tag:blogger.com,1999:blog-7578529906728106280.post5326557636305995740..comments2024-01-14T19:00:51.124-08:00Comments on Grupo "Minha Terra é SERGIPE": Discurso de Amaral Cavalcante em sua Posse na Academia ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.comBlogger6125tag:blogger.com,1999:blog-7578529906728106280.post-86113157444288907972012-12-19T02:59:12.442-08:002012-12-19T02:59:12.442-08:00Do Blog de Luiz Eduardo Costa em 16.07.2011
O COL...Do Blog de Luiz Eduardo Costa em 16.07.2011<br /><br />O COLODIANO NA ACADEMIA <br />Por Luiz Eduardo Costa<br /><br />Nos anos setenta jovens aracajuanos encontravam, criativamente, algumas maneiras de escapar da lassidão opressiva da ditadura. Os grêmios estudantis, os diretórios acadêmicos, estavam fortemente policiados; sair às ruas fazendo manifestações era inimaginável, dizer o que pensavam publicamente seria o mais rápido caminho até a cadeia. Cabeças impedidas de pensar, bocas compulsoriamente fechadas, era preciso então reunir a moçada, mas num local bem protegido, livre dos olhares rigorosos do SNI, fora do alcance dos agentes mal embuçados e muito rancorosos pertencentes aos diversos tentáculos da repressão. Depois que o general Graciliano disse a correspondentes de jornais do sul do país que em Sergipe quem entendia de teatro era a polícia, por aqui, toda forma de arte de repente tornou-se subversiva.<br />Assim, descobriu-se o espaço livre do Colodiano. Para chegar até lá era preciso atravessar a enseada da Coroa do Meio numa canoa até o areal cercado pelos mangues. Ninguem, queria pegar em armas, planejar ações contra o regime. Davam-se todos por satisfeitos podendo conversar com liberdade, trocar idéias, carícias também, absolutamente sem preconceitos, ao embalo de um violão ou na zonzeira de um baseado.<br />No Colodiano sobrevivia o desejo de liberdade e onde há esse desejo, apesar de tudo, surge a poesia, o sonho sobrevive.<br />Segunda –feira, dia 11 o Colodiano, espaço marginal da liberdade de pensar e de ser, entrou solene, com todas as pompas de estilo na Academia Sergipana de Letras. Quem o fez ali chegar cercado de honrarias, capelos, medalhas, cerimonial, foi o poeta jornalista, Amaral Cavalcante. Já era tempo. A caretice anda resistindo, insistentemente, como nefasta tsunami, num interminável festival de besteiras, de burrice, de incultura, de vaidades e preconceitos.<br />Amaral, num dos mais belos discursos já ouvidos na ASL passeou com erudição pela literatura, e ele, que fez tantas “artes,” não poderia deixar de homenagear os “arteiros “ desafiadores de um tempo opresso. E fez isso com inaudita coragem, poesia e beleza. Desmontou preconceitos, revelou-se, reconheceu-se em tantas amizades, em afetos que não empalideceram enquanto embranqueciam os cabelos. Fez poesia ao longo de toda a prosa de um texto primoroso. Reviveu a poesia e a prosa da resistência.<br />Fazendo contraponto com o poeta que se imortalizava, quem o saudava, o professor, escritor e historiador Jorge Carvalho, traduziu na peça oratória de boas vindas a alegria de toda uma geração onde Amaral foi uma inquietude referencial. Jorge, com a maestria de uma escrita que exibe sempre bela consistência cultural, apegou-se a um poema de Neruda, pinçou fragmentos e os fez juntar a cada momento da oratória.<br />Foi uma noite para ficar na história da Academia, assim comentou Marcelo Déda ao abraçar o amigo, agora imortalizado poeta.ARMANDO MAYNARDhttps://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7578529906728106280.post-91782727806574180022012-12-19T02:28:14.393-08:002012-12-19T02:28:14.393-08:00O diabo veste farda.
Por Dilson Ramos
Admito, por...O diabo veste farda.<br />Por Dilson Ramos<br /><br />Admito, por influência acadêmica (aqui falo da universidade), e por arroubo da idade, que formei uma opinião nada simpática pela figura da Academia de Letras e seus imortais. Sempre representou para mim um armazém de ideias retrógadas onde o máximo que se conseguia era um debate para a escolha do chá que acompanharia as bolachas. Mas esse preconceito foi se esvaindo aos poucos quando vi amigos e grandes intelectuais, como Luiz Antônio Barreto e Jorge Carvalho, entrarem para a Academia Sergipana de Letras. Quando o beat Amaral Cavalcante envergou a solene farda e tornou-se imortal, caiu de vez por terra esse (pre)conceito.<br /><br />Desembarquei esbaforido no auditório do Centro de Convenções onde ocorreu a posse de Amaral. Vinha da redação do Jornal da Cidade e me surpreendi com o público que acorreu ao evento que marcava um momento histórico na vetusta entidade. Não falo da presença do governador Marcelo Deda, fã e amigo do novo imortal, e nem do prefeito Edvaldo Nogueira, leitor do Folha da Praia e admirador do poeta, mas pelo comparecimento em massa do que Sergipe tem de mais expressivo na música, na poesia, no teatro e na literatura sergipana. Estavam lá também figuras de paletó e gravata que noutra época cultuavam barbas, vestiam pantalonas com boca de sino e batas indianas, uma geração ajudou a mudar o mundo.<br /><br />O novo dono da Cadeira 39 da Academia Sergipana de Letras conseguiu reunir várias gerações de intelectuais, artistas e jornalistas a um evento único. Poucas vezes vi uma platéia como aquela, que poderia representar mais da metade do ‘PIB cultural’ desta terra que nem sempre soube valorizar seus talentos. O homem que sucede a professora e historiadora Maria Thétis Nunes formou ao seu redor um séquito de admiradores, a maioria forjada nos anos 70 e 80, quando ousava com o Folha da Praia e com seus conceitos inovadores na área cultural. Estavam todos lá, na posse, felizes pela conquista que julgavam ser deles também.<br /><br />A academia jamais terá um posse igual e nem um público tão eclético e underground. E esse público vibrou com a presença de Amaral na Academia, uma eleição que chamou a atenção pela derrubada de dogmas, nem tanto pelo valor literário de sua obra, indiscutível, mas pelo choque cultural. O poeta de ‘Instante Amarelo’ já merecia usar o fardão da imortalidade muito antes, mas convenhamos, o perfil do editor do Folha sempre contrastou com a maioria dos nomes que usam o fardão da Academia. A prova disso pode ser vista no público que esteve na posse: boêmios, escritores, artistas plásticos, figuras da noite, bailarinas, enfim, não havia imberbes, não havia os habituais frequentadores do chá das cinco.<br /><br />A Academia Sergipana de Letras merecia um sujeito assim, um tipo que incomodava o bedel de sua escola, uma figura que enveredou pelos anos 90 sem perder de vista os ícones e o pensamento de uma geração que revirou pelo avesso os salões literários. A Academia agora hospeda um intelectual que nunca se deixou engessar. De fato, agora o ‘diabo’ veste farda.<br /><br />Texto reproduzido do Blog:dilsonramosjc.blogspot<br />ARMANDO MAYNARDhttps://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7578529906728106280.post-73311191464363546512012-12-19T02:24:37.136-08:002012-12-19T02:24:37.136-08:0024/07/2011 - TB CONFERIU *
A posse de Amaral Cava...24/07/2011 - TB CONFERIU *<br /><br />A posse de Amaral Cavalcante na Academia Sergipana de Letras<br />A posse do jornalista e poeta Antônio do Amaral Cavalcante na Academia Sergipana de Letras foi um acontecimento prestigiadíssimo por autoridades e imortais.<br /><br />A posse do jornalista e poeta Antônio do Amaral Cavalcante na Academia Sergipana de Letras foi um acontecimento prestigiadíssimo por autoridades e imortais, intelectuais, jornalistas e amigos do grande poeta, que pilota com pulso forte o seu jornal Folha da Praia há várias décadas. Amaral ocupa hoje a cadeira número 39, em sucessão da Acadêmica Maria Thétis Nunes e cujo patrono é o poeta Joaquim Martins Fontes da Silva. A solenidade foi realizada no auditório Atalaia do Centro de Convenções de Sergipe. O grande poeta foi merecidamente saudado pelo Acadêmico Jorge Carvalho. Amaral fez um discurso histórico, poético e maravilhoso! Recebeu muitos aplausos...<br /><br />*Texto reproduzido do site: jornaldacidade.net/thaisbezerraARMANDO MAYNARDhttps://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7578529906728106280.post-26079126334697944342012-12-19T01:57:26.489-08:002012-12-19T01:57:26.489-08:00CONTINUAÇÃO:
Em seu discurso, Amaral relembrou su...CONTINUAÇÃO:<br /><br />Em seu discurso, Amaral relembrou suas primeiras leituras, citou poetas e autores que o influenciaram, descortinando, assim, sua formação cultural, cidadã e política. “Francino da Silveira, escrivão da comarca de Simão Dias, foi a mais impressionante figura que conheci até os 12 anos de idade. Ele estava sempre escrevendo, em páginas pautadas, algo que eu não compreendia. Ali, no cartório de Seu Cininho, o fascínio da escrita e o mistério dos livros me tomaram: escrever seria o meu destino. Trago nesse bornal desde o soluço de Antígona, às peripécias de Miguel de Cervantes, o fedor dos guetos parisienses, o existencialismo de Sartre e devo a busca pela elegância do texto, pela natureza musical das palavras à Marcel Proust. Chego aqui [na Academia] ainda tropeiro, afoito, querendo mais estradas, buscando o vilarejo que virá depois. Eu e a minha geração somos os inconformados que batalhamos pela diversidade de ideais, que defendemos posturas alternativas em nome do sagrado direito a liberdades individuais. Somos a juventude dourada distribuindo amor e contestação na Folha da Praia. Sou um veterano do sonho, um coletor de fragmentos, um poeta inquieto em constante transformação”, afirmou.<br /><br />Perfil<br /><br />Nascido em 11 de julho de 1946, filho de José Cavalcante Lima e Corina Hora Amaral, Antonio Amaral Cavalcante viveu em Itaporanga d’Ajuda até os dez anos, época em que conhece a obra dos poetas José Sampaio (1913-1956) e José Augusto Garcêz (1919-1993). Em Aracaju, Amaral fez política estudantil e participou ativamente do movimento de contracultura de Sergipe, com Mário Jorge e Ilma Fontes. Juntos, criaram o primeiro jornal alternativo de Aracaju, Margilino. Em 1968, foi finalista do Concurso José Sampaio, promovido pelo Clube Sergipano de Poesia e em 1970, conquistou o título de melhor poeta nordestino com o poema Romance da Aparição, no I Concurso de Poesia Falada do Nordeste. Exerceu as funções de Diretor de Promoções do Departamento de Turismo de Aracaju, da Galeria de Arte Álvaro Santos e da Fundação Estadual de Cultura (Fundesc).<br /><br />Eleito em 2010 para a Academia Sergipana de Letras, Antonio Amaral tem poemas publicados nas antologias Poesia Sergipana, organizada por José Olyntho e Márcia Maria, publicada em 1988 e A Poesia Sergipana no Século XX, organizada por Assis Brasil, editada em 1998. Autor do livro ‘Intante Amarelo’, de 1971, ele tem dois títulos inéditos: Desvãos e De bar em bar.<br /><br />Presenças<br /><br />Diversas autoridades políticas e artistas sergipanos prestigiaram a solenidade de posse, entre eles os secretários de Estado de Comunicação Carlos Cauê; de Planejamento, Orçamento e Gestão, Oliveira Júnior; de Educação, Belivaldo Chagas; o secretário de Estado interino de Cultura, Marcelo Rangel; o vice-prefeito de Aracaju, Sílvio Santos; o presidente da Câmara de Vereadores de Aracaju, Emmanuel Nascimento; a deputada estadual Maria Mendonça; os deputados federais Márcio Macedo, André Moura e Valadares Filho; a superintendente Regional do Iphan, Terezinha Oliva; o presidente da Associação Sergipana de Imprensa, Cleiber Oliveira;os empresários José Carlos Teixeira e Albano Franco; o poeta Araripe Coutinho e a cantora Amorosa. <br /><br />*Reproduzido do site: sitedobareta.com.brARMANDO MAYNARDhttps://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7578529906728106280.post-22053494060570422412012-12-19T01:56:14.654-08:002012-12-19T01:56:14.654-08:00CONTINUAÇÃO:
Natural de Simão Dias, Amaral Cavalc...CONTINUAÇÃO:<br /><br />Natural de Simão Dias, Amaral Cavalcante soma as atividades de cronista, jornalista, poeta e agente cultural à edição da Folha da Praia, periódico alternativo que circula em Aracaju há 30 anos. O novo imortal considera seu ingresso na Academia Sergipana de Letras como um reconhecimento. “É uma emoção muito grande porque não deixa de ser o reconhecimento de uma vida inteira dedicada à cultura, às artes e à alegria dessa cidade. Recebo isso como um reconhecimento pelo que fiz, mas também, como o reconhecimento a toda uma geração que propôs uma nova forma de relacionamento entre as pessoas. Ficamos honrados com a homenagem de uma instituição como a Academia Sergipana de Letras. Sou de uma geração que contestou, apresentou novos princípios. A Academia é um repositório de intelectuais e eu trago à instituição a novidade da minha geração”, declarou.<br /><br />A inquietude profissional está presente em sua obra literária. De acordo com o professor e jornalista Gilfrancisco, a poesia de Amaral é sagaz, contemporânea e delimita a literatura sergipana. “Antonio Amaral é autor de um único livro de poesia. Um livro de poucas páginas, mas de grande importância porque marca a geração que ele participou, a geração em que ele esteve à frente de vários movimentos literários em Aracaju. O livro ‘Instantes Amarelos’ retrata o cotidiano, trabalha a palavra cotidianamente e marca um período da literatura sergipana. Amaral Cavalcante escreve poesia como fatalidade do existir, com emoção, técnica e conhecimento, musicalidade e ritmo; é um poeta que busca as raízes, intenso. Sua obra é tudo que vem depois da modernidade. Está tudo dentro do que chamamos de contemporaneidades, é o atual. Ingressar na Academia é um reconhecimento de sua participação no processo de desenvolvimento cultural de Aracaju e de Sergipe”, disse.<br /><br />Presidente da Academia Sergipana de Letras, José Anderson Nascimento acredita que Cavalcante irá renovar o sodalício. “Ele é um agente cultural, tem uma contribuição muito grande para o jornalismo local. A Academia não é só para os que fazem poesia, ela se fortalece com intelectuais de outros portes, de outros segmentos”, destaca.<br /><br />CONTINUAÇÃO:<br /><br />O prefeito Edvaldo Nogueira define a posse do intelectual como um momento importante para a sociedade. “Amaral é um intelectual que marcou época, é um divisor na cultura da nossa cidade. É um artista que expressa modernidade, contestação. Nos anos 70 e 80 ele conseguiu, junto com um grupo de intelectuais e artistas, imprimir um novo momento cultural em Sergipe. Ele representa essa geração libertária, comprometida com o social. Além disso, ele abriu espaço para uma nova geração de jornalistas com o jornal Folha da Praia. Ele vai contribuir para que a Academia seja um centro de discussão da cultura sergipana”, declarou... (Continua).ARMANDO MAYNARDhttps://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7578529906728106280.post-66372963343409946302012-12-19T01:52:15.774-08:002012-12-19T01:52:15.774-08:00Literatura e jornalismo marcaram a posse do poeta ...Literatura e jornalismo marcaram a posse do poeta Antônio Amaral Cavalcante na Academia Sergipana de Letras (ASL), na noite desta segunda-feira, 11. A solenidade, prestigiada pelo governador Marcelo Déda, reuniu artistas sergipanos e autoridades políticas no Centro de Convenções de Sergipe (CCS).<br /><br />Amaral Cavalcante chega à Academia para ocupar a cadeira de número 39, que tem como patrono o poeta Joaquim Martins Fontes da Silva e era ocupada pela professora e historiadora Maria Thétis Nunes, falecida em 2009. Para o governador Marcelo Déda, Amaral simboliza a cultura sergipana dos anos 70 e 80. “Antonio Amaral chega a essa Academia trazendo a contribuição da geração de 68. Uma geração que renovou a cultura, os costumes, que construiu uma arte engajada e vinculada à busca pela democracia e pela liberdade. A presença de Amaral é uma contribuição à Academia que essa geração oferece. Creio que a instituição se enriquece com a participação de Amaral, com sua obra e com sua militância cultural. É um belo momento para a cultura sergipana”, pontuou.<br /><br />“Quando Amaral assume a cadeira da Academia Sergipana de Letras, ele reivindica fazê-lo não apenas em nome pessoal, mas em nome de uma geração de artistas, poetas, de militantes culturais que viveram um dos momentos mais significativos da vida literária do nosso estado. Em seu discurso, Amaral resgatou o trabalho daqueles que nos anos 70 e 80 fizeram da literatura, da poesia,da dança, da música, do teatro instrumentos de resistência política. Fizeram de sua arte um instrumento de questionamento político e uma ferramenta de questionamento dos valores estético daquela época. A chegada de Amaral Cavalcante não poderia ser diferente, tinha que ser um momento marcado pela emoção e marcado, sobretudo, pela capacidade que Amaral tem de traduzir toda uma geração. Foi um momento muito bonito e fico muito feliz em estar aqui”, declarou Déda... (Continua).<br /><br />*Reproduzido do site: sitedobareta.com.brARMANDO MAYNARDhttps://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com