada –, literatura é coisa de gente grande.
Há um bom par de anos, o historiador e jornalista Luiz Antonio
Barreto se debruçou sobre “O memorial do aedo” e extraiu sua essência em artigo
publicado no Portal Infonet, logo após o lançamento do livro. “Wagner Ribeiro
tem o controle do fazer literário, conhece e domina as técnicas, sabe manejar
os elementos da composição artística, adornando de toda a beleza as suas
reflexões. Os textos anteriores – Cantares do Mar Egeu, A Angústia de Zeus –
apontaram os caminhos preferenciais do trabalho do autor, universalizando os
seus interesses poéticos”.
Proler – O Proler (Programa Nacional de Incentivo à
Leitura), vinculado à Fundação Biblioteca Nacional, órgão do Ministério da
Cultura foi criado em 13 de maio de 1992, através do Decreto Presidencial nº
519, para promover ações de incentivo à leitura, através de Comitês espalhados
pelos estados brasileiros.
Em Sergipe, o programa atua através do Comitê Sergipano do
Proler, mediante convênio firmado entre a Fundação Biblioteca Nacional e a
Secretaria de Estado da Cultura.
O Comitê Sergipano, instituído em 1997, tem o objetivo de
promover ações estratégicas de articulação e valorização de práticas leitoras,
entendendo ser o caminho para se formar cidadãos crítico e atuante no meio onde
vivem. A promoção da leitura tem efeito multiplicador, o que faz novos
parceiros se integrar ao Programa.
Text e imagem reproduzidos do blog:
spleencharutos.wordpress.com
Postagem originária do Facebook/Grupo Minha Terra é SERGIPE. de 2 de janeiro de 2017.
Nenhum comentário:
Postar um comentário