Imagem para ilustração post, publicada por MTéSERGIPE.
Botos no Rio Sergipe, na foto de Thiago Paulino.
Galeria de T_Paulino/Site: flickr.com/photos/t_paulino
Publicado originalmente no Facebook/Nestor Amazonas.
Eu me recordo...de Aracaju...
Por Nestor Amazonas.
Eu me recordo de uma tarde sentar na varanda da CRASE e
perder a noção do tempo vendo botos perseguirem tainhas num balé fantástico...
Eu me lembro de um tempo em que pegar carona ao lado do
Cotinguiba para a Atalaia era mais divertido que a própria praia...
Eu me lembro que ficar horas no Mini-Golfe, sem fazer nada a
não ser jogar conversa fora era uma atração inquestionável para a galera da
época...
Eu me lembro de que sentar no muro da Catedral era o melhor
posto de observação para olhar as moças que passavam...
Eu me lembro de tempo em que fincamos bandeira e tomamos
posse do Parque Teófilo Dantas como sede da nossa turma, a Turma do Parque...
Eu me lembro que ir ao Bar do Pinto era a nossa única
salvação para a matar a larica da alta madrugada...
Eu me lembro que nossa maior diversão na noite era fazer o
circuito do Beco dos Côcos, Miramar e Xanghai e terminar tomando vitamina
sentado no meio-fio do Bar do Meio.
Eu me lembro que o Bar do China era nosso ponto de encontro,
nosso “esquenta” para a noite de festas e farras.
Eu me lembro que o desfile entre a Catedral e a Sorveteria
Yara era obrigatório para quem queria namorar com as moças da fina sociedade da
época.
Eu me lembro do sagrado ritual de na volta das festas ir
comer o Passaport – o sanduba da madrugada.
Eu me lembro de obter cultura “por osmose” na Galeria Álvaro
Santos, filando drinks e salgadinhos dos coquetéis das vernissagens.
Eu me lembro da luz difusa do 315 iluminando nossas almas
famintas de tudo, a macarronada trôpega e barata dava prá dividir por três...
Eu me recordo...de Aracaju, a minha Aracaju de então.
Texto reproduzido do Facebook/Nestor Amazonas.
Postagem originária do Facebook/GrupoMTéSERGIPE, 11 de agosto de 2016
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